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Revista Curinga Edição 11

Revista Laboratorial do Curso de Graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto.

Revista Laboratorial do Curso de Graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto.

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Expediente<br />

Editorial<br />

<strong>Curinga</strong> é uma publicação da disciplina Laboratório Impresso II.<br />

<strong>Revista</strong> produzida pelos alunos do curso de Jornalismo da Ufop.<br />

Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA). Departamento de<br />

Ciências Sociais, Jornalismo e Serviço Social (DECSO).<br />

Universidade Federal de Ouro Preto.<br />

Professores Responsáveis<br />

Frederico Tavares - <strong>11</strong>3<strong>11</strong>/MG (Reportagem)<br />

Lucília Borges (Planejamento Visual)<br />

Ana Carolina Lima Santos (Fotografia)<br />

Editor geral<br />

João Gabriel Nani<br />

Subeditora<br />

Ana Clara Castro<br />

Editora de Arte<br />

Nathália Souza<br />

Subeditora de Arte<br />

Rosi Silveira<br />

Editora de Fotografia<br />

Paula Bamberg<br />

Editor de Multimídia<br />

Cristiano Gomes<br />

Redatores<br />

Diagramadores<br />

Fotógrafos<br />

Bárbara Monteiro, Bruna Fontes,<br />

Dalília Caetano, Danielle Diehl,<br />

Dayane Barreto, Fernanda<br />

Mafia, Filipe Monteiro, Gabriel<br />

Falconiere, Hiago Maia, Kênia<br />

Marcília, Laura Vasconcelos,<br />

Marcos Resende, Rosana Maria<br />

Carolina Brito, Carolina Lourenço,<br />

Caroline Gomes, Daniela Karine,<br />

Geovani Fernandes, Gisela<br />

Cardoso, Flávia Silva, Maria<br />

Fernanda Pulici, Pablo Silva,<br />

Thiago Novais<br />

Ana Luísa Reis, Bruna Lapa,<br />

Isadora Ribeiro, Isabella Madureira,<br />

Júlia Mara Cunha, Lucas Machado,<br />

Mayra Santos, Maysa Alves, Osmar<br />

Lopes, Pedro Carvalho, Thiago<br />

Huszar, Viviane Ferreira<br />

Foto da capa: Paula Bamberg<br />

Monitora: Tamires Duarte<br />

O que é a morte para mim? Como eu lido<br />

com o fim? Como viver depois de um fim? Como não<br />

viver? Desistir é mais fácil que morrer? Quem disse<br />

o que disse a morte e por quê? Quem fala da morte?<br />

Quem lida, o que fazer com o corpo já sem vida ou em<br />

vias de morrer? Dar vida ao corpo que já foi pela escrita.<br />

Como renascer o morto em palavras? Dessa vida<br />

não se leva nada, mas quanto custa um pedaço dentro<br />

do chão, ou a matéria do corpo na cinza? Como as culturas<br />

encaram a morte? Como agir na vida de um outro,<br />

mesmo estando morto? O que é decidir a hora de<br />

morrer? Coragem ou medo? Nenhum dos dois. Quem<br />

decide não explica depois.<br />

Como eu fico depois que partiu quem era parte de<br />

mim? O que muda na casa que era de dois? No convívio<br />

que era meu e seu? Lembrança que nutre a saudade,<br />

lembrança que adoça a vida, lembrança que dói,<br />

angústia gelada de um coração que ainda é quente de<br />

vida e pulsa do amor seu/meu.<br />

E se acontecer o hospital no meio do caminho?<br />

O coma? Os olhos fechados? A rachadura na pele? O<br />

que acontece ao te ver deitado, inerte, que respira em<br />

apare- lhos mas que continua com o coração batendo.<br />

Será só o aparelho? Ou você ainda está aí? Vai de repente<br />

levantar e contar de um sonho estranho, ou me<br />

confidenciar como é se olhar de cima? Ou vai esperar,<br />

aí deitado, o momento em que me deitarei com você?<br />

A lágrima ainda cai dos olhos, mas será que você sabe<br />

que está chorando?<br />

Um dia. Será que é tudo que tenho? Será melhor<br />

pensar assim? Viver como se fosse o último dia... e se<br />

fosse? O que realmente importa depois da certeza de<br />

morrer? Será que eu ia querer saber? O que a morte<br />

acha de si? A escrita que a coloca em pronome pessoal.<br />

E tudo o que já vimos morrer? Em tempos de correria,<br />

nossos mecanismos morreram, como lidar com a tecnologia<br />

acelerada que não nos deixa dar adeus? O que<br />

marca nossas vidas com a identidade digital? O sujeito<br />

é sempre indefinido.<br />

Por que falar de morte? Por que não falar?<br />

Nesta edição da <strong>Curinga</strong> o intuito não é responder<br />

perguntas, muito menos ensinar a sofrer. Não ajudamos<br />

no luto, não sabemos nada daquilo que vai acontecer,<br />

nem mesmo se era, de fato, pra ser. Não nos cabe<br />

falar de religião, de dor ou de perda. Não nos cabe o<br />

saber. Nada da falta pode ser preenchido. Só mais falta<br />

vai fazer…<br />

Ana Clara Castro e João Gabriel Nani<br />

Agradecimento especial à Morte!<br />

Endereço:<br />

Rua do Catete, 166 - Centro<br />

35420-000, Mariana - MG<br />

Julho/2014<br />

Cartas do Leitor<br />

Para comentar as matérias ou sugerir<br />

pautas para a nossa próxima edição, envie<br />

e-mail para: revistacuringa@icsa.ufop.br

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