S248[online]

António Cruz
acruz.funchal@abreu.pt
Texto e fotos
António Cruz escreve de acordo
com a antiga ortografia.
A primeira certeza que e assiste é de que a Madeira consegue
manter-me em estado de surpresa em muitos dos planos de
que é feita. E o hoteleiro, sendo esta uma ilha vocacionada
para bem receber, esmera-se cada vez mais em ser diferente,
1 2
A entrada de um qualquer espaço é como que o cartão de visita do que nos
será proposto. É o primeiro embate e um género de desafio para os nossos
sentidos. E ao franquearmos a porta do Saccharum, toda a dimensão respirável
que se recebe no loby, e que de imediato nos envolve, é a garantia de
que a decisão de por aqui estar alguns dias se demonstra inquestionável. E
como a despedida será obrigatoriamente por este espaço, a vontade de voltar
o quanto antes é também uma certeza com que de lá sairemos.
Os quartos primam por uma decoração imaculada no que a bom gosto
respeita. Através do espaço generoso convidam-nos à evasão. Através
dos materiais utilizados convidam-nos ao conforto. Através das soluções
arquitectónicas exigem-nos os sorrisos, os olhares pousados, as energias
positivas.
3 4
Existem espaços para tudo. Para o céu azul e para o azul do mar, ambos
atingíveis a partir de onde quer que seja. Existem os espaços pacificados e
os de maior pulsar, dependendo do estado de espírito de cada um. Existem
soluções de relaxamento para o corpo, e de plenitude para a alma.
De bem comer também se fala acerca dos conceitos de restauração que o
Saccharum nos propõe. Ou o pequeno bar junto à piscina para adultos, ou o
grande espaço onde pela manhã todos se encontram para um pequeno-almoço
abundante. Ou o Trapiche, que ao longo do dia e no final do mesmo sugere
refeições mais ou menos ligeiras, mais ou menos requintadas, dependendo
também da vontade dos hóspedes e dos sabores por onde queremos enveredar.
30
saber | JANEIRO | 2018