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Revista TOP MARCHADOR MARCHA PICADA

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Coquete Parkway<br />

peão, que tinha sido jóquei em Goiânia, conhecia<br />

bem e me falou que a marcha picada voltaria<br />

à Nacional. Ele me sugeriu fazer uma prova funcional<br />

com estes animais”.<br />

Começou aí todo o esforço do atual proprietário<br />

do Haras Ardrak para expandir seu plantel<br />

de marcha picada. “Antes, a gente tinha que ver<br />

em Goiânia, então levei em um haras que tinha<br />

uma copa e estes meus dois animais foram campeões<br />

de prova funcional. Eu fiquei louco.<br />

Como sempre fui ousado, resolvi levar para a<br />

Nacional de marcha picada. A Coquete Parkway<br />

foi campeã nacional de prova funcional, de categoria<br />

e égua de marcha picada. E o outro foi<br />

campeão de prova funcional. Daí pra frente,<br />

com estes dois animais, a minha paixão por marcha<br />

picada foi crescente. Já tive alguma coisa de<br />

marcha batida, mas não era a mesma coisa”.<br />

Hoje, a tropa Ardrak do criador é muito bem<br />

selecionada. Os primeiros foram Coquete<br />

Parkway e Altivista Fat, mas ele já teve também<br />

Versátil Kafé, Havana RCB, Cantiga da Ardrak,<br />

Flamengo da Ardrak, que atualmente está trazendo<br />

uma nova tropa, Imbuia da Ardrak e<br />

Jardineira da Ardrak.<br />

Determinação e pioneirismo para<br />

trazer a marcha picada para o<br />

Centro-Oeste<br />

“Viajamos muito, fomos a vários lugares para<br />

chegarmos onde estamos. Naquele tempo, tinha<br />

que ir a Brasília, e a gente tinha que ligar e combinar<br />

com outros criadores de levar os animais<br />

para completar três machos, três fêmeas e três<br />

castrados. Às vezes, eu ia buscar um castrado a<br />

200 km de Goiânia para ele participar de uma<br />

prova de marcha picada. Chegava nos lugares e<br />

ninguém nem olhava para a gente, mas nós não<br />

ligávamos, porque sabíamos que iria dar certo.<br />

Tínhamos amigos na picada e aquilo foi sendo o<br />

nosso mundo”.<br />

Presidente do Núcleo dos Criadores de Cavalo<br />

Mangalarga Marchador do Estado de Goiás por<br />

quatro anos, o criador realizou grandes eventos<br />

na sua gestão. Divulgou os cavalos, tanto de<br />

marcha picada quanto de marcha batida no<br />

Centro-Oeste, fez grandes exposições e foi o primeiro<br />

presidente a trazer o CBM de marcha<br />

picada para Goiás.<br />

“Era meu sonho. Imediatamente, logo após<br />

minha posse, eu fui para Belo Horizonte, para<br />

conversar com Magdi Shaat, ex-presidente da<br />

ABCCMM, saber se eles apoiavam isso. Eles disseram<br />

que apoiavam, falaram que voltaríamos a<br />

conversar em julho. Mas eu pedi para que ele<br />

homologasse naquele momento. Lá, fizemos um<br />

documento que eu trouxe para Goiás, porque<br />

eu achava que se deixasse para julho, daria problema.<br />

Em julho, quando fomos divulgar a marcha<br />

picada para o outro ano, veio um pessoal<br />

dizendo que eu não podia ter feito aquilo, trazer<br />

a marcha picada para Goiás. Então eu disse que<br />

isso não podia ficar só lá fora, isso tinha que vir<br />

para Goiás e que nosso estado tinha condições<br />

de fazer isso. E fui à luta”.<br />

O proprietário do sufixo Ardrak, então, promoveu<br />

uma grande exposição e contou com o<br />

apoio de vários criadores. “Foram 300 animais<br />

no total. Fizemos uma bela exposição. Foi muito<br />

bom, tanto para o Centro-Oeste quanto para o<br />

Brasil, porque vieram muitos dos estados de São<br />

Paulo, Rio de Janeiro. Hoje eu posso dizer que<br />

estamos em pé de igualdade, temos muita coisa<br />

boa em Goiânia”.<br />

Mercado em franca expansão<br />

Na contramão da crise econômica que ameaça<br />

vários segmentos no Brasil, o mercado de marcha<br />

picada vai muito bem, garante Marco<br />

Aurélio. “A marcha picada não tem problema.<br />

Eu faço um shopping aqui e vendo tudo de marcha<br />

picada, o resto fica para promoção. Não tem<br />

crise”, garante.<br />

Um exemplo deste cenário positivo são as<br />

provas que ele e sua equipe realizam e nunca<br />

contam com menos de 50 animais de marcha<br />

picada. “Na exposição, aqui, tem quase 80 animais.<br />

Nós tivemos a Nacional de Marcha Picada<br />

com mais de 150 animais”, diz.<br />

E a expectativa para a Nacional de 2017 também<br />

é bem otimista, segundo o proprietário do Haras<br />

Ardrak. “Espero que eles acertem a mão cem por<br />

cento. Que tenham animais mais marchados, que<br />

os juízes prestem mais atenção nos animais forçados,<br />

para a andadura dos animais, que se apure<br />

mais um pouco e se amadureça mais a mentalidade<br />

da marcha picada entre eles. Eu acho que ainda<br />

não existe este entendimento e, só agora, estão<br />

chegando a uma conclusão da marcha picada. Já<br />

estão olhando bastante para esse lado”.<br />

<strong>TOP</strong>Marchador • Marcha Picada | 171

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