Revista TOP MARCHADOR MARCHA PICADA

NÚCLEO PIAUIENSE
Eduardo Rogério (Totó)
Garota JFS
Eduardo Mendes com sua esposa
Francisca Mendes e sua filha Eloá Mendes
Eduardo Rogério, também conhecido
como Totó, presidente do Núcleo
Piauiense dos Criadores do Cavalo
Mangalarga Marchador, um núcleo com pouco
mais de três anos de existência, fala sobre a predominância
da marcha picada no Estado do Piauí.
O mercado de marcha picada no Piauí vem
crescendo muito nos últimos anos. O NPCCMM
(Núcleo Piauiense dos Criadores do Cavalo
Mangalarga Marchador) organiza, todo mês,
uma cavalgada itinerante nos haras da região.
Esta cavalgada se iniciou há três anos com 15
cavalos, e a mais recente, realizada no mês de
junho de 2017, reuniu 118 animais, dos quais
110 eram de marcha picada.
O NPCCMM é novo, foi fundado em 2014, inicialmente
com 18 associados, sendo 14 de marcha
picada e quatro de marcha batida. Hoje
somos 52 e, destes, 47 criam animais de marcha
picada e cinco de marcha batida. Se prestarmos
atenção nestes números, podemos perceber a
forte presença da marcha picada no Piauí.
No nosso estado, temos dois haras que se destacam
na marcha picada: Haras Vale da Alegria,
de minha propriedade, e Haras Nuance, do criador
Magno Wilson Lima Ferro Cabral. O Haras
Vale da Alegria iniciou sua projeção nacional na
marcha picada levando com o Campeão
Nacional Cavalo Júnior Maior de 2012,
Conhaque do Nuance. Depois, em 2015, fez a
Reservada Campeã Nacional Jovem, Orquídea
das Caraíbas, e fez a Campeã das Campeãs de
Marcha Picada, Garota JFS. Já o Haras Nuance
produziu o campeão Conhaque do Nuance.
Em minha opinião, desde que os julgamentos
da marcha picada e da marcha batida foram
separados, tivemos uma maior procura pela
marcha picada. A partir daí, os amantes de pista
começaram a investir mais em cruzamentos e
em animais para pista, aumentando, assim, o
mercado e, consequentemente, o público das
exposições também.
Atualmente, nas exposições do Nordeste,
temos quase 50% de cada marcha e, em várias, o
número de exemplares de marcha picada é
superior ao de marcha batida. Acredito que, a
cada ano, reduziremos mais essa diferença entre
os animais das duas marchas.
O comércio das duas marchas é bem distinto e
os consumidores têm perfis diferentes. O consumidor
da marcha picada compra o animal para
montar, fazer cavalgada, esse é o maior objetivo
desse público. Como o animal de marcha picada
é, via de regra, mais barato que o de marcha batida,
e como o público é muito diversificado, acho
que a crise econômica do país não atingiu esse
público. Prova disso é a crescente entrada de
novos criadores na marcha picada. Ao viajarmos
pelo Sudeste, podemos ver que haras que antigamente
só criavam marcha batida também estão
criando marcha picada. Isso só mostra que o
comércio de marcha picada está aquecido.
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