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Editorial<br />
Eloqüente prefácio<br />
E<br />
m junho de 1994, recebeu o Revmo.<br />
Frei Antonio Royo Marín, O.P. —<br />
um dos maiores teólogos e pregadores<br />
de nosso tempo —, em seu Convento<br />
de Nossa Senhora de Atocha, em Madri, a<br />
última redação de uma obra que estava para<br />
ser lançada. O autor, seu amigo pessoal — o Sr.<br />
João S. Clá Dias —, pedia-lhe examiná-la e<br />
preparar-lhe um prefácio, ao que o célebre sacerdote<br />
dominicano aquiesceu de muito bom<br />
grado. O nome da obra: “Dona Lucilia”.<br />
“Comecei a ler estas páginas ignorando totalmente<br />
o altíssimo valor de seu conteúdo” —<br />
escreveu depois Frei Royo Marín. “O que no<br />
princípio se configurou como simples curiosidade<br />
ante o desconhecido, evoluiu rapidamente<br />
para franca simpatia, a qual foi aumentando<br />
progressivamente até se converter em<br />
verdadeira admiração e assombro. Mais que<br />
os dados biográficos de uma mulher extraordinária,<br />
o que eu ia lendo era a vida de uma<br />
verdadeira santa, em toda a extensão da palavra.”<br />
No seu entusiasmo pela obra, Frei Royo<br />
Marín nunca perde a objetividade, e, tendo<br />
analisado conscienciosamente os 15 capítulos,<br />
faz uma sinopse muito bem-apanhada de cada<br />
um deles. E a completa, dizendo:<br />
“É impossível recolher, nesta brevíssima síntese,<br />
a enorme riqueza documental que o autor<br />
pôde reunir de primeiríssima mão (muitas de<br />
suas páginas contêm relatos vividos pessoalmente<br />
com Dona Lucilia). Trata-se de uma<br />
autêntica e completíssima Vida de Dona Lucilia,<br />
que pode equiparar-se às melhores ‘Vidas<br />
de Santos’ aparecidas até hoje, no mundo inteiro.<br />
Sobretudo tem um valor inapreciável a<br />
correspondência epistolar entre ela e seus filhos,<br />
particularmente com o <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong>. Em<br />
suas magníficas cartas, Dona Lucilia diz com<br />
freqüência coisas tão sublimes e de uma espiritualidade<br />
tão elevada que o leitor é tomado<br />
por uma emoção parecida à que produz a leitura<br />
do inimitável epistolário de Santa Teresa de<br />
Jesus.”<br />
No presente número de nossa revista, em<br />
meio aos ricos comentários de <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> sobre<br />
múltiplos temas — como a Paixão de Nosso<br />
Senhor, o papel dos arquétipos na História<br />
das nações, o futuro da América Latina, ou<br />
reminiscências de sua vida de professor — oferecemos<br />
aos leitores o ensejo de degustar uma<br />
amostra dessas cartas. Elas revelam o grande<br />
“tesouro de prudência e sabedoria cristã” —<br />
outro termo utilizado pelo Frei Royo Marín<br />
— transbordante da alma de Dona Lucilia,<br />
permitindo também entrever a profunda influência<br />
que esta grande dama exerceu sobre<br />
<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> e, por reflexo, sobre a obra que ele<br />
fundou.<br />
DECLARAÇÃO: Conformando-nos com os decretos do Sumo Pontífice Urbano VIII, de 13 de março de 1625<br />
e de 5 de junho de 1631, declaramos não querer antecipar o juízo da Santa Igreja no emprego de palavras<br />
ou na apreciação dos fatos edificantes publicados nesta revista.Em nossa intenção, os títulos elogiosos não<br />
têm outro sentido senão o ordinário, e em tudo nos submetemos, com filial amor, às decisões da Santa Igreja.<br />
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