revista Musica & Mercado
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Capa Sta. Ifigênia<br />
sa, da Real Som, concorda e afirma<br />
que sua loja nem entra nessa guerra:<br />
“Hoje, nesse mercado, oferecemos um<br />
trabalho diferenciado, uma pós-venda<br />
eficiente e não o preço”, completa.<br />
Se brigar pelo preço é inviável, o<br />
diferencial das lojas menores deve<br />
ser o atendimento, mas também especialização<br />
e aumento de volume<br />
nas compras com número menor de<br />
fornecedores, para obter vantagens<br />
na negociação.<br />
O futuro da região<br />
Como em muitos outros pontos comerciais,<br />
a região da Santa Ifigênia já<br />
sente os efeitos do comércio on-line,<br />
mas não é só esse fator que preocupa<br />
os lojistas, que mencionam também<br />
outros fatores: “O movimento<br />
tem caído um pouco, sim, acho que<br />
por conta da venda eletrônica. E os<br />
outros bairros, de certa forma, estão<br />
conseguindo cativar clientes”, explica<br />
Fábio Dourado, gerente comercial<br />
da Casa do Alto-Falante. A opinião<br />
é endossada por Roberto Barbosa,<br />
da Real Som Eletrônica, que aponta<br />
o fortalecimento do mercado da internet<br />
e também das lojas de bairro<br />
como fatores determinantes para a<br />
diminuição das vendas. O proprietário<br />
da Ito Som é ainda mais enfático:<br />
“Antes era possível trocar de carro<br />
todo ano com um comércio como<br />
esse. Hoje não é mais assim”.<br />
Mas há quem discorde. “De<br />
maneira geral, o movimento vem<br />
aumentando. Antes a Rua Santa<br />
Ifigênia era o foco. Hoje você tem<br />
as transversais: Timbiras, Aurora,<br />
Vitória e Gusmões. A Rua do Seminário<br />
vem se destacando com o segmento<br />
de som”, diz Roberto Cheda.<br />
O empresário lembra que diversas<br />
lojas do Brasil estão crescendo, especialmente<br />
aquelas que utilizam a<br />
internet como aliada. Como exemplo,<br />
ele cita a Lamarca Pro-Áudio,<br />
de Limeira, no interior de São Paulo:<br />
“Ele vinha aqui comprar material e<br />
Igrejas: um bom negócio?<br />
O que move o mercado da Santa<br />
Ifigênia não é apenas a venda de<br />
produtos para a maior parte dos<br />
varejistas espalhados pelo Brasil. A<br />
região também se destaca por oferecer<br />
a sonorização de empresas,<br />
em especial de igrejas, como um<br />
bom negócio.<br />
Edimar Mariano do Santos, proprietário<br />
da Casa do Alto-Falante,<br />
atualmente terceiriza esse tipo de<br />
serviço, mas enxerga o potencial<br />
que ele oferece e pretende investir<br />
nesse diferencial em breve. Fábio<br />
Dourado, seu gerente comercial,<br />
destaca, além das igrejas, os DJs e as empresas que zem locação de som como seus principais consumidores.<br />
fa-<br />
A maioria das lojas não conta com instaladores, mas<br />
terceirizam ou até indicam um profissional que execute o<br />
serviço. Algumas lojas se beneficiam pela tradição e confiança<br />
que conquistaram no mercado. “Tem instaladores<br />
e projetistas que indicam a loja. Eles elaboram um projeto<br />
e aconselham alguns locais onde o cliente pode encontrar<br />
o produto. Aí o cara vem e cota. Tem cliente que nem circula.<br />
Informa que o projetista pediu para fazer a compra<br />
aqui mesmo e acabou. Só diz: vê o que você pode fazer<br />
de melhor pra mim”, garante Cheda.<br />
Outro nicho que também vem se demonstrando muito<br />
promissor são as escolas que trabalham com cursos<br />
Sonorização e miudezas: igrejas ainda são os principais consumidores<br />
a distância. Tiago Soares, da MDA Som, lembra que a<br />
venda para as igrejas é muito grande, mas elas buscam<br />
melhor preço, não se preocupam com qualidade e, geralmente,<br />
fazem pequenas compras, como microfones, cabos,<br />
entre outras miudezas. Por outro lado, as faculdades<br />
e escolas de ensino a distância investem mais: buscam<br />
produtos inovadores e de qualidade garantida, pensando<br />
na maior vida útil, praticidade e benefícios que esse atributo<br />
assegura. Mesmo assim, Soares lembra que cerca<br />
de 40% de seu faturamento é assegurado pelas Igrejas,<br />
ou seja, ainda são seus principais consumidores; mas o<br />
futuro antecipa uma outra realidade, a popularização dos<br />
cursos a distância. Sua loja já está se preparando para<br />
atender a esse mercado?<br />
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