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conversas
viver mais. Vivenciar mais. Ser
Conversas com Sabor
diferentes muitas vezes. É mais
fácil? Existe maior procura mas
não quer dizer que seja mais fácil,
e além de existir maior procura,
há menos oferta de qualidade. Por
outro lado, como são muitas agências,
o produto que nós temos, muita
gente não chega para aquilo que
pretendemos. Há um determinado
segmento de mercado, entre os 150
e os 200 em que tu tens o cliente
mas não tens o produto.
Isso significa que se de hoje para
amanhã quiser pôr o nosso apartamento
à venda por 190 mil,
vendo-o na boa. Qual é o mercado
estrangeiro que mais procura
imobiliário na Madeira?
Sílvia -De acordo com a minha
experiência, é o francês. E o emigrante
francês.
E o emigrante venezuelano, continua
a procurar imobiliário na
Madeira?
- Continua.
Qual é o tipo de casa que mais se
vende nesta terra?
Vítor - Depende da época, quer
dizer, há uns tempos, não se vendiam
T1. Era muito difícil vender
um T1 e hoje em dia é muito
fácil vender um T1. É mais barato
e para investimento é melhor
porque as pessoas compram para
alojamento local. É preferível ter
2 T1 do que um T2, por exemplo.
Neste momento, os T1 e T2 são os
que tenham mais procura. Quem
os compra são pessoas jovens que
estão a constituir família e que de
um momento para outro, vão para
fora para continuar os estudos ou
para trabalhar. Os arrendamentos
estão em alta, também. As pessoas
deixam as suas casas e alugam-nas.
Como é ter quatro filhos nos dias
que correm?
Vítor - Há sempre alegria, barulho
e alegria no lar mas acredito
que numa família com 4 filhos ou
mais, exista mais disciplina. Tem
que haver. Um, dois filhos, tolerase
algumas coisas mas numa família
de quatro, cinco tem que haver
mais disciplina.
Onde é que vais quando queres
silêncio?
Vítor - Às vezes, agarro-me à guitarra.
Leio. Outras vezes, pego no
carro e saio.
Quando estás com alguém que
pede uma Coca-Cola para acompanhar
um Cozido à Portuguesa,
o que é que te apetece fazer?
Sílvia - Nunca me deparei com isso
mas se isso acontecesse, provavelmente
diria: que falta de gosto!.
Provavelmente não diria nada mas
ficaria um tanto chocada.
Preferes uma prova-cega ou um
“blind-date”?
Sílvia - Uma prova cega, sem dúvida.
Há pessoas que, ao provarem o
vinho, mergulham o nariz todo
dentro do copo. É necessário
isso?
Sílvia - Claro que não...
Vítor, cozinhar é sempre um acto
de paixão quando o fazes, ou
pode ser uma obrigação quando
és obrigado a tal?
- Mesmo quando sou obrigado, é
sempre uma paixão.
De que forma consegues casar,
se é que é casável, o teu gosto
pela música com o gosto pela
cozinha?
- Paixão.
Pões alguma música especial
quando estás a cozinhar?
- Não especial, mas cozinho com
música.
O primeiro álbum de música que
te tenha batido com força e que
ainda hoje recordas e que se
calhar, ainda lá tens na tua discografia
lá em casa?
- Foi um álbum que hoje em dia
não oiço mas na altura, por causa
da capa, e que era da banda Kiss.
Olhando para tua pessoa calma,
introspectiva e serena, ninguém
diria que serias baixo de uma
banda de rock. Isso é o quê? Uma
forma de escape, purga, uma
catárse, ou nada disto?
- Acho que, tem a ver com a paixão
que tenho pela música desde sempre.
O tocar baixo foi um acidente
de percurso porque tocava guitarra.
Sou um autodidacta. Foi um
acidente de percurso porque tocava
guitarra e por, necessidade, perdemos
o nosso baixista, entrou o
vocalista que também era guitarrista
e como faltava o baixista, lá
fui eu. E gosto também. Acho que
se tocasse ferrinhos também ia gostar
porque a música está na alma.
O Vítor é bom a dar-te música,
Sílvia?
- Às vezes...
Se estivesse a fazer uma entrevista
de recrutamento, e naturalmente
não te conheço, de uma
forma resumida, como é que
apresentarias?
Vítor - Se calhar, vou responder
com frases feitas e clichés... Quando
agarro um projecto, vou até ao
fim e dou tudo aquilo que tenho. E
sou completamente leal à causa a
que me proponho. Aprendo rapidamente
e tenho capacidade para
aceitar que errei. Reconheço os
meus erros mas aprendo rapidamente
e erro só uma vez.
A ... não será um projecto?
- Sim.
A inveja é algo que te atinge?
Sílvia - Acho que, nós mulheres,
não gostamos de admitir isso.
Somos um povo que na nossa
generalidade, que gosta de celebrar
o êxito alheio ou nos incomodamos?
- Não me incomoda de todo.
Um dia perfeito com ela, Vítor,
como é que é?
- É com ela. Nada mais.
As cartas de amor, os emails e os
sms, continuam ou poderão continuar
a ser ridículas ou continua
a ter o seu espaço e o seu valor?
Vítor - Continua sempre a ter o seu
espaço e o seu valor.
O Vítor é um romântico?
Sílvia - É. É mais do que eu.
Se tivesses que, neste momento,
escrever uma palavra ou uma frase
para ofereceres à Sílvia, o que
é que escreverias?
- ...Ainda bem que apareceste. Ainda
bem que te sentaste naquela
mesa, naquele dia. Obrigado por
isso.
De que forma definirias a vossa
relação, passados dois anos e tal?
Sílvia - Mais forte. Acho que, vivida
com mais intensidade e aproveitar,
reconhecer os erros e compreender.
Temos uma comunicação
muito simpática entre nós.
Aquela pergunta que não te fiz
durante esta conversa e que tu
gostarias de ter respondido?
Sílvia - O que dizem os teus olhos?
(risos)... Não.
O que diz a tua alma?
Sílvia - Diz que eu quero viver. E
mais equilibrada em termos emocionais.
Tenho imenso orgulho no
Vítor e que agradeço imenso esta
vossa disponibilidade em fazer este
convívio.
O que é que não tens na tua vida
que achas que faria falta?
Sílvia - Não ter conhecido o Vítor
mais cedo.>
Agradecimento:
Susana Cruz penteada e maquilhada
por Salão Ana, rua do Surdo,
38 - 1º Esq. - Funchal
Contacto:
291 235 681/ 966 919 209
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saber | JANEIRO | 2018