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Jornal Paraná Julho 2018

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OPINIÃO<br />

Usina precisa avaliar os riscos de distribuir etanol<br />

Qualidade da distribuição e o quanto<br />

a medida seria lucrativa precisam<br />

ser analisados<br />

PLINIO NASTARI (*)<br />

Aparalisação dos caminhoneiros<br />

trouxe entre<br />

outros temas o debate<br />

sobre a venda direta<br />

de etanol das usinas aos<br />

postos de revenda, sem passar<br />

pelas distribuidoras, com a motivação<br />

de tornar o combustível<br />

mais barato ao consumidor. A<br />

discussão surge no momento<br />

em que é consolidado o RenovaBio,<br />

com a aprovação da<br />

meta de redução de 10,1% na<br />

intensidade de carbono dos<br />

combustíveis, que tem como<br />

parte obrigada as distribuidoras,<br />

que visa estimular investimento<br />

em aumento de produtividade e<br />

de volume de biocombustíveis.<br />

A venda direta não pode ser<br />

confundida com venda emergencial<br />

durante a greve ou com<br />

a possibilidade de se mitigar o<br />

chamado “passeio do etanol”,<br />

quando o produto é enviado por<br />

uma distribuidora para uma<br />

base secundária, para depois<br />

retornar para localidades próximas<br />

ao produtor, onerando desnecessariamente<br />

a distribuição<br />

e o preço pago. Venda direta<br />

seria permitir que os produtores<br />

vendessem aos postos, sem<br />

passar pelas distribuidoras.<br />

O tema é regulado pela ANP, que<br />

determina a obrigatoriedade da<br />

comercialização observada a<br />

cadeia de comercialização, produtor-distribuidora-revenda.<br />

Proponentes defendem a venda<br />

direta como forma do produtor<br />

acessar diretamente a revenda,<br />

em defesa do livre mercado e<br />

da livre concorrência. Mas é um<br />

tema que merece reflexões.<br />

A primeira questão é verificar se<br />

existe barreira efetiva à venda<br />

direta do produtor ao posto. Em<br />

princípio, um produtor, ou um<br />

grupo, pode constituir ou adquirir<br />

uma distribuidora, e realizar a<br />

venda ao posto. Cabe verificar<br />

se existe barreira à entrada para<br />

constituição, ou transferência<br />

de titularidade, de distribuidora<br />

pelas regras da ANP. Não havendo,<br />

o tema está resolvido.<br />

Caso exista uma barreira regulatória<br />

ou de investimento para<br />

entrada na atividade, há duas situações:<br />

a avaliação de risco<br />

empresarial para decidir se vale<br />

a pena entrar no negócio, e de<br />

impacto setorial ou de política<br />

pública sobre o tema.<br />

Do ponto de vista empresarial,<br />

a venda direta apresenta riscos<br />

que precisam ser ponderados,<br />

e o resultado pode ser mais limitado<br />

do que parece. Os sindicatos<br />

que defendem a venda<br />

direta são em grande parte de<br />

produtores da região Nordeste,<br />

onde prevalece o consumo de<br />

gasolina e do etanol anidro, com<br />

baixo consumo de hidratado. Na<br />

safra 2017/18, o consumo de<br />

anidro no Norte-Nordeste deverá<br />

ser de 3,2 bilhões de litros,<br />

e o de hidratado de 1,1 bilhão.<br />

No Centro-Sul, o consumo de<br />

anidro e hidratado foi de 8,43 e<br />

13,76 bilhões de litros, respectivamente.<br />

O anidro para ser<br />

misturado à gasolina precisa<br />

passar por uma distribuidora,<br />

pois a mistura não pode ser realizada<br />

nos postos, portanto<br />

seu efeito se limitaria ao hidratado.<br />

É curioso observar que<br />

são produtores do Nordeste que<br />

defendem a venda direta e não<br />

os demais, onde se concentra a<br />

venda de hidratado.<br />

Para o hidratado, há ainda a<br />

segmentação entre os postos<br />

denominados de bandeira, e os<br />

de bandeira “branca”. Como a<br />

relação entre as distribuidoras e<br />

os postos de bandeira é definida<br />

em contratos entre agentes privados,<br />

a liberação da venda direta<br />

em grande parte do mercado<br />

não atingirá os postos de<br />

bandeira. Caso uma autoridade<br />

governamental resolva interferir<br />

nesta seara certamente haverá<br />

judicialização.<br />

Neste sentido, chama atenção<br />

o fato do Cade ter dado parecer<br />

favorável à venda direta,<br />

pois só cabe no caso de venda<br />

a postos bandeira branca, já<br />

que não pode ferir a liberdade<br />

de privados realizarem contratos<br />

entre si. Tampouco cabe a<br />

medida emergencial adotada<br />

por despacho da ANP, que autorizou<br />

a liberação do abastecimento<br />

de postos de qualquer<br />

bandeira pelas distribuidoras,<br />

corretamente cancelada logo<br />

após. Portanto, a venda direta,<br />

caso implementada, tende a se<br />

aplicar num primeiro momento<br />

apenas a postos bandeira<br />

branca, com volume muito limitado.<br />

A venda direta ainda pode trazer<br />

como consequência a regionalização<br />

da distribuição de etanol.<br />

Os produtores não dispõem de<br />

infraestrutura para a distribuição<br />

em escala do produto, como<br />

frota, dutos, tanques, bases secundárias,<br />

instalações portuárias<br />

e sistema de cabotagem. É<br />

preciso avaliar o interesse empresarial<br />

em limitar a distribuição<br />

do etanol hoje disponível<br />

em boa parte do país, pelo sistema<br />

integrado das distribuidoras.<br />

O Brasil se distingue dos<br />

EUA por ter conseguido criar<br />

uma rede de distribuição nacional<br />

de etanol.<br />

É preciso avaliar se o esforço<br />

recompensa. O objetivo seria<br />

capturar o resultado líquido da<br />

margem de distribuição, deduzidos<br />

os custos. Este resultado<br />

precisaria ser maior do que a recompensa<br />

por participar do RenovaBio,<br />

pois sem a existência<br />

da distribuidora como parte<br />

obrigada, não há como receber<br />

o benefício da venda do crédito<br />

de descarbonização, que é o<br />

estímulo para o aumento de<br />

produtividade. E há a questão financeira<br />

de geração de capital<br />

de giro. Com as distribuidoras,<br />

os produtores emitem faturas<br />

para grandes empresas, e as<br />

duplicatas são facilmente negociáveis<br />

com os bancos. Com a<br />

venda direta, os produtores teriam<br />

faturas com os postos, e<br />

seria necessário avaliar o impacto<br />

desta mudança no capital<br />

de giro, no custo financeiro e no<br />

risco de crédito das operações<br />

comerciais.<br />

Do ponto de vista de política<br />

pública, a ótica é mais geral e<br />

o objetivo deve ser o de manter<br />

a distribuição, com qualidade,<br />

preservar a competição entre<br />

os agentes, capacidade de fiscalização,<br />

e oferta do produto<br />

a baixo custo ao consumidor.<br />

É preciso endereçar quem ficará<br />

responsável pela manutenção<br />

da oferta do produto na<br />

entressafra, transferências interregionais<br />

e a importação de<br />

produto quando necessário. A<br />

competição é tema resolvido<br />

se não houver barreira à entrada<br />

do produtor na distribuição.<br />

A regionalização da distribuição<br />

é preocupação relevante<br />

como tema de política<br />

pública. A garantia da qualidade<br />

definindo onde, quando e<br />

como seria realizada é algo<br />

ainda a ser desenhado. Como<br />

se daria a fiscalização, e sua<br />

eficácia, no recolhimento dos<br />

tributos e qual o resultado final<br />

para o preço do consumidor,<br />

são fatores a serem estudados.<br />

O tema da venda direta de etanol<br />

das usinas aos postos, tratado<br />

de forma simples e sem<br />

o devido cuidado, pode trazer<br />

riscos e consequências a nível<br />

empresarial e de políticas públicas<br />

que precisam ser corretamente<br />

avaliados. No momento<br />

em que o RenovaBio se<br />

consolida, e tem como elemento-chave<br />

o papel das distribuidoras<br />

como partes obrigadas,<br />

o debate sobre a venda<br />

direta pode atrapalhar sua consolidação.<br />

Mas, talvez, a preocupação<br />

real de alguns produtores<br />

pode estar relacionada<br />

à ineficiência gerada pelo passeio<br />

do etanol. Esse sim pode<br />

ser o tema para o qual carece<br />

discussão mais acurada, e<br />

para o qual uma solução pode<br />

trazer maior competitividade<br />

para todos os produtores, e<br />

um benefício real para os consumidores.<br />

(*) Representante da Sociedade<br />

Civil no Conselho Nacional<br />

de Política Energética<br />

2<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


GREVE<br />

Perdas foram<br />

consideráveis no <strong>Paraná</strong><br />

O Estado foi o mais afetado dentro do segmento sucroenergético, com<br />

prejuízos que somaram R$ 262 milhões, mas preocupação é com o que ainda pode vir<br />

Agreve dos caminhoneiros<br />

afetou severamente<br />

os resultados<br />

da segunda quinzena<br />

de maio da safra de cana-deaçúcar<br />

na região Centro-Sul<br />

do País. O <strong>Paraná</strong>, entretanto,<br />

foi o Estado em que o segmento<br />

sucroenergético foi<br />

mais afetado, com prejuízos<br />

consideráveis.<br />

Algumas usinas paranaenses<br />

pararam logo no primeiro dia<br />

da greve e outras demoraram<br />

mais para voltar a esmagar,<br />

mas, na média, foram nove<br />

dias de paralisação das unidades<br />

do Estado, comenta o presidente<br />

da Alcopar, Miguel<br />

Tranin.<br />

Nas duas quinzenas que antecederam<br />

a da greve, as usinas<br />

paranaenses vinham esmagando<br />

ao todo uma média de<br />

2,8 milhões de toneladas de<br />

cana, volume que foi reduzido<br />

na segunda quinzena de maio<br />

para 1,1 milhão de toneladas.<br />

Com base neste cenário, a Alcopar<br />

calcula que as usinas<br />

paranaenses deixaram de faturar<br />

R$ 212 milhões, considerando<br />

o preço médio de<br />

venda das usinas com referência<br />

Consecana <strong>Paraná</strong>.<br />

Além disso, o Estado e a<br />

União deixaram de arrecadar<br />

R$ 33 milhões em ICMS e R$<br />

17 milhões em PIS/Cofins,<br />

respectivamente.<br />

“Somados os valores, a perda<br />

estimada para a economia do<br />

<strong>Paraná</strong> só considerando o<br />

setor sucroenergético, foi de<br />

R$ 262 milhões, sem contar<br />

os 35 mil trabalhadores do<br />

segmento que ficaram parados”,<br />

afirma Tranin.<br />

No Centro Sul, as estimativas<br />

são de que 13 milhões de toneladas<br />

de cana-de-açúcar<br />

deixaram de ser esmagadas<br />

na quinzena devido à suspensão<br />

das operações pela falta<br />

de diesel e outros insumos à<br />

produção, segundo Antonio<br />

de Padua Rodrigues, diretor<br />

Técnico da União da Indústria<br />

de Cana-de-Açúcar (Unica).<br />

Na média, calcula o diretor, as<br />

usinas ficaram três dias sem<br />

processar e cinco dias sem<br />

fazer entregas, chegando ao<br />

limite da manutenção de estoques<br />

e somando 600 milhões<br />

de litros de etanol que<br />

deixaram de ser produzidos<br />

assim como 1 milhão de toneladas<br />

de açúcar. Considerando<br />

os preços vigentes na<br />

comercialização do açúcar e<br />

etanol, a redução da receita<br />

do setor sucroenergético devido<br />

à greve totalizou cerca<br />

de R$ 1,2 bilhão.<br />

Para o segmento, isso só<br />

agrava a situação do setor<br />

que já vinha sofrendo com as<br />

políticas econômicas anteriores,<br />

que levou ao quadro<br />

atual, os baixos preços do<br />

açúcar no mercado internacional<br />

e os problemas da<br />

economia brasileira.<br />

Segundo dados divulgados<br />

pela Unica, "o cenário é preocupante<br />

porque, além de aumentar<br />

os custos de produção",<br />

a queda no faturamento<br />

pode "comprometer a<br />

sobrevivência de empresas<br />

que já estão com nível de endividamento<br />

elevado diante<br />

da crise vivenciada pelo setor<br />

sucroenergético".<br />

Mas, mais do que o prejuízo<br />

já configurado, o que preocupa<br />

é o problema que vem<br />

agora. O saldo da paralisação<br />

dos caminhoneiros poderá<br />

trazer alívio às empresas, que<br />

são grandes consumidoras de<br />

diesel. São utilizados de quatro<br />

a cinco litros de diesel por<br />

tonelada de cana processada.<br />

A tabela mínima de preços<br />

para o frete, porém, vai ser<br />

um fator onerador. “Paga-se<br />

menos pelo diesel, mas mais<br />

pelo frete”, diz Padua. Estimase<br />

em até 27% de aumento no<br />

frete. Se isso se concretizar,<br />

aumentará o ônus para as usinas,<br />

na avaliação dele.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 3


CAPACITAÇÃO<br />

Usina Bandeirantes<br />

investe em seu pessoal<br />

Cerca de 320 colaboradores<br />

participaram do Programa Bolsa<br />

Qualificação 2017/18 oferecido<br />

no período de entressafra<br />

Como faz há vários<br />

anos, a Usina de<br />

Açúcar e Álcool<br />

Bandeirantes (Usiban),<br />

localizada no município<br />

de Bandeirantes, no Norte do<br />

<strong>Paraná</strong>, aproveitou o período<br />

de entressafra de cana-deaçúcar<br />

para aprimorar conhecimentos<br />

e capacitar sua<br />

equipe, além de motivá-la.<br />

Através do Programa Bolsa<br />

Qualificação 2017/18, foram<br />

disponibilizados diversos cursos<br />

aos colaboradores, tanto<br />

do setor administrativo, quanto<br />

industrial, agrícola e trabalhadores<br />

rurais.<br />

“É uma forma de não só possibilitar<br />

o crescimento pessoal<br />

e profissional de toda a equipe<br />

e gerar melhores oportunidades<br />

profissionais e de renda,<br />

como também descobrir novos<br />

talentos dentro do próprio<br />

quadro de colaboradores da<br />

empresa e promovê-los”, afirma<br />

Mariana Fonseca, da área<br />

de Recursos Humanos da<br />

usina.<br />

Ela diz que quando é disponibilizada<br />

alguma vaga de emprego,<br />

antes de buscar o<br />

profissional no mercado, o<br />

departamento de Recursos<br />

Humanos avalia o desempenho<br />

dos colaboradores que<br />

fizeram algum dos cursos<br />

oferecidos na área, fazendo o<br />

recrutamento primeiro internamente.<br />

O Programa Bolsa<br />

Qualificação teve início em<br />

2011, e desde então, centenas<br />

de colaboradores já foram<br />

promovidos.<br />

Os cursos foram realizados<br />

no período de 8 de novembro<br />

de 2017 até 10 de maio de<br />

<strong>2018</strong>, dividido em dois períodos,<br />

e proporcionaram qualificação<br />

profissional para cerca<br />

de 320 colaboradores. Trabalho<br />

foi desenvolvido em<br />

parceria com o Serviço Nacional<br />

de Aprendizagem Industrial<br />

(Senai) de Santo Antonio<br />

da Platina/PR, a Universidade<br />

Estadual Norte do <strong>Paraná</strong><br />

(UENP), Universidade do<br />

Norte do <strong>Paraná</strong> (Unopar) e<br />

TFA (Segurança e Medicina<br />

do Trabalho) de Bandeirantes.<br />

Dentre os cursos oferecidos<br />

este ano estão o sobre as<br />

Normas Regulamentadoras<br />

de Segurança no Trabalho<br />

aplicáveis ao setor sucroalcooleiro,<br />

do Ministério do Trabalho<br />

e Emprego, gestão de<br />

pessoas e desenvolvimento<br />

humano, marketing pessoal<br />

voltado para o mercado de<br />

trabalho, soldador industrial,<br />

desenvolvimento e sustentabilidade,<br />

informática - alfabetização<br />

digital, básica e excel<br />

intermediário, primeiros socorros,<br />

liderança, mecânico de<br />

implementos agrícolas, gestão<br />

de processos industriais,<br />

gestão de qualidade, psicologia,<br />

dentre outros.<br />

A Usiban é a maior geradora<br />

de empregos de Bandeirantes<br />

e municípios vizinhos, movimentando<br />

a economia da região<br />

e impulsionando o comércio<br />

com a injeção de recursos<br />

e com a demanda de<br />

serviços e fornecedores de<br />

produtos. E a preocupação<br />

com a capacitação e educação<br />

dos colaboradores e da<br />

comunidade já vem desde a<br />

fundação da usina, através de<br />

iniciativas de Luiz Meneghel,<br />

que foi o fundador da Faculdade<br />

de Agronomia Luiz Meneghel,<br />

hoje campus da UENP.<br />

Instituída pelo governo federal<br />

em 2001, a Bolsa Qualificação<br />

é uma modalidade do seguro-desemprego<br />

concedida<br />

ao trabalhador com contrato<br />

de trabalho suspenso, conforme<br />

convenção ou acordo<br />

coletivo, e que esteja matriculado<br />

em curso ou programa<br />

de qualificação profissional<br />

oferecido pelo empregador. O<br />

valor desta é calculado como<br />

o seguro-desemprego, baseado<br />

na média dos três últimos<br />

salários recebidos.<br />

4 <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


Solidariedade e saúde na programação<br />

Como parte da programação,<br />

a Usiban aproveitou a mobilização<br />

para promover também<br />

ações de solidariedade e de<br />

saúde. Pelo segundo ano consecutivo,<br />

incentivou os colaboradores<br />

participantes do Programa<br />

Bolsa Qualificação a doarem<br />

sangue para a Unidade<br />

de Coleta e Transfusão de Sangue<br />

do Hemocentro da 18º Regional,<br />

no município de Cornélio<br />

Procópio, ação desenvolvida<br />

junto com o setor de Recursos<br />

Humanos (Medicina Ocupacional,<br />

Segurança do Trabalho<br />

e Relações Humanas).<br />

Por conta disso, a Usiban recebeu<br />

da Secretaria do Estado<br />

de Saúde, em novembro de<br />

2017, uma certificação de empresa<br />

parceira, devido ao exercício<br />

constante de cidadania,<br />

destacando o número significativo<br />

de doadores encaminhados,<br />

ação fundamental para<br />

garantir os estoques de sangue<br />

necessário para atender<br />

aos 21 municípios e aos 22<br />

serviços de saúde assistidos<br />

pela Unidade de Coleta.<br />

Outra ação que ganhou destaque<br />

foi desenvolvida em parceria<br />

com a Universidade Estadual<br />

do Norte do <strong>Paraná</strong>, com<br />

o Projeto de Saúde do Homem.<br />

Foram realizados em todos os<br />

trabalhadores rurais participantes<br />

da Bolsa de Qualificação,<br />

dos municípios de Bandeirantes,<br />

Abatiá e Santa Amélia, exames<br />

clínicos e laboratoriais gratuitos<br />

como: índice de massa<br />

corpórea, pressão arterial, síndrome<br />

metabólica, risco cardíaco<br />

de Framingham, glicemia<br />

capilar, colesterol total e frações<br />

(HDL, LDL e triglicerídeos).<br />

Também participou da campanha<br />

de vacinação contra<br />

gripe H1N1, feita de forma gratuita<br />

em parceria com a Unimed<br />

Norte Pioneiro-PR, atendendo<br />

aos participantes do<br />

programa e a demais trabalhadores<br />

de interesse da empresa.<br />

Como parte da programação<br />

ainda teve atividades de recreação<br />

para motivação sobre<br />

faltas, através de sorteios<br />

e distribuição de brindes, realização<br />

de passeios educativos<br />

no Parque Estadual<br />

Mata São Francisco, de Cornélio<br />

Procópio, e no Serviço<br />

Autônomo de Água e Esgoto<br />

(SAAE) do município de Bandeirantes/<br />

PR, além da realização<br />

do dia solidário no Lar<br />

São Vicente de Paula, de<br />

Bandeirantes.<br />

Os 320 colaboradores ainda<br />

participaram da Oficina do<br />

Conhecimento, dia 22 de fevereiro,<br />

na Unopar, que apresentou<br />

o giro das profissões, com<br />

palestras falando sobre diversas<br />

áreas profissionais de<br />

atuação, além de sorteio de<br />

brindes e distribuição de pipoca<br />

e algodão doce.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 5


PRESERVAÇÃO<br />

Santa Terezinha comemora<br />

Semana do Meio Ambiente<br />

Distribuição e plantio de mudas de árvores, palestras e mutirão de limpeza foram algumas das atividades propostas<br />

Pelas ruas da cidade, moradores<br />

prestigiaram o desfile em<br />

comemoração ao aniversário<br />

de 29 anos de Ivaté, cidade que<br />

aloca uma unidade produtiva<br />

as Usina Santa Teresinha desde<br />

1992. Entre a programação<br />

realizada pela Prefeitura, esteve<br />

a participação de funcionários<br />

da empresa divulgando os projetos<br />

socioambientais.<br />

No município, a usina investe<br />

em três projetos anualmente,<br />

como o Semeando o Verde,<br />

Semana do Meio Ambiente e<br />

Jovem Aprendiz. Sendo que o<br />

projeto de educação ambiental:<br />

Semeando o Verde nasceu<br />

nesta cidade em 2005. Na<br />

época, o evento levava o nome<br />

de Festa Anual das Árvores<br />

e hoje contempla todas<br />

Realizada em comemoração<br />

ao Dia Mundial<br />

do Meio Ambiente<br />

(5 de junho) , a Semana<br />

do Meio Ambiente movimentou<br />

a rotina das unidades<br />

produtivas da Usina Santa Terezinha.<br />

A data foi criada pela<br />

ONU (Organização das Nações<br />

Unidas) em 1972 visando chamar<br />

a atenção da população<br />

para os problemas ambientais<br />

e sobre a importância da preservação<br />

dos recursos naturais.<br />

Com o objetivo de colaborar<br />

com o movimento de conscientização<br />

ambiental, a Unidade<br />

Ivaté envolveu colaboradores<br />

e participantes do Programa<br />

AAJ (Aprendizagem de<br />

Adolescentes e Jovens) em<br />

dois dias de atividades. Aprendizes<br />

de Ivaté e Umuarama assistiram<br />

à palestra sobre coleta<br />

seletiva, que também abordou<br />

as políticas ambientais da Usina<br />

Santa Terezinha, falando sobre<br />

como elas influenciam as<br />

operações agrícolas e industriais<br />

da empresa.<br />

Com apoio do setor ambiental,<br />

os aprendizes ainda prepararam<br />

e distribuíram 120 mudas<br />

de árvores nativas, frutíferas e<br />

as unidades da Santa Terezinha.<br />

A empresa está presente em<br />

Ivaté há 26 anos e contribui<br />

com as oportunidades à cidade,<br />

como os projetos realizados<br />

ao longo de cada safra,<br />

visando à saúde, segurança,<br />

meio ambiente, educação, cultura<br />

e social.<br />

ornamentais para colaboradores<br />

durante as trocas de turno.<br />

Os jovens também realizaram<br />

uma blitz educativa, dando<br />

orientações sobre a preservação<br />

do meio ambiente. Houve<br />

ainda um mutirão de limpeza<br />

para recolher resíduos e possíveis<br />

focos do mosquito da dengue<br />

no pátio da empresa e arredores.<br />

Em Tapejara (PR), houve palestra<br />

sobre “Sustentabilidade e<br />

meio ambiente na usina” com<br />

participação dos alunos do AAJ<br />

e estudantes do Magistério do<br />

Colégio Estadual Santana de<br />

Tapejara. Além de assistirem à<br />

palestra, os aprendizes produziram<br />

cartazes com mensagens<br />

de preservação ambiental<br />

usando materiais recicláveis, e<br />

montaram uma exposição para<br />

os colaboradores no refeitório<br />

da empresa.<br />

Usina participa do desfile cívico em Ivaté<br />

Em Rondon, os DDAs (Diálogos<br />

Diários de Segurança) dividiram<br />

espaço com um batepapo<br />

sobre a importância da<br />

preservação da fauna. Também<br />

houve uma blitz no terminal<br />

interno de transporte coletivo,<br />

onde foram distribuídas<br />

200 mudas de árvores frutíferas<br />

e ornamentais, além de folders<br />

informativos para os colaboradores.<br />

A unidade ainda<br />

firmou uma parceria com a escola<br />

Passos do Saber, de Rondon<br />

(PR), onde os alunos receberam<br />

mudas de árvores e<br />

material com informações sobre<br />

a importância do Dia do<br />

Meio Ambiente, da reciclagem/coleta<br />

seletiva e da preservação<br />

da água.<br />

Além de realizarem o replantio<br />

de mudas em uma área de<br />

preservação, em Iguatemi, a<br />

semana foi comemorada com<br />

distribuição de mudas nativas<br />

e frutíferas aos colaboradores.<br />

O Comitê de Gestão Ambiental<br />

e os Agentes de Mudança da<br />

Unidade Terra Rica prepararam<br />

uma programação especial<br />

para o público interno. Colaboradores<br />

dos setores agrícolas,<br />

industrial e administrativo passaram<br />

por uma visita guiada<br />

ao viveiro de mudas da unidade<br />

e, em seguida, participaram<br />

de um plantio. Foram plantadas<br />

300 mudas nativas e frutíferas<br />

cedidas pelo IAP (Instituto<br />

Ambiental do <strong>Paraná</strong>),<br />

colaborando para a recuperação<br />

de uma APP (Área de Preservação<br />

Permanente) nos<br />

arredores da unidade.<br />

6<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


Maio Amarelo alerta para segurança no trânsito<br />

Unidades da Usina Santa Terezinha<br />

realizaram ações para o<br />

Maio Amarelo, campanha nacional<br />

pela segurança no trânsito<br />

que está em sua quinta<br />

edição e, em <strong>2018</strong>, traz o tema<br />

"Nós Somos o Trânsito". A<br />

campanha tem o objetivo de<br />

fomentar discussões e as atitudes<br />

necessárias para a redução<br />

do número de acidentes<br />

de trânsito, envolvendo toda a<br />

sociedade - condutores de<br />

carros, caminhões, ônibus, bicicletas,<br />

motocicletas e pedestres<br />

- nas ações para um<br />

trânsito mais seguro.<br />

Colaboradores da Cipa (Comissão<br />

Interna de Prevenção<br />

de Acidentes) da Unidade<br />

Rondon visitaram os setores<br />

da usina para uma blitz onde<br />

promoveram bate-papos sobre<br />

direção defensiva e segurança<br />

no trânsito. Também<br />

foram distribuídos adesivos<br />

com orientações de segurança<br />

para serem colados nos<br />

painéis dos veículos.<br />

Na Unidade Cidade Gaúcha<br />

foi realizada uma blitz educativa,<br />

onde os colaboradores<br />

receberam orientações e um<br />

material com informações<br />

sobre segurança no trânsito.<br />

A ação contou com apoio da<br />

Polícia Militar Rodoviária e da<br />

Secretaria de Saúde do município.<br />

Ojetivo é fomentar<br />

discussões e<br />

mudanças de<br />

atitudes<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 7


COMEMORAÇÃO<br />

10 anos investindo em segurança<br />

O Comitê de Segurança, Saúde e Meio Ambiente do Trabalho,<br />

da Alcopar, festeja a data com bons resultados<br />

Este ano, o Comitê de<br />

Segurança, Saúde e<br />

Meio Ambiente do Trabalho,<br />

da Alcopar, comemora<br />

10 anos de existência.<br />

O grupo foi criado em<br />

2008 com o objetivo de capacitar<br />

os profissionais que<br />

atuam na área de segurança<br />

do trabalho nas indústrias sucroenergéticas<br />

do <strong>Paraná</strong>, proporcionando<br />

constante atualização<br />

sobre as legislações<br />

específicas e melhorias nas<br />

condições de trabalho, produtividade<br />

e segurança de toda<br />

equipe, além de promover troca<br />

de informações e benchmarking.<br />

Desde o início, o trabalho contou<br />

com a adesão dos profissionais<br />

e dos dirigentes das usinas<br />

e da Alcopar, que deu todo<br />

apoio necessário. Eleito como<br />

o primeiro coordenador geral,<br />

Wesley Martins de Lima, engenheiro<br />

de Segurança do Trabalho<br />

da Cooperval, de Jandaia<br />

do Sul, acabou permanecendo<br />

na função por todo o período,<br />

contando sempre com o apoio<br />

de vários profissionais das demais<br />

usinas.<br />

E como resultado, ao dar subsídios,<br />

ferramentas e treinamento<br />

para o Serviço Especializado<br />

em Engenharia de Segurança<br />

e em Medicina do Trabalho<br />

(SESMT) das empresas<br />

associadas, o Comitê tornou<br />

possível a redução do número<br />

de acidentes no setor paranaense<br />

e promoveu a segurança<br />

e a saúde das equipes com<br />

dezenas de cursos, seminários<br />

e workshops.<br />

“Com muito orgulho, quero<br />

agradecer a todos pelo empenho<br />

e participação nesses<br />

últimos 10 anos de muito trabalho,<br />

que muito nos agregou<br />

profissionalmente, mas, principalmente<br />

ajudou ao nosso<br />

setor sucroenergético a neutralizar<br />

os principais riscos<br />

existentes na atividade e a reduzir<br />

expressivamente a frequência<br />

e a gravidade dos<br />

acidentes e doenças ocupacionais.<br />

Tudo isso resultou<br />

em melhor qualidade de vida<br />

para os nossos colaboradores,<br />

bem como a redução dos<br />

custos, também de forma expressiva,<br />

de todas as nossas<br />

empresas associadas”, afirma<br />

Wesley.<br />

A primeira equipe (acima), e alguns momentos de treinamentos<br />

Wesley: coordenador geral desde o início<br />

Permanecendo como coordenador<br />

do Comitê pelo menos<br />

até 2019, Wesley diz que o<br />

trabalho continua com o auxílio<br />

dos atuais coordenadores<br />

técnicos: Ariel dos Santos<br />

(Santa Terezinha), Lourivaldo<br />

Cardoso (Coopcana), Fábio<br />

Aranha (CPA Trading) e Tiago<br />

Almeida (Bandeirantes);<br />

apoiado pela Alcopar através<br />

do presidente Miguel Tranin,<br />

do gerente Altevir Batista e da<br />

secretária, Jaqueline Ferreira;<br />

e avalizado pelos gerentes e<br />

diretores das unidades produtoras.<br />

“Quero parabenizar a todos por<br />

este trabalho que mostra a<br />

preocupação, das usinas e<br />

dos profissionais responsáveis,<br />

pela segurança de todos<br />

e pelo aprimoramento constante.<br />

São oportunidades de<br />

troca e divulgação de informações<br />

de boas práticas de produção<br />

que geram um círculo<br />

virtuoso que beneficia a todos”,<br />

ressalta Tranin.<br />

Em maio último foi realizado<br />

mais um curso sobre a NR 35<br />

que trata sobre gestão integrada<br />

de trabalho em altura. A<br />

capacitação foi desenvolvida<br />

pelo Comitê de Segurança da<br />

Alcopar em parceria com a<br />

CPA Armazéns Gerais e contou<br />

com a participação de<br />

cerca de 20 profissionais de<br />

várias usinas e destilarias paranaenses.<br />

8<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


DOIS<br />

PONTOS<br />

A cidade chinesa de Tianjin usará gasolina com mistura<br />

de etanol na maior parte de seus veículos até o fim de setembro.<br />

O governo central disse no ano passado que planeja<br />

estrear o uso de gasolina misturado com 10% de<br />

etanol nacionalmente até 2020, para cortar os estoques<br />

de milho e diminuir a poluição. Tianjin deve usar 260 mil<br />

toneladas de etanol a cada ano se o objetivo for alcançado.<br />

Isso significaria o consumo de 780 mil toneladas<br />

de milho.<br />

Se o consumo de milho para<br />

a produção de ração animal<br />

deve cair 1,2 milhão de<br />

toneladas no ciclo 2017/18<br />

por causa das dificuldades<br />

enfrentadas no setor de<br />

carnes, a perspectiva para<br />

a produção de etanol de<br />

milho é de crescimento,<br />

600 mil toneladas adicionais,<br />

o que deve amenizar<br />

China<br />

Milho<br />

Superávit<br />

a redução da demanda pelo<br />

grão, segundo projeções<br />

da Agroconsult. O país tem<br />

hoje uma usina de etanol<br />

que usa apenas o milho<br />

como matéria-prima e três<br />

que processam tanto o<br />

grão como a cana, e há<br />

projetos novos de ampliação<br />

e construção em andamento.<br />

O forte aumento da oferta na Índia e na Tailândia levou<br />

a Organização Internacional do Açúcar a elevar sua estimativa<br />

para a produção mundial de açúcar de 179,3<br />

milhões para 185,21 milhões de toneladas nesta safra<br />

internacional 2017/18, que termina em setembro, dobrando<br />

sua projeção para o superávit global. Se confirmado,<br />

o volume será 10,3% superior ao do ciclo<br />

2016/17. A produção da Tailândia em 2017/18 passou<br />

a ser estimada em 14,35 milhões de toneladas e a da<br />

Índia subiu para 31,4 milhões. Para o Brasil, que vive o<br />

ciclo <strong>2018</strong>/19, a estimativa para 2017/18 ficou em 34,5<br />

milhões, queda de 1,5 milhão de toneladas.<br />

RenovaBio<br />

O Conselho Nacional de Política Energética propôs, no âmbito<br />

do RenovaBio, uma redução de 10% nas emissões de carbono<br />

pela matriz de combustíveis do Brasil até 2028, em um passo<br />

necessário para a regulamentação da política nacional de biocombustíveis.<br />

A meta representaria a retirada de 600 milhões de<br />

toneladas de carbono da atmosfera nos próximos dez anos, com<br />

a maior utilização de biocombustíveis. Assim, se a meta sugerida<br />

for aprovada, o mercado de etanol combustível do Brasil deve<br />

passar de 26,7 bilhões de litros para 47,1 bilhões de litros em<br />

2028, e o mercado de biodiesel de 5,7 para 11,1 bilhões de litros,<br />

segundo cálculo da consultoria especializada Datagro.<br />

Estudo da Confederação Nacional<br />

da Indústria (CNI), feito<br />

com base em dados da<br />

Agência Nacional de Transportes<br />

Terrestres, mostra que<br />

30% dos trilhos ferroviários<br />

do Brasil estão inutilizados e<br />

23% estão sem condições de<br />

serem colocados em operação.<br />

A malha ferroviária nacional<br />

tem 28,2 mil quilômetros<br />

de extensão, dos<br />

Ferrovias<br />

Soluções<br />

quais 8,6 mil (cerca de um<br />

terço) não estão em uso. A<br />

entidade afirma que entre as<br />

origens dos problemas está a<br />

característica dos contratos<br />

de concessão do setor, assinados<br />

na década de 1990 e<br />

que produziram um sistema<br />

com deficiências, ausência<br />

de concorrência e com dificuldades<br />

de interconexão<br />

das malhas.<br />

“A CNI considera que uma medida<br />

viável para recuperar o<br />

setor seria a prorrogação antecipada<br />

desses contratos de<br />

concessão, de forma que as<br />

concessionárias passem, a<br />

partir da renovação, a serem<br />

obrigadas contratualmente a<br />

reservar uma parcela da capacidade<br />

instalada da ferrovia<br />

para compartilhamento e a investir<br />

valores pré-estabelecidos<br />

na melhoria e ampliação<br />

das malhas”, diz nota da CNI.<br />

Para a entidade, assegurar o<br />

chamado “direito de passagem”<br />

de uma malha para a<br />

outra é essencial para dar<br />

mais sustentabilidade ao transporte<br />

ferroviário. Segundo o<br />

estudo, hoje apenas 8% da<br />

produção ferroviária corresponde<br />

a cargas de compartilhamento.<br />

Custos<br />

O índice dos custos de produção<br />

de cana subiu 20% na<br />

safra 2016/17 no estado de<br />

São Paulo, comparando-se<br />

com a temporada 2007/08,<br />

conclui estudo do Pecege Projetos.<br />

A alta é relacionada a<br />

reajustes de preços de itens<br />

que compõem o cálculo do índice,<br />

como fertilizantes, defensivos<br />

agrícolas, diesel, mão de<br />

obra, entre outros. Outro fator<br />

de impacto neste cenário foi a<br />

diminuição na produtividade<br />

do setor no período devido ao<br />

envelhecimento dos canaviais.<br />

Ainda segundo o estudo, tanto<br />

a produtividade em t/ha como<br />

a produção de ATR (kg ATR/t)<br />

vêm caindo nos últimos anos.<br />

No mesmo comparativo entre<br />

as safras 2007/08 e 2016/17,<br />

a queda foi de 4% e 10%, respectivamente.<br />

Caminhões<br />

A União Europeia propôs<br />

uma redução de pelo menos<br />

30% nas emissões de dióxido<br />

de carbono dos caminhões<br />

na próxima década. O<br />

objetivo é alinhar o setor de<br />

transporte à ambição do<br />

bloco de liderar a luta global<br />

contra as mudanças climáticas.<br />

Objetivo é reduzir as<br />

emissões médias dos novos<br />

caminhões grandes em<br />

15% até 2025 em comparação<br />

com os níveis de 2019.<br />

10 <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


EVENTOS<br />

Biodiesel terá destaque na<br />

26ª Fenasucro & Agrocana<br />

RenovaBio é responsável pelo crescimento da demanda do<br />

biocombustível, com diminuição da importação deste produto<br />

DA ASSESSORIA<br />

DE COMUNICAÇÃO<br />

ORenovabio trouxe<br />

uma ótima notícia ao<br />

mercado de biodiesel<br />

do Brasil, e este otimismo<br />

já influencia um dos<br />

mais importantes eventos relacionados<br />

à bioenergia no mundo,<br />

a Fenasucro & Agrocana,<br />

que este ano acontece de 21 a<br />

24 de agosto em Sertãozinho,<br />

interior de São Paulo, no Centro<br />

de Eventos Zanini.<br />

Desde março deste ano, a adição<br />

do biodiesel ao diesel comum<br />

passou de 8% para 10%<br />

e de acordo com a APROBIO<br />

(Associação dos Produtores de<br />

Biodiesel do Brasil), esse aumento<br />

aliado à melhoria da<br />

economia do país poderá fazer<br />

o Brasil ultrapassar os 5 bilhões<br />

de litros de biodiesel produzidos,<br />

chegando próximo dos 5,4<br />

bilhões de litros produzidos,<br />

marca inédita no país.<br />

Além disso, o biodiesel passa a<br />

Segurança e qualidade alimentar,<br />

geração de energia,<br />

mudanças climáticas, comércio<br />

internacional, crescimento<br />

da demanda global de<br />

alimentos e capacidade produtiva<br />

são alguns dos temas<br />

presentes no maior palco de<br />

discussões globais sobre o<br />

agronegócio, o Global Agribusiness<br />

Forum (GAF18), que<br />

chega à sua 4ª edição, em<br />

São Paulo. O evento será realizado<br />

entre os dias 23 e 24<br />

ter maior participação na matriz<br />

energética brasileira, o que beneficia<br />

as indústrias fornecedoras,<br />

havendo também a redução<br />

da importação de diesel,<br />

pois anteriormente a produção<br />

não atendia às necessidades do<br />

mercado interno do país.<br />

É neste cenário que a 26ª edição<br />

da Fenasucro & Agrocana<br />

abordará o assunto em diversas<br />

palestras da grade de conteúdo<br />

do evento, que este ano<br />

ultrapassará as 350 horas (em<br />

2017 foram 320 horas) e atrairá<br />

a atenção de compradores<br />

deste mercado vindos de todo<br />

o país e também do exterior<br />

através da exposição de inovações<br />

específicas para este tipo<br />

de indústria.<br />

"Apresentaremos alternativas<br />

sustentáveis, inovações tecnológicas<br />

e conteúdo voltado à<br />

produção de bioenergia, que incluirá<br />

o biodiesel, benéfica para<br />

o país e o mundo todo. Tudo<br />

isso porque a feira está atenta à<br />

geração de novos negócios e o<br />

de julho, no Sheraton WTC<br />

Hotel.<br />

Com o tema “A ciência do campo<br />

a serviço do planeta: A ação<br />

é agora”, o GAF18 apresentará<br />

debates e palestras sobre o<br />

agronegócio mundial, buscando<br />

soluções para os desafios<br />

enfrentados no desenvolvimento<br />

socioeconômico global e propondo<br />

um futuro seguro para a<br />

cadeia agrícola do planeta, além<br />

de preservar o meio ambiente.<br />

mercado está em alta.", explica<br />

o gerente do evento, Paulo<br />

Montabone.<br />

Em <strong>2018</strong>, o tema da feira será<br />

"Sinal Verde para o Futuro",<br />

chamada positiva que reflete a<br />

O encontro reunirá importantes<br />

líderes mundiais do agronegócio,<br />

cientistas e pesquisadores,<br />

dos setores público e privado,<br />

para discutir os temas mais relevantes<br />

da agricultura e do<br />

agronegócio mundial. Também<br />

colocará em pauta o futuro do<br />

agronegócio, levantando temas<br />

como erradicação da fome<br />

mundial, a utilização de água e<br />

solo no cultivo, o consumo de<br />

proteína direcionando a expansão<br />

agrícola e a bioeconomia.<br />

preocupação com a questão<br />

ambiental e o crescimento baseado<br />

em formas de geração<br />

de energias limpas e renováveis<br />

que possibilitem a manutenção<br />

de um futuro<br />

sustentável.<br />

Entre as novidades do mercado<br />

agrícola serão discutidos<br />

casos mundiais de fazendeiros<br />

de sucesso, a conexão, colaboração<br />

e globalização da agricultura,<br />

políticas públicas,<br />

negociação multilateral e bilateral,<br />

a revolução das máquinas,<br />

a resolução de conflitos<br />

pelas organizações internacionais,<br />

o uso de big data, a 4ª revolução<br />

industrial, sensoriamento<br />

remoto, o acordo do clima,<br />

as perspectivas de longo<br />

A Fenasucro & Agrocana é uma<br />

realização do CEISE Br (Centro<br />

Nacional das Indústrias do Setor<br />

Sucroenergético e Biocombustíveis)<br />

e é organizada e promovida<br />

pela Reed Exhibitions<br />

Alcantara Machado.<br />

Global Agribusiness Forum debate sobre desafios<br />

prazo e o papel da mídia para<br />

o agronegócio.<br />

O GAF é realizado pela SRB<br />

(Sociedade Rural Brasileira),<br />

em conjunto com a Abramilho<br />

(Associação Brasileira de Produtores<br />

de Milho), a ABCZ (Associação<br />

Brasileira dos Criadores<br />

de Zebu), a Abrafrutas (Associação<br />

Brasileira dos Produtores<br />

Exportadores de Frutas e<br />

Derivados), Fórum Nacional<br />

Sucroenergético e a Datagro.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 11

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