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parece suportar comodamente a parte de cima que já se<br />
perde um pouco no irreal; ela é mais imprecisa, menos<br />
nítida do que a parte de baixo. Essa ideia é acentuada<br />
ainda mais pelas três mansardas que são, cada uma, uma<br />
verdadeira obra-prima. Essas mansardas, por assim dizer,<br />
repetem de um modo já meio irreal a galeria.<br />
Edifício sólido, mas tendente para o alto<br />
De um lado e de outro há dois corpos de edifício<br />
que se projetam ligeiramente para a frente, mas o mesmo<br />
princípio está adotado aqui, quer dizer, a projeção é<br />
muito maior em baixo do que em cima. Na parte superior,<br />
o destaque é muito pequeno; em baixo, é bastante<br />
acentuado. De maneira que para compreendermos toda<br />
a harmonia existente aqui, deveríamos imaginar como<br />
seria o Palácio sem essas caixas embaixo. Ele não ficaria<br />
completamente lambido?<br />
Vejam como tudo é bem estudado, e aqui se desmente<br />
a regra, pois as janelas de cima são mais ornadas do que<br />
as de baixo.<br />
Então, alguém poderia me perguntar: “Por que essas<br />
janelas não pesam?” Porque elas têm essa caixa na frente,<br />
que aguenta o peso do ornato maior. Imaginem que<br />
essas janelas de cima não fossem mais ornadas, porém<br />
iguais às outras; o Palácio não perderia muito?<br />
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