Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Chuvas voltam a atrasar<br />
colheita no <strong>Paraná</strong><br />
USINAS<br />
Excesso de umidade dificultam operações no campo, mas beneficiam o desenvolvimento da<br />
lavoura. Deve sobrar um volume considerável de cana bisada MARLY AIRES<br />
O clima é a grande incógnita<br />
desse ano, segundo o<br />
presidente da Alcopar, Miguel<br />
Tranin. Ele é que determinará<br />
o tamanho da<br />
safra de cana de açúcar, especialmente<br />
no <strong>Paraná</strong>,<br />
onde as chuvas têm dificultado<br />
a colheita. Como o<br />
solo tem muita água acumulada,<br />
qualquer pancada<br />
de chuva já interrompe as<br />
operações de campo.<br />
O Estado ainda trabalha<br />
com a expectativa de fechar<br />
a safra com 43,08 milhões<br />
de toneladas de cana esmagadas,<br />
mas já é certo que<br />
deve sobrar cana de um ano<br />
para outro. O que ninguém<br />
pode ainda precisar é<br />
quanto. Tudo dependerá do<br />
clima até o final do ano,<br />
mas considerando as perspectivas<br />
de chuvas abundantes,<br />
por conta do El<br />
Niño, esse volume deve ser<br />
considerável.<br />
Por outro lado, a chuva de<br />
forma generalizada por<br />
todo o Estado, aliada ao<br />
clima mais quente, sem<br />
geadas ou outros contratempos,<br />
favoreceu o desenvolvimento<br />
vegetativo da<br />
planta este ano, devendo<br />
aumentar a expectativa de<br />
produção de cana, mas é<br />
considerável a quantidade<br />
dessa que deve ficar sem<br />
moer nessa safra, bisando<br />
para a seguinte, ressalta<br />
Tranin.<br />
A maior parte das usinas<br />
paranaenses deve trabalhar<br />
até próximo ao Natal e voltar<br />
mais cedo, antecipando<br />
o início da próxima safra<br />
para moer o que restar no<br />
campo, aproveitando também<br />
as perspectivas de preços<br />
mais favoráveis para o<br />
etanol na entressafra.<br />
Com 84,3% já colhido do<br />
total de cana de açúcar esperado<br />
na safra <strong>2015</strong>/16 do<br />
<strong>Paraná</strong>, foram esmagados<br />
36,3 milhões de toneladas<br />
até o dia 16 de novembro,<br />
6,8% a menos do que no<br />
mesmo período do ano<br />
passado, quando já tinham<br />
sido moídos 38,96 milhões<br />
de toneladas. Quando comparado<br />
o total processado<br />
nesta quinzena, 1,6 milhão<br />
de toneladas, em relação a<br />
mesma quinzena do ano<br />
passado, 2,3 milhões, o volume<br />
é 31% menor.<br />
Mas, quando comparado a<br />
quinzena anterior (01/11/<br />
<strong>2015</strong>), quando foram moídos<br />
2,88 milhões, a diferença<br />
é de 44,3% a menos,<br />
quase metade, o que dá<br />
A maior parte das<br />
usinas paranaenses<br />
deve trabalhar até<br />
próximo ao Natal<br />
uma ideia da quantidade de<br />
dias parados no mês. “Não<br />
deu para rodar a indústria<br />
em praticamente metade da<br />
quinzena”, afirma Tranin.<br />
<strong>Novembro</strong> <strong>2015</strong> - <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />
13