PROFISSIONAL EM DESTAQUE Luiz Queijão Boa parte do sucesso de um criatório se deve à qualidade dos profissionais que tocam o negócio. A <strong>TOP</strong> MARCHADOR está atenta a isso e reserva esta seção para destacar aqueles que fazem do cavalo sua paixão, elevando os criatórios onde atuam a patamares de grande sucesso. Nesta edição, o Profissional de Destaque é: LUIZ QUEIJÃO, de Catalão (GO), proprietário do CTE e Haras Ungido, que oferece treinamento especializado a importantes criatórios da marcha picada. Há quanto tempo você trabalha com o Mangalarga <strong><strong>Marcha</strong>dor</strong>? Conte-nos um pouco da sua trajetória. Eu comecei a mexer com cavalo há, aproximadamente, 20 anos. Meu caminho foi um pouco diferente, sempre fui apaixonado por cavalos, desde que me entendo por gente. Meus avós maternos e paternos sempre criaram cavalos. Naquela época, eram animais sem registro, mas tinham um padrão de raça e sela. Na adolescência, eu trocava o carro pelo cavalo para ir às festas de roça, de tanto que gostava de montar. Comecei então a participar de cavalgadas, onde conheci o marchador registrado. Eu já era casado e, com o apoio da minha esposa Fabiana, decidi comprar um cavalo registrado, chamado Cobre da Majuvi, do criador Ronaldo Ribeiro, de Catalão (GO). Virou nossa paixão! Por falta de mão de obra qualificada na minha região, eu mesmo decidi levar e apresentar o cavalo em eventos. Daí pra frente, tomei gosto e não parei mais, até chegar ao CTE e Haras Ungido. Então a sua família o apoia nesse trabalho com o cavalo? Me apoia muito. Certa ocasião, sofri muito com a perda de um animal chamado Universo. Ele morreu em meus braços, e eu queria parar de criar, de mexer com cavalo, mas minha esposa, sempre ao meu lado, me disse para confiar em Deus, seguir em frente e não desistir. E tocou o criatório por três meses sozinha. Se não fosse ela, hoje eu não estaria no meio do cavalo. E nossas filhas são a soma da nossa paixão por cavalos, gostam dobrado! Trabalhando com o Mangalarga <strong><strong>Marcha</strong>dor</strong>, você deve ter vários casos interessantes e marcantes. Conte-nos algum momento especial. São muitos casos (risos)! Um dos mais marcantes foi quando a minha filha Eduarda me pediu para a treinar para o campeonato goiano de provas funcionais. Foram cinco meses de preparação e, na final da competição, em Goiânia, como ela estava muito bem, eu disse que a inscreveria na categoria profissional. Com receio, ela disse que queria disputar apenas a juvenil, até 16 anos, mas, sem ela saber, fiz a inscrição. Quando ela fez a prova juvenil, conquistou um tempo muito baixo e se arrependeu do receio que teve. Foi então que eu revelei que ela disputaria a profissional. Ela concorreu com 40 cavaleiros de marcha picada e batida e foi campeã. Ganhou uma moto aos 16 anos, e em uma égua de marcha picada. Isso me marcou demais, para sempre! Quais foram suas maiores conquistas no meio do cavalo? Fui abençoado com sete campeonatos nacionais, mas valorizo o do campeão ao primeiro prêmio de qualquer competição. Quais animais o marcaram mais? Todos que montei, pois me lembro de todos... Radical da Boa Nova, que me colocou na rampa da Gameleira primeiro, sem dúvida, é muito especial para mim. Fale sobre a equipe do CTE e sua rotina? Minha equipe é muito abençoada. Fabiana, minha esposa, cuida da parte financeira. Eduarda cuida do bem-estar e rotina do haras. Pedro, Davi e Abadio me ajudam a tratar montar e preparar os animais. Estamos unidos na rotina de treino ao longo da semana e durante as provas, no final de semana. Qual é o diferencial do CTE? Como está sendo feita a preparação dos animais para a Nacional 2018? Ao meu ver, somos diferentes por entregarmos tudo na presença de Deus. Sempre acreditamos no propósito de que Ele está no comando e, pelos resultados adquiridos, considero que somos ungidos para esta atividade. Daí o nome do CTE e Haras Ungido. A Nacional é uma competição diferente e, sem dúvidas, exige uma preparação acompanhada por uma equipe de veterinários que balanceiam a alimentação e a suplementação, além de utilizar a medicina esportiva preventiva para evitar danos aos animais. Prevenir é sempre melhor que remediar. Atualmente, qual a maior satisfação e a maior dificuldade em se trabalhar com o <strong><strong>Marcha</strong>dor</strong>? A maior satisfação é poder fazer a vida das pessoas que me rodeiam um pouquinho melhor, por meio de uma entrega, não só de resultados, mas sim de companheirismo e dedicação aos animais que os proprietários tanto amam... Com relação às dificuldades, acredito que as maiores ficaram para trás... E as que aparecem me servem de aprendizado e desafio. Gosto das dificuldades para transpô-las e me tornar melhor, evoluir. O que você acha que pode melhorar? Nossa raça passa por um momento maravilhoso e vivemos um crescimento fantástico da marcha picada. Melhoraria ainda mais de tivéssemos mais campeonatos divididos na marcha picada na Nacional. Como o andamento é diferente da batida e temos um menor número de animais inscritos, categorias com 18 cavalos desgastam muito a tropa de picada. Acho que de 12 a 15 seria um número ideal. Qual é a sua expectativa para a Nacional 2018 e o CBM? Que a Nacional seja como a última edição! Foi irretocável nos julgamentos, pista, estrutura e zelo com os proprietários, animais e apresentadores. Para o CBM já há muita ansiedade e esperança! Será em Brasília (DF), ao lado de casa! Tenho certeza de que será um show! 146 | <strong>TOP</strong><strong><strong>Marcha</strong>dor</strong> • <strong>Marcha</strong> <strong>Picada</strong>
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