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Revista Dr. Plinio 224

Novembro de 2016

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O pensamento filosófico de <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong><br />

Éric F. S. Varela<br />

“La Virgen Blanca” - Catedral de Toledo, Espanha<br />

Todos os camarões desde o começo<br />

do mundo até o fim, todos os camarões,<br />

no fim, esgotam uma coleção.<br />

De maneira que quem os visse<br />

— se fosse possível ver todos os camarões<br />

que houve e haverá até o fim<br />

do mundo — compreenderia que é<br />

uma verdadeira beleza.<br />

Alguém poderá dizer:<br />

“Por que Deus faz isso? Se esses<br />

bichos desaparecem e Ele, no entanto,<br />

é eterno e tem em Si todas as perfeições,<br />

que lucro tem em ver esses<br />

bichinhos?<br />

Para dar uma resposta: basta que os<br />

Anjos vejam para se justificar. Os Anjos<br />

assistem a tudo isso. Eles estão colocados,<br />

de algum modo, fora do tempo.<br />

Para eles tudo é de algum modo simultâneo;<br />

de algum modo, eu estou<br />

simplificando. Então, eles têm essa<br />

noção, eles cantam glórias a Deus.<br />

Alguém dirá: “Mas quando acabar<br />

o mundo acabou isso também”.<br />

Não, porque na recordação deles<br />

fica. Fica na nossa admiração, porque<br />

nós não vemos como eles e não podemos<br />

imaginar como é. Então, é uma<br />

bonita coisa, por exemplo, olharmos<br />

para o esquilinho e perguntarmo-nos:<br />

“Quantas modalidades de esquilo<br />

houve e haverá até o fim do mundo?<br />

Em cada gênero, quantas espécies?<br />

Em cada espécie, quantas famílias?<br />

Em cada família, quantos indivíduos?<br />

Que riqueza da obra de Deus!<br />

Que maravilha há dentro disso!” Dá<br />

para uma meditação muito bonita.<br />

Seria interessante um dia, com<br />

calma, tomarmos alguns exemplos e<br />

analisar. Seria uma coisa muito adequada,<br />

muito boa!<br />

Imaginem todas as criaturas, já<br />

não apenas cada gênero formando<br />

uma coleção, mas todas as criaturas<br />

que há ou houve na Terra, formando<br />

uma coleção de coleções — notem<br />

que os Anjos veem isso assim! — podemos<br />

imaginar a variedade.<br />

Depois, em cada pináculo de uma<br />

coleção, um arquétipo, que é como o<br />

rei e o monarca daquela coleção! Várias<br />

modalidades de arquétipo, porque<br />

a natureza, vamos dizer, dos esquilos é<br />

tão rica que não basta ver um para dar<br />

uma ideia do “tipo” de esquilo. Oito,<br />

cinco, cinquenta, cinquenta mil arquétipos<br />

de esquilos. No fim pode-se imaginar<br />

o rei dos esquilos!<br />

Mensagens de Deus<br />

Isto que estou falando é acessível,<br />

é fácil de entender. E distrai o espírito.<br />

Por exemplo, não dá certo repouso<br />

tratar disso? Ora, a matéria é filosófica…<br />

Acredito que sendo apresentada<br />

a coisa de um modo humano,<br />

vivo e não apenas esquelético, as<br />

coisas da Filosofia podem atrair, e<br />

aqui está um exemplo concreto.<br />

Agora, por que que Deus criou tudo<br />

isso? É para os Anjos verem. Está<br />

bem. Só para isso? Haverá uma outra<br />

razão? Há. É que todas essas coisas<br />

exprimem de algum modo a perfeição<br />

infinita d’Ele. Cada ser que<br />

existe é como que uma mensagem de<br />

Deus que nos diz:<br />

“Meu filho, note, Eu também sou<br />

isto! O esplendor de todas as auroras,<br />

a majestade de todos os meios-<br />

-dias e a dignidade vitoriosa de todos<br />

os ocasos, tudo isto reflete-Me a<br />

Mim. E se Eu devesse ser conhecido<br />

apenas nesse filme fantasmagórico<br />

que representasse todas as auroras,<br />

todos os meios-dias e todos os ocasos<br />

de todos os lugares do mundo,<br />

em toda a História, ainda Eu, nem<br />

de longe, estava esgotado para tu teres<br />

uma ideia do que Eu sou. Mas<br />

enfim, aqui está uma coleção que<br />

pode dar uma ideia genérica, global<br />

do que sou Eu, debaixo desse ponto<br />

de vista.<br />

“Olhe agora para o esquilo! Na<br />

sua agilidade, naquilo em que ele faz<br />

sorrir, compreenda que há algo por<br />

onde Eu sou infinitamente aprazível,<br />

atraente, distensivo. Infinitamente…<br />

Sendo infinito, Eu tenho também<br />

em Mim a matriz infinita daquilo<br />

por onde o esquilo é engraçadi-<br />

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