MUNDO DA ADMINISTRAÇÃO

ENTREVISTA
você teve que desenvolver para atuar e chegar
até hoje como administradora da Refrigerantes
Marajá?
ULANA: Foi o Serviço Social que me trouxe
essa habilidade de lidar com as pessoas.
Através do Serviço Social eu desenvolvi
a flexibilidade para lidar junto com as
pessoas, saber o momento de avançar ou de
recuar. Então essa bagagem eu trouxe de lá.
Daí eu tive que desenvolver, lógico, a parte
comercial mesmo, o que exige o trato com
pessoas da mesma forma. Venho de uma
família comercial.
Quando a gente vai buscar nossa
origem, percebemos que fomos criados
dentro de um contexto comercial desde
quando éramos pequenininhos, quando eu
e meus irmãos tínhamos que aprender a
vender bichinho de pelúcia, então a gente
já vem com esse marco na história. Mas eu
tive que desenvolver mais isso. E depois,
quanto a minha trajetória na empresa,
primeiro foi dentro do comercial, depois
eu tive que me desenvolver no contexto da
indústria.
Então você precisa ter algum
conhecimento, não precisa ser tão
específico, mas sobre produtos, produção e
principalmente identificadores de eficiência
para fazer análise. E há também a parte de
análise contábil e financeira, algo que eu
não tinha no início. Mas tudo isso foi se
tornando crescente.
Hoje, como administradora da Marajá,
quais os principais desafios que você
encontra?
ULANA: São as relações com os órgãos
governamentais, isso eu considero um
grande desafio. Porque a cada dia você é
surpreendido por uma norma ou uma lei
diferente. É uma quantidade exagerada
de obrigações que a empresa tem. Muitas
vezes a gente perde muito do nosso
tempo que poderia ser dedicado para
desenvolver estratégias e administrar
melhor internamente, em função da lida
com contextos fora da empresa. Então, eu
vejo isso como um grande desafio.
Não é concorrência o maior
desafio, mas é a interferência externa nesse
sentido, e cada dia é uma coisa diferente.
Aqui na Marajá, nós tentamos segurar o
máximo para não ter demissões, estamos
segurando ainda. Mas, há pouco respaldo
por parte do governo.
Você pode traçar um perfil para que uma
empresa familiar chegue ao profissionalismo?
Que caminho seria esse?
ULANA: Tratar todas as questões com
responsabilidade. Independente de serem
da família ou não, as pessoas precisam
ter competência em relação àquilo que
fazem. Acho que esse é um segredo que a
gente conseguiu levar muito bem. Claudio
(Presidente do Grupo) conseguiu traçar
isso, ele implantou uma cultura dentro da
empresa, de ter competência para o cargo,
independente de ser da família ou não e
tratar as coisas da empresa como se deve.
Ele implantou essa concepção de
uma maneira que hoje é respeitada como
uma coisa natural. Isso é muito importante.
Aqui, não se tira um pacote de refrigerantes
da empresa sem tirar nota fiscal e ser
faturado, por quem quer que seja. Então, as
coisas da empresa são da empresa, não são
dos sócios. E tudo isso sem melindres. Esse
é o segredo. Aí dá certo.
Na sua visão, o brasileiro é mais criativo ou
inovador?
Sunkist é uma das beb
laranja mais consum
Estados Unidos, é m
cooperativa americana f
por mais de 6.000
de fazendeiros que pr
65% das laranjas de
75% dos limões pro
nos EUA. Exportam
mais de 37 países
mundial em licenc
de alimentos e bebid
Brasil, a Refrigerantes
é primeira indústria b
a ser licenciada para p
da marca. A bebida é
base de suco natural d
levemente gaseificada.
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