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Jornal Paraná Novembro 2015

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Clones de cana RB se destacam<br />

Materiais vêm sendo testados na Estação Experimental de Paranavaí e nas usinas,<br />

dentro do Programa de Melhoramento Genético da Universidade MARLY AIRES<br />

UFPR<br />

Vários clones RB de cana<br />

de açúcar vêm se destacando,<br />

dentre os que estão sendo<br />

avaliados na Estação<br />

Experimental de Paranavaí<br />

e nas usinas, nas diversas<br />

fases do Programa de Melhoramento<br />

Genético da<br />

Cana de Açúcar da Universidade<br />

Federal do <strong>Paraná</strong> -<br />

PMGCA/UFPR -, que é<br />

ligada a Rede Interuniversitária<br />

para Desenvolvimento<br />

do Setor Sucroenergético. A<br />

apresentação dos resultados<br />

foi feita no último dia 12 de<br />

novembro, em Paranavaí,<br />

durante a Reunião Técnica<br />

Anual do PMGCA.<br />

O pesquisador da UFPR,<br />

Guilherme Berton, apresentou<br />

14 clones, dentre os<br />

de ciclo precoce, médio e<br />

tardio, das séries 03 a 10,<br />

que vêm se destacando na<br />

Estação Experimental de<br />

Paranavaí. Ele detalhou dados<br />

sobre produção, desenvolvimento,<br />

riqueza, sanidade,<br />

curva de maturação, perfilhamento<br />

em cana soca e<br />

brotação, fazendo ainda recomendação<br />

de ambiente<br />

de produção e período para<br />

plantio de cada um.<br />

“São materiais que apresentaram<br />

um excelente desempenho<br />

até agora, mas<br />

que precisam ser mais bem<br />

avaliados nos ambientes de<br />

produção das usinas”, afirmou.<br />

Foram apresentados<br />

também os resultados obtidos<br />

nas fases T3 das séries<br />

RB 06 e RB 07; de FE das<br />

séries RB 96/05 - I Época;<br />

e de FE, das RB 96/05 - II<br />

Época.<br />

Dentre os mais de 30 materiais<br />

que estão sendo cultivados<br />

e avaliados nos ambientes<br />

de produção das 30<br />

usinas paranaenses, desde a<br />

série 03 a 10, os profissionais,<br />

que trabalham na área de<br />

pesquisa e desenvolvimento<br />

de novas variedades das unidades<br />

industriais, destacaram<br />

os clones que têm apresentado<br />

os melhores resultados,<br />

avaliando estes.<br />

Reunião Técnica<br />

Anual do PMGCA<br />

foi em novembro,<br />

em Paranavaí<br />

Seleção simplificada substituiu método tradicional<br />

Com o desafio de trabalhar<br />

dentro de uma metodologia<br />

fora dos métodos convencionais<br />

de melhoramento<br />

genético de cana de açúcar, o<br />

sistema simplificado de seleção<br />

começou de forma tímida,<br />

em agosto de 2010, na<br />

Estação Experimental de<br />

Paranavaí, aproveitando apenas<br />

sobras dos materiais pesquisados.<br />

Com os resultados apresentados,<br />

deixou de ser um trabalho<br />

paralelo, substituindo<br />

integralmente o método tradicional<br />

de pesquisa de novas<br />

variedades na estação da<br />

UFPR. Desenvolvido de<br />

forma dirigida, usa atualmente<br />

cruzamentos das melhores<br />

variedades e de materiais<br />

com excelente potencial,<br />

diz o pesquisador da<br />

UFPR, o engenheiro agrônomo<br />

Heroldo Weber. O<br />

trabalho faz parte da tese de<br />

doutoramento de José Luiz<br />

Tavares de Mello, da Universidade<br />

Federal Rural de<br />

Pernambuco.<br />

A grande vantagem do sistema<br />

é que elimina várias<br />

etapas e reduz o tempo normal<br />

de pesquisa para se lançar<br />

uma variedade nova de<br />

cana de 13 anos para cinco<br />

ou seis. Outras universidades<br />

que fazem parte da Ridesa<br />

também adotaram o método.<br />

A série RB10 partiu de 1,2<br />

milhão de seelings em 2010,<br />

destes selecionou 790, reduziu<br />

para 125 clones, depois<br />

26 na fase de experimentação<br />

e chegou aos oito selecionados<br />

e enviados em julho<br />

de 2014 para as usinas,<br />

para testar nos diversos ambientes<br />

de produção de cada<br />

região, juntamente com as<br />

outros materiais selecionados<br />

das demais séries. Estes<br />

apresentam alta produtividade<br />

e teor de sacarose, fitossanidade,<br />

colheitabilidade,<br />

além de outras características<br />

desejáveis, comenta<br />

Weber. Em breve devem ser<br />

lançadas as primeiras variedades<br />

fruto desse trabalho.<br />

O tapetinho tem permitido<br />

aumentar o número de cruzamentos<br />

e seelings iniciais,<br />

o que aumenta as chances de<br />

encontrar bons materiais. A<br />

série 2014 iniciou com 6<br />

milhões. Nas diversas etapas<br />

de pesquisa, atualmente, há<br />

cerca de 12 mil clones em<br />

análise provenientes desta<br />

tecnologia. Os melhores materiais<br />

já demonstram seu<br />

potencial desde o início.<br />

Para Weber, o próximo desafio<br />

é desenvolver um trabalho<br />

semelhante em outras<br />

áreas da pesquisa como adubação,<br />

preparo e conservação<br />

do solo, visando resolver a<br />

compactação que tem sido<br />

um dos grandes problemas<br />

nas lavouras de cana de açúcar,<br />

principalmente com a<br />

crescente mecanização das<br />

operações no campo.<br />

A grande vantagem<br />

do sistema é que<br />

elimina várias etapas<br />

e reduz o tempo<br />

normal de pesquisa<br />

<strong>Novembro</strong> <strong>2015</strong> - <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 15

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