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Capítulo 29<br />
Ewan deu a ela <strong>um</strong>a quinzena inteira para repousar, cobrindo-a <strong>com</strong> afeto e, claro, amor. Ah, a moça<br />
se recuperou rapidamente e Ewan passava horas deixando-a louca de prazer.<br />
No entanto, ela nunca disse que o amava. Dizia que ele era doce, bonito, ousado, arrogante... Embora<br />
não estivesse certo que fossem elogios.<br />
Ela estava certamente impressionada <strong>com</strong> a habilidade dele em fazer amor. E desenvolveu alg<strong>um</strong>as<br />
próprias, embora não estivesse totalmente recuperada.<br />
Mas Mairin tinha que amá-lo. Ela, <strong>com</strong> certeza, não era obediente, nem particularmente respeitosa.<br />
Mas Ewan percebia <strong>com</strong>o ela o olhava quando pensava que não estava vendo. Via <strong>com</strong>o ela se<br />
desmanchava em seus braços, noite após noite, na escuridão de seu quarto.<br />
Sim, ela o amava. Não havia outra explicação. Ele só tinha que levá-la a ver isso.<br />
O envenenamento fez Mairin ficar mais cautelosa, levando a sério os pedidos de Ewan. Ele acabou<br />
sentindo falta de suas discussões, que normalmente ocorriam quando ela ignorava <strong>um</strong>a ordem. Não<br />
gostava que o encanto espontâneo de Mairin houvesse sido reduzido por aquele fato.<br />
Apenas Ewan, seus irmãos, Gannon, Cormac e Diormid sabiam a verdade. Mairin não era a vítima.<br />
Mas havia inúmeras razões para manter a informação para si mesmo. Primeiro, porque seu clã se tornou<br />
ferozmente protetor em relação à Mairin, desde o incidente. Todos observavam-na o tempo todo e<br />
nunca a deixavam sozinha. O que, para Ewan, era conveniente, pois independente se alguém estava ou<br />
não tentando matá-la, ainda havia a ameaça de Duncan Cameron. Segundo, ele não queria preocupar<br />
Mairin contando a ela que ele era a vítima. Não sabia o que a esposa poderia fazer se descobrisse, pois a<br />
moça era feroz na proteção das pessoas que considerava suas. E ela o considerava dela, para sua<br />
presunçosa satisfação. Mairin podia não ter dito as palavras que ele queria ouvir, mas não havia dúvidas<br />
que era possessiva <strong>com</strong> ele. Bastava lembrar-se do olhar que lhe dera quando Rionna McDonald chegou<br />
ao castelo.<br />
Ewan esperava ansiosamente o dia em que estariam livres de ameaças. A sombra que pairava sobre o<br />
castelo não afetou apenas a Mairin, mas a todos.<br />
Mairin...bem, Ewan não recebeu nenh<strong>um</strong> relatório dizendo que a moça causou alg<strong>um</strong> t<strong>um</strong>ulto desde<br />
que se levantou de seu leito. E deveria saber que esta paz não iria durar...<br />
— Laird, laird! Você precisa vir rapidamente. – Owain disse, enquanto corria até Ewan.<br />
O homem mais jovem ofegava quando parou, <strong>com</strong>o se tivesse corrido o caminho inteiro. Ewan tirou<br />
olhos do pastor, que estava lhe dando <strong>um</strong> relatório detalhado e franziu a testa.<br />
— O que há de errado, Owain?<br />
— É Lady McCabe. O salão inteiro está <strong>um</strong> alvoroço. Ela ordenou a <strong>um</strong> grupo de seus homens que<br />
ass<strong>um</strong>issem as tarefas das mulheres!<br />
— O quê? – Ewan gritou. – Então, colocou os dedos na ponta do nariz e respirou fundo. – Diga-me<br />
exatamente o que se passa, Owain.