You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
NA NOSSA EXISTÊNCIA<br />
As mudanças sempre existirão<br />
“DORMIMOS NO MUNDO DOS PAIS E<br />
ACORDAMOS NO MUNDO DOS FILHOS”<br />
¹ Formado em Filosofia e Ciências Jurídicas e pós-graduado em Gestão de Pes-<br />
soas, Advogado, Jornalista e ocupante da cadeira nº 17 da Academia Sergipana<br />
de Letras. Membro da Associação Cearense de Escritores - ACE<br />
Ci vediamo.<br />
tchau<br />
Wir sehen uns.<br />
bye<br />
À bientôt.<br />
olhos, de nossos cuidados. Vão-se, deixando<br />
para trás tudo aquilo que adornou seus nascimentos,<br />
suas infâncias e adolescências.<br />
Deixam-nos sós. Fica a ditadura da ausência,<br />
dos longos dias de solidão, das horas amargas.<br />
Subsiste apenas a dependência das cartas,<br />
dos telefonemas, dos “e-mails”. Ficam<br />
também as lembranças, o quarto vazio e um<br />
vazio enorme nas nossas almas.<br />
Eles vão à busca de novidades, de novos<br />
horizontes. Vão, como se diz na gíria, à procura<br />
de seus “portos seguros”, de seus “arcos-íris”.<br />
Não raro, constroem pontes que os levam<br />
seguros aos seus destinos. Outras, nem<br />
tanto, pois molham a argila e patinam atolados<br />
em seus próprios caprichos.<br />
Mas, lá se vão. O mundo é seu teto, as<br />
metrópoles seus aconchegos, o imprevisível<br />
seus objetivos.<br />
Na verdade, o que mais dói nisso tudo, é<br />
o como acontece essa mudança. Raramente<br />
existem aqueles “adeuses” de antigamente,<br />
recheados de choro mútuo e de saudades.<br />
Acabou. Para os pais é o fim. Para eles é<br />
o começo de tudo. Não é incomum o filho<br />
dizer: “Só de pensar nesta liberdade já me<br />
sinto feliz; nada de ‘jugo’, de ‘opressão’, de<br />
monitoramento dos ‘velhos’. Estou livre!<br />
Que bom! Agora posso fazer do meu jeito”!...<br />
Coitados! Além de não existir esta tão<br />
festejada liberdade, as asperezas das cobranças<br />
serão logo sentidas e bem piores<br />
que o monitoramento dos “velhos”.