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Futebol na Olimpíada Rio 2016: história e comunicabilidade no Jornal Nacional (Lucas Rodrigues Félix)

Trabalho sobre o predomínio do futebol em relação aos demais esportes na repercussão midiática, especialmente televisiva, analisando em retrospectiva o seu impacto no país e o histórico de exibições da TV Globo na área. Averigua-se de forma destacada a cobertura realizada pela emissora diante da final masculina entre Brasil e Alemanha durante a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, e a edição do Jornal Nacional sobre a conquista brasileira.

Trabalho sobre o predomínio do futebol em relação aos demais esportes na repercussão midiática, especialmente televisiva, analisando em retrospectiva o seu impacto no país e o histórico de exibições da TV Globo na área. Averigua-se de forma destacada a cobertura realizada pela emissora diante da final masculina entre Brasil e Alemanha durante a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, e a edição do Jornal Nacional sobre a conquista brasileira.

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família alega que ele jamais foi comunicado sobre as restrições. Aquele Brasileirão já era disputado<br />

em pontos corridos, formato adotado desde 2003, e o jogo foi suspenso aos treze minutos do<br />

segundo tempo, quando estava empatado sem gols.<br />

Não havia <strong>na</strong> época em nenhum modelo uma disputa consolidada do campeo<strong>na</strong>to entre<br />

clubes também <strong>no</strong> futebol femini<strong>no</strong>, mas as mulheres brasileiras surgiram com destaque <strong>na</strong><br />

modalidade graças ao bom desempenho da Seleção <strong>na</strong> <strong>Olimpíada</strong> de Ate<strong>na</strong>s, onde a equipe<br />

conquistou a medalha de prata, que se repetiu em Pequim 2008. Comandado por Marta, melhor<br />

jogadora do mundo entre 2006 e 2010, o Brasil ainda foi vice-campeão da Copa do Mundo<br />

femini<strong>na</strong> em 2007, a<strong>no</strong> em que conquistou o ouro <strong>na</strong> categoria <strong>no</strong> Pan do <strong>Rio</strong>, diante de um<br />

Maracanã com quase 70 mil torcedores presentes 72 . A falta de um grande título global, contudo, foi<br />

empecilho para a popularização do futebol femini<strong>no</strong> <strong>no</strong> país.<br />

2.3 O Brasil <strong>no</strong> centro das atenções<br />

Nas Copas de 2006 e 2010, os homens tiveram campanhas de me<strong>no</strong>r expressão se<br />

comparados com os feitos recentes do time femini<strong>no</strong>, sendo elimi<strong>na</strong>dos <strong>na</strong>s quartas de fi<strong>na</strong>l por<br />

França e Holanda, respectivamente. A derrota <strong>na</strong> África do Sul gerou grande preocupação após o<br />

país ter sido eleito em 2007 como sede do Mundial de 2014, numa decisão regulamentar e unânime<br />

do Comitê Executivo da Fifa, já que o Brasil chegou ao dia decisivo como candidato único,<br />

angariando o apoio dos postulantes anteriores, como Argenti<strong>na</strong>, Chile e Colômbia. Até essa<br />

escolha, a federação promovia um rodízio de continentes para a seleção do país-sede da Copa.<br />

Nos dois a<strong>no</strong>s seguintes, dezoito capitais brasileiras travaram um intenso combate político<br />

para a definição das subsedes do Mundial. A única opinião unânime era sobre a fi<strong>na</strong>l <strong>no</strong> <strong>Rio</strong> de<br />

Janeiro, com o Maracanã tor<strong>na</strong>ndo-se o segundo estádio do mundo a receber duas decisões de<br />

Copa, depois somente do Azteca, <strong>no</strong> México. O gover<strong>no</strong> primeiramente convenceu a Fifa de que a<br />

melhor opção para as dimensões continentais do Brasil era espalhar o torneio por doze cidades,<br />

número acima do recomendado pela federação. A quantidade garantiu <strong>na</strong> lista das escolhidas<br />

algumas praças sem times locais presentes <strong>na</strong>s principais divisões do futebol brasileiro.<br />

Belo Horizonte (Mineirão), Brasília (Estádio Nacio<strong>na</strong>l), Cuiabá (Are<strong>na</strong> Panta<strong>na</strong>l), Curitiba<br />

(Are<strong>na</strong> da Baixada), Fortaleza (Castelão), Ma<strong>na</strong>us (Are<strong>na</strong> da Amazônia), Natal (Are<strong>na</strong> das Du<strong>na</strong>s),<br />

Porto Alegre (Beira-<strong>Rio</strong>), Recife (Are<strong>na</strong> Per<strong>na</strong>mbuco), <strong>Rio</strong> de Janeiro (Maracanã), Salvador (Fonte<br />

72<br />

A conquista veio com uma goleada por 5 a 0 sobre os Estados Unidos. Disponível em:<br />

http://globoesporte.globo.com/PAN/Noticias/0,,MUL79560-3873,00.html. Acesso em: 15 abr. 2017.

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