Geminações N 0

Angoulême
Entrevista com Elisabeth Lasbugues,
conselheira municipal, delegada à ação
internacional e geminações
na Mairie (Câmara) de Angoulême
Senhora Lasbugues, como vê esta geminação com a cidade portuguesa?
Acho que é apaixonante para uma eleita lançar-se numa nova geminação.
É uma ação que foi decidida durante as eleições. Era um projecto
que tínhamos e que agora chega à sua conclusão. Foi um trabalho realizado
naturalmente, porque os portugueses de Angoulême estão aqui
muito implicados, quer dizer não passa um mês sem que haja um evento
realizado pela associação dos portugueses. Por isso, era natural. O Consulado
tinha pedido uma permanência na Mairie, todos os dois meses,
para os cidadãos portugueses, evitando-lhes a deslocação a Bordéus, para
obter todos os documentos administrativos e o “Maire” (Presidente da
Câmara) aceitou. Para concluir, é uma sucessão de factos que nos leva a
assinar esta geminação com Chaves.
Apesar das dificuldades existentes, acredita que os intercâmbios podem
desenvolver-se, não só com a cidade portuguesa, mas também
com as outras cidades geminadas?
Com efeito, os intercâmbios desde que não sejam longínquos, são possíveis,
porque de carro em algumas horas, podemos ir a Vitoria, nossa
cidade espanhola geminada, ou ir a Chaves, em Portugal, ou ainda a
Hildesheim na Alemanha. Não estamos longe de ninguém, por isso,
permite-nos fazer contactos muito facilmente. Ao nível escolar é igual…
com um autocarro, podemos muito facilmente encontrar o “nosso vizinho”.
Acredito plenamente que a paz na Europa passará por todas estas
geminações.
Aliás as geminações foram criadas depois da 2a Guerra mundial
para manter a paz...
Concerteza, foi um eixo muito forte, e a cidade de Angoulême teve uma
das primeiras com a Alemanha e isso foi muito significativo. Temos agora
53 anos de geminação e raras são as geminações que têm uma parceria
que funcione tão bem. Com a cidade de Vitoria, em Espanha, passa-se
igualmente muito bem, e com Chaves tenho a certeza que vamos construir
verdadeiramente qualquer coisa… aliás já aconteceu… na altura de
incêndios no Norte de Portugal, os bombeiros de Angoulême foram lá
ajudar no combate às chamas. Não se trata da vontade de dois homens,
é toda uma população que se une e que tem ações no quotidiano.
Cyrille Suire, Xavier Bonnefont e Elisabeth Lasbugues — Mr. Cyrille Suire, Xavier Bonnefont et Elisabeth Lasbugues
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