Jornal Cocamar Outubro 2016
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49 | <strong>Jornal</strong> de Serviço <strong>Cocamar</strong> | <strong>Outubro</strong> <strong>2016</strong><br />
QUALIDADE<br />
Norte Pioneiro do Paraná<br />
está no Mapa das Indicações<br />
Geográficas do Café<br />
É uma forma de agregar valor e projetar o café produzido em<br />
suas regiões; produtor precisa atender uma série de exigências<br />
Cerrado Mineiro, Alta<br />
Mogiana, Mantiqueira<br />
de Minas, Norte Pioneiro<br />
do Paraná e Região<br />
de Pinhal são as cinco<br />
Indicações Geográficas (IGs) do<br />
Café no Brasil. Há dois tipos de<br />
IGs, a Indicação de Procedência<br />
(IP) e a Denominação de Origem<br />
(DO) e ambas são concedidas<br />
pelo Instituto Nacional de<br />
Propriedade Industrial (INPI).<br />
A exemplo do que acontece na<br />
região de Campagne, na França,<br />
os produtores, associações<br />
e cooperativas de agricultores<br />
têm buscado este registro como<br />
forma de agregar valor e projetar<br />
o café produzido em suas<br />
regiões.<br />
A Indicação de Procedência<br />
(PI) indica, a partir de dados<br />
históricos, que a região tem notoriedade<br />
na fabricação de um<br />
determinado produto. Já a Denominação<br />
de Origem (DO)<br />
chancela que, além de notoriedade,<br />
o produto elaborado ali<br />
tem características únicas em<br />
função do solo, clima, temperatura<br />
e modo de fazer só encontrados<br />
no local.<br />
O Cerrado Mineiro é a única<br />
região cafeeira que possui as<br />
duas IGs, as outras detêm apenas<br />
a IP e a Mantiqueira de<br />
Minas está no processo para<br />
também obter a DO. “A estratégia<br />
de território, de desenvolvimento<br />
de origem, começou de<br />
uma demanda do mercado japonês”,<br />
diz Juliano Tarabal, superintendente<br />
da Federação<br />
dos Cafeicultores do Cerrado.<br />
“Por volta do ano 2000, eles<br />
nos disseram que gostavam do<br />
nosso café, mas queriam a garantia<br />
de que o produto saiu da<br />
região”, explica.<br />
Para entrar no Mapa das Indicações<br />
Geográficas do Café, é<br />
preciso atender a uma série de<br />
exigências. O cafezal precisa<br />
ser da variedade arábica e estar<br />
numa altitude de no mínimo<br />
800 metros; o café tem que<br />
atingir uma nota mínima de 80<br />
pontos; a propriedade precisa<br />
estar credenciada na Federação;<br />
o produtor deve assinar<br />
um termo dizendo que respeita<br />
a legislação brasileira (social,<br />
ambiental e trabalhista) vigente<br />
e o café necessita ser depositado<br />
em um dos armazéns<br />
credenciados. “Todo o café com<br />
selo da Denominação de Origem<br />
tem um QR-Code para o<br />
comprador e consumidor rastrearem<br />
quem é o produtor<br />
rural, qual é o lote, onde fica a<br />
propriedade dele”,<br />
explica Tarabal.<br />
O selo estabelece um diferencial para o produto,<br />
que é reconhecido em mercados seletivos<br />
e confere melhor remuneração<br />
Cafezais paranaenses e das principais regiões produtoras, do País, tiveram<br />
florada que, segundo o setor, cria a perspectiva de uma safra generosa em 2017