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Revista Dr. Plinio 224

Novembro de 2016

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O pensamento filosófico de <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong><br />

Um terremoto a derruba! Nada derrubou<br />

Santo Atanásio!<br />

Ele tinha a graça de Deus que o<br />

ajudou. Mas ele correspondeu! A<br />

muitos Deus oferece a graça e não<br />

correspondem. A ele não, Deus ofereceu<br />

e ele correspondeu largamente,<br />

generosamente! O nome dele ficou<br />

com uma espécie de glória de fogo<br />

na História da Igreja.<br />

Santo Atanásio transcende as colunas.<br />

Quer dizer, ele é de uma natureza<br />

superior. Aquilo que a coluna<br />

tem por analogia ele tem com muito<br />

mais propriedade, pois está na natureza<br />

humana.<br />

Deus é transcendente. O que tem<br />

o esquilo, o rubi, a coluna, Santo<br />

Atanásio, Deus é tão superior, mas<br />

tão superior que Ele transcende a<br />

isso. É de uma superioridade que é<br />

um abismo entre Ele e nós. Para lá<br />

desse abismo está a perfeição d’Ele.<br />

Pelo seguinte: podemos<br />

dizer que Santo Atanásio<br />

era fiel, era forte. Deus<br />

não é nem fiel nem forte,<br />

Ele é a Fidelidade, a Força.<br />

Todo mundo que é fiel<br />

o é por uma participação<br />

d’Ele. Ele é o Motor Imóvel.<br />

Tudo subsiste porque<br />

Ele sustenta. Por cima de<br />

tudo está Ele!<br />

Em busca do<br />

mais excelente<br />

Para compreendermos<br />

essa relação e para se ter<br />

uma certa noção da infinitude<br />

de Deus, consideremos<br />

que Ele criou uma<br />

coleção enorme de coleções,<br />

de tipos e de arquétipos.<br />

O homem não é o<br />

arquétipo da coluna; Santo<br />

Atanásio está para a coluna<br />

numa relação, não<br />

igual, mas um tanto parecida<br />

com a relação entre<br />

Deus e o homem. Deus,<br />

Gustavo Kralj<br />

não tem ninguém acima de Si, Ele é<br />

supremo, perfeito, infinito.<br />

Então o que acontece com a natureza<br />

humana? Quando ela é reta, instintivamente<br />

procura os arquétipos.<br />

Uma criança deitada no berço,<br />

que apenas sabe dizer “maaaaa”, se<br />

amarrarem num fio de linha uma bolinha<br />

de pingue-pongue, branca e comum,<br />

o seu instinto lhe diz que algo<br />

existe. E ela procurará desajeitadamente<br />

com os braços, pegar a coisa.<br />

Quando pega, ela tem o instinto<br />

de propriedade. Tenta-se tirar e ela<br />

não deixa… Mas há algo que não falha:<br />

há bolas bonitas que se põem<br />

em árvores de Natal. Eram bonitas,<br />

com cores reluzentes, dourado, verde,<br />

vermelho, azul, cores lindas! Se<br />

suspenderem ao mesmo tempo diante<br />

da criança a bolinha de Natal e a<br />

de pingue-pongue. Ela tem um movimento<br />

para o maravilhoso: ela vai<br />

para aquilo que tem mais luz! É uma<br />

coisa instintiva!<br />

Ponham para uma criança um instrumento<br />

de música que bata: pam!<br />

pam! pam! — um só som. A criança<br />

se habitua e não nota. Imaginem<br />

que se ponha um pouquinho de música.<br />

A criança, estando um pouco<br />

mais desenvolvida, presta mais atenção.<br />

Por quê?<br />

Porque a sua natureza é apetente<br />

de maravilhoso, no fundo apetente<br />

de Deus! Se de algum modo, nos<br />

seus sentidos, ela fosse tocada por<br />

Deus, ela inteira se voltaria para Ele.<br />

A criança apetente do maravilhoso<br />

e no fundo, por isto mesmo, apetente<br />

de Deus, ela, quando se coloca<br />

diante de algo mais excelente, ela<br />

tende para aquilo que é mais excelente.<br />

Isso é reto. Pode ser que depois<br />

a criança abuse, tenha a mania<br />

de ter uma coisa, desordens próprias<br />

da natureza humana.<br />

Mas, em si, este primeiro<br />

movimento é um<br />

movimento reto. É um<br />

movimento pelo qual<br />

o homem quer aquilo<br />

que é mais excelente,<br />

que lhe convém mais!<br />

“Enorme”, um<br />

cavalinho de pano<br />

Por causa disso, a<br />

criança tem uma imaginação<br />

muito fértil. Ela<br />

facilmente atribui aos<br />

brinquedos que tem<br />

uma qualidade que eles<br />

não têm.<br />

Uma vez passei por<br />

uma cruel decepção.<br />

Eu tinha talvez três ou<br />

quatro anos e possuía<br />

um brinquedo comum:<br />

um cavalinho de pano<br />

posto sobre umas rodinhas<br />

com eixo de metal<br />

e havia um laçozinho<br />

pelo qual eu podia pu-<br />

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