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20<br />
anos<br />
Motores... Novo Toyota Auris Diesel<br />
Nutrição... Como alimentar o sono?<br />
ANO XX • N.º248 Mensal Janeiro 2018 • €2<br />
Bom Ano Madeira!<br />
Retrospetivas e Previsões<br />
A a Z<br />
Jorge Luz<br />
Viajar com Saber<br />
Savoy Saccharum<br />
Resort & Spa
Online<br />
prEçOS DE pubLiCiDaDE OnLinE [WWW.TribunaDaMaDEira.Tv]<br />
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Cobertura de eventos e notícias das autarquias 1400 €/mês<br />
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no site do canal<br />
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do Semanário Tribuna da Madeira<br />
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Parque Empresarial da Zona Oeste,<br />
Lote 7, Socorridos<br />
9304-006 Câmara de Lobos, Madeira / Portugal<br />
Telefones: 291 911400 / 291 911300<br />
Fax: 291 911 409<br />
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Web: www.tribunadamadeira.tv<br />
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Nº Contribuinte: Responsável:<br />
Formato: Periodicidade: Semanal Mensal Anual<br />
Preço: Forma de pagamento:<br />
Obs.<br />
Data_____/_____/_____<br />
Tribuna da Madeira.TV Empresa anunciante (pôr carimbo)
04<br />
06<br />
09<br />
10<br />
Entrevista<br />
Surgiu em Portugal, em<br />
2009, numa iniciativa da<br />
ex-modelo e empresária<br />
madeirense, Ana Claudia<br />
Vaz e em 2016, surgiu<br />
o projeto regional pela<br />
iniciativa da empresária<br />
Marisa Santos. O que é e<br />
como atua a rede social<br />
de networking ‘Adoro.<br />
Ser.Mulher Madeira’ pela<br />
voz da sua responsável<br />
regional, Marisa Santos.<br />
Cultura<br />
2017 em retrospetiva<br />
Previsões 2018<br />
Natal<br />
Nas ruas do Funchal<br />
sumário<br />
24<br />
26<br />
30<br />
32<br />
34<br />
35<br />
A a Z<br />
Jorge Luz<br />
Fotografia<br />
Subaquática Madeira<br />
Viajar com Saber<br />
Hotel Savoy Saccharum Resort<br />
& Spa<br />
(Des)Conhecida Arte<br />
Ovodecor<br />
Cinema<br />
O Fim da Inocência<br />
Tecnologia<br />
Amazon Music Unlimited já está<br />
disponível em Portugal<br />
12<br />
Natal<br />
Nas ruas de Porto Santo<br />
36<br />
Motores<br />
O novo Toyota Auris Diesel<br />
14<br />
19<br />
Conversas com Sabor<br />
Vítor Freitas e Sílvia Malster<br />
Marcas Icónicas<br />
Ferrari<br />
Marisa Santos<br />
entrevista PAG. 04<br />
38<br />
40<br />
Makeover<br />
Porque juntas somos mais fortes:<br />
a magia da maquilhagem<br />
Dicas de Moda<br />
Festive Season<br />
20<br />
20<br />
22<br />
Opinião<br />
Hélder Spínola<br />
Blogue de...<br />
Miguel Pires<br />
Dos insultos à inteligência<br />
Opinião<br />
António Castro<br />
42<br />
45<br />
56<br />
Agenda Cultural<br />
Madeira<br />
Janeiro<br />
Social<br />
À mesa com...<br />
Fernando Olim<br />
23<br />
Nutrição<br />
Como alimentar o sono?<br />
Vítor Freitas e Sílvia Malster<br />
58<br />
Site do Mês<br />
www.tribunadamadeira.tv<br />
Conversas com Sabor PAG. 14<br />
Siga-nos também em www.facebook.com/sabermadeira<br />
e em www.sabermadeira.pt<br />
saber | JANEIRO | 2018<br />
3
ENTREVISTA<br />
“O Adoro.Ser.Mulher é uma rede infindável de<br />
Marisa Santos<br />
{<br />
“Somos<br />
procuradas por<br />
mulheres que<br />
querem dar um<br />
novo ‘elan’ às<br />
suas vidas”<br />
{<br />
O mérito pode ser ainda<br />
predominantemente masculino<br />
mas também é um facto que,<br />
nos últimos anos, são cada vez<br />
mais as mulheres com papel<br />
empresarial predominante em<br />
diversas áreas. Não há limites<br />
para o empreendedorismo<br />
feminino que ganha expressão<br />
em comunidades de<br />
networking internacionais,<br />
sendo disto exemplo o ‘Adoro.<br />
Ser.Mulher’. Esta rede social<br />
foi fundada em 2009 pela<br />
madeirense Ana Claudia Vaz,<br />
uma ex-modelo e empresária residente em Lisboa. Este projeto<br />
reúne atualmente mais de 500 empreendedoras em 8 países,<br />
tendo chegado ao Funchal em 2016 pela iniciativa de Marisa<br />
Santos. O primeiro aniversário do Adoro.Ser.Mulher Madeira foi<br />
celebrado no final de 2017 no Design Centre Nini Andrade da<br />
Silva, momento esse que serviu também para fazer um balanço<br />
positivo ao projeto por parte da sua responsável na Madeira.<br />
Marisa Santos, de 40 anos, empresária e Vice-presidente da<br />
Associação de Jovens Empresários da Madeira, é formada em<br />
Comunicação Social com especialização em Comunicação<br />
Cultural, Pós-graduação em Estudos Europeus e Mestrado em<br />
Ciência Política Europeia. Tendo colaborado na organização do<br />
Funchal 500 Anos, entre outros projetos, quer na Madeira, quer<br />
no continente (Câmara Municipal de Setúbal), Marisa Santos foi<br />
deputada do PSD na Assembleia Municipal do Funchal. Lançou<br />
a carreira empresarial em 2008, com a criação da empresa<br />
BabyHome Handmade. Em 2009, entrou na direção da AJEM<br />
com o cargo de Vogal. É, atualmente, vice-presidente desta<br />
associação presidida por Nuno Agostinho, e preside ainda à<br />
Secção da Cultura dos Trabalhadores Sociais Democratas.<br />
Dulcina Branco<br />
Fotos: Fotos gentilmente cedidas pela entrevistada<br />
4<br />
saber | JANEIRO | 2018
contactos e oportunidades de desenvolvimento”<br />
Como surgiu o Adoro.Ser.Mulher<br />
Madeira?<br />
- A 'Internacional Network for Business<br />
Women', Adoro.Ser.Mulher,<br />
surgiu na Madeira há um ano atrás,<br />
através da jornalista Dina Aguiar.<br />
A Dina Aguiar é Embaixadora deste<br />
projeto e, em determinada altura,<br />
publicou nas redes sociais esta proximidade,<br />
o que me levou a pesquisar<br />
sobre o assunto e, naturalmente,<br />
cheguei à fala com a fundadora<br />
deste projeto, Ana Cláudia Vaz,<br />
uma madeirense nascida na Ilha do<br />
Porto Santo e residente em Lisboa.<br />
A empatia foi grande e daí até considerarmos<br />
a extensão deste projeto<br />
ao Arquipélago da Madeira foi um<br />
pequeno, grande passo. E avançamos.<br />
Como já estava dentro do mundo<br />
empresarial, e conhecendo muitas<br />
mulheres que desenvolvem o seu<br />
projeto empresarial, achei que estava<br />
realmente na hora de avançar e<br />
dar a conhecer este projeto que é<br />
uma rede infindável de contactos e<br />
oportunidades de desenvolvimento.<br />
Os interessados em obter mais informação<br />
sobre este projeto, podem<br />
contactar-nos através da página de<br />
facebook www.facebook.com/adorosermulhermadeira/,<br />
email madeiraadorosermulher@gmail.com<br />
e<br />
através do site www.adorosermulher.com<br />
Qual o balanço a este primeiro ano<br />
deste projeto?<br />
- Temos crescido, devagar, divulgado<br />
o projeto e promovido iniciativas<br />
junto da comunidade em geral.<br />
Temos cerca de 50 mulheres empreendedoras<br />
registadas e um grupo de<br />
trabalho, pequeno mas muito coeso<br />
e dinâmico, que abrange várias áreas<br />
empresariais, desde o ramo imobiliário,<br />
comércio tradicional, consultoria<br />
na área da engenharia civil,<br />
gastronomia e restauração, serviços,<br />
design de moda, personal organizer...<br />
Considera que este era um projeto<br />
necessário para a Madeira, porquê?<br />
- Este é um projeto necessário na<br />
Madeira porque temos um número<br />
crescente de mulheres empreendedoras<br />
na Região que apostam cada vez<br />
mais no desenvolvimento empresarial.<br />
Temos aquele grupo de empresárias<br />
que já tem empresa, ideia formalizada<br />
e, temos aquele grupo de<br />
mulheres que tem a ideia e não sabe<br />
muito bem por onde começar, e nós<br />
estamos aqui para encaminhar, ajudar<br />
e orientar. Tudo tem um início,<br />
e nós enquanto rede internacional,<br />
podemos e temos esse papel de<br />
orientar e proporcionar a ocasião ou<br />
momento para dar o passo. Porque<br />
tem haver aqui uma sintonia para<br />
que tudo funcione em harmonia.<br />
Nos eventos que temos organizado,<br />
somos procuradas por mulheres que<br />
querem dar um novo 'elan' às suas<br />
vidas e poderem concretizar algo<br />
seu. Mas tem de haver aqui uma sintonia<br />
entre o pensamento e o sentimento<br />
para que tudo se concretize,<br />
que seja encontrado o caminho. Tem<br />
de haver confiança, ousadia e, acima<br />
de tudo, amor próprio.<br />
Quais são os principais desafios e<br />
como é que, na prática, o Adoro.<br />
Ser.Mulher se interliga com a realidade<br />
empresarial atual?<br />
- Os desafios são enormes mas o<br />
maior, acima de tudo é, sem dúvida,<br />
cimentar a marca e fazer chegar<br />
a mensagem ao maior número<br />
de mulheres, não só a nível regional<br />
mas também a nível nacional e internacional,<br />
dado que, esta rede estende-se<br />
a várias cidades do continente<br />
europeu, africano e americano, o<br />
que facilita os contactos, intercâmbio<br />
de ideias, fomentação de parcerias<br />
e crescimento do negócio, sem<br />
ter a necessidade de estar fisicamente<br />
num determinado local. A realidade<br />
atual é muito diferente da realidade<br />
de há 20 anos. O modo como<br />
se podem fazer os negócios mudou<br />
muito. A internet, o networking, neste<br />
caso, dentro da rede do Adoro.<br />
Ser.Mulher, proporciona um mundo<br />
infindável de oportunidades e, neste<br />
aspeto, temos que ter a ousadia<br />
de sair da caixa e pensar o negócio<br />
numa perspetiva mais interventiva<br />
e aberta ao mundo. Não podemos<br />
continuar a nos limitar a este espaço<br />
insular e fazer negócio com o amigo,<br />
com o vizinho da porta ao lado.<br />
Temos de abrir a nossa mentalidade<br />
e abrir o nosso negócio às oportunidades,<br />
sem medo, e dar-lhe alma.<br />
Eu não tenho medo de ir ao encontro<br />
de uma outra mulher que tenha<br />
um negócio na mesma área que eu, e<br />
propor-lhe uma parceria no sentido<br />
de me fornecer um artigo ou serviço<br />
que não disponho. Para quê fazer o<br />
mesmo que ela, se ela já o faz, e tão<br />
bem? Prefiro requisitar o seu serviço<br />
e completar o pedido e satisfazer<br />
o teu cliente na totalidade, ganhando<br />
eu, ganhando a minha parceira<br />
de negócio e ganhando o cliente.<br />
Hoje em dia muitas pessoas continuam<br />
presas ao conceito tradicional<br />
de fazer o negócio, presencialmente<br />
ou ter um espaço físico mas, estas<br />
premissas no contexto atual já não<br />
são determinantes para o sucesso de<br />
um negócio, quando temos um espaço<br />
infindável de contactos e oportunidades<br />
no mundo virtual e a partir<br />
de casa e à distância de um clique.<br />
Há novas ideias na forja?<br />
- Sim. Está a ser desenvolvida uma<br />
nova plataforma, mais moderna e<br />
completa que é www.adorosermulher.com<br />
e pode já ser consultada<br />
e onde as mulheres podem fazer<br />
o registo na Rede e associar-se ao<br />
Adoro.Ser.Mulher. Associada a esta<br />
plataforma, temos também a APP,<br />
muito útil e fácil consulta. Vamos<br />
realizar no final do mês de janeiro<br />
de 2018, a 1.ª Convenção de Gestoras<br />
do Adoro.Ser.Mulher. Por outro<br />
lado, está a ser trabalhada a 1.ª Feira<br />
de Empreendedorismo Feminino<br />
Intercultural que vai acontecer na<br />
Cidade de Sintra de 1 a 3 de junho<br />
de 2018. A nível regional, estamos<br />
a desenvolver um projeto designado<br />
por Empower Yourself, que foi já<br />
apresentado mas queremos dar-lhe<br />
corpo e força neste novo ano. Entretanto,<br />
estamos a preparar várias<br />
parcerias e outros projetos que de<br />
momento são ainda muito embrionários<br />
mas que passam pelo crescimento<br />
do Adoro.Ser.Mulher na Região e<br />
participação das nossas empresárias<br />
em outros circuitos empresariais,<br />
necessariamente fora da RAM.><br />
saber | JANEIRO | 2018 5
Cultura<br />
Adeus 2017!<br />
Bem-vindo, 2018!<br />
O começo de um novo ano é, por tradição, tempo de balanços,<br />
e como tal, os factos e personalidades que marcaram o ano na<br />
Madeira, Portugal e no resto do Mundo. Uma nota de destaque<br />
para a DDiarte. Zé Diogo e Diamantino Jesus são a dupla de<br />
fotógrafos que leva o nome da Madeira ao mais alto patamar<br />
internacional. A fotografia da capa desta edição que abre o ano<br />
novo, tem a assinatura da DDiarte, com a modelo “pequenina”<br />
Francisca que apoiada no globo que representa o nosso<br />
maravilhoso planeta azul “Terra”, traduz a nossa esperança<br />
num mundo melhor e preocupado com o futuro da Humanidade.<br />
Aos nossos leitores e amigos, o nosso muito obrigado!<br />
Dulcina Branco<br />
Fonte/Fotos: Internet.<br />
Foto de capa: DDiarte (Zé Diogo e<br />
Diamantino Jesus)<br />
E, porque “no princípio era<br />
o Verbo” parafraseando a<br />
abertura do primeiro capítulo<br />
do Evangelho de João, começamos<br />
com a palavra do ano 2017,<br />
em Portugal. Pelo nono ano consecutivo,<br />
a Porto Editora promoveu a<br />
iniciativa “A PALAVRA DO ANO”<br />
através do site www.palavradoano.<br />
pt.Iniciativa que, após o apuramento<br />
das palavras mais votadas pelos<br />
internautas, deu como mais votado<br />
o termo “Incêndios”. Os sucessivos<br />
incêndios em Portugal fizeram<br />
de 2017 um dos anos mais trágicos<br />
de sempre, pela enorme quantidade<br />
de vítimas e pela dimensão da área<br />
atingida, pelo que, “Incêndios”<br />
alcançou 37% dos votos, impondose<br />
às restantes nove palavras candidatas.<br />
No 2.º lugar, ficou o vocábulo<br />
“afeto” e, no 3.º, “floresta”.<br />
Já “Fake News” foi a palavra do<br />
ano para o Collins Dictionary, que a<br />
define: “informações falsas, muitas<br />
vezes sensacionalistas, divulgadas<br />
sob a aparência de notícias”.<br />
Mas vamos aos factos. Em 2017,<br />
o nome da vila de Pedrógão Grande<br />
ficou gravado como sinónimo da<br />
maior tragédia do país em democracia,<br />
pela dimensão da catástrofe que<br />
começou em Junho, com o incêndio<br />
que devastou os concelhos de Pedrógão<br />
Grande, Castanheira de Pêra e<br />
Figueiró dos Vinhos, passou também<br />
por Mação, Proença-a-Nova<br />
ou Alvaiázere e desembocou numa<br />
nova tragédia já em Outubro, que<br />
desfez em cinza 44 concelhos. Mor-<br />
6<br />
saber | JANEIRO | 2018
eram mais de cem pessoas, vítimas<br />
do fogo e fumo e houve mais de 300<br />
feridos, alguns deles ainda hospitalizados<br />
em Portugal, mas também<br />
em Espanha. Houve consequências<br />
políticas, com a demissão da equipa<br />
do Ministério da Administração<br />
Interna então liderada por Constança<br />
Urbano de Sousa. Uma foto feita<br />
pelo Bombeiro Helio Madeiras tornou-se<br />
a imagem visual mais mediática<br />
dos incêndios com impacto<br />
mundial. Passavam das 18 horas de<br />
domingo, quando o bombeiro profissional,<br />
de 36 anos, quis alertar<br />
os seus amigos e familiares sobre a<br />
situação: tirou a fotografia da tragédia<br />
e publicou-a nas redes sociais. A<br />
imagem foi partilhada milhares de<br />
vezes, chegando a ser divulgada no<br />
Twitter das Nações Unidas para as<br />
alterações climáticas.<br />
Na Madeira, o ano de 2017 ficará<br />
tragicamente marcado pela queda<br />
da árvore no Largo da Fonte,<br />
na freguesia do Monte. Foi a 15<br />
de agosto. Tinha acabado a missa.<br />
Uma multidão esperava, no Largo<br />
da Fonte, o início da procissão da<br />
Nossa Senhora do Monte, em honra<br />
da padroeira da Madeira. Por volta<br />
do meio-dia, um carvalho desabou<br />
da encosta e caiu. Morreram<br />
13 pessoas e 49 ficaram feridas.<br />
Em 4 de janeiro de 2018, foi comunicado<br />
que o presidente da Câmara<br />
do Funchal, Paulo Cafôfo, a vereadora<br />
do Ambiente, Idalina Perestrelo,<br />
e um funcionário da autarquia<br />
foram constituídos arguidos<br />
no âmbito do inquérito à queda da<br />
árvore no Monte.<br />
Na política portuguesa, este foi o<br />
ano do Presidente da República, ou<br />
a forma com que Marcelo Rebelo de<br />
Sousa exerce a Presidência, sobretudo<br />
junto do povo. Uma fórmula de<br />
sucesso que mudou o paradigma da<br />
política nacional. Não admira pois,<br />
que o termo “afeto” fosse um dos<br />
mais votados para palavra do ano.<br />
Teve também outra ‘estrela’ política:<br />
Mário Centeno. O ano que passou<br />
foi o ano do ministro das Finanças,<br />
eleito pelos seus pares da zona<br />
euro presidente do Eurogrupo.<br />
Num ano em que houve greves em<br />
tudo: de médicos, de enfermeiros, de<br />
técnicos de diagnóstico e terapêutica,<br />
de professores, de guardas prisionais,<br />
nas cantinas escolares, dos<br />
trabalhadores não policiais do SEF,<br />
ameaças de greves de Procuradores<br />
e juízes, houve também Hepatite<br />
A e Legionella. Em Março, o então<br />
director-geral da Saúde, Francisco<br />
George, dava conta de que havia<br />
um surto de hepatite A. De Janeiro<br />
a Novembro, foram notificados 530<br />
casos de Hepatite A em Portugal.<br />
No que diz respeito à Legionella, a<br />
última vítima foi um homem de 87<br />
anos, que estava internado no Hospital<br />
Egas Moniz, em Lisboa. Um<br />
surto de Legionella do Hospital São<br />
Francisco Xavier fez cinco mortos<br />
e mais de meia centena de pessoas<br />
ficaram doentes.<br />
Nas eleições autárquicas de outubro,<br />
o PS ganhou em todas as frentes,<br />
face ao PSD, com Passos Coelho<br />
a sair de cena. Este foi também um<br />
ano de grandes mudanças no sector<br />
da banca. A venda do Novo Banco,<br />
as mudanças accionistas no BCP e<br />
no BPI, deram pano para mangas.<br />
Incontornável foi também a questão<br />
das alterações climáticas, com<br />
Portugal a sofrer efeitos ambientais<br />
devastadores. 2017 foi um ano<br />
de seca. Num ano seco e quente, um<br />
Verão e um Outono com temperaturas<br />
acima do habitual, a chuva<br />
ficou 30% abaixo do normal. Consequências:<br />
rios com pouco caudal,<br />
barragens com as reservas em mínimos,<br />
milhares de animais sem água<br />
e populações a serem abastecidas<br />
com camiões-cisterna. O Instituto<br />
Português do Mar e da Atmosfera<br />
revelou que 97% do território nacional<br />
encontrava-se em seca severa e<br />
extrema. O Outono de 2017 foi o 2.º<br />
mais seco desde 1931.<br />
Em Tancos, o desaparecimento de<br />
armamento das Forças Armadas<br />
criava um dos episódios mais caricatos<br />
da vida pública portuguesa. O<br />
presidente da Assembleia da República<br />
considerou “cómico” mas nem<br />
toda a gente achou piada ao descobrir,<br />
no final de Junho, como era<br />
fácil roubar armamento às Forças<br />
Armadas.<br />
Pelo meio, o setor do Turismo, que<br />
tem sido um dos grandes motores<br />
do crescimento da economia e da<br />
criação de emprego e que em 2017,<br />
bateu mais um recorde. As receitas<br />
do turismo cresceram 19% entre<br />
Janeiro e Setembro, representando<br />
um lucro de mais de 11.500 milhões<br />
de euros na economia portuguesa.<br />
Lisboa recebia a maior feira de tecnologia<br />
realizada ao nível mundial:<br />
a WebSummit. A feira de startups<br />
reuniu cerca de 60 mil participantes<br />
em Lisboa, e entre os oradores estavam<br />
nomes de peso como Al Gore e<br />
António Guterres. A edição acabou<br />
marcada pelo polémico jantar no<br />
Panteão Nacional.<br />
No palco maior da música europeia,<br />
o Festival da Eurovisão, Salvador<br />
Sobral, com “Amar pelos dois” realizou<br />
um facto inédito ao conquistar<br />
para Portugal, o primeiro lugar na<br />
competição. Pelo meio, o meio musical<br />
perdeu um dos seus nomes maiores:<br />
Zé Pedro, fundador da banda<br />
Xutos e Pontapés, devido a doença,<br />
no final do ano. Por cá, outra perda<br />
igualmente grande, com o desaparecimento<br />
do nosso amigo Rui Martins,<br />
que foi capa da Revista Saber<br />
Madeira há alguns anos.<br />
Ao nível internacional, ganhou destaque<br />
a região espanhola da Catalunha<br />
e o desejo de independência<br />
defendido pelo seu governo autónomo.<br />
Em Angola, foi o fim de mais<br />
de duas décadas de poder de José<br />
Eduardo dos Santos, com José Lourenço<br />
a suceder no cargo e a defender<br />
o combate à corrupção. Este foi<br />
o ano dos Rohingya. O êxodo dos<br />
rohingya, perseguidos pelo Exército<br />
birmanês para o Bangladesh, fez<br />
o mundo acordar para o drama da<br />
minoria muçulmana. Na França de<br />
Macron, emergia uma nova postura<br />
presidencial. O mais jovem presidente<br />
de um governo francês, Emmanuel<br />
Macron, fazia frente a Donald<br />
Trump e à sua política do “não-tratado”<br />
de Paris. Na Venezuela, agravaram-se<br />
as condições de vida para<br />
a população com a inflação do país a<br />
atingir níveis inimagináveis e a faltarem<br />
os bens essenciais. A máquina<br />
governamental de Nicolas Maduro<br />
silenciou toda a crítica, detendo<br />
ou forçando os adversários políticos<br />
a exilarem-se no estrangeiro. Nos<br />
EUA, uma onda de acusações de<br />
assédio sexual atingem importantes<br />
nomes da sétima arte. Destaque<br />
para o todo poderoso produtor Harvey<br />
Weinstein, num nome que viverá<br />
na infâmia, que escondia uma rede<br />
com contornos de crime organizado<br />
que terá vitimado dezenas de mulheres<br />
ao longo de décadas.<br />
Por último mas não menos importante,<br />
a encerrar o balanço a 2017<br />
com uma menção honrosa à dupla<br />
madeirense de fotógrafos DDiarte<br />
– à qual cabe à autoria da imagem<br />
maravilhosa que faz a capa desta<br />
edição de janeiro de 2018. Uma<br />
palavra para sublinhar o percurso<br />
singular e prestigiante da dupla que,<br />
em novembro de 2017, somou mais<br />
um prémio aos muitos já conquistados<br />
ao longo de uma reputada carreira.<br />
Zé Diogo e Diamantino Jesus<br />
receberm em novembro, duas menções<br />
honrosas com as duas fotos a<br />
concurso nos EUA no ‘International<br />
Photography Awards’ em duas categorias:<br />
Fotomontagem Profissional<br />
e Animais de Estimação. Entre<br />
14.273 trabalhos de artistas oriundos<br />
de 165 países, os madeirenses<br />
DDiarte brilharam mais alto. Depois<br />
de um ano brilhante: Absolute winner<br />
of the “10th Pollux Awards”<br />
and winner in 2 categories “Alternative<br />
Process” and “Nude & Figure”;<br />
2 Gold Medals, one in Professional<br />
Fine Art Collage other in Advertisement<br />
Music, and 3 Honourable<br />
Mentions at PX3-Prix da la Photogrphie<br />
de Paris - PAris , France;<br />
em 2016, 1º Place and 2 Honourable<br />
Mentions in”Fine Art Collage”<br />
at “International Photography<br />
Awards” - LA, USA, e Silver<br />
Medal in Professional Fine Art<br />
Collage at PX3-Prix da la Photogrphie<br />
de Paris - Paris , France.<br />
Ainda Platinium Award at “Muse<br />
Creative Awards” in Photography<br />
Digital Enhance- NY, USA e 1º<br />
Prize Gold Medal “World Photographic<br />
Cup” in Commercial Photo<br />
and Silver Medal in Illustrative/Digital<br />
Art - Porto, Portugal.<br />
Entre tantos prémios e distinções.<br />
A lista é exaustiva... Obrigada,<br />
DDiarte! Parabéns !<br />
Bem,-vindo 2018!.><br />
saber | JANEIRO | 2018<br />
7
OPINIÃO<br />
O Mundo em 2018<br />
O<br />
ano que agora começa<br />
será regido pelo Orixa<br />
Yansã e por Exu. Advinha-se<br />
um período com vibrações<br />
menos positivas, podendo até ocorrer<br />
algumas tendências negativas.<br />
Será um ano energeticamente<br />
quente, imprevisível, com muita<br />
agitação e movimento. A tendência<br />
para grandes acontecimentos,<br />
como grandes acidentes<br />
e catástrofes naturais, poderá ser<br />
uma triste realidade. Ano onde<br />
tudo o que é organizado e programado,<br />
poderá sofrer grandes alterações.<br />
Será de esperar mudanças<br />
repentinas e situações inespe-<br />
Numa altura em que<br />
já entrámos no ano<br />
novo, nada como rever<br />
o que foi feito em<br />
2017 e pensar como<br />
será o mundo e as<br />
pessoas, em 2018. São<br />
do médium Pai Nélio<br />
D’Oxalá, as previsões<br />
para o ano em curso.<br />
radas. As pessoas vão estar mais<br />
materialistas, mais preocupadas<br />
com o seu eu, mais individualistas.<br />
E estarão ainda mais céticas.<br />
Será um ano para reforçar e trabalhar<br />
a espiritualidade, estimular<br />
a fé e descobrir a acreditação. Um<br />
período de muita cobrança espiritual,<br />
sobretudo para os que estiverem<br />
errados ou devendo o cumprimento<br />
da sua missão. Quem souber<br />
separar, separa o material do espiritual.<br />
Será um ano menos sofrido,<br />
mais leve e fácil de levar se se<br />
mantiver fortalecida a fé e o caminho<br />
espiritual. O mundo espiritual<br />
cobrará da humanidade o seu posicionamento<br />
relativamente às suas<br />
escolhas, ações e o lado que serve,<br />
independentemente se for positivo<br />
ou negativo relativamente às atitudes<br />
e comportamentos. Em 2018,<br />
é para separar o trigo do joio.<br />
Um ano em que deverá ser evitado<br />
o contacto com pessoas negativas,<br />
pessimistas e mal-intencionadas.<br />
Evitar neste período conflitos,<br />
tomar atitudes extremas e agir<br />
pela emoção. Será fundamenta<br />
agir pela razão e na prática incessante<br />
da estabilidade e do equilíbrio,<br />
motivando os pensamentos,<br />
sentimentos e ações de forma positiva.><br />
Pai Nelio D`Oxalá<br />
TEMO Umbanda Centre Pai Nelio d`Oxala<br />
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8<br />
saber | JANEIRO | 2018
LUGARES DE CÁ<br />
Hotel Quinta da Serra<br />
Quinta existente no Jardim<br />
da Serra, freguesia do Jardim<br />
da Serra, no concelho<br />
de Câmara de Lobos. A sua história<br />
encontra-se ligada a Henry Veitch,<br />
um súbdito Inglês chegado à Madeira<br />
em 1809, investido das funções de<br />
cônsul e que aqui haveria de se fixar<br />
durante vários anos. Pouco tempo<br />
depois da sua chegada à Madeira,<br />
terá adquirido uma extensa propriedade<br />
no Sítio da Serra, freguesia do<br />
Estreito de Câmara de Lobos, onde<br />
terá construído uma quinta que inicialmente<br />
viria a ser conhecida por<br />
Jardim, tal era a riqueza e beleza<br />
dos seus jardins mas que rapidamente<br />
se associou a palavra ‘Serra’, ou<br />
seja a denominação do local onde se<br />
encontrava implantada, resultando<br />
daí o epíteto de Quinta do Jardim da<br />
Serra. O Hotel Quinta da Serra, com<br />
a classificação de 5 estrelas, está<br />
construído num terreno de 10 hectares.<br />
Assenta o seu conceito nas tradicionais<br />
Quintas Madeirenses, existindo<br />
no local um edifício com cerca<br />
de 200 anos, mandado edificar pelo<br />
Cônsul Britânico Henry Veitch como<br />
sua casa de férias, o qual tinha como<br />
residência habitual o edifício agora<br />
ocupado pelo Instituto do Vinho,<br />
Bordado e Tapeçaria da Madeira,<br />
na Rua 5 de Outubro, no Funchal. A<br />
sua construção original data do início<br />
do século XVIII numa propriedade<br />
de cerca de 100 hectares, sendo<br />
a maior propriedade privada da<br />
ilha naquela época. O hotel, completamente<br />
remodelado em 2014, pretende<br />
superar as expectativas dos<br />
seus hóspedes através de um serviço<br />
de qualidade e personalizado, assente<br />
em 3 grande pilares: qualidade<br />
do serviço, restauração biológica e<br />
postura ecológica. No edifício mais<br />
recente, dispõe de 48 quartos todos<br />
modernamente equipados. No edifício<br />
da Casa-Mãe, dispõe de 4 suites<br />
decoradas à época e com grande<br />
luxo e conforto. Todos os quartos<br />
estão equipados com todas as comodidades<br />
dos hotéis de 5 estrelas. O<br />
hotel caracteriza-se também pelos<br />
seus espaços ao ar livre, os seus<br />
magníficos jardins com inúmeras<br />
árvores centenárias, referenciadas<br />
em várias publicações, identificando<br />
8 árvores monumentais e emblemáticas<br />
da Região, incluindo a árvore<br />
mais alta da Ilha da Madeira, um<br />
majestoso eucalipto com mais de 64<br />
metros de altura. Dispõe de outras e<br />
diversas facilidades, de um amplo e<br />
aconchegante restaurante com cozinha<br />
internacional e certificada biológica<br />
e dois bares, um situado na<br />
Casa Mãe e outro no alpendre da<br />
piscina interior, onde poderá usufruir<br />
de uma reconfortante bebida ou<br />
de uma refeição ligeira em perfeito<br />
conforto.><br />
Texto/Fotos: cortesia direção Hotel<br />
Quinta da Serra, na pessoa do seu<br />
diretor Raúl Gonçalves<br />
saber | JANEIRO | 2018 9
NATAL NO FUNCHAL<br />
Decorações natalícias<br />
Dulcina Branco<br />
Fotos: Fábio Brito<br />
Vídeo: Pedro Menezes (TMTV)<br />
Natal e fim de ano na<br />
Madeira é festa e tradição.<br />
Um extenso programa<br />
de manifestações culturais,<br />
religiosas, etnográficas e artísticas<br />
abrangeu todo o mês de dezembro<br />
para comemorar a época natalícia<br />
na Madeira. Os 600 anos do ‘descobrimento’<br />
da Madeira foram o<br />
principal motivo deste programa<br />
que teve como ponto alto o espetáculo<br />
de fogo-de-artifício na passagem<br />
do ano. O projeto de iluminação<br />
na capital madeirense abrangeu<br />
este ano, cerca de um milhão<br />
de lâmpadas. Tetos de luz coloridos<br />
colocados nas ribeiras, ruas e<br />
o cais da cidade, além dos pinheiros,<br />
como o que ornamentou a<br />
Praça do Povo, deram o colorido<br />
da ‘Festa’ à cidade. As festas<br />
de natal envolveram 2.740 pessoas<br />
e incluiram animação musical<br />
protagonizada por bandas<br />
filarmónicas, grupos de folclore<br />
e música tradicional. Das “Missas<br />
do Parto” passando pela inauguração<br />
das iluminações decorativas<br />
das ruas pelo Presidente<br />
do Governo Regional da Madeira,<br />
o Mercadinho de Natal na placa<br />
central da Avenida Arriaga, a<br />
Noite do Mercado, no dia 23 de<br />
dezembro, o parque de diversões e<br />
o circo na Praça do Povo, a Volta<br />
à Cidade do Funchal - uma das<br />
mais antigas provas desportivas<br />
do género em Portugal e na Europa,<br />
e o ‘Cantar dos Reis’ no auditório<br />
do Jardim Municipal do Funchal,<br />
foram momentos deste que é<br />
um dos principais cartazes turísticos<br />
da Madeira, contribuindo para<br />
uma ocupação hoteleira de 60 e<br />
88% respetivamente, segundo os<br />
números avançados pela secretária<br />
regional do Turismo e Cultura,<br />
Paula Cabaço. Um olhar pela<br />
cidade no tempo de natal e fim de<br />
ano 2017, pelas objetivas de Fábio<br />
Brito e do Pedro Menezes....><br />
10<br />
saber | JANEIRO | 2018
saber | JANEIRO | 2018 11
NATAL NO PORTO SANTO<br />
Decorações natalícias<br />
Dulcina Branco<br />
Fotos: Câmara Municipal de Porto<br />
Santo, Fábio Brito<br />
Vídeo: Pedro Menezes (TMTV)<br />
Ali ao lado, na ilha dourada,<br />
o natal e fim de<br />
ano são igualmente vividos<br />
com grande animação. Muitos<br />
são os que regressam à ilha dourada<br />
para em conjunto com as suas<br />
famílias e amigos, desfrutarem da<br />
melhor animação proporcionada<br />
pela Câmara Municipal de Porto<br />
Santo que, em conjunto com organizações<br />
locais, proporciona animação<br />
de rua diversa. Este ano, a<br />
cidade de Porto Santo transbordou<br />
de cor e luz nas ruas, magnificamente<br />
decoradas. Uma aposta na<br />
cultura e nos produtos locais como<br />
forma de dinamizar o comércio<br />
local foi como decorreu o Mercadinho<br />
de Natal, no centro da Cidade,<br />
uma iniciativa da câmara local<br />
presidida por Idalino Vasconcelos.<br />
Música e o fogo de artifício<br />
da noite de passagem de ano contribuiram<br />
ainda para enriquecer<br />
o cartaz de festas de natal e fim<br />
de ano na ilha dourada, tal como<br />
mostram as fotos que nos foram<br />
gentilmente proporcionadas pela<br />
Câmara Municipal de Porto Santo<br />
e do fotógrafo Fábio Brito.><br />
12<br />
saber | JANEIRO | 2018
saber | JANEIRO | 2018 13
conversas<br />
Conversas com Sabor<br />
Conversas com Sabor<br />
Vítor Freitas e Sílvia Malster<br />
António Cruz<br />
Fotos: cedidas pelos entrevistados<br />
Sílvia Malster e Vitor Freitas combinam<br />
sorrisos na perfeição. Sente-se-lhes uma<br />
cumplicidade discreta e um projecto de vida<br />
que pretendem caminhar lado a lado. São<br />
bons de palavras e elevados de sentimentos.<br />
São suaves no trato e grandes nos princípios.<br />
Combinam interesses e partilham vivências,<br />
enriquecidos que foram pelas experiências de<br />
vida profissionais e pessoais. Levam no olhar<br />
a música, na pele uma vontade de vencer. Na<br />
alma emoções e sentimentos que fazem parte<br />
do seu ADN. A gastronomia, a “boa mesa”, o<br />
saber estar, o seguir em frente, são também<br />
capítulos de uma conversa obrigatória entre os<br />
que se querem bem. E a noite fez-se em redor<br />
das palavras, fez-se em redor das estórias. E<br />
acabou como tinha começado: em suavidade e<br />
sorrisos.<br />
14<br />
saber | JANEIRO | 2018
com sabor<br />
Vamos começar por ti, Sílvia. De<br />
onde é que és natural?<br />
- Derby, no norte da Inglaterra.<br />
Tens recordações desse espaço<br />
geográfico?<br />
- Não tenho grandes recordações,<br />
até porque ficámos lá pouco tempo.<br />
Recordo-me que, tínhamos uma<br />
casa de dois andares e que para<br />
subir ao primeiro andar, havia<br />
umas escadas um pouco instáveis<br />
mas da minha infância e da minha<br />
adolescência, não tenho grandes<br />
memórias, infelizmente.<br />
Vieste com que idade para o continente,<br />
ou para a Madeira?<br />
- Fui vindo mas definitivamente, foi<br />
aos 10 anos.<br />
Ainda que não tenhas grandes<br />
recordações dessa altura, tens<br />
alguma, apesar de tudo?<br />
- Não. Mas tem uma explicação...<br />
Que explicação é essa?<br />
- Penso que, é uma questão de defesa,<br />
digamos assim. Como perdi a<br />
minha mãe muito nova, eu tinha<br />
11 anos, naquela fase em que não<br />
é suposto perder a mãe, em que<br />
precisamos de estabilidade, acabou<br />
por acontecer uma grande intimidade<br />
entre mim e os meus avós.<br />
Acho que, por uma questão de defesa<br />
por aquilo ter acontecido, tudo<br />
ficou para trás. Hoje acontece a<br />
mesma coisa, ou seja, quer o bom<br />
quer o mau, esqueço. A menos que<br />
haja um registo fotográfico ou um<br />
livro com uma passagem, é que vou<br />
buscar essa memória.<br />
Existe alguma saudade também<br />
que tenhas em relação a alguma<br />
coisa nessa altura da tua vida?<br />
- Não.<br />
Tinhas algum sonho de criança?<br />
Querias ser alguma coisa em<br />
especial quando fosses crescida?<br />
- António, o grande problema desta<br />
entrevista vai ser esta, ou seja,<br />
não sei se vais ter matéria suficiente<br />
para fazer esta entrevista porque<br />
eu não tenho grandes memórias.<br />
Absolutamente. Não tenho grandes<br />
memórias. Infelizmente, não.<br />
O.K. A entrevista não é apenas<br />
isto. E tu, Vítor, onde é que pertences<br />
em termos de local de<br />
nascimento?<br />
- Funchal, freguesia de São Pedro,<br />
Clínica de Santa Catarina... Uma<br />
memória excelente.<br />
Em pequeno, o que é que gostavas<br />
mais de fazer?<br />
- Escola. Como todos os miúdos,<br />
gostava da escola, de brincar, de<br />
brincar com os amigos. Gostava de<br />
estar em casa.<br />
Isso é uma coisa que não é muito<br />
normal nos miúdos...<br />
- Sim. Gostava de estar em casa<br />
e também gostava de piscina e de<br />
praia. De ter os amigos a brincar lá<br />
em casa. Era mais frequente ter os<br />
amigos lá em casa do que ao contrário.<br />
Eras um miúdo traquinas ou eras<br />
sossegadinho, não partias um<br />
pratinho, eras sonsinho...<br />
- Tinha dias. Era um pouco sonso,<br />
também. Normalmente, era atinado,<br />
tinha algum juízo mas tinha<br />
dias em que fazia diabruras, também.<br />
Os teus pais perspectivavam<br />
alguma coisa para ti, quando<br />
fosses grande? Ou seja, o que é<br />
que eles queriam que tu fosses?<br />
- Os meus pais queriam que tirasse<br />
um curso, independentemente de<br />
qual o curso. Não especificavam<br />
qual. Eles queriam que eu tirasse<br />
um curso.<br />
As miúdas faziam fila à porta de<br />
casa ou isso é algo que só se verifica<br />
mais tarde?<br />
- Mais tarde. Não havia muitas<br />
miúdas na zona onde eu vivia<br />
(risos)...<br />
Por onde é que passa a tua vida<br />
académica?<br />
- A primária, fi-lo no Colégio<br />
Infante D.Henrique (Monte). Até<br />
ao nono ano, estudei no colégio<br />
Infante que era de padres italianos.<br />
Traziam coisas diferentes cá para a<br />
Região. Lembro-me perfeitamente<br />
do período em que passei por lá.<br />
Os padres eram muito rígidos mas<br />
também traziam novidades. Tínha-<br />
saber | JANEIRO | 2018 15
conversas<br />
Conversas com Sabor<br />
mos sempre duas horas de estudos<br />
todos os dias. As tardes de quartas-feiras<br />
eram para o desporto e<br />
as sextas-feiras, ao invés das suas<br />
horas de estudo, tínhamos sempre<br />
uma sessão de cinema no pavilhão<br />
gimnodesportivo.<br />
Italiano (risos)...<br />
- Não (risos). Por acaso, não. Estou<br />
no colégio até ao 9. ano. A APEL<br />
os 10.º e o 11.º ano. No Liceu Jaime<br />
Moniz, o 12.º ano.<br />
E tu, Sílvia, a tua vida académica.<br />
Em termos de trajecto académico,<br />
quais são as tuas referências?<br />
- Colégio Apresentação de Maria,<br />
desde sempre, até ao 9.º ano. O<br />
resto, na APEL, até ao 12.º ano.<br />
Como acabei por ter uma boa<br />
média no final do 12.º ano, estava<br />
indecisa se ia para Advocacia ou<br />
se ia para Relações Internacionais.<br />
Aqui tive a influência de um amigo<br />
do meu avô que me disse que seria<br />
melhor Relações Internacionais.<br />
Entretanto, passados dois anos do<br />
curso de Advocacia na Universidade<br />
Clássica, começaram a surgir<br />
problemas de saúde nos meus<br />
avós e eu sozinha, sem mãe nem<br />
pai, tive que voltar para casa, para<br />
a Madeira. Acabei por não seguir<br />
aquilo que pretendia com uma certa<br />
mágoa mas hoje em dia percebo<br />
que não tinha outra volta a dar.<br />
Já respondeste à pergunta que eu<br />
tinha para te fazer.<br />
- Calculei que sim...<br />
Está agora a fazer 25 anos que<br />
te lanças no mercado de trabalho,<br />
através da Madeira Wine<br />
Company e na área de Relações<br />
Públicas.<br />
- Sim. Comecei numas férias de<br />
verão quando estava na faculdade,<br />
a colaborar com a Madeira Wine.<br />
A Madeira Wine tem um espaço<br />
no Funchal, ao lado do Turismo<br />
que se chama o The Blandy Wine<br />
Lounge, e foi aí que comecei. Quando<br />
voltei da próxima vez, convidaram-me<br />
para integrar a equipa na<br />
área de relações públicas - a receber<br />
as visitas.<br />
Saudades desses tempos iniciais?<br />
- Muitas... Hoje em dia, quando<br />
entro na Madeira Wine, uma das<br />
coisas que me deixa mais saudade<br />
é o cheiro a vinho. Muitas, muitas<br />
saudades. Aprendi muito.<br />
Relações Públicas que continuarias<br />
depois noutros contextos<br />
profissionais, nomeadamente<br />
Edicarte, Portimar, Grão d’Uva,<br />
Museu do Brinquedo quando se<br />
transfere para a baixa do Funchal...<br />
- Sim, e também a própria estrutura<br />
do Museu do Brinquedo. Ajudava<br />
o José António e foi uma experiência<br />
fantástica.<br />
Relações Públicas que continuarias<br />
noutros contextos profissionais,<br />
nomeadamente a Edicarte<br />
e a Portimar, e o Grão d’Uva, o<br />
Museu do BrinquedoNão é cansativo<br />
essa coisa de estares sempre<br />
a relacionar-te?<br />
- Não. É das coisas mais fáceis<br />
para mim. A ligação que tenho com<br />
as pessoas, o entusiasmo, o dar, o<br />
viver, o vivenciar, para mim é das<br />
coisas mais fantásticas e fáceis<br />
para mim e que tenho. É um lado<br />
que para mim, é quase inato.<br />
Vítor, com a experiência que<br />
entretanto adquiriste via acadé-<br />
16<br />
saber | JANEIRO | 2018
com sabor<br />
mica, na área do Turismo, percebo<br />
pelo teu percurso profissional<br />
que estiveste ligado ao grupo<br />
Porto Bay em certa altura e ao<br />
Reid’s em outra altura. Porquê é<br />
que não quiseste continuar nessa<br />
área, em termos de vocação, que<br />
te diz alguma coisa?<br />
- Tirei o curso de Gestão Hoteleira<br />
no Porto. Entretanto, quando vim<br />
para a Madeira, tive a oportunidade<br />
de fazer a abertura do hotel<br />
Cliff Bay como diretor de Aprovisionamentos<br />
e Compras, que me<br />
deu uma grande experiência nessa<br />
área. Para mim, foi uma grande<br />
escola num grupo espetacular, que<br />
trata muito bem as pessoas e são<br />
extremamente competentes naquilo<br />
que fazem. Entretanto, como já<br />
estava tudo pronto a funcionar, e a<br />
minha presença já não traria nada<br />
de novo, uma das empresas que forneceu<br />
o Cliff Bay no início, fez-me<br />
uma proposto no sentido de abrir<br />
uma empresa na Madeira para fornecer<br />
outros hotéis. Entretanto,<br />
tive uma proposta do Reid’s para<br />
trabalhar na mesma área, e como<br />
era um hotel diferente, aceitei. Ao<br />
fim de um ano, achei que não havia<br />
já nada de novo e estimulante para<br />
continuar, aceitei a proposta para<br />
abrir a empresa na Madeira. Tive<br />
também um convite para abrir um<br />
restaurante em Luanda e conjuguei<br />
as suas coisas: o restaurante e<br />
a empresa de artigos de hotelaria.<br />
O projeto que acabarias por abraçar<br />
em Luanda e o chef francês<br />
Maurice...<br />
- Sim, foi um chef francês que veio<br />
cá para a Madeira e que me abordou<br />
para o negócio, ele com uma<br />
experiência vasta na cozinha francesa,<br />
criou-se uma empatia e ele<br />
convidou-me para trabalhar com<br />
ele no restaurante. Começámos<br />
com um pequeno restaurante na<br />
rua dos Ferreiros, depois saltamos<br />
para a Casa da Vinha no Estreito<br />
de Câmara de Lobos.<br />
Isso era, de alguma forma, uma<br />
maneira de te manteres ligado<br />
à hotelaria que tinha sido o curso<br />
que tinhas tirado, ou de casar<br />
alguma apetência que já tinhas<br />
para a culinária?<br />
- Sim. Estava despertada a questão<br />
da culinária. A minha era cozinheira,<br />
a minha tia-avó tinha sido<br />
pasteleira, o meu primo é chefe de<br />
cozinha e foi chefe de cozinha do<br />
Regency e portanto, houve sempre<br />
essa ligação à culinária. À parte<br />
isso, havia a parte hoteleira que<br />
eu sempre gostei, o relacionamente<br />
com as pessoas e na altura tinha<br />
as duas coisas que era os artigos<br />
de hotelaria e o restaurante que<br />
me dava essa ligação e o relacionamento<br />
com as pessoas que lá iam.<br />
Porquê é que decidiste interromper<br />
esse elo com a restauração?<br />
- Coincidiu com o nascimento da<br />
minha primeira filha. Eu sentia<br />
essa falta dos momentos com a<br />
família que desde sempre prezo.<br />
Lembro-me de não estar em casa<br />
no dia de Natal, na Páscoa, fim do<br />
ano e isso alertou-me para a escravatura<br />
em que vivia, e então decidi<br />
parar por aí.<br />
Há 10 anos, entraste no ramo<br />
imobiliário. Porquê esta mudança<br />
drástica para este ramo?<br />
- Foi uma oportunidade. Mais uma<br />
vez, tem a ver com o relacionamento<br />
com as pessoas, conhecer<br />
caras novas... E também a parte<br />
de arranjar apartamentos de férias<br />
faz parte da Hotelaria. Tem tudo<br />
a ver, uma com a outra.Sinto-me<br />
bem quando crio novas amizades e<br />
novos conhecimentos, seja de cá da<br />
Região, seja do estrangeiro, e sim,<br />
sinto a parte hoteleira aí.<br />
A ARS em que tu também entras,<br />
Sílvia, em 2009, já conhecias o<br />
Vítor ou foi através dessa coincidência<br />
profissional que acabas<br />
por conhecê-lo?<br />
- Não. Nós já nos conhecemos há<br />
muitos anos, desde a altura em que<br />
eu estava na Madeira Wine. Quando<br />
estava no Museu do Brinquedo<br />
– não sei bem como aconteceu<br />
– sei que tomámos um café e falámos<br />
de yoga.<br />
Foi inquietação à primeira vista,<br />
quer dizer, não foi inquietação<br />
mas foi uma conversa normalíssima...<br />
- Sim. Foi exactamente como disseste.<br />
Ele estava sentado na esplanada,<br />
eu já conhecia aquela cara e<br />
comecámos a conversar.<br />
Como é que se cimenta depois a<br />
vossa relação de então até ao dia<br />
de hoje?<br />
- Numa primeira fase, foi complicado<br />
mas foi gradual, como todas<br />
as relações. Foi se desenvolvendo e<br />
tornando-se mais forte até chegar<br />
ao ponto de ele me convidar a trabalhar<br />
com ele na Master – fazíamos<br />
equipa na altura, e aí entro na<br />
realidade imobiliária.<br />
Como é a realidade imobiliária<br />
nesta terra? É fácil vender casas,<br />
apartamentos? Quando vemos<br />
uma Lisboa e um Porto rebentarem<br />
por todo o lado, na Madeira<br />
isto acontece mas se calhar, de<br />
uma forma mais tímida...<br />
- Não é assim tão tímida. Nós<br />
vemos, em termos locais, nos últimos<br />
anos, em 2014 por exemplo, a<br />
retoma do mercado e as vendas têm<br />
crescido. Quem está há mais tempo<br />
e é mais conhecido no mercado,<br />
tem mais facilidades e contactos do<br />
que eu que iniciei há relativamente<br />
pouco tempo.<br />
Existem muitos fogos vazios na<br />
Madeira? Porque sempre se falou<br />
em haver muitos fogos vazios...<br />
- Dizem que sim... Não tenho ideia<br />
do número.<br />
E tu Vítor, que estás há mais tempo<br />
neste ramo, o que te parece?<br />
- Em termos de - se é mais fácil<br />
vender, é muito relativo porque<br />
quando se torna mais fácil, aparecem<br />
mais imobiliárias. Aparecendo<br />
mais imobiliárias, há mais<br />
concorrência. Embora cada uma<br />
tenha o seu serviço, as pessoas querem<br />
é comprar a sua casa mas não<br />
há na Madeira, uma confiança no<br />
agente imobiliário como existe nos<br />
EUA ou em Inglaterra, por exemplo.<br />
Lá, as pessoas vão às agências<br />
imobiliárias para comprarem uma<br />
casa ou para vender, da mesma forma<br />
que se preciso de um processo<br />
em tribunal, recorro a um advogado.<br />
Aqui, as pessoas acham que<br />
conseguem vender e comprar por<br />
si próprias, o que pode correr bem<br />
e pode correr mal. E depois com o<br />
aparecimento de tantas imobiliárias<br />
neste momento, penso que, o<br />
número está desactualizado neste<br />
momento mas arrisco a dizer que<br />
são 150 neste momento na Madeira,<br />
é muita imobiliária e todas elas<br />
a trabalhar da mesma maneira,<br />
isto é, tenho uma casa à venda e<br />
vamos pôr no site que não temos<br />
que pagar por isso. Isto significa<br />
que uma casa pode ter 150 imobiliárias<br />
a vendê-la, com preços<br />
PUB<br />
saber | JANEIRO | 2018 17
conversas<br />
viver mais. Vivenciar mais. Ser<br />
Conversas com Sabor<br />
diferentes muitas vezes. É mais<br />
fácil? Existe maior procura mas<br />
não quer dizer que seja mais fácil,<br />
e além de existir maior procura,<br />
há menos oferta de qualidade. Por<br />
outro lado, como são muitas agências,<br />
o produto que nós temos, muita<br />
gente não chega para aquilo que<br />
pretendemos. Há um determinado<br />
segmento de mercado, entre os 150<br />
e os 200 em que tu tens o cliente<br />
mas não tens o produto.<br />
Isso significa que se de hoje para<br />
amanhã quiser pôr o nosso apartamento<br />
à venda por 190 mil,<br />
vendo-o na boa. Qual é o mercado<br />
estrangeiro que mais procura<br />
imobiliário na Madeira?<br />
Sílvia -De acordo com a minha<br />
experiência, é o francês. E o emigrante<br />
francês.<br />
E o emigrante venezuelano, continua<br />
a procurar imobiliário na<br />
Madeira?<br />
- Continua.<br />
Qual é o tipo de casa que mais se<br />
vende nesta terra?<br />
Vítor - Depende da época, quer<br />
dizer, há uns tempos, não se vendiam<br />
T1. Era muito difícil vender<br />
um T1 e hoje em dia é muito<br />
fácil vender um T1. É mais barato<br />
e para investimento é melhor<br />
porque as pessoas compram para<br />
alojamento local. É preferível ter<br />
2 T1 do que um T2, por exemplo.<br />
Neste momento, os T1 e T2 são os<br />
que tenham mais procura. Quem<br />
os compra são pessoas jovens que<br />
estão a constituir família e que de<br />
um momento para outro, vão para<br />
fora para continuar os estudos ou<br />
para trabalhar. Os arrendamentos<br />
estão em alta, também. As pessoas<br />
deixam as suas casas e alugam-nas.<br />
Como é ter quatro filhos nos dias<br />
que correm?<br />
Vítor - Há sempre alegria, barulho<br />
e alegria no lar mas acredito<br />
que numa família com 4 filhos ou<br />
mais, exista mais disciplina. Tem<br />
que haver. Um, dois filhos, tolerase<br />
algumas coisas mas numa família<br />
de quatro, cinco tem que haver<br />
mais disciplina.<br />
Onde é que vais quando queres<br />
silêncio?<br />
Vítor - Às vezes, agarro-me à guitarra.<br />
Leio. Outras vezes, pego no<br />
carro e saio.<br />
Quando estás com alguém que<br />
pede uma Coca-Cola para acompanhar<br />
um Cozido à Portuguesa,<br />
o que é que te apetece fazer?<br />
Sílvia - Nunca me deparei com isso<br />
mas se isso acontecesse, provavelmente<br />
diria: que falta de gosto!.<br />
Provavelmente não diria nada mas<br />
ficaria um tanto chocada.<br />
Preferes uma prova-cega ou um<br />
“blind-date”?<br />
Sílvia - Uma prova cega, sem dúvida.<br />
Há pessoas que, ao provarem o<br />
vinho, mergulham o nariz todo<br />
dentro do copo. É necessário<br />
isso?<br />
Sílvia - Claro que não...<br />
Vítor, cozinhar é sempre um acto<br />
de paixão quando o fazes, ou<br />
pode ser uma obrigação quando<br />
és obrigado a tal?<br />
- Mesmo quando sou obrigado, é<br />
sempre uma paixão.<br />
De que forma consegues casar,<br />
se é que é casável, o teu gosto<br />
pela música com o gosto pela<br />
cozinha?<br />
- Paixão.<br />
Pões alguma música especial<br />
quando estás a cozinhar?<br />
- Não especial, mas cozinho com<br />
música.<br />
O primeiro álbum de música que<br />
te tenha batido com força e que<br />
ainda hoje recordas e que se<br />
calhar, ainda lá tens na tua discografia<br />
lá em casa?<br />
- Foi um álbum que hoje em dia<br />
não oiço mas na altura, por causa<br />
da capa, e que era da banda Kiss.<br />
Olhando para tua pessoa calma,<br />
introspectiva e serena, ninguém<br />
diria que serias baixo de uma<br />
banda de rock. Isso é o quê? Uma<br />
forma de escape, purga, uma<br />
catárse, ou nada disto?<br />
- Acho que, tem a ver com a paixão<br />
que tenho pela música desde sempre.<br />
O tocar baixo foi um acidente<br />
de percurso porque tocava guitarra.<br />
Sou um autodidacta. Foi um<br />
acidente de percurso porque tocava<br />
guitarra e por, necessidade, perdemos<br />
o nosso baixista, entrou o<br />
vocalista que também era guitarrista<br />
e como faltava o baixista, lá<br />
fui eu. E gosto também. Acho que<br />
se tocasse ferrinhos também ia gostar<br />
porque a música está na alma.<br />
O Vítor é bom a dar-te música,<br />
Sílvia?<br />
- Às vezes...<br />
Se estivesse a fazer uma entrevista<br />
de recrutamento, e naturalmente<br />
não te conheço, de uma<br />
forma resumida, como é que<br />
apresentarias?<br />
Vítor - Se calhar, vou responder<br />
com frases feitas e clichés... Quando<br />
agarro um projecto, vou até ao<br />
fim e dou tudo aquilo que tenho. E<br />
sou completamente leal à causa a<br />
que me proponho. Aprendo rapidamente<br />
e tenho capacidade para<br />
aceitar que errei. Reconheço os<br />
meus erros mas aprendo rapidamente<br />
e erro só uma vez.<br />
A ... não será um projecto?<br />
- Sim.<br />
A inveja é algo que te atinge?<br />
Sílvia - Acho que, nós mulheres,<br />
não gostamos de admitir isso.<br />
Somos um povo que na nossa<br />
generalidade, que gosta de celebrar<br />
o êxito alheio ou nos incomodamos?<br />
- Não me incomoda de todo.<br />
Um dia perfeito com ela, Vítor,<br />
como é que é?<br />
- É com ela. Nada mais.<br />
As cartas de amor, os emails e os<br />
sms, continuam ou poderão continuar<br />
a ser ridículas ou continua<br />
a ter o seu espaço e o seu valor?<br />
Vítor - Continua sempre a ter o seu<br />
espaço e o seu valor.<br />
O Vítor é um romântico?<br />
Sílvia - É. É mais do que eu.<br />
Se tivesses que, neste momento,<br />
escrever uma palavra ou uma frase<br />
para ofereceres à Sílvia, o que<br />
é que escreverias?<br />
- ...Ainda bem que apareceste. Ainda<br />
bem que te sentaste naquela<br />
mesa, naquele dia. Obrigado por<br />
isso.<br />
De que forma definirias a vossa<br />
relação, passados dois anos e tal?<br />
Sílvia - Mais forte. Acho que, vivida<br />
com mais intensidade e aproveitar,<br />
reconhecer os erros e compreender.<br />
Temos uma comunicação<br />
muito simpática entre nós.<br />
Aquela pergunta que não te fiz<br />
durante esta conversa e que tu<br />
gostarias de ter respondido?<br />
Sílvia - O que dizem os teus olhos?<br />
(risos)... Não.<br />
O que diz a tua alma?<br />
Sílvia - Diz que eu quero viver. E<br />
mais equilibrada em termos emocionais.<br />
Tenho imenso orgulho no<br />
Vítor e que agradeço imenso esta<br />
vossa disponibilidade em fazer este<br />
convívio.<br />
O que é que não tens na tua vida<br />
que achas que faria falta?<br />
Sílvia - Não ter conhecido o Vítor<br />
mais cedo.><br />
Agradecimento:<br />
Susana Cruz penteada e maquilhada<br />
por Salão Ana, rua do Surdo,<br />
38 - 1º Esq. - Funchal<br />
Contacto:<br />
291 235 681/ 966 919 209<br />
18<br />
saber | JANEIRO | 2018
MARCAS ICÓNICAS<br />
Ocupa a 332.ª posição no<br />
ranking das marcas mais<br />
valiosas no entanto, em<br />
2012, foi considerada a mais poderosa<br />
de todas, suplantando gigantes<br />
como a Apple e a Coca-Cola. Como<br />
se trata de uma marca de luxo de<br />
produção limitada, a Ferrari não<br />
capitaliza em termos monetários o<br />
real valor da marca. A cor vermelha<br />
e o cavalinho empinado num<br />
símbolo amarelo são instantaneamente<br />
reconhecidos em todo o mundo<br />
e apelam ao poder, tão indiscutível<br />
que, em 2013, alguém pagou<br />
o valor recorde de 38 milhões de<br />
dólares por um Ferrari 250 GTO,<br />
veículo produzido pela marca entre<br />
1962 e 1964 e que é considerado<br />
por alguns especialistas como o<br />
melhor carro alguma vez construído.<br />
A Ferrari é um<br />
fabricante italiano<br />
de automóveis<br />
(tanto de competição<br />
como de desportivos de luxo),<br />
fundada por Enzo Ferrari em 1939<br />
como Scuderia Ferrari. Enzo Anselmo<br />
Ferrari (Módena, Itália, 18 de<br />
fevereiro de 1898 — Maranello,<br />
14 de agosto de 1988) apaixonouse<br />
pelo automobilismo com apenas<br />
dez anos de idade. Trabalhou como<br />
mecânico até ao início da Primeira<br />
Guerra Mundial, altura em que<br />
entrou na Contruzioni Mecaniche<br />
National, como piloto de testes. Aos<br />
21 anos tentou trabalhar na Fiat,<br />
mas foi recusado. Pouco depois<br />
ingressou na Alfa Romeo, como<br />
piloto. Criou a Scuderia Ferrari no<br />
ano de 1925, em Módena. Depois<br />
da Segunda Guerra<br />
Mundial, a Ferrari<br />
ganhou dois títulos<br />
mundiais. Em<br />
1955, Juan Manuel Fangio ganha<br />
o campeonato mundial ao volante<br />
de um Ferrari. Esse foi também um<br />
ano triste para Enzo Ferrari com<br />
a morte do seu filho Dino, com 24<br />
anos, de distrofia muscular progressiva.<br />
Isto fez com que Enzo se tornasse<br />
uma pessoa amarga. Nunca<br />
mais pisou uma pista de corrida e<br />
passou a usar os inseparáveis óculos<br />
escuros. Autodidata em mecânica,<br />
Enzo Ferrari recebeu em 1960,<br />
da Universidade de Bolonha, o título<br />
de Doutor “honoris causa” em<br />
engenharia, e mais tarde, em física.<br />
Recebeu do governo italiano o título<br />
de Comendador. Os últimos sucessos<br />
da sua equipe de Fórmula 1 que<br />
viu foram os títulos de Jody Scheckter<br />
em 1979 e o título de construtores<br />
da Ferrari em 1983. O último<br />
carro da marca fundada pelo<br />
comendador que aprovou em vida,<br />
foi o lendária F40 de 1987. Para<br />
comemorar os 40 anos da Ferrari,<br />
foi lançado em 1987, o Ferrari<br />
F40, sendo esse o carro de estrada<br />
mais rápido do mundo até à altura.<br />
Em 2002, a Ferrari, em memória<br />
do seu fundador, lança o Ferrari<br />
Enzo um super desportivo baseado<br />
na tecnologia utilizada na Fórmula<br />
1.><br />
Dulcina Branco<br />
Fonte/Fotos: site oficial da marca<br />
Ferrari e Wikipédia<br />
saber | JANEIRO | 2019 19
OPINIÃO<br />
Desejos ambientais para<br />
2018<br />
Acada início de ano renovamos<br />
a esperança de<br />
que tudo o que de mal<br />
enferma a nossa sociedade possa<br />
ser resolvido, ou pelo menos<br />
atenuado. Desta vez não é exceção,<br />
mas à medida que as nossas<br />
vidas vão assistindo à passagem<br />
dos anos, sem que nada de substancial<br />
mude, essa esperança vaise<br />
transmutando em simples desejos.<br />
Desejo de que outros caminhos<br />
sejam encetados, que sejamos<br />
conduzidos a uma sociedade<br />
melhor, e mesmo sendo, inevitavelmente,<br />
um caminho de longas distâncias,<br />
décadas ou mesmo séculos,<br />
que se inicie agora. O que nos<br />
serve de referência para projetar<br />
o novo ano é, incontornavelmente,<br />
o acabado de findar. Apagam-se<br />
as máculas do velho, aproveitamse<br />
as melhores sobras, encolhemolo<br />
à dimensão dos seus primeiros<br />
dias e ficamos em mãos com um<br />
ano acabado de nascer. E, naturalmente,<br />
desejamos que ele concretize<br />
aquilo que o seu antecessor<br />
não conseguiu, que vá muito mais<br />
além. Na procura de uma sociedade<br />
mais sustentável e respeitadora<br />
do equilíbrio ambiental, desejamos<br />
que o terrível pesadelo dos incêndios<br />
não nos volte a incomodar e<br />
que o muito que tem sido dito por<br />
longos anos e mesmo décadas seja,<br />
finalmente, feito. Que o nosso território<br />
seja preparado para que os<br />
Com o acentuar do<br />
aquecimento global<br />
e das alterações<br />
climáticas, devido,<br />
principalmente,<br />
à utilização de<br />
combustíveis fósseis<br />
como fonte de energia,<br />
são cada vez mais<br />
evidentes os efeitos<br />
negativos sobre<br />
o Arquipélago da<br />
Madeira. Começam<br />
os recursos hídricos<br />
a mostrar sinais de<br />
escassez e prevê-se<br />
que até 2050 a sua<br />
disponibilidade possa<br />
reduzir-se em 40%.<br />
incêndios não tomem conta dele,<br />
conseguindo que os terrenos agrícolas<br />
abandonados por entre as<br />
zonas habitacionais fiquem livres<br />
de excessos de vegetação invasora.<br />
De preferência, recuperando neles<br />
a atividade que durante muito tempo<br />
garantiu o sustento de muitas<br />
famílias madeirenses, o cultivo e a<br />
pequena pastorícia. Recuperando a<br />
vegetação indígena nas zonas mais<br />
declivosas que intermedeiam o<br />
tecido urbano e nas quotas médias<br />
e altas da ilha, em pleno espaço<br />
florestal, expandindo esta vegetação<br />
muito mais resistente ao avanço<br />
dos incêndios e guardiã de um<br />
enorme valor patrimonial em biodiversidade.<br />
Que se faça educação<br />
ambiental, não com spots publicitários,<br />
panfletos ou palestras mas<br />
antes através de uma interação<br />
direta com a sociedade, de pessoas<br />
para pessoas, em contextos reais,<br />
sem intermedeios que só distanciam<br />
a mensagem do seu destinatário.<br />
Que se faça vigilância e fiscalização<br />
apertada, não só pelas<br />
entidades públicas responsáveis<br />
mas também por toda a sociedade<br />
e cada um dos cidadãos e grupos<br />
que a constitui. Que haja mecanismos<br />
rápidos e eficazes de intervenção<br />
no momento em que o fogo se<br />
está a iniciar, para que não chegue<br />
sequer a ser um incêndio. Com<br />
o acentuar do aquecimento global<br />
e das alterações climáticas, devido,<br />
principalmente, à utilização<br />
de combustíveis fósseis como fonte<br />
de energia, são cada vez mais evidentes<br />
os efeitos negativos sobre<br />
o Arquipélago da Madeira. Começam<br />
os recursos hídricos a mostrar<br />
sinais de escassez e prevêse<br />
que até 2050 a sua disponibilidade<br />
possa reduzir-se em 40%.<br />
Se pensarmos que, atualmente,<br />
mais de metade da água que captamos<br />
no ambiente para consumo<br />
humano, regas e lavagens se perde<br />
pelo caminho, fica evidente que<br />
muito terá de mudar na forma e<br />
na eficiência com que utilizamos<br />
este recurso. Para além de sermos<br />
desafiados a melhorar a utilização<br />
da água que cada um faz individualmente,<br />
no seio da sua família<br />
ou noutros contextos, há também<br />
a responsabilidade coletiva<br />
de atenuar fortemente este enorme<br />
desperdício que ocorre nas redes<br />
de distribuição. Muito investimento<br />
público terá de ser feito a curto<br />
e médio prazo pois não é só uma<br />
questão ambiental, estas avultadas<br />
perdas representam também desperdício<br />
de dinheiro público (dos<br />
nossos impostos), pois estamos a<br />
captar e tratar água para depois<br />
jogar fora, não faz qualquer sentido.Muitos<br />
mais desejos temos para<br />
este ano de 2018 mas, acima de<br />
tudo, havendo consciência, empenho<br />
e dedicação, tudo se resolve.<br />
Bom ano.><br />
Hélder Spínola<br />
Biólogo/Professor Universitário<br />
20 saber | JANEIRO | 2018
Dos Insultos<br />
À Inteligência<br />
O Blogue de...<br />
Gosto<br />
mesmo<br />
muito de<br />
escrever,<br />
tenho<br />
opinião<br />
sobre tudo<br />
e um palmo<br />
de testa.<br />
Pumba:<br />
o meu<br />
blogue!<br />
O<br />
meu Pai diz sempre que<br />
devemos pensar que os<br />
outros são, pelo menos,<br />
tão inteligentes como nós. E ele<br />
tem razão. Assim não corremos<br />
o risco de insultar a inteligência<br />
de ninguém. :) Os insultos gratuitos<br />
ou justificados (mas verbalizados)<br />
são o que são. Ou se responde,<br />
ou se releva. Mas são mais ou<br />
menos fáceis de lidar. Em última<br />
análise, o tempo encarrega-se de<br />
resolvê-los. Acabamos mesmo por<br />
perdoar e, eventualmente, esquecer.<br />
Mas os insultos à inteligência...<br />
ai ai! Isso é que não. Sejam<br />
por actos, omissões, pensamentos,<br />
palavras vãs ou através de raciocínios<br />
parolos que tentam convencer<br />
Miguel Pires<br />
Músico<br />
miguelpyres.blogspot.pt (Mr. Nice Guy)<br />
Texto: Miguel Pires<br />
os outros das coisas mais absurdas.<br />
Isto ofende e aborrece qualquer<br />
ser minimamente inteligente<br />
e consciente. Esclarecimento: não<br />
tenho a pretensão de ser mais ou<br />
menos inteligente do que ninguém.<br />
Tenho a minha inteligência. Que é<br />
minha. E é, como tudo, relativa.<br />
Poucas coisas me irritam mesmo a<br />
sério. Mas esta é, definitivamente,<br />
uma delas. Irrita-me que tenham<br />
a pretensão de dar-me a volta. E,<br />
mesmo quando me dão a volta,<br />
fiquem a saber que eu apercebome.<br />
E às vezes até me deixo levar.<br />
Mas conscientemente. Que disso<br />
não haja dúvida! Aqui colocam-se<br />
duas situações. Há seres que nos<br />
insultam a inteligência de forma<br />
consciente. Esses, para mim, não<br />
valem a água que bebem e são um<br />
desperdício de oxigénio. Outros<br />
há que, por confusão, incoerência<br />
ou pura falta de consciência, o<br />
fazem de forma inconsciente. Com<br />
esses tendo a ter alguma paciência.<br />
Até o dia em que, como qual-<br />
quer ser Humano, me farto. E aí<br />
não há volta a dar. Não sou de vinganças<br />
tontas nem de perder muito<br />
tempo a pensar como vou prejudicar<br />
alguém. Mas, perante insultos<br />
constantes à minha inteligência,<br />
decido manter as coisas a um nível<br />
mais superficial. E, sobretudo, a<br />
não ter expectativas de espécie<br />
alguma. Sentir-me palhaço não é<br />
bem a minha praia. O nariz vermelho<br />
e os sapatos grandes são para<br />
serem usados por profissionais que<br />
exercem bem essa arte. Mas eu,<br />
apesar de gostar imenso de rir de<br />
de dizer piadas, não tenho mesmo<br />
vocação para tal. Se ainda for<br />
para ser voluntário da operação<br />
“Nariz Vermelho” contem comigo.<br />
Mas para abusarem da minha<br />
boa-vontade, por favor desenganem-se.<br />
Não faço mal a ninguém<br />
e tenho sempre muito cuidado<br />
para não insultar a inteligência<br />
dos outros. Peço encarecidamente<br />
que tenham a mesma cortesia para<br />
comigo. Beijos & Abraços.><br />
saber | JANEIRO | 2018 21
OPINIÃO<br />
Um outro Natal<br />
Época Natalícia: a Festa,<br />
na Madeira. Com (ou sem)<br />
ternura, na companhia da<br />
família (ou sem ela), no aconchego<br />
de um lar (ou na ausência de conforto<br />
e de casa), com solidariedade<br />
vigorosa (ou embrulhado em cinismo<br />
e adornado por vistosas fitas)<br />
o Natal assinala-se no calendário<br />
como um evento maior (que muitos<br />
amam, incondicionalmente, e<br />
ao qual poucos escapam). É difícil<br />
ouvir alguém dizer que “não liga<br />
nenhuma ao Natal” e, mesmo que<br />
tal aconteça, não fica no ar a sensação<br />
de uma sólida verdade (até<br />
para aqueles que procuram ter em<br />
conta as razões de cada um, ou de<br />
todos os outros que, tal como nós,<br />
são também produto tanto das circunstâncias,<br />
como das contingências,<br />
inerentes à Vida). Com<br />
o decorrer da idade, o Natal unese,<br />
invariavelmente, às recordações<br />
de infância, com o maravilhoso<br />
encanto de magia verdadeira e<br />
desacautelada (que é tão própria<br />
dessa fase das nossas vidas). Há<br />
Natais que se querem perdidos na<br />
bruma e outros que não se podem<br />
esquecer, permanecendo coloridos,<br />
vivos, colados à pele. E há desilusões<br />
que se ultrapassam (tais como<br />
o facto de Jesus não ter nascido a<br />
25 de dezembro, e do Pai Natal<br />
ter sido, apenas, invenção de uma<br />
marca, conhecida e veemente, de<br />
refrigerantes). Há também Natais<br />
que se conquistam, dando asas à<br />
extraordinária vontade de alcançar<br />
inéditas sensações, e à coragem,<br />
incomum, de ignorar os juízos<br />
de valor de conhecidos e fami-<br />
Há Natais que se<br />
querem perdidos na<br />
bruma e outros que não<br />
se podem esquecer,<br />
permanecendo<br />
coloridos, vivos,<br />
colados à pele.<br />
liares (tantas vezes tão pouco amigos<br />
ou quase nada próximos). E há<br />
lugares de encanto, que permitem<br />
vivenciar inusitados contentamentos,<br />
num Natal genuíno e diferente.<br />
O Natal com sabor a postal ilustrado<br />
antigo é, sem dúvida, aquele<br />
que se passa em Monção. É claro<br />
que tudo depende da experiência<br />
que se teve, da viagem que fizemos,<br />
da pessoa ou pessoas com<br />
quem estivemos, do lugar onde se<br />
pernoitou.<br />
Pois bem: para um Natal de sonho,<br />
não há nada como ir até Monção<br />
e fazer estadia no hotel Convento<br />
dos Capuchos. De preferência,<br />
ficar numa “cela” superior da<br />
ala convento, como o quarto 205<br />
do lado da torre, onde o conforto<br />
e a modernidade estão de mãos<br />
dadas com a História e o Património.<br />
Situado no andar superior,<br />
com duas varandas, duas portas<br />
que lhe dão acesso e duas janelas,<br />
todas envidraçadas, este quarto<br />
permite observar uma paisagem<br />
que é pintura naturalista de<br />
um natal vetusto, da alvorada ao<br />
crepúsculo, com sol ou com chuva.<br />
Permite-lhe ainda estar deitado<br />
em Portugal e ver nascer o dia em<br />
Espanha, que fica mesmo em frente,<br />
na outra margem do rio: a vila<br />
está localizada a dois quilómetros<br />
do município galego de Salvaterra<br />
do Minho, ao qual está ligada por<br />
uma ponte sobre este internacional<br />
curso de água. Este hotel, debruçado<br />
sobre o Rio Minho, incorpora os<br />
espaços conventuais típicos como<br />
a sala do capítulo, a porta da sopa<br />
dos pobres, a adega, a capela, e o<br />
quarto da torre, bem como o claustro<br />
(espaço com características<br />
de “intimidade” invulgares e que<br />
constitui o ex-líbris do edifício). O<br />
Natal, aqui, é duplamente mágico.<br />
E a geografia também. A fronteira<br />
luso-espanhola, que se estende<br />
desde a foz do rio Minho, a norte,<br />
até à foz do rio Guadiana, a sul, ao<br />
longo de mais de 1200 km, acompanha<br />
cursos de água (raia húmida),<br />
ou é assinalada em terra por<br />
pontos notáveis ou marcos fronteiriços<br />
(raia seca). A raia é igualmente<br />
o espaço geográfico, de um e<br />
de outro lado da fronteira política,<br />
em que as populações partilham<br />
elementos históricos, linguísticos,<br />
culturais e económicos. Assim, os<br />
veículos de Monção abastecem-se<br />
de combustível na galega Salvaterra<br />
e os vizinhos espanhóis fazem<br />
compras na vila portuguesa, principalmente<br />
à Quinta-feira - o dia<br />
estabelecido para a feira semanal,<br />
cujo sucesso se deve essencialmente<br />
à presença espanhola. Para além<br />
das muralhas e das termas, esta<br />
é, também, na Região Demarcada<br />
dos Vinhos Vedes, a Sub-região<br />
de Monção e Melgaço, a quem foi<br />
reconhecido o uso exclusivo da<br />
designação “Vinho Verde Alvarinho”.<br />
No que respeita ao convento,<br />
agora hotel rural, é de realçar<br />
o magnífico bambual e a revalorização<br />
dos espaços exteriores (especialmente<br />
a Fonte dos Frades, um<br />
espaço de grande beleza, que preservou<br />
toda a memória e mistério).<br />
Assim se pode ganhar e renovar o<br />
Natal. Uma quadra que pode ser<br />
intimista, cultural e diferente!! ><br />
António Castro<br />
Professor/Escritor<br />
22<br />
saber | JANEIRO | 2018
Como alimentar o sono?<br />
NUTRIÇÃO<br />
Alison Karina<br />
de Jesus<br />
Nutricionista<br />
alisonkjesus@gmail.com<br />
Fotos: D.R.<br />
A<br />
s exigências do atual quotidiano<br />
fazem com que se<br />
dedique cada vez menos<br />
tempo ao sono, sendo que a tecnologia,<br />
o trabalho, o lazer e a<br />
migração do campo para a cidade,<br />
são os grandes vilões promotores<br />
desta redução do número de horas<br />
de sono, originando a chamada<br />
privação crónica de sono. Segundo<br />
a literatura, um “sono curto” é<br />
aquele que tem uma duração ≤ 7<br />
horas por noite enquanto que um<br />
“sono longo” tem uma duração ≥<br />
9 horas por noite. A insónia caracteriza-se<br />
por três sintomas: dificuldade<br />
em adormecer, dificuldade<br />
em permanecer a dormir e o acordar<br />
bastante cedo que ocorrem,<br />
no mínimo, 3 noites por semana,<br />
durante pelo menos 3 meses. Um<br />
sono de qualidade é um dos pilares<br />
da saúde, simultaneamente com<br />
uma alimentação saudável e exercício<br />
físico adequado. Quais são as<br />
consequências de alongar o dia e<br />
encurtar as horas de sono? Uma<br />
pessoa que dorme um menor número<br />
de horas está mais cansada, portanto<br />
tem um comportamento mais<br />
sedentário, e tem também por isso<br />
uma maior disponibilidade para<br />
comer, e consequente maior ingestão<br />
energética. A privação do sono<br />
além de desregular os mecanismos<br />
endócrinos envolvidos no apetite<br />
promove também o estado inflamatório,<br />
contribuindo assim para<br />
o aumento de peso. Um dos efeitos<br />
evidentes são as alterações da<br />
capacidade de atenção, concentração,<br />
raciocínio e memória, comprometendo<br />
a capacidade de reação e<br />
de resolução de problemas, ou seja,<br />
produzimos menos no nosso dia-adia.<br />
Dormir menos do que necessitamos<br />
faz com que envelheçamos<br />
mais rápido, pois o sono tem um<br />
papel importante na reparação e<br />
hidratação da pele. Por outro lado,<br />
provoca o envelhecimento prematuro<br />
de algumas funções cerebrais.<br />
Mas então qual é o número ideal<br />
de horas de sono que devemos pôr<br />
em prática? A Academia Americana<br />
de Medicina do Sono considera<br />
que pelo menos 7 horas de sono por<br />
noite, no caso dos adultos, é suficiente<br />
para promover saúde quer<br />
física quer mental.<br />
10 resoluções a colocar em prática<br />
no Ano Novo:<br />
1. Estabelecer um horário regular<br />
de deitar e acordar;<br />
2. No caso de fazer a sesta, não<br />
exceder os 45 min e deverá ocorrer<br />
antes do meio da tarde;<br />
3. Evitar fumar e ingerir bebidas<br />
alcoólicas, sobretudo nas 4 h anteriores<br />
ao início do sono;<br />
4. Evitar a ingestão de cafeína<br />
(café, chás, refrigerantes e chocolate)<br />
antes de dormir;<br />
5. Evitar refeições pesadas, picantes<br />
e ricas em açúcar, 4 horas<br />
antes de dormir, dando preferência<br />
a uma refeição ligeira;<br />
6. Praticar atividade física regularmente,<br />
mas esta deverá ser evitada<br />
nas horas próximas do horário<br />
de início do sono;<br />
7. Utilizar uma cama confortável;<br />
8. A temperatura no quarto deverá<br />
ser confortável e estável durante<br />
a noite;<br />
9. O ambiente deverá ser silencioso<br />
e com a menor luminosidade possível<br />
(desligar televisão, relógios,<br />
telemóveis);<br />
10. Não utilizar a cama para trabalho<br />
intelectual ou lazer, nomeadamente<br />
quando implica trabalho<br />
no computador.><br />
saber | JANEIRO | 2018<br />
23
C D<br />
Amor<br />
Jorge Luz . . . de A a Z<br />
MADEIRA<br />
Deus<br />
A<br />
Não vivo sem ele<br />
D E<br />
A B<br />
Amigos<br />
Imprescindíveis na minha vida<br />
Poucos mas bons<br />
Arte<br />
Tudo o que é feito com paixão<br />
H I<br />
Emoção<br />
B F I F J GC<br />
A B K<br />
O G M P F G HN<br />
Animais de Estimação<br />
Os meus cães que tanto amo,<br />
a Rolha, o Quedas e a Poncha<br />
Bebidas<br />
Coca cola<br />
Brinquedos<br />
Nenhum em especial<br />
Beijo<br />
É o gesto que embala<br />
e envolve todos os<br />
outros sentidos.<br />
Símbolo de respeito,<br />
paixão e amor<br />
Comanda a minha vida<br />
Decoração<br />
B C D<br />
Gula<br />
Nasceu com o dom para as passareles e a fotografia de moda. Aos 16 anos,<br />
fez o curso de modelo e manequim lecionado pela ex-Miss Portugal, a<br />
madeirense Lícina Macedo, que lhe abriu portas para o panorama nacional da<br />
Moda e Imagem, tanto que, deixou a meio o curso de Comunicação. Modelo,<br />
Comercial, empresário, formador de modelos, decorador, fashion advisor,<br />
Jorge Freitas da Luz é natural de São Pedro, Funchal. Modelo fotográfico<br />
de excelência, foi também com excelência que se destacou no Voleibol,<br />
modalidade que considera ser a sua grande paixão.<br />
Dulcina Branco<br />
Fotos: gentilmente cedidas pelo entrevistado<br />
Casamento<br />
Arte<br />
Doces<br />
A minha perdição: chocolates<br />
M<br />
Essencial<br />
Ginástica<br />
P Q<br />
Deveria simbolizar<br />
respeito e união<br />
Curiosidade<br />
O que há para além<br />
Doces e mais doces<br />
da vida? Para onde<br />
M N<br />
vamos? O que é que<br />
acontece?<br />
Cores<br />
Fortes, vivas e vibrantes<br />
Erros<br />
Aprendizagens para não voltar a<br />
cometê-los<br />
Estilo<br />
Próprio<br />
A minha fraqueza<br />
Família<br />
A minha estabilidade<br />
emocional. A melhor<br />
herança deixada pelos<br />
meus avós<br />
Filme<br />
Saw, Pearl Harbour, Striptease<br />
Futebol<br />
Não me diz nada<br />
Flores<br />
Beleza natural que embeleza a nossa<br />
ilha
F<br />
Depende da ocasião e do estado<br />
D C E D<br />
K D M L N<br />
I H<br />
G B H<br />
J I E CI<br />
K J<br />
T U<br />
Humildade<br />
O fundamental para ser um ser<br />
humano lindo<br />
I<br />
F G<br />
J M N<br />
N O<br />
Utopia<br />
C D E<br />
Humor<br />
Uma das<br />
minhas maiores<br />
D E<br />
H E I L J<br />
U<br />
T<br />
K I L J U K<br />
G O M P HV<br />
P Q R S<br />
O<br />
K<br />
P<br />
L<br />
Q<br />
Não sou muito fã de<br />
W X Y Z<br />
características<br />
Ilha<br />
A minha<br />
Internet<br />
Fundamental<br />
Justiça<br />
Essencial para estabilizar a<br />
sociedade<br />
Moda<br />
A minha vida<br />
N O P<br />
Não as tenho.<br />
Notícias<br />
Para mim tudo é atingível<br />
Fundamental<br />
Rádio<br />
Agradável<br />
Referências<br />
Apesar de ser<br />
Objectivos<br />
controversa mas sou Vida<br />
Cada dia ser melhor<br />
A arte de saborear todos os<br />
momentos como se fossem os<br />
que ontem como<br />
últimos rodeado de quem mais<br />
Naomi Campbell<br />
amamos<br />
R S<br />
Vitória<br />
I J K<br />
Concretização pessoal<br />
P U E V Q W<br />
W<br />
Q J V P Y K R<br />
X W Z L<br />
QS<br />
Y<br />
fã número um de<br />
R S<br />
Livro<br />
Os filhos da droga<br />
Lua<br />
Sensualidade<br />
B C D<br />
Música<br />
de espírito mas regra geral sou<br />
muito eclético<br />
Marcas<br />
Que me fiquem bem<br />
Mania<br />
Perfeccionismo<br />
profissional e ser<br />
humano<br />
Ostentação<br />
Nada em concreto<br />
Ódio<br />
Um sentimento que só faz mal a<br />
quem o sente<br />
Vício<br />
W<br />
N O<br />
Humildade e respeito<br />
Perfumes<br />
apaixonado todos os dias<br />
V W X<br />
212 Carolina Herrera<br />
S<br />
pelos outros<br />
Presentes<br />
A presença<br />
Política<br />
Farsa<br />
Tabaco infelizmente. Mas o<br />
T<br />
Televisão<br />
Z<br />
Viagem<br />
viajar pelo mundo<br />
fora<br />
melhor de todos é amar e estar<br />
Q R S<br />
Qualidades<br />
X Y<br />
ZZoologia<br />
Sexo<br />
O melhor da vida<br />
Signo<br />
Virgem<br />
Sonho<br />
Poder voltar atrás e não cometer<br />
erros do passado<br />
Entretenimento<br />
Telemóvel<br />
Indiferente<br />
Trabalho<br />
Ser feliz no que faço.<br />
Adoro estar ocupado<br />
a fazer o que mais<br />
amo<br />
Xenofobia<br />
Uma triste realidade<br />
Xadrez<br />
Não me fascina<br />
Adoro animais<br />
Zelo<br />
Carinho<br />
saber | JANEIRO | 2018 25
Fotografia Subaquática Madeira<br />
“Blue Planet II””<br />
Artur Silva<br />
Fotógrafo/ Mergulhador<br />
Dulcina Branco<br />
Fonte: filmwow.com/planeta-azul-ii<br />
Fotos: Artur Silva<br />
F<br />
oi uma das estreias televisivas<br />
mais aguardadas<br />
de 2017, a “Blue Planet<br />
II”, a série documental da BBC<br />
Worldwide de grande sucesso<br />
mundial que chegou à RTP1<br />
em dezembro com a 2.ª temporada.<br />
Apresentada pelo icónico<br />
David Attenborough, “The<br />
Blue Planet II” é o documentário<br />
mais premiado de sempre<br />
da BBC que regressa agora com<br />
imagens inéditas e novos locais,<br />
como a Nazaré (Portugal) e os<br />
Açores. Percorrendo todos os<br />
oceanos do mundo, são reveladas<br />
novas espécies de animais e<br />
locais nunca antes vistos. Apresenta<br />
fenómenos como os vulcões<br />
de metano no Golfo do México,<br />
as fontes hidrotermais do oceano<br />
Pacífico, bem como imagens<br />
captadas a uma profundidade de<br />
mil metros sob o oceano Antárctico.<br />
Esta nova série dá sequência<br />
à série de 2001 que retratava<br />
de forma vívida a vida marinha<br />
de todo o mundo – e que<br />
ganhou dois Emmy e dois BAF-<br />
TA pela música e fotografia. A<br />
condução dos episódios cabe a<br />
David Attenborough, 90 anos<br />
e o naturalista mais conceituado<br />
da televisão britânica, também<br />
conhecido pelo seu trabalho<br />
na série Life, nove documentários<br />
que cobriram um período<br />
de 30 anos desde 1979. David<br />
Attenborough regressa, desta<br />
forma, à apresentação com<br />
uma sequela da série documental<br />
“The Blue Planet”, 16 anos<br />
depois de a primeira série ter<br />
dado a conhecer as profundezas<br />
dos oceanos do planeta. “Estou<br />
verdadeiramente entusiasmado<br />
por me juntar a esta nova exploração<br />
dos mundos subaquáticos<br />
que cobrem a maior parte<br />
do nosso planeta mas que ainda<br />
assim são os seus pedaços menos<br />
conhecidos”, disse Attenborough<br />
aquando da estreia de “Blue<br />
Planet II”.✪<br />
26<br />
saber | JANEIRO | 2018
saber | JANEIRO | 2018 27
Fotografia Subaquática Madeira<br />
28<br />
saber | JANEIRO | 2018
saber | JANEIRO | 2018 29
António Cruz<br />
acruz.funchal@abreu.pt<br />
Texto e fotos<br />
António Cruz escreve de acordo<br />
com a antiga ortografia.<br />
A primeira certeza que e assiste é de que a Madeira consegue<br />
manter-me em estado de surpresa em muitos dos planos de<br />
que é feita. E o hoteleiro, sendo esta uma ilha vocacionada<br />
para bem receber, esmera-se cada vez mais em ser diferente,<br />
1 2<br />
A entrada de um qualquer espaço é como que o cartão de visita do que nos<br />
será proposto. É o primeiro embate e um género de desafio para os nossos<br />
sentidos. E ao franquearmos a porta do Saccharum, toda a dimensão respirável<br />
que se recebe no loby, e que de imediato nos envolve, é a garantia de<br />
que a decisão de por aqui estar alguns dias se demonstra inquestionável. E<br />
como a despedida será obrigatoriamente por este espaço, a vontade de voltar<br />
o quanto antes é também uma certeza com que de lá sairemos.<br />
Os quartos primam por uma decoração imaculada no que a bom gosto<br />
respeita. Através do espaço generoso convidam-nos à evasão. Através<br />
dos materiais utilizados convidam-nos ao conforto. Através das soluções<br />
arquitectónicas exigem-nos os sorrisos, os olhares pousados, as energias<br />
positivas.<br />
3 4<br />
Existem espaços para tudo. Para o céu azul e para o azul do mar, ambos<br />
atingíveis a partir de onde quer que seja. Existem os espaços pacificados e<br />
os de maior pulsar, dependendo do estado de espírito de cada um. Existem<br />
soluções de relaxamento para o corpo, e de plenitude para a alma.<br />
De bem comer também se fala acerca dos conceitos de restauração que o<br />
Saccharum nos propõe. Ou o pequeno bar junto à piscina para adultos, ou o<br />
grande espaço onde pela manhã todos se encontram para um pequeno-almoço<br />
abundante. Ou o Trapiche, que ao longo do dia e no final do mesmo sugere<br />
refeições mais ou menos ligeiras, mais ou menos requintadas, dependendo<br />
também da vontade dos hóspedes e dos sabores por onde queremos enveredar.<br />
30<br />
saber | JANEIRO | 2018
em subir o nível alto em que já se situa e em proporcionar<br />
espaços e momentos que podem tornar-se únicos. Foi o<br />
que vivenciei nesse que é o melhor hotel da ilha fora da sua<br />
capital: o Savoy Saccharum Resort & Spa, na Calheta.<br />
viajar<br />
com saber<br />
7<br />
Faça-se a vontade aos criadores da perfeição e dos momentos belos. Amemos-lhes os detalhes, inalemos apaixonadamente os adjectivos que se precipitam<br />
sobre nós, expiremos sentidamente a força das emoções que nos consomem. E demos graças a podermos disfrutar de um lugar singular e perpetuado<br />
na memória das nossas vivências no Savoy Sacchaum Resort & Spa.<br />
5<br />
Fabuloso a todos os níveis é o Spa do Saccharum! Bonito, sensual, criativo,<br />
com uma vasta oferta de tratamentos e espaços alternativos, é, quem<br />
sabe, o segredo mais bem guardado desta pérola hoteleira. Um pasmo para<br />
os sentidos, uma vontade de abandono, uma certeza de perdição. Aqui limpam-se<br />
corpos e almas. Recuperam-se sonhos e desejos.<br />
6<br />
E o céu aqui tão perto. E os silêncios tão esmagadores. E um livro nas<br />
mãos de um sonhador. E um poema que se escreve no fio de um horizonte<br />
cúmplice. E nós, meros insignificantes perante a obra da natureza. Completada<br />
com a do Homem que a sabe cuidar e decorar com pormenores<br />
que não disfarçam a sua paixão.<br />
saber | JANEIRO | 2018 31
[des]conhecida Arte<br />
Arte em ovo de avestruz e coco<br />
Jorge Manuel Lamuria<br />
Jorge Manuel Lamuria é<br />
o artesão que está por<br />
trás do Atelier Ovodecor,<br />
um projeto que recorre<br />
ao ovo de avestruz e<br />
coco para criar peças<br />
ricas em pormenores.<br />
Os candeeiros e colares<br />
são as peças mais<br />
produzidas mas não<br />
só, já que há também<br />
esculturas e gravuras<br />
habilidosamente<br />
trabalhadas pelas mãos<br />
do artesão autodidata.<br />
Nascido em Angola<br />
há 57 anos e a residir<br />
atualmente na região<br />
de Alcobaça (Portugal),<br />
Jorge Lamuria começou<br />
a trabalhar na decoração<br />
em cristal para depois<br />
se lançar na atividade<br />
em nome próprio com o<br />
atelier Ovodecor que tem<br />
sítio na net e página na<br />
rede social Facebook.<br />
Dulcina Branco<br />
Fotos: cedidas por Jorge Lamuria<br />
Fale-nos um pouco deste seu trabalho<br />
que iniciou não há muito<br />
tempo...<br />
- Sim. Comecei a trabalhar na<br />
decoração em cristal e, há seis<br />
anos, percebi que poderia expandir<br />
o meu trabalho para outras vertentes<br />
artísticas apoiadas em material<br />
que conheço e que, de certa forma,<br />
me liga à minha terra de nascimento,<br />
que é Angola. Nasci em Angola<br />
mas resido em Portugal há alguns<br />
anos. Há seis anos, surgiu a oportunidade<br />
de trabalhar com ovo de<br />
avestruz e coco, pelo que, comecei<br />
a produzir as minhas primeiras<br />
peças nestes materiais. Sou autodidata<br />
e tenho aprendido com a vida.<br />
Tendo passado muitos anos a trabalhar<br />
na decoração em cristal,<br />
quis então adaptar os meus conhe-<br />
Jorge Manuel<br />
Lamuria<br />
autodidata<br />
Facebook - Jorge Manuel Lamuria<br />
https://www.facebook.com/<br />
Ovodecor/<br />
http://ovodecor.blogspot.pt/<br />
cimentos a algo arrojado e inovador<br />
e assim comecei a esculpir e<br />
gravar ovos de avestruz.<br />
Quais são os principais desafios<br />
deste trabalho?<br />
- O ovo de avestruz não é propriamente<br />
um material de fácil manuseo<br />
devido à sua fragilidade e textura,<br />
no entanto, como queria<br />
investir em algo que colocasse à<br />
prova os meus conhecimentos, não<br />
poderia ser outro material o mais<br />
indicado.<br />
E tem resultado, dado que as suas<br />
peças são muito procuradas...<br />
- Sim. Surpreendeu-me desde o primeiro<br />
momento, desde as primeiras<br />
peças, as quais foram muito<br />
elogiadas. Superou as expetativas.<br />
Também a forma como foi aceite<br />
na opinião de terceiros que me sur-<br />
32<br />
saber | JANEIRO | 2018
preenderam e levaram a ter continuidade.<br />
Tanto que, de há 6 anos<br />
a esta parte, tenho-me dedicado a<br />
esta arte e já possuindo um variado<br />
e extenso trabalho. São muitas e<br />
muitas peças já realizadas. Os candeeiros<br />
são procurados mas também<br />
a bijutaria, usando casca de<br />
côco e casca de ovo de avestruz.<br />
Onde e como podemos encontrar as<br />
suas peças?<br />
- Tenho participado em eventos<br />
ligados às artes, os quais tem sido<br />
também, umas das formas<br />
encontradas para divulgar os meus<br />
trabalhos. Por outro lado, poderão<br />
encontrar os meus trabalhos em<br />
Facebook – Jorge Manuel Lamuria<br />
e https://www.facebook.com/<br />
Ovodecor/<br />
http://ovodecor.blogspot.pt/<br />
saber | JANEIRO | 2018<br />
33
Cinema<br />
Dulcina Branco<br />
Fotos: cinecartaz.publico.pt<br />
Título original<br />
O Fim da Inocência<br />
Realizador<br />
Joaquim Leitão<br />
O Fim da Inocência<br />
Actores<br />
Virgílio Castelo,<br />
Francisco Fernandez,<br />
Sofia Alves, Catarina Matos<br />
Género<br />
Drama<br />
Classificação<br />
M/16<br />
Foi o filme português mais<br />
visto do ano de 2017, exibido<br />
em cerca de 40 salas<br />
de cinema. Adaptado do “best<br />
seller” homónimo de Francisco<br />
Salgueiro “O fim da inocência”,<br />
novo filme realizado por Joaquim<br />
Leitão e produzido pela Cinemate,<br />
foi o filme português mais visto<br />
do ano com cerca de 48 mil<br />
espectadores desde a sua estreia<br />
a 30 de novembro. O recorde foi<br />
batido em apenas duas semanas<br />
de exibição nas salas de cinema.<br />
Baseado na história verídica de<br />
uma adolescente portuguesa, ‘O<br />
Fim da Inocência’ relata o drama<br />
de Inês, que juntamente com<br />
os amigos, vive uma perigosa vida<br />
dupla, com comportamentos de<br />
risco. Inês é uma adolescente com<br />
uma vida aparentemente perfeita.<br />
Oriunda de uma família abastada,<br />
frequenta um dos melhores<br />
colégios do país e convive quase<br />
exclusivamente com pessoas do<br />
seu estrato social. Porém, depois<br />
das aulas, sem que nenhum adulto<br />
à sua volta se aperceba, ela e<br />
os amigos mais próximos participam<br />
em arriscados jogos sexuais,<br />
utilizam a internet de forma compulsiva<br />
e frequentam a vida nocturna<br />
de Lisboa, onde consomem<br />
regularmente todo o tipo de drogas.<br />
Longe do controlo dos pais,<br />
que os julgam em total segurança,<br />
dentro e fora de casa, as suas<br />
vidas entram numa espiral de<br />
total destruição…<br />
Um filme intenso e real que retrata<br />
o quotidiano de muitos jovens<br />
que, como a protagonista, vivem<br />
vidas paralelas, sem que disso os<br />
seus pais tenham noção. Uma história<br />
que espelha uma realidade à<br />
qual a sociedade portuguesa está<br />
ainda alheada.<br />
Esta obra cinematográfica teve<br />
a participação de grandes nomes<br />
como Sofia Alves e Virgílio Castelo<br />
e jovens talentos como Oksana<br />
Tkach, Joana Aguiar, Joana<br />
Barradas, Francisco Fernandez,<br />
Raquel Oliveira, Rodrigo Paganelli,<br />
David Gomes, João Alves,<br />
Ana Marta Ferreira, Ricardo<br />
Sá.><br />
34<br />
saber | JABEIRO | 2018
Tecnologia<br />
Amazon Music Unlimited<br />
já disponível em Portugal<br />
A<br />
oferta de serviços de streaming<br />
de música disponíveis<br />
em Portugal aumentou<br />
com o anúncio da Amazon em<br />
disponibilizar o seu serviço no nosso<br />
país. O anuncio foi feito no final<br />
de 2017, pelo que, desde dezembro<br />
último que o Amazon Music<br />
Unlimited já está disponível para<br />
os consumidores portugueses, sendo<br />
que o custo do serviço se situa<br />
nos 6,99\ por mês. Um valor similar<br />
aos concorrentes. O Amazon<br />
Echo também vai estar disponível<br />
no nosso país. A Amazon é uma das<br />
grandes lojas <strong>online</strong> do mundo, apesar<br />
de nos últimos anos termos visto<br />
a empresa a desistir de algumas<br />
ofertas para o nosso mercado, mas,<br />
a seu tempo, vem regressando, já<br />
que durante o período natalício, as<br />
encomendas não tiveram custos adicionais<br />
de portes de envio, como já<br />
acontecia antes. É verdade que foi<br />
anunciado para este período, mas é<br />
um sinal, que juntando a esta nova<br />
informação, demonstra que a Amazon<br />
está voltou a olhar para o nosso<br />
país. A partir de agora, temos mais<br />
uma oferta de streaming de música<br />
em Portugal, mais um concorrente<br />
ao Spotify, já que a Amazon<br />
Music Unlimited tem um catálogo<br />
superior a 40 milhões de música,<br />
segundo a própria Amazon no site<br />
oficial, já disponível com referência<br />
ao mercado português. Segundo<br />
comunicado de imprensa, Portugal<br />
é um dos 28 novos países que passa<br />
a ter disponível o Amazon Music<br />
Unlimited, juntamente com o Amazon<br />
Echo, uma coluna portátil que<br />
se faz acompanhar de um assistente<br />
pessoal e que tem sido aclamada<br />
pelos especialistas. Apesar dessa<br />
indicação, não encontrei um link da<br />
própria Amazon que permitisse a<br />
encomenda do Echo, para já. Mas,<br />
sem dúvida, que na altura que os<br />
leitores lerem este artigo, já haverá<br />
a possibilidade de comprar o Echo<br />
diretamente à Amazon. Infelizmente,<br />
não será possível falar com o<br />
Echo em Português, mas acredite<br />
que este produto oferece uma experiência<br />
incrível.><br />
Texto/Fotos: maistecnologia.pt<br />
saber | JANEIRO | 2018 35
MOTORES<br />
Novo<br />
Toyota Auris Diesel<br />
Renovado e…poupado!!!<br />
Roda há algum tempo nas estradas da Região o renovado Auris da Toyota, o pequeno familiar da marca nipónica<br />
que nos habituamos a ver maioritariamente na versão hatchback, mas que possui também a sua versão em carrinha.<br />
Sem entrarmos na discussão das estéticas, que ou se gosta ou se detesta, achamos que este facelift do Auris foi<br />
bem conseguido e acabará por ser um bom argumento de venda. Igualmente bons argumentos são os equipamentos que integram<br />
a lista de características deste modelo e que vão desde a travagem automática, ao avisador de saída de faixa de rodagem,<br />
leitura de sinais de trânsito, ar condicionado automático e muito equipamento de segurança, vendidos incluídos no<br />
pacote denominado “Toyota Safety Sense”, facto que valeu à Toyota no passado ano uma distinção em reputados prémios.<br />
Quanto às motorizações, rodamos com um motor a diesel, uma motorização 1.4 D-4D, que cumpre todas as normas Euro<br />
6, um motor renovado com menos emissões e com fantásticos consumos, mantendo os seus 90 cavalos de potência. No caso<br />
da unidade testada, as mudanças ao nível do motor prendem-se essencialmente com a redução das fricções internas e com o<br />
incremento da elasticidade de funcionamento, onde o binário de 205 Nm está agora disponível às 1400 rotações por minuto<br />
(rpm). Assim consegue-se ir dos 0 aos 100 km/h em 12,5 segundos, para emissões de 89 gramas por quilómetro e consumindo<br />
3.4 litros por cada 100 quilómetros percorridos. Nós conseguimos comprovar os consumos anunciados pela Toyota,<br />
pelo que este novo Auris é efetivamente Poupado!!! Ainda uma nota final e que tem a ver com a componente técnica do<br />
modelo, onde a Toyota introduziu relevantes alterações ao nível de suspensão e direção, que contribuem significativamente<br />
para melhorar conforto e dinâmica e que se associam a um maior cuidado notório na insonorização e redução das vibrações.<br />
Resumindo, neste modelo toda a sua família se sentirá verdadeiramente confortável e segura! Quanto ao preço, e dependendo<br />
do equipamento que quiser a equipar o seu novo Auris, dificilmente irá ultrapassar os 25000 euros, pelo que a melhor<br />
solução é mesmo visitar o concessionário Toyota - Mendes Gomes & Cia Lda, no Caminho do Poço Barral, na cidade do<br />
Funchal. ✪<br />
Teste, texto e fotos:<br />
Nélio Olim<br />
36<br />
saber | JANEIRO | 2018
saber | JANEIRO | 2018 37
MAKEOVER<br />
Mary Carfora<br />
Texto/Produção (Vestuário<br />
e Maquilhagem): Mary de Carfora<br />
Está aí o ano novo, com promessas<br />
de uma boa vida,<br />
novos desafios e oportunidades.<br />
Para trás, um ano em pleno,<br />
mesmo que, pelo meio, tivesse<br />
sido pontuado por momentos desafiantes<br />
e menos agradáveis. Mas é<br />
a vida, assim surpreendente e tão<br />
cheia. Importa dizer que, nas festividades<br />
de Dezembro, tivemos<br />
um sem número de personalidades<br />
dotadas de gostos impecáveis<br />
na maquilhagem. Este é, sem dúvida,<br />
um mundo de opiniões diversas.<br />
Contudo, importa ressalvar<br />
que a maquilhagem deverá ser elaborada<br />
de acordo com o evento, a<br />
hora, e claro, respeitando os traços<br />
de cada mulher que, numa determinada<br />
data, deseja estar diferente<br />
e de forma a realçar a sua beleza<br />
natural. Neste balanço, importa<br />
destacar que, na Madeira, as<br />
mulheres estão a aderir e a arriscar<br />
nas maquilhagens mais arrojadas,<br />
pelo que, não é de admirar<br />
verificar o despontar de uma onda<br />
de novas maquilhadoras, as quais<br />
têm em comum o importante papel<br />
que é o de enaltecer a beleza das<br />
suas clientes. Respeitando aquelas<br />
mulheres que não entram na dinâmica<br />
de ser diferente por um dia,<br />
é muito importante realçar que a<br />
maquilhagem não é uma máscara,<br />
não muda a pessoa, nem muito<br />
menos quem a adota. A maquilhagem<br />
destaca os traços e a sua beleza<br />
natural da mulher. Senão vejamos:<br />
no que ao vestuário diz respeito,<br />
quando calçamos um salto<br />
alto é porque queremos estar mais<br />
sofisticadas e não porque queremos<br />
ser mais altas. Se usamos uns brincos<br />
mais exuberantes, não é porque<br />
queremos tapar as orelhas nuas,<br />
mas sim porque queremos realçar<br />
o nosso outfit com um lindo acessório.<br />
O mesmo se aplica à maquilhagem,<br />
que funciona como um com-<br />
Mary Correia<br />
de Carfora<br />
Maquilhadora Profissional<br />
Facebook Carfora Mary Makeup<br />
plemento, indispensável num evento<br />
especial ou naqueles dias em que<br />
as olheiras vencem e nos encontramos<br />
cansadas. Com a maquilhagem,<br />
pretendemos suavizar os<br />
danos de uma noite mal dormida e<br />
aumentar a autoestima. Qualquer<br />
mulher sabe que é tão reconfortante<br />
quando alguém nos diz : “Estás<br />
tão linda! És tão linda!”. É esta a<br />
magia da maquilhagem, a transformar<br />
o mundo da mulher e a dotálas<br />
de uma presença maior e mais<br />
importante em todos os aspetos da<br />
vida. A mostrar mulheres maravilhosas<br />
que são. Então, para melhorar<br />
o nosso visual, tenhamos a<br />
capacidade de transformar o nosso<br />
mundo, tornando-o mais florido<br />
e belo. Somos todas diferentes<br />
mas cada uma com beleza única,<br />
inigualável e irrepetível!Porque,<br />
definitivamente, juntas somos mais<br />
fortes. Bem-vindo, 2018! Bom Ano<br />
Novo!✪<br />
38<br />
saber | JANEIRO | 2018
Porque juntas somos mais fortes<br />
Antes<br />
Depois<br />
MAKE OVER<br />
Antes<br />
Depois<br />
Antes<br />
Depois<br />
saber | JANEIRO | 2018 39
DICAS DE MODA<br />
Festive Season<br />
Ofim do ano já<br />
passou mas se<br />
ainda há tempo<br />
e vontade para festejar<br />
o ano novo, recebemolo<br />
em festa! A época festiva<br />
continua! Imprescindível<br />
no seu closet, as peças<br />
de vestuário “sui generis”,<br />
para as ocasiões que possam<br />
eventualmente surgir:<br />
os jantares, festas e convites<br />
de última hora. Algumas<br />
das peças destacamse<br />
pelos detalhes originais<br />
dentro do estilo clássico.<br />
E nada melhor que dar as<br />
boas vindas à epoca festiva,<br />
com um estilo feminino<br />
sofisticado e único, sendo<br />
que, o mais importante<br />
é o conforto para dançar<br />
a noite toda. Sugere-se<br />
a aposta no estilo intemporal,<br />
um top trespassado<br />
com pregas, peças que se<br />
conjugam de forma perfeita<br />
com um casaco comprido<br />
de inverno no ambiente<br />
‘outdoor’.><br />
40<br />
saber | JANEIRO | 2018
Texto e Fotos Lúcia Sousa Fashion<br />
Designer (914110291)<br />
Facebook LUCIA SOUSA-Fashion<br />
Designer Estilista<br />
Fotografo Pedro Miranda<br />
Manequim e Makeup Mónica Pereira<br />
Cabelo Pacs-Paulo Silva<br />
Local Sé Boutique Hotel<br />
saber | JANEIRO | 2018 41
ASSOCIAÇÃO NOTAS<br />
E SINFONIAS ATLÂNTICAS<br />
ORQUESTRA CLÁSSICA DA MADEIRA<br />
MADEIRA CLASSICAL ORCHESTRA<br />
DEZEMBRO DECEMBER / JANEIRO JANUARY<br />
SÁBADO 2 DEZEMBRO | 18H00<br />
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA MADEIRA<br />
ORQUESTRA DE CORDAS<br />
MADEIRA CAMERATA<br />
Direção musical: Norberto Gomes<br />
Solista: Norberto Cruz<br />
Programa:<br />
• Johann Pachelbel (1653 - 1706)<br />
- Cânone<br />
• J. S. Bach (1750-1865) - Ária da<br />
Suite em Ré<br />
• Georg Friedrich Händel<br />
(1685 - 1759) / S. Aslamasian<br />
- Passacaglia<br />
• António Vivaldi (1678-1741)<br />
- Concerto para bandolim, violinos<br />
e baixo contínuo em Ré<br />
Maior, RV 93<br />
• António Vivaldi (1678-1741)<br />
- Concerto para bandolim, violinos<br />
e baixo contínuo em Dó<br />
Maior, RV 425<br />
• Arcangelo Corelli (1653 - 1713)<br />
- Concerto Grosso em Re maior<br />
Op.6 No.4<br />
• António Vivaldi (1678 - 1741)<br />
- Concerto Alla Rustica em Sol<br />
maior RV.151<br />
SATURDAY, DECEMBER 2 | 6.00PM<br />
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA MADEIRA<br />
STRING ORCHESTRA<br />
MADEIRA CAMERATA<br />
Musical direction: Norberto Gomes<br />
Soloist: Norberto Cruz<br />
Programme:<br />
• Johann Pachelbel (1653 - 1706)<br />
- Cânone<br />
• J. S. Bach (1750-1865) – Suite Aria<br />
in D major<br />
• Georg Friedrich Händel (1685 -<br />
1759)/S. Aslamasian - Passacaglia<br />
• António Vivaldi (1678-1741) –<br />
Concerto for C Major for Mandolin,<br />
Strings & Continuo in D major, RV 93<br />
• António Vivaldi (1678-1741) -<br />
Concerto for C Major for Mandolin,<br />
Strings & Continuo in C major, RV 425<br />
• Arcangelo Corelli (1653 - 1713) -<br />
Concerto Grosso in D major Op.6 No.4<br />
• António Vivaldi (1678 - 1741) -<br />
Concerto Alla Rustica in G major<br />
RV.151<br />
SÁBADO 9 DEZEMBRO | 18H00<br />
PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO DOS<br />
PRAZERES *ENTRADA LIVRE<br />
ORQUESTRA CLÁSSICA DA<br />
MADEIRA<br />
Maestro convidado: Francisco<br />
Loreto<br />
Programa:<br />
• Wolfgang Amadeus Mozart<br />
(1756 – 1791) - Abertura da ópera<br />
«O Rapto do Serralho»<br />
• Franz von Suppé (1819-1895)<br />
- Abertura da Ópera «Cavalaria<br />
Ligeira»<br />
• Giuseppe Verdi (1813-1901) -<br />
Marcha Triunfal da ópera Aida<br />
• Mikhail Ivanovich Glinka (1804<br />
- 1857) - Abertura da ópera<br />
“Ruslan e Ludmilla”<br />
• Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840 -<br />
1893) – “Capriccio Italiano”<br />
• “A Christmas Festival” de<br />
Leroy Anderson<br />
• “We wish you a Merry<br />
Christmas” - Arr. de Jerry<br />
Brubaker<br />
• “Most wonderful Christmas” -<br />
Arr. Robert Sheldo<br />
4<br />
42<br />
saber | JANEIRO | 2018
DANÇA / MÚSICA<br />
DANCE / MUSIC<br />
EXPOSIÇÕES<br />
EXHIBITIONS<br />
MADEIRADIG<br />
2017<br />
1 A 4 DEZEMBRO | 21H30<br />
AUDITÓRIO DO MUDAS. MUSEU DE ARTE<br />
CONTEMPORÂNEA DA MADEIRA<br />
CASA DAS MUDAS. MUSEU DE ARTE<br />
CONTEMPORÂNEA DA MADEIRA<br />
PROJETO SEMESTRAL<br />
“ACESSO ÀS<br />
COLEÇÕES EM<br />
RESERVA”:<br />
“CONSTRUTORES DE<br />
BRINQUINHOS”<br />
ÁTRIO DO MUSEU ETNOGRÁFICO DA<br />
MADEIRA<br />
MUSEU ETNOGRÁFICO DA MADEIRA<br />
ATÉ 8 DEZEMBRO<br />
UNTIL DECEMBER 8<br />
“MÚSICA NAS CAPELAS”<br />
1, 6 E 28 DEZEMBRO | 20H30<br />
CAPELA DE SÃO SEBASTIÃO - PONTA DO SOL<br />
ENTRADA LIVRE<br />
SEXTA 1 DEZEMBRO<br />
FRANCO & CORDOFONES<br />
MADEIRENSES<br />
Concerto intimista e em formato<br />
acústico onde a música pop e<br />
os cordofones madeirenses se<br />
cruzam de uma forma surpreendente<br />
e original.<br />
Franco (voz)<br />
Roberto Moniz (machete/<br />
braguinha)<br />
Lara Nunes (rajão)<br />
Vítor Filipe (viola d’ arame)<br />
Ricardo Correia (ukulele baixo)<br />
Luís França (cajón)<br />
Salvador França (percussão)<br />
QUARTA 6 DEZEMBRO<br />
DUO ELISA & TIAGO<br />
Elisa Silva (voz)<br />
Tiago Silva (guitarra acústica)<br />
QUINTA 28 DEZEMBRO<br />
“ANCOR PIÚ”<br />
Grupo de música de câmara que<br />
investe em temas originais num<br />
trabalho que tem por fim, aproximar<br />
o público da música clássica.<br />
Rebeca Oliveira (guitarra)<br />
Joana Mendes (flauta transversal)<br />
“MUSIC IN CHAPELS” CONCERT<br />
SERIES<br />
DECEMBER 1, 6 & 28 | 8.30PM<br />
CAPELA DE SÃO SEBASTIÃO - PONTA DO SOL<br />
Free admission<br />
FRIDAY, DECEMBER 1<br />
FRANCO & CORDOFONES<br />
MADEIRENSES<br />
Intimate acoustic concert where pop<br />
music and the Madeiran chordophones<br />
cross in amazing and original<br />
tunes.<br />
Franco (Voice)<br />
Roberto Moniz (machete/braguinha)<br />
Lara Nunes (rajão)<br />
Vítor Filipe (viola d’ arame)<br />
Ricardo Correia (ukulele baixo)<br />
Luís França (cajón)<br />
Salvador França (percussion)<br />
WEDNESDAY, DECEMBER 6<br />
DUO ELISA & TIAGO<br />
Elisa Silva (vocal)<br />
Tiago Silva (acoustic guitar)<br />
THURSDAY, DECEMBER 28<br />
“ANCOR PIÚ”<br />
The chamber music group invests in<br />
original themes aiming to bring their<br />
audiences closer to classical music.<br />
Rebeca Oliveira (guitar)<br />
Joana Mendes (transverse flute)<br />
14.ª EDIÇÃO DO FESTIVAL<br />
DE MÚSICA ELETRÓNICA<br />
EXPERIMENTAL.<br />
SEXTA 1 DEZEMBRO<br />
Carl Stone (EUA)<br />
The Necks (Austrália)<br />
After-session<br />
(ESTALAGEM DA PONTA DO SOL)<br />
Frank D’Arpino (Alemanha)<br />
14 TH EDITION OF THIS<br />
EXPERIMENTAL ELECTRONIC<br />
MUSIC FESTIVAL<br />
FRIDAY, DECEMBER 1<br />
Carl Stone (USA)<br />
The Necks (Australia)<br />
After-session<br />
(ESTALAGEM DA PONTA DO SOL)<br />
Frank D’Arpino (Germany)<br />
SÁBADO 2 DEZEMBRO<br />
Ectoplasm Girls (Suécia)<br />
NaN: Collider (Portugal)<br />
After-session<br />
(ESTALAGEM DA PONTA DO SOL)<br />
SHINS-K (Japão)<br />
SATURDAY, DECEMBER 2<br />
Ectoplasm Girls (Sweden)<br />
NaN: Collider (Portugal)<br />
After-session<br />
(ESTALAGEM DA PONTA DO SOL)<br />
SHINS-K (Japan)<br />
ZARCO ACADEMY OF ARTS<br />
APRESENTA:<br />
“QUINTESSÊNCIA” &<br />
“POEMAS PINTADOS”<br />
ATÉ 5 DEZEMBRO<br />
AEROPORTO INTERNACIONAL DA MADEIRA –<br />
CRISTIANO RONALDO<br />
“Quintessência” - exposição<br />
individual de Luz Henriques<br />
“Poemas Pintados” - Coletiva de<br />
María Antonia Sanchez, Maria<br />
Jesús Soler e Carmen Sanzsoto.<br />
Curadoria: Manuel Martins<br />
Barata, Dame Francoise Tempra<br />
e Cida Demarchi<br />
ZARCO ACADEMY OF ARTS<br />
PRESENTS:<br />
“QUINTESSÊNCIA” & “POEMAS<br />
PINTADOS”<br />
UNTIL DECEMBER 5<br />
MADEIRA INTERNATIONAL AIRPORT –<br />
CRISTIANO RONALDO<br />
“Quintessência” - solo exhibition by<br />
Luz Henriques<br />
“Poemas Pintados” - Collective<br />
exhibition by María Antonia Sanchez,<br />
Maria Jesús Soler and Carmen<br />
Sanzsoto.<br />
Curator: Manuel Martins Barata,<br />
Dame Francoise Tempra and Cida<br />
Demarchi<br />
Mostra integrada no Projeto semestral “Acesso às coleções em<br />
Reserva”.<br />
O “brinquinho” ou “bailhinho”, designações populares utilizadas na<br />
Madeira, é um dos instrumentos musicais tradicionais madeirenses<br />
mais divulgado.<br />
Era costume, nos arraiais, para entretenimento, o povo formar<br />
rodas, tocando, cantando e dançando – os chamados brincos - termo<br />
que alguns autores relacionam com a sua designação.<br />
Sendo o seu uso mais comum entre os grupos de folclores da<br />
Região, também aparece isolado pelas mãos do povo, nos arraiais<br />
tradicionais.<br />
Museum’s Project “Access to the museum’s collections”.<br />
The so-called “brinquinho” or “bailhinho”, popular words used in Madeira to<br />
name one of the most popular traditional musical instruments in the Island’s traditional<br />
music and folklore.<br />
Traditional, in popular festivities, the “arraias” people would form circles, playing,<br />
singing and dancing – “os brincos”.<br />
“SENSES & SENSIBILITY”<br />
ATÉ 16 DEZEMBRO<br />
ART CENTER CARAVEL<br />
Carlos Possollo, Marcos<br />
Milewski, Wolfgang Kruchem,<br />
Alex Gordenkov e Elma Franco<br />
RUA D. CARLOS I, 19ª – FUNCHAL<br />
913 655 459<br />
SEGUNDA A SEXTA DAS 11H00 ÀS 19H00<br />
“SENSES & SENSIBILITY”<br />
UNTIL DECEMBER 16<br />
ART CENTER CARAVEL<br />
Carlos Possollo, Marcos Milewski,<br />
Wolfgang Kruchem, Alex Gordenkov &<br />
Elma Franco<br />
RUA D. CARLOS I, 19º – FUNCHAL<br />
913 655 459<br />
MONDAY TO FRIDAY FROM 11.00AM TO 7.00PM<br />
8<br />
16<br />
saber | JANEIRO | 2018 43
“PRESÉPIOS DA<br />
FESTA: TRADIÇÃO<br />
OU INOVAÇÃO, EIS A<br />
QUESTÃO”<br />
“CHRISTMAS NATIVITY<br />
SCENES: TRADITION OR<br />
INNOVATION, THAT’S<br />
THE QUESTION”<br />
ATIVIDADES DO MUSEU ETNOGRÁFICO DA MADEIRA<br />
MADEIRA ETHONOGRAPHIC ACTIVITIES<br />
Tuesday to Friday |2.30PM– 4.30PM<br />
To make the museum’s educational<br />
garden know to all and promote the<br />
importance of cultivation of aromatic<br />
and medicinal herbs.<br />
Target audience: General public<br />
16 DEZEMBRO A 15 JANEIRO<br />
DECEMBER 16 TO JANUARY 15<br />
SALA DE EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS DO<br />
MUSEU ETNOGRÁFICO DA MADEIRA<br />
MUSEU ETNOGRÁFICO DA MADEIRA (MEM) –<br />
TEMPORARY EXHIBITION’S ROOM<br />
© ANTÓNIO BARROS, PORMENOR DA INSTALAÇÃO VULCÂNICO - PALAVRADOR, (2015).<br />
As peças expostas nesta exposição<br />
são os artefactos utilizados<br />
para a montagem dos presépios<br />
ou “lapinhas”, como são designados<br />
na nossa Região. Ao longo<br />
de mais de vinte anos de existência,<br />
o MEM tem vindo a adquirir<br />
essas interessantes figuras de<br />
presépio, enriquecendo o acervo<br />
do museu.<br />
As exposições que apresentam<br />
ao público, anualmente, nesta<br />
festividade cíclica, a que o povo<br />
madeirense designa de “Festa”,<br />
tem como objetivo a divulgação<br />
do trabalho de diferentes artesãos<br />
madeirenses, tradicionais<br />
ou modernos, que criam figuras<br />
“ALVORO”<br />
16 DEZEMBRO A 30 ABRIL<br />
DECEMBER 16 TO APRIL 30<br />
De / By António Barros<br />
21<br />
que compõem os nossos presépios<br />
tradicionais de Rochinha<br />
ou de Escadinha, os chamados<br />
“pastorinhos”, ou que concebem<br />
presépios modernos que<br />
se podem designar “de autor”,<br />
nas mais variadas matériasprimas,<br />
com o objetivo de fazer<br />
perpetuar um ritual simbólico,<br />
com tradição secular no nosso<br />
arquipélago.<br />
The pieces displayed in this exhibition<br />
are the traditional artefacts used<br />
in the production of the local “lapinhas”<br />
as they are named in Madeira.<br />
Throughout more than twenty years<br />
of existence, MEM has been acquiring<br />
these interesting nativity figures,<br />
enriching its collection.<br />
Every year in cyclical festivity, the<br />
so-called “Festa” the museum<br />
presents to the public an exhibition<br />
aiming to promote the work<br />
produced by different Madeiran artisans,<br />
whether traditional or modern,<br />
and who create figures that really<br />
make the traditional “Rochinha”<br />
or “Escadinha” nativity scenes (the<br />
“shepherds”), or who conceive modern<br />
nativity scenes - the so-called<br />
“Author nativity Scenes” – out of the<br />
most different raw materials, aiming<br />
of preserve this symbolic ritual and<br />
ancient tradition of our archipelago.<br />
O MUDAS.Museu de Arte Contemporânea da Madeira apresentará<br />
ao público, no próximo dia 16 de dezembro, a exposição “Alvoro” da<br />
autoria do artista plástico madeirense António Barros. Este projeto<br />
constitui a primeira exposição individual deste artista na madeira,<br />
contará com o comissariado de Isabel Santa Clara Gomes e textos de<br />
Tolentino Mendonça. Integrando, escultura, objetos, fotografia, vídeo<br />
e instalação, o autor propõe-se ensaiar, num formato próximo ao antológico<br />
onde serão apresentadas peças produzidas entre 2000 e 2017,<br />
um diálogo com as obras da exposição permanente do Museu.<br />
Autor de uma obra cuja filiação oscila entre Poesia Experimental<br />
Portuguesa e o movimento Fluxos Internacional, António Barros expõe<br />
desde da década de setenta do século passado, com propostas estéticas<br />
em que dimensão plástica e a metafórica se materializam cindindo<br />
entre a sua função e a carga simbólica que as define na semiótica<br />
social, em estreita ligação com a palavra e a sua função referencial de<br />
(re)nomeação. Ao objetualizar a palavra (poemas-objeto) atribui-lhe<br />
uma dimensão gráfica que alude à experiência individual e social onde<br />
a critica e a ironia são presença constante.<br />
The MUDAS. Museu de Arte Contemporânea da Madeira, opens a new exhibition<br />
on December 16th - “Alvoro” by the Madeiran artist António Barros. The first individual<br />
exhibition of the artist in Madeira is curated by Isabel Santa Clara Gomes,<br />
with texts by Tolentino Mendonça.<br />
(…) Sculpture, objects, photographs, video and installation, (…) with the works<br />
produced between 2000 and 2017. (…) By objectifying the word (object-poems)<br />
it assigns a graphic dimension that refers to an individual and social experience<br />
where criticism and irony are a constant presence.<br />
“COISAS, CAIXAS,<br />
COLEÇÕES: COLECIONAR<br />
PORQUÊ?”<br />
Destinatários: 1.º ciclo<br />
Duração: 60 minutos<br />
“THINGS, BOXES AND<br />
COLLECTIONS: WHY<br />
COLLECTING?”<br />
Target-audience: Primary school<br />
students<br />
Workshop duration: 60 minutes<br />
“RETRATOS E<br />
RETRATADOS”<br />
Destinatários: 10º, 11º e 12º<br />
Duração: 120 minutos<br />
“PORTRAITS AND THE<br />
PORTRAYED”<br />
Target-audience: 10th, 11th and 12th<br />
level students<br />
Workshop duration: 120 minutes<br />
NOTA: NÚMERO MÁXIMO DE<br />
PARTICIPANTES: 1 TURMA<br />
INSCRIÇÃO: MEDIANTE MARCAÇÃO PRÉVIA<br />
291 740 670<br />
E-mail: mqc.drc.sretc@gov-madeira.pt<br />
NOTE:<br />
MAXIMUM NUMBER OF PARTICIPANTS: 1 CLASS<br />
IT REQUIRES PRE-REGISTRATION<br />
291 740 670<br />
E-mail: mqc.drc.sretc@gov-madeira.pt<br />
25<br />
“MUSEU VAI À RUA”<br />
1.ª QUARTA DE CADA MÊS | 14H30<br />
– 17H00<br />
Promover a relação museuescola-comunidade<br />
e dar a<br />
conhecer de forma participativa<br />
o património etnográfico<br />
regional.<br />
Público-alvo: Escolas, bibliotecas,<br />
centro ocupacionais e outras<br />
instituições interessadas.<br />
“THE MUSEUM GOES TO THE<br />
STREET”<br />
MUSEU ETNOGRÁFICO DA MADEIRA<br />
1st Wednesday of every month<br />
|2.30PM – 15.00PM<br />
To promote the museum-schoolcommunity<br />
relationship and raise<br />
the awareness towards the Madeira’s<br />
ethnographic heritage.<br />
Target audience: Schools, libraries,<br />
occupational centers and other interested<br />
institutions.<br />
HORTA PEDAGÓGICA<br />
JARDIM DE ERVAS<br />
AROMÁTICAS E<br />
MEDICINAIS.<br />
TERÇA A SEXTA |14H30 – 16H30<br />
Dar a conhecer a horta pedagógica<br />
do museu e fomentar o<br />
gosto pelo cultivo de ervas aromáticas<br />
e medicinais.<br />
Público-alvo: Público em geral.<br />
EDUACTIONAL GARDEN<br />
Aromatic and Medicinal Herbs<br />
Garden.<br />
MUSEU ETNOGRÁFICO DA MADEIRA<br />
FEIRINHA DOS<br />
ESTUDANTES<br />
JARDIM DO MUSEU ETNOGRÁFICO DA<br />
MADEIRA<br />
3 E 14 DEZEMBRO | 10H00 -16H30<br />
O Projeto dos Serviços<br />
Educativos OTL “Museu: Espaço<br />
de Lazer” tem como objetivo<br />
principal a interação e socialização<br />
dos jovens e o usufruto<br />
por parte do público em geral do<br />
espaço do jardim do museu.<br />
AS FEIRAS SERÃO AGENDADAS MEDIANTE<br />
AS INSCRIÇÕES PRÉVIAS EFETUADAS.<br />
NOTA: OS MATERIAIS EXPOSITORES E<br />
APOIO LOGÍSTICO SERÁ DISPONIBILIZADO<br />
PELA EQUIPA DO MUSEU.<br />
“STUDENT’S MARKET”<br />
DECEMBER 13 & 14 | 10:00AM –<br />
4:30PM<br />
Museu Etnográfico da Madeira<br />
- GARDENS<br />
Starting in October and throughout<br />
the current school year (2017/18).<br />
The OTL – a project by the Madeira<br />
Ethnographic Museum Educational<br />
Services “Museum: a Leisure Area”<br />
has as its main goal the interaction<br />
and socialization among young people<br />
and the possibility to grant to all<br />
visitors who attend the museum to<br />
enjoy its gardens.<br />
The markets will be scheduled<br />
according to the pre-registrations<br />
carried.<br />
Students should register via email:<br />
semuseuetnografico@gmail.com or<br />
via telephone 291 952 598<br />
NOTE: ALL MATERIALS AND LOGISTICS ARE<br />
SUPPORTED BY THE MUSEUM<br />
44<br />
saber | JANEIRO | 2018
Bem-vindo 2018!<br />
> > Apresentação de ‘Outras Gentes (Novos<br />
Mundos)’<br />
> > “Vidas Abençoadas” no Museu Casa da Luz<br />
> > ‘Chegar Novo a Velho’ na Fnac<br />
> > “Xira a Ler” com Raquel Lombardi<br />
> > “Relatório de Combate -Memórias” por Alberto<br />
João Jardim<br />
> > “Perdoar Cura” na Junta de Freguesia de São<br />
Martinho<br />
> > ‘Missa do Parto’ de madeirenses em Lisboa<br />
> > “Vamos decorar o Caniço Shopping<br />
Conservando a Natureza”<br />
> > Espetáculo “Cantar os Reis” no Jardim<br />
Municipal<br />
> > I Festival de Coros das Escolas da RAM<br />
> > Natal Escola de Dança ‘Dance Flavourz’<br />
> > Funchal Noivos&Festas 2017<br />
saber | JANEIRO | 2018 45
SOCIAL<br />
‘Outras Gentes (Novos Mundos)’<br />
O auditório do Museu De Electricidade - Casa da Luz, no Funchal, recebeu<br />
a sessão de lançamento do novo livro de António Barroso Cruz. Em<br />
‘Outras Gentes (Novos Mundos)’, com a chancela de O Liberal, António<br />
Cruz conduz o leitor numa viagem por meio de fotografia – realizada pelo<br />
próprio, e texto, a diferentes locais do mundo em que esteve nos últimos<br />
anos. A sessão de apresentação do livro inseriu-se num cenário a remeter<br />
para a área de partidas e chegadas de um aeroporto, um momento alto, e<br />
uma vez mais original, deste tipo de iniciativas realizadas pelo escritor.><br />
DB Fotos: Pedro Menezes<br />
46<br />
saber | JANEIRO | 2018
“Vidas Abençoadas”<br />
A escritora Ana Maria Andrade voltou aos livros com “Vidas Abençoadas”.<br />
A apresentação do livro teve lugar no auditório da Casa da Luz, no Funchal,<br />
com a presença de familiares e amigos da escritora e autora. Com a<br />
chancela de O Liberal - editora através da qual a escritora tem lançado as<br />
suas obras, “Vidas Abençoadas” foi, nas palavras da mesma, “um grande<br />
desafio” que pretende chegar aos quatro cantos do Mundo. Com esta nova<br />
obra, disponível no espaço da editora O Liberal, Ana Maria Andrade desafia<br />
o leitor a optar pela leitura de obras de autores madeirenses.><br />
DB Fotos: Pedro Menezes.<br />
saber | JANEIRO | 2018 47
SOCIAL<br />
‘Chegar Novo a Velho’<br />
O médico Manuel Pinto Coelho esteve na Madeira para apresentar<br />
o seu mais recente livro. A iniciativa decorreu no auditório<br />
da Fnac do Madeira Shopping e foram muitos os que<br />
marcaram presença para ouvirem e conversarem com o médico<br />
de ‘Chegar Novo a Velho’. Foi uma oportunidade única de<br />
questionar o médico sobre as suas inovadoras terapias que<br />
tanto têm apaixonado gerações.><br />
DB Fotos: D.R.<br />
“Xira a Ler”<br />
A responsável do projeto ‘Unidos’,<br />
Raquel Lombardi, foi uma das presenças<br />
no evento “Xira a Ler”, que<br />
decorreu na Biblioteca Municipal<br />
de Póvoa de Santa Iria, concelho<br />
de Vila Franca de Xira (Portugal).<br />
A iniciativa resultou de um convite<br />
das entidades camarárias locais<br />
para uma conversa da autora, que<br />
é formada em Educação para a<br />
Infância, com crianças do préescolar<br />
e do primeiro ciclo, sobre<br />
o livro da sua autoria, “Uma História<br />
Colorida”, lançado em 2017<br />
pela editora O Liberal.><br />
DB Fotos: Raquel Lombardi<br />
48<br />
saber | JANEIRO | 2018
“Relatório de Combate”<br />
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40 anos de poder revelados em livro resume a obra<br />
literária que o ex-Presidente do Governo Regional<br />
da Madeira levou aos leitores no auditório da Fnac<br />
do Madeira Shopping. Em “Relatório de Combate”,<br />
uma edição da D.Quixote, Alberto João Jardim conta<br />
quatro décadas de poder, as suas memórias políticas,<br />
esclarece aspectos da sua governação, partilha<br />
reflexões e lança pistas para o futuro da Região e do<br />
País. No seu estilo directo e franco, aborda o seu trajecto<br />
político por entre os corredores do poder até à<br />
actualidade.><br />
DB Fotos: Pedro Menezes<br />
saber | JANEIRO | 2018 49
SOCIAL<br />
“Perdoar Cura”<br />
O auditório da Junta de Freguesia<br />
de São Martinho foi palco da sessão<br />
de apresentação e lançamento<br />
do livro “Perdoar Cura”, da autoria<br />
de Carla Chatterley. Neste, a<br />
autora retrata um tema importante<br />
e transversal a todos os seres humanos:<br />
a importância do perdão como<br />
forma de atingir a felicidade e nos<br />
relacionarmos, uns com os outros,<br />
com harmonia e tranquilidade. Na<br />
mesa estiveram presentes, para<br />
além da autora, o escritor António<br />
Castro – autor do prefácio – e o<br />
engenheiro Duarte Caldeira Ferreira,<br />
presidente da junta de freguesia<br />
de São Martinho.><br />
Texto/Fotos: António Castro<br />
Missa do Parto<br />
Lisboa<br />
O grupo de amigos madeirenses<br />
residentes em Lisboa, voltou a cumprir<br />
com a tradição, participando<br />
na Missa do Parto que decorreu<br />
numa igreja da capital portuguesa.<br />
Mesmo longe da sua terra-natal, o<br />
grupo de madeirenses faz questão<br />
de manter a tradição, organizando<br />
no retangulo português, iniciativas<br />
típicas da Madeira, como é a tradicional<br />
Missa do Parto. A fotografia<br />
é de Artur Bazenga Marques,<br />
um dos dinamizadores das iniciativas<br />
promovidas por este grupo de<br />
madeirenses que, entre outros eventos,<br />
organiza anualmente o Jantar<br />
de Madeirenses residentes em Lisboa.><br />
DB Fotos: Artur Bazenga Marques<br />
50<br />
saber | JANEIRO | 2018
“Paraíso Atlântico”<br />
Milhares de pessoas assistiram, no Funchal, ao espetáculo de fogo-de-artifício<br />
que assinalou a entrada em 2017. O espetáculo durou oito minutos,<br />
durante os quais foram disparadas 132 mil peças, tendo sido ultrapassado<br />
o recorde de 2006, quando foram disparadas 67 mil peças e o livro “Guinness<br />
World Records” atribuiu o título de “Maior Espetáculo Pirotécnico<br />
do Mundo” à passagem de ano na Madeira. Apesar da previsão apontar<br />
para chuva forte e vento, à meia-noite fez bom tempo e milhares de pessoas<br />
poderam assistir ao grandioso espetáculo. O Governo Regional investiu<br />
800 mil euros neste espetáculo que, este ano, foi subordinado ao tema<br />
“Paraíso Atlântico” e que procurou recuperar os efeitos tradicionais das<br />
últimas décadas do século XX.><br />
DB Fotos: Pedro Menezes<br />
saber | JANEIRO | 2018 51
SOCIAL<br />
Natal Caniço Shopping<br />
Pelo 9.º ano consecutivo, o centro comercial Caniço Shopping encheu-se de<br />
cor e luz natalícias, uma iniciativa promovida pela direção do espaço e que<br />
este ano, pretendeu chamar a atenção para as questões do ambiente. Sensibilizar<br />
os mais jovens e a comunidade em geral para a reutilização de materiais<br />
e, consequente diminuição de resíduos que constituem um problema<br />
atual e urgente no planeta, em prol da biodiversidade e do meio envolvente,<br />
foi a proposta sob o tema “Presépio de Natal: Vamos decorar o Caniço<br />
Shopping...Conservando a Natureza”. Escolas e instituições da cidade do<br />
Caniço aderiram à iniciativa que foi inaugurada pela Secretária Regional do<br />
Ambiente e Recursos Naturais, Susana Prada, entre muitas outras individualidades<br />
regionais.><br />
DB Fotos: gentilmente cedidas por Joaquim Silva (Caniço Shopping)<br />
52<br />
saber | JANEIRO | 2018
‘Vamos Cantar os Reis 2018’<br />
O auditório do Jardim Municipal do Funchal recebeu o espectáculo ‘Vamos<br />
Cantar os Reis 2018’ protagonizado por vários grupos de folclore da região.<br />
O evento integrou o Programa de Festas de Fim de Ano e foi acompanhado<br />
por muitos madeirenses e turistas. O espetáculo teve uma apresentação multilingue,<br />
a cargo de Ivone Fernandes e Carlos Pereira.><br />
DB Fotos: Pedro Menezes<br />
saber | JANEIRO | 2018 53
SOCIAL<br />
Natal<br />
Dance Flavourz<br />
Com a animação da escola de dança<br />
Dance Flavourz, do bailarino<br />
Francis Cardoso, o centro comercial<br />
Marina Shopping promoveu<br />
a chegada do Pai Natal ao espaço<br />
comercial, um momento que foi<br />
especialmente dirigido aos utentes<br />
da instituição de acolhimento<br />
da Sagrada Família e da Nossa<br />
Senhora da Conceição. A escola de<br />
dança fez ainda uma apresentação<br />
de natal no auditório da Fnac do<br />
Madeira Shopping.><br />
DB Fotos: gentilmente cedidas<br />
por Sónia Fernandes<br />
1.º Festival de Coros das Escolas da RAM<br />
O evento decorreu no placa central<br />
frente à Sé do Funchal, uma organização<br />
da Direção de Serviços de<br />
Educação Artística e Multimédia.<br />
Este festival envolveu cerca de 500<br />
crianças de treze escolas do 1º ciclo<br />
do ensino básico e integrou o programa<br />
de Festas e de Fim de Ano.><br />
DB Fotos:DSEAM<br />
54<br />
saber | JANEIRO | 2018
Funchal Noivos&Festas’17<br />
O auditório do Pestana Fórum Casino foi palco deste que é o maior evento<br />
regional relacionado com a área de casamentos e festas. A sessão de abertura<br />
do evento foi inaugurada pelo Secretário Regional das Finanças, Pedro<br />
Calado, em representação do GR. Com a participação de cerca de três dezenas<br />
de expositores e criadores madeirense, o Funchal Noivos & Festas apresentou<br />
diariamente, durante os 3 dias do evento, música, dança e os habituais<br />
desfiles de noiva, cerimónia e criança.><br />
DB Fotos: D.R.<br />
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saber | JANEIRO | 2018 55
À MESA COM...<br />
as Sugestões<br />
Fonte: BuzzFood<br />
Fotos: Fernando Olim<br />
de Fernando Olim<br />
Com o novo ano chegam novas tendências ao mundo da<br />
alimentação. A Whole Foods, uma das maiores redes de comida<br />
orgânica dos Estados Unidos, fez uma lista com as grandes<br />
tendências para 2018. Uma vez que é nos supermercados<br />
que os consumidores mais revelam as suas preferências,<br />
foi precisamente aí que a cadeia se baseou para prever as<br />
modas de alimentação que vão desaparecer e as que vão<br />
surgir no próximo ano. A Whole Foods destacou dez tendências.<br />
Algumas delas surgiram discretamente ao longo de 2017,<br />
como a recriação de alimentos mais calóricos em versões mais<br />
saudáveis e os pós com super poderes nutricionais. No entanto,<br />
também há outras menos conhecidas, como os sabores florais<br />
e os alimentos crocantes. Além dos alimentos propriamente<br />
ditos, há tendências que estão relacionadas com a conduta<br />
do consumidor, como a transparência alimentar. Isto significa<br />
que ler o valor nutricional já não é único critério para escolher<br />
um alimento - a sua origem e história também influenciam no<br />
momento da compra.><br />
56<br />
saber | JANEIRO | 2018
Entrada<br />
Ovos Confeitados<br />
Numa travessa, dispôr os ovos que foram previamente cozidos<br />
em água. Adicione um pouco de mostarda à mistura de<br />
gema e sal q.b, mistura com a qual ajuda a formar os ‘pintainhos’<br />
tal como se apresenta na fotografia. A cenoura<br />
cozida e as azeitonas pretas permitem criar o efeito final.<br />
Disponha os ovos sobre folhas de alface ou de couve branca<br />
crua.<br />
Prato Principal<br />
Pernil de Sonho<br />
Pernil de Porco assado ao forno ao molho de vinho do Porto,<br />
Cognac, caramelo,especiarias, Espumante, Azeite e sal.<br />
Decora com cravinhos da índia .Pode ser acompanhado com<br />
arroz à grega, batata-doce frita na manteiga, maçã assada<br />
no forno e frutos secos.<br />
Sobremesa<br />
Gelatina de frutos exóticos e cerejas<br />
Preparar uma gelatina de frutas vermelhos. Adicionar ao<br />
preparado, cerejas, ou outros frutos vermelhos a seu gosto.<br />
saber | JANEIRO | 2018 57
SITE DO MÊS<br />
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Redação<br />
Dulcina Branco Miguens<br />
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Maria Camacho<br />
Colunistas<br />
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Alison Jesus, Teresa Brazão, António Castro<br />
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O Liberal, Lda.<br />
Design Gráfico<br />
OLC<br />
> O grupo O Liberal Comunicações<br />
lançou em final de 2017, este que é<br />
o seu mais recente projeto editorial<br />
associado ao semanário Tribuna da<br />
Madeira. O canal on-line TM TV, que<br />
tem como responsável Pedro Menezes,<br />
disponibiliza, através do vídeo,<br />
fotografia e texto, toda a atualidade<br />
regional. Da política à economia, passando<br />
pela cultura, desporto, às informações<br />
úteis, como o estado do tempo<br />
e outras, o canal TM TV apresenta-se<br />
como um útil e eficaz meio de informação<br />
em todas as áreas da atualidade<br />
madeirense.✪<br />
Departamento Comercial<br />
OLC<br />
Serviço de Assinaturas<br />
Luisa Agrela<br />
19º<br />
ANIVERSÁRIO<br />
2018<br />
Nome<br />
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Morada<br />
Código Postal<br />
Concelho<br />
Data de nascimento<br />
Telem.<br />
Telefone<br />
E-mail<br />
Nova Assinatura<br />
CUPÃO DE ASSINATURA<br />
Renovação Assinatura<br />
Localidade<br />
Contribuinte Nº<br />
Assinatura Data / /<br />
Fax<br />
SIM, quero assinar e escolho as seguintes modalidades:<br />
Cheque<br />
à ordem de ‘’O Liberal Comunicações, Lda’’<br />
Pago por transferência Bancária/Multibanco<br />
MPG NIB nº 0036.0130.99100037568.29<br />
“O Liberal”, Parque Empresarial da Zona Oeste, Lote 7, Socorridos,<br />
9304-006 Câmara de Lobos • Madeira / Portugal<br />
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