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Revista Dr Plinio 47

Fevereiro de 2002

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DR. PLINIO COMENTA...<br />

Q<br />

uando alguém se<br />

refere aos grandes<br />

vultos da história,<br />

imediatamente nos vem à<br />

memória a figura de um genial<br />

estadista, de um celebrado<br />

filósofo, de um brilhante<br />

general. Todavia, tudo<br />

isso não é nada em comparação<br />

com a sublimidade<br />

de ter colaborado na realização<br />

da Redenção. Eis a incomparável<br />

vocação de São<br />

José, destacada por <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong>,<br />

que no-lo apresenta como<br />

modelo a ser seguido por<br />

todos os católicos.<br />

Aignorância religiosa em que vivemos tem produzido,<br />

entre outros efeitos nocivos, o desvirtuamento<br />

inteiro do significado real de algumas<br />

determinações da Igreja, que, quando mal interpretadas,<br />

são inteiramente estéreis de frutos espirituais, e quando<br />

bem compreendidas, são férteis em graças e proveitos de<br />

toda ordem.<br />

São José, modelo de todas as grandes<br />

virtudes<br />

É o que se dá, por exemplo, em relação ao culto de São<br />

José que, proposto pela Igreja como modelo dos chefes<br />

de família e dos operários, é também, pelo imenso acervo<br />

de virtudes com que foi enriquecido pela graça, modelo<br />

ideal de todas as grandes virtudes católicas.<br />

A maioria dos católicos, porém, não pensa seriamente<br />

em tomar São José como seu modelo. De um lado, a imensa<br />

santidade do pai [jurídico] de Jesus, a quem a Igreja<br />

cultua com a suprema dulia, parece um ideal absolutamente<br />

inatingível. De outro lado, a fraqueza humana de que<br />

nos sentimos repletos, solicitada por toda sorte de inclinações,<br />

nos afasta por tal forma de qualquer ideal espiritual,<br />

que julgamos muito já ter feito quando nos libertamos<br />

do jugo do pecado mortal e venial, e vivemos uma vida<br />

espiritual estacionária, relativamente suave, pois que<br />

se limita à conservação do terreno conquistado, mas inteiramente<br />

estéril para a Igreja e para a maior glória de Deus.<br />

Em busca da perfeição espiritual<br />

A Igreja certamente não pretende que seus filhos igualem<br />

em glória e em virtude aquele que, depois de Maria<br />

Santíssima, foi o mais elevado expoente de virtudes da humanidade.<br />

Por outro lado, porém, ela não quer de modo<br />

algum que limitemos nossos horizontes espirituais a uma<br />

vida piedosa banal, amesquinhada pela errônea ilusão de<br />

que seria falta de humildade aspirar-se à santidade que<br />

brilhou no gênio de São Tomás, na combatividade de Santo<br />

Inácio, no recolhimento de Santa Teresa e na caridade<br />

de São Francisco.<br />

A Igreja desmascara esta falsa humildade, apontando<br />

nela, ou um pretexto especioso da covardia espiritual, ou<br />

uma concepção orgulhosa da virtude, considerada mais<br />

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