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DR. PLINIO COMENTA...<br />
Q<br />
uando alguém se<br />
refere aos grandes<br />
vultos da história,<br />
imediatamente nos vem à<br />
memória a figura de um genial<br />
estadista, de um celebrado<br />
filósofo, de um brilhante<br />
general. Todavia, tudo<br />
isso não é nada em comparação<br />
com a sublimidade<br />
de ter colaborado na realização<br />
da Redenção. Eis a incomparável<br />
vocação de São<br />
José, destacada por <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong>,<br />
que no-lo apresenta como<br />
modelo a ser seguido por<br />
todos os católicos.<br />
Aignorância religiosa em que vivemos tem produzido,<br />
entre outros efeitos nocivos, o desvirtuamento<br />
inteiro do significado real de algumas<br />
determinações da Igreja, que, quando mal interpretadas,<br />
são inteiramente estéreis de frutos espirituais, e quando<br />
bem compreendidas, são férteis em graças e proveitos de<br />
toda ordem.<br />
São José, modelo de todas as grandes<br />
virtudes<br />
É o que se dá, por exemplo, em relação ao culto de São<br />
José que, proposto pela Igreja como modelo dos chefes<br />
de família e dos operários, é também, pelo imenso acervo<br />
de virtudes com que foi enriquecido pela graça, modelo<br />
ideal de todas as grandes virtudes católicas.<br />
A maioria dos católicos, porém, não pensa seriamente<br />
em tomar São José como seu modelo. De um lado, a imensa<br />
santidade do pai [jurídico] de Jesus, a quem a Igreja<br />
cultua com a suprema dulia, parece um ideal absolutamente<br />
inatingível. De outro lado, a fraqueza humana de que<br />
nos sentimos repletos, solicitada por toda sorte de inclinações,<br />
nos afasta por tal forma de qualquer ideal espiritual,<br />
que julgamos muito já ter feito quando nos libertamos<br />
do jugo do pecado mortal e venial, e vivemos uma vida<br />
espiritual estacionária, relativamente suave, pois que<br />
se limita à conservação do terreno conquistado, mas inteiramente<br />
estéril para a Igreja e para a maior glória de Deus.<br />
Em busca da perfeição espiritual<br />
A Igreja certamente não pretende que seus filhos igualem<br />
em glória e em virtude aquele que, depois de Maria<br />
Santíssima, foi o mais elevado expoente de virtudes da humanidade.<br />
Por outro lado, porém, ela não quer de modo<br />
algum que limitemos nossos horizontes espirituais a uma<br />
vida piedosa banal, amesquinhada pela errônea ilusão de<br />
que seria falta de humildade aspirar-se à santidade que<br />
brilhou no gênio de São Tomás, na combatividade de Santo<br />
Inácio, no recolhimento de Santa Teresa e na caridade<br />
de São Francisco.<br />
A Igreja desmascara esta falsa humildade, apontando<br />
nela, ou um pretexto especioso da covardia espiritual, ou<br />
uma concepção orgulhosa da virtude, considerada mais<br />
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