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Jornal Paraná Novembro 2015

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SIMPÓSIO<br />

“Queremos participar do projeto”<br />

Reinhold Stephanes disse que o uso de biomassa para gerar energia é prioridade<br />

para Companhia e uma grande oportunidade que não pode ser perdida<br />

Segundo Reinhold<br />

Stephanes, presidente da<br />

Copel Participações, aproveitar<br />

a biomassa para a geração<br />

de energia é prioridade e uma<br />

grande oportunidade que não<br />

pode ser perdida. “É interesse<br />

da Copel adicionar mais essa<br />

área de energia, completando<br />

o ciclo. Podemos trabalhar<br />

juntos. Mas as usinas têm que<br />

ter projeto e participarem dos<br />

próximos leilões”. Ele lembrou<br />

também a importância<br />

do setor para o desenvolvimento<br />

do Estado, na geração<br />

de empregos, na produção de<br />

energia e na sustentabilidade.<br />

“O projeto tem que ser viabilizado.<br />

É importante para o<br />

setor, para o Estado e para o<br />

meio ambiente. A Copel precisa<br />

dar acesso. Temos que<br />

criar soluções para os problemas<br />

que tem dificultado essa<br />

parceria e ver como a Copel<br />

pode participar”, afirmou Stephanes,<br />

destacando que é preciso<br />

agendar uma reunião<br />

com todo o grupo e começar<br />

a trabalhar. “Estamos prontos.<br />

Temos equipe e decisão política<br />

sobre a importância do<br />

aproveitamento da biomassa.<br />

É prioridade e queremos participar<br />

do projeto”, ressaltou.<br />

“Estamos aí para desatar esse<br />

nó”, emendou Antonio Spinello,<br />

superintendente de Regulação<br />

e Finanças da Copel.<br />

Ele destacou que o aproveitamento<br />

da biomassa na geração<br />

de energia é o próximo<br />

grande desafio da Copel.<br />

Para o secretário de Planejamento<br />

e Coordenação Geral<br />

do <strong>Paraná</strong>, Silvio Barros, “essa<br />

é a parceria que se pode chamar<br />

de ‘ganha-ganha’: todos<br />

ganham, a iniciativa privada e<br />

o governo”. Barros afirmou<br />

que atualmente, 40% da matriz<br />

energética brasileira provêm<br />

de fontes renováveis, mas<br />

só 17% da energia elétrica que<br />

abastece o país têm essa origem.<br />

“Podemos avançar muito<br />

e o governo do Estado se<br />

mostra disposto a colaborar<br />

onde for possível”, enfatizou.<br />

Barros também comentou<br />

que o mundo não pode mais<br />

esperar pela boa vontade dos<br />

governos e assistir ao fracasso<br />

de encontros como a Rio +<br />

20. “O Brasil e outros países<br />

têm metas arrojadas e hoje<br />

não há escolha: temos que<br />

avançar. É ridículo quando alguém<br />

gera energia e precisa<br />

pagar tributos por isso, como<br />

se estivesse comprando do<br />

governo. Alguns estados já<br />

concederam a isenção desse<br />

“Temos que criar soluções”, afirmou presidente<br />

imposto, mas no <strong>Paraná</strong> ainda<br />

não fizemos a lição de casa”,<br />

afirmou.<br />

O deputado federal Ricardo<br />

Barros (PP), que compareceu<br />

à abertura do evento,<br />

foi convidado a se pronunciar.<br />

Ele disse que o déficit<br />

brasileiro este ano já<br />

passa de R$ 115 bilhões e<br />

só a previdência acarreta,<br />

anualmente, um ônus de<br />

mais de R$ 40 bilhões. “É<br />

uma CPMF por ano só com<br />

a previdência”. Na condição<br />

de relator do Orçamento<br />

para 2016, ele disse que vai<br />

propor cortes em vários setores.<br />

Enfrentar o desafio e superar as dificuldades<br />

Esse foi o compromisso assumido pela Copel, que reconheceu a<br />

importância da participação do setor para atender a demanda<br />

Ao contrário do que tem<br />

ocorrido no Brasil como um<br />

todo, o consumo industrial e<br />

total de energia elétrica tem<br />

crescido no <strong>Paraná</strong>, alcançando<br />

percentuais de 2,7% e<br />

0,6% de aumento respectivamente,<br />

segundo Antônio<br />

Spinello, superintendente de<br />

Regulação e Finanças da Copel.<br />

O único setor em que o<br />

consumo caiu no Estado foi<br />

o residencial, que registrou<br />

queda de 3,4%. No Brasil, o<br />

consumo total de energia reduziu<br />

em 1,5%, o residencial<br />

em 0,6% e o industrial em<br />

4,3%.<br />

“Não existe sobra de energia”,<br />

afirmou Spinello, o que<br />

significa que se não houver<br />

a entrada de novas energias<br />

e ocorrer uma retomada da<br />

economia e o registro de<br />

altas temperaturas semelhantes<br />

a dos últimos anos,<br />

a situação pode ficar complicada,<br />

citando a importância<br />

de aproveitar melhor<br />

o potencial de geração de<br />

energia do setor.<br />

Falando sobre “Excedentes<br />

de energia – geração, conexão<br />

e comercialização”, Spinello<br />

disse que a participação nos<br />

leilões de energia do governo<br />

é o caminho, citando os vários<br />

tipos que existem e os<br />

próximos que devem ocorrer:<br />

o Leilão A-1 de <strong>2015</strong> (dia<br />

11/12) e Leilão A-5 de 2016<br />

(dia 05/02). Também ressaltou<br />

que é preciso buscar um<br />

leilão específico para energia<br />

gerada a partir da biomassa e<br />

que a participação do setor<br />

ainda é muito pequena diante<br />

do potencial.<br />

O representante da Copel<br />

citou que com a criação, dentro<br />

da empresa, da Divisão de<br />

Atendimento a Acessantes<br />

de Geração, em 2014, abriuse<br />

um espaço importante<br />

para empreendimentos voltados<br />

para as novas tecnologias<br />

de geração distribuída.<br />

Para ser a concessionária<br />

mais acessível para as empresas<br />

que têm intenção de cogerar<br />

energia, a Copel trabalha<br />

com a contínua revisão dos<br />

procedimentos internos, com<br />

a busca por soluções que melhorem<br />

as condições de acesso,<br />

com a expansão do sistema de<br />

distribuição em regiões onde<br />

há uma grande concentração<br />

de geração, com parcerias com<br />

acessantes de geração na execução<br />

de obras e a dinamização<br />

do processo.<br />

Spinello: “não existe sobra de energia”<br />

Spinello comentou que há<br />

vários trabalhos já sendo feitos<br />

com acessantes e o próximo<br />

desafio é buscar uma<br />

solução para o setor sucroenergético<br />

do <strong>Paraná</strong>. Ele ressaltou,<br />

entretanto, a importância<br />

de unir todas as usinas<br />

em torno da Alcopar para<br />

tornar isso realidade. “Tem<br />

que haver liderança e coordenação<br />

forte. Não será fácil,<br />

mas vamos trabalhar juntos<br />

para buscar soluções. No<br />

verão passado, só não tivemos<br />

um apagão porque as usinas<br />

ajudaram”, citou.<br />

A Copel estuda a viabilidade<br />

de criação do complexo<br />

e de linhas e subestações<br />

coletoras para o atendimento<br />

da demanda. “Nosso<br />

compromisso é enfrentar o<br />

desafio e superar as dificuldades”,<br />

finalizou.<br />

4<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> - <strong>Novembro</strong> <strong>2015</strong>

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