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Futebol na Olimpíada Rio 2016: história e comunicabilidade no Jornal Nacional (Lucas Rodrigues Félix)

Trabalho sobre o predomínio do futebol em relação aos demais esportes na repercussão midiática, especialmente televisiva, analisando em retrospectiva o seu impacto no país e o histórico de exibições da TV Globo na área. Averigua-se de forma destacada a cobertura realizada pela emissora diante da final masculina entre Brasil e Alemanha durante a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, e a edição do Jornal Nacional sobre a conquista brasileira.

Trabalho sobre o predomínio do futebol em relação aos demais esportes na repercussão midiática, especialmente televisiva, analisando em retrospectiva o seu impacto no país e o histórico de exibições da TV Globo na área. Averigua-se de forma destacada a cobertura realizada pela emissora diante da final masculina entre Brasil e Alemanha durante a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, e a edição do Jornal Nacional sobre a conquista brasileira.

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49<br />

seguintes. Pode ser apontado como o primeiro grande confronto da equipe a semifi<strong>na</strong>l diante do<br />

Uruguai <strong>no</strong> Mineirão, vencida por 2 a 1.<br />

A fi<strong>na</strong>l do torneio, diante da Espanha, foi <strong>no</strong> Maracanã, que antes já havia sido palco<br />

também da conquista da Copa América de 1989, quando o Brasil venceu o Uruguai por 1 a 0. Em<br />

2013, confrontando com os então bicampeões da Europa, invictos há 29 jogos 74 , o placar foi mais<br />

elástico: 3 a 0. Foi uma <strong>no</strong>ite em que tudo deu certo. Fred marcou logo <strong>no</strong> primeiro minuto de jogo.<br />

Os espanhóis, atordoados, tardaram a esboçar qualquer reação. Pedro até tentou fi<strong>na</strong>lizar, mas<br />

David Luiz tirou a bola em cima da linha. Neymar, o grande craque brasileiro da década, sendo o<br />

primeiro desde Kaká 75 a figurar entre os três melhores do mundo, foi o responsável por ampliar o<br />

placar, que se transformou em goleada com <strong>no</strong>vo gol de Fred. Os gritos de “o campeão voltou”,<br />

mesmo com o Brasil tendo vencido o torneio também em 2009, quando superou os Estados<br />

Unidos, resumiam o sentimento da torcida, que presumia ter diante dos seus olhos uma <strong>no</strong>va<br />

família Scolari, já imagi<strong>na</strong>ndo a continuação do enredo <strong>no</strong> a<strong>no</strong> seguinte. Um dia depois, o Jor<strong>na</strong>l<br />

Nacio<strong>na</strong>l <strong>na</strong>rrou em reportagem de Re<strong>na</strong>to Ribeiro o que chamou de “<strong>no</strong>ite mágica” <strong>no</strong> principal<br />

estádio do Brasil.<br />

Já foi um gigante. Era conhecido como o maior do mundo. Uma reforma o encolheu para<br />

78 mil lugares. Há quem diga que esse não é aquele Maraca, é outro estádio, mas a alma<br />

do velho Maracanã permaneceu. Visual do século XXI, coração do século XX. Ele<br />

encolheu <strong>no</strong> tamanho, mas não <strong>na</strong> sensação que provoca. [...]<br />

O Maracanã ig<strong>no</strong>ra protocolos. Se o Hi<strong>no</strong> não é tocado até o fim, os alto-falantes <strong>na</strong>turais<br />

do estádio dão conta de tudo. O Maraca é cruel com os adversários, incansável. Não<br />

houve sossego para a Espanha. O famoso toque de bola tinha uma trilha so<strong>no</strong>ra (vaias). E<br />

quando era o Brasil que tocava a bola, os espanhóis viram tudo se inverter. O toureiro<br />

virou touro. Olé.<br />

O Maracanã cria ídolos, faz carinho em quem merece. Ontem foram muitos. David Luiz,<br />

Júlio Cesar, Hulk, Neymar... O gigante acordou. Os gigantes acordaram, juntos, o<br />

Maracanã e o time. [...]<br />

Assim é o Maracanã, uma massa de pessoas juntas, dando forma e vida ao concreto. Ah,<br />

se o Maraca falasse... O que ele diria? Talvez, “obrigado”. O campeão voltou, voltou<br />

para casa. (Jor<strong>na</strong>l Nacio<strong>na</strong>l. TV Globo. 1 de julho de 2013. Disponível em<br />

http://g1.globo.com/jor<strong>na</strong>l-<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l/videos/t/edicoes/v/maraca<strong>na</strong>-um-gigante-de-almaviva-re<strong>no</strong>vado-e-com-muitas-vozes/2666415/)<br />

74<br />

O time espanhol não era derrotado em partidas oficiais desde a estreia <strong>na</strong> Copa do Mundo de 2010, quando<br />

conquistou o título mundial pela primeira vez em fi<strong>na</strong>l contra a Holanda. Disponível em:<br />

https://esportes.terra.com.br/futebol/espanha-continua-invicta-ha-3-a<strong>no</strong>s-e-29-jogos-em-competicoesoficiais,19b0b78c2b28f310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html.<br />

Acesso em: 15 abr. 2017.<br />

75<br />

O jogador foi o último a ser eleito melhor do mundo antes do começo de uma supremacia com o posto sendo<br />

revezado entre o argenti<strong>no</strong> Lionel Messi e o português Cristia<strong>no</strong> Ro<strong>na</strong>ldo. Disponível em:<br />

http://extra.globo.com/esporte/sou-ultimo-bola-de-ouro-que-<strong>na</strong>sceu-neste-planeta-diz-kaka-17530346.html.<br />

Acesso em: 16 abr. 2017.

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