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Revista TOP Marchador - Especial Marcha Picada #02

Revista lançada em julho de 2018 Tudo sobre o Mangalarga Marchador e Marcha Picada www.topmarchador.com

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PROFISSIONAL EM DESTAQUE<br />

Luiz Queijão<br />

Boa parte do sucesso de um<br />

criatório se deve à qualidade<br />

dos profissionais que<br />

tocam o negócio.<br />

A <strong>TOP</strong> MARCHADOR está atenta a<br />

isso e reserva esta seção para destacar<br />

aqueles que fazem do cavalo sua paixão,<br />

elevando os criatórios onde atuam<br />

a patamares de grande sucesso.<br />

Nesta edição, o Profissional de<br />

Destaque é:<br />

LUIZ QUEIJÃO, de Catalão (GO), proprietário<br />

do CTE e Haras Ungido, que oferece<br />

treinamento especializado a importantes<br />

criatórios da marcha picada.<br />

Há quanto tempo você trabalha com o<br />

Mangalarga <strong><strong>Marcha</strong>dor</strong>? Conte-nos um pouco<br />

da sua trajetória.<br />

Eu comecei a mexer com cavalo há, aproximadamente,<br />

20 anos. Meu caminho foi um pouco diferente,<br />

sempre fui apaixonado por cavalos, desde que me<br />

entendo por gente. Meus avós maternos e paternos<br />

sempre criaram cavalos. Naquela época, eram animais<br />

sem registro, mas tinham um padrão de raça e<br />

sela. Na adolescência, eu trocava o carro pelo cavalo<br />

para ir às festas de roça, de tanto que gostava de<br />

montar. Comecei então a participar de cavalgadas,<br />

onde conheci o marchador registrado. Eu já era casado<br />

e, com o apoio da minha esposa Fabiana, decidi<br />

comprar um cavalo registrado, chamado Cobre da<br />

Majuvi, do criador Ronaldo Ribeiro, de Catalão (GO).<br />

Virou nossa paixão! Por falta de mão de obra qualificada<br />

na minha região, eu mesmo decidi levar e apresentar<br />

o cavalo em eventos. Daí pra frente, tomei<br />

gosto e não parei mais, até chegar ao CTE e Haras<br />

Ungido.<br />

Então a sua família o apoia nesse trabalho<br />

com o cavalo?<br />

Me apoia muito. Certa ocasião, sofri muito com a<br />

perda de um animal chamado Universo. Ele morreu<br />

em meus braços, e eu queria parar de criar, de mexer<br />

com cavalo, mas minha esposa, sempre ao meu lado,<br />

me disse para confiar em Deus, seguir em frente e<br />

não desistir. E tocou o criatório por três meses sozinha.<br />

Se não fosse ela, hoje eu não estaria no meio do<br />

cavalo. E nossas filhas são a soma da nossa paixão<br />

por cavalos, gostam dobrado!<br />

Trabalhando com o Mangalarga <strong><strong>Marcha</strong>dor</strong>,<br />

você deve ter vários casos interessantes e marcantes.<br />

Conte-nos algum momento especial.<br />

São muitos casos (risos)! Um dos mais marcantes<br />

foi quando a minha filha Eduarda me pediu para a<br />

treinar para o campeonato goiano de provas funcionais.<br />

Foram cinco meses de preparação e, na final da<br />

competição, em Goiânia, como ela estava muito<br />

bem, eu disse que a inscreveria na categoria profissional.<br />

Com receio, ela disse que queria disputar apenas<br />

a juvenil, até 16 anos, mas, sem ela saber, fiz a inscrição.<br />

Quando ela fez a prova juvenil, conquistou<br />

um tempo muito baixo e se arrependeu do receio<br />

que teve. Foi então que eu revelei que ela disputaria<br />

a profissional. Ela concorreu com 40 cavaleiros de<br />

marcha picada e batida e foi campeã. Ganhou uma<br />

moto aos 16 anos, e em uma égua de marcha picada.<br />

Isso me marcou demais, para sempre!<br />

Quais foram suas maiores conquistas no<br />

meio do cavalo?<br />

Fui abençoado com sete campeonatos nacionais,<br />

mas valorizo o do campeão ao primeiro prêmio de<br />

qualquer competição.<br />

Quais animais o marcaram mais?<br />

Todos que montei, pois me lembro de todos... Radical<br />

da Boa Nova, que me colocou na rampa da Gameleira<br />

primeiro, sem dúvida, é muito especial para mim.<br />

Fale sobre a equipe do CTE e sua rotina?<br />

Minha equipe é muito abençoada. Fabiana, minha<br />

esposa, cuida da parte financeira. Eduarda cuida do<br />

bem-estar e rotina do haras. Pedro, Davi e Abadio me<br />

ajudam a tratar montar e preparar os animais.<br />

Estamos unidos na rotina de treino ao longo da<br />

semana e durante as provas, no final de semana.<br />

Qual é o diferencial do CTE? Como está sendo<br />

feita a preparação dos animais para a<br />

Nacional 2018?<br />

Ao meu ver, somos diferentes por entregarmos<br />

tudo na presença de Deus. Sempre acreditamos no<br />

propósito de que Ele está no comando e, pelos resultados<br />

adquiridos, considero que somos ungidos para<br />

esta atividade. Daí o nome do CTE e Haras Ungido. A<br />

Nacional é uma competição diferente e, sem dúvidas,<br />

exige uma preparação acompanhada por uma<br />

equipe de veterinários que balanceiam a alimentação<br />

e a suplementação, além de utilizar a medicina esportiva<br />

preventiva para evitar danos aos animais.<br />

Prevenir é sempre melhor que remediar.<br />

Atualmente, qual a maior satisfação e a maior<br />

dificuldade em se trabalhar com o <strong><strong>Marcha</strong>dor</strong>?<br />

A maior satisfação é poder fazer a vida das pessoas<br />

que me rodeiam um pouquinho melhor, por meio<br />

de uma entrega, não só de resultados, mas sim de<br />

companheirismo e dedicação aos animais que os<br />

proprietários tanto amam... Com relação às dificuldades,<br />

acredito que as maiores ficaram para trás... E as<br />

que aparecem me servem de aprendizado e desafio.<br />

Gosto das dificuldades para transpô-las e me tornar<br />

melhor, evoluir.<br />

O que você acha que pode melhorar?<br />

Nossa raça passa por um momento maravilhoso e<br />

vivemos um crescimento fantástico da marcha picada.<br />

Melhoraria ainda mais de tivéssemos mais campeonatos<br />

divididos na marcha picada na Nacional.<br />

Como o andamento é diferente da batida e temos<br />

um menor número de animais inscritos, categorias<br />

com 18 cavalos desgastam muito a tropa de picada.<br />

Acho que de 12 a 15 seria um número ideal.<br />

Qual é a sua expectativa para a Nacional 2018<br />

e o CBM?<br />

Que a Nacional seja como a última edição! Foi irretocável<br />

nos julgamentos, pista, estrutura e zelo com<br />

os proprietários, animais e apresentadores. Para o<br />

CBM já há muita ansiedade e esperança! Será em<br />

Brasília (DF), ao lado de casa! Tenho certeza de que<br />

será um show!<br />

146 | <strong>TOP</strong><strong><strong>Marcha</strong>dor</strong> • <strong>Marcha</strong> <strong>Picada</strong>

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