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consegui pegar meu revólver.<br />
— Fique. Longe. De. Mim.<br />
Ele recuou.<br />
— Você não ousaria.<br />
— Quer arriscar? — perguntei, apontando para o rosto dele. — Se está<br />
morto, não pode falar. Direi a eles que me assediou, o que você fez.<br />
— Como é que se assedia uma prostituta? Me desculpe, tenho que pagar<br />
antes de tocar, não é? Encontre-me no Hotel Rosewood, quarto 301, à meianoite,<br />
ou eu abrirei a boca.<br />
Comecei a apertar o gatilho.<br />
— Cinco, quatro, três...<br />
Depois que ele saiu, eu desabei no chão; ofegante e limpando a saliva do<br />
pescoço.<br />
Respire.<br />
Respire, Luella.<br />
Que merda, não chore.<br />
Pare de tremer.<br />
Quando a porta voltou a abrir, levantei a arma e apontei, com as mãos<br />
tremendo, pensando que ele tinha voltado, mas era Dorian.<br />
— Luella? — Ele se agachou na minha frente, suas mãos cobrindo as<br />
minhas. — Solte.<br />
Fiz que não com a cabeça.<br />
— Ele ainda está lá fora.<br />
— Quem?<br />
Queria falar, mas não consegui.<br />
— Luella, quem?<br />
— H-Hugh. Ele era um cliente. Eu-eu só o atendi uma vez, s-sete meses<br />
atrás... foi há sete meses... Alguns homens gostam de sexo selvagem, mas ele<br />
quebrou t-três c-costelas minhas e m-meu braço. Ele queria me machucar. Nunca<br />
fiquei tão a-assustada na vida. É por causa disso que tentei parar de fazer<br />
programa.<br />
— Solte a arma.<br />
Mais uma vez, neguei com a cabeça.<br />
— Ele queria que eu ficasse com ele de novo. Não posso! Mas ele<br />
ameaçou v-você, então t-tenho que fazer isso.<br />
Ele tirou as mãos das minhas e acariciou meu rosto.<br />
— Você nunca, jamais, vai chegar perto dele outra vez. Não estou nem aí<br />
para o que ele disse. É conversa fiada, e eu farei tudo o que puder para proteger<br />
você e Alaric. Acredite em mim mais do que tem medo dele, tá bom?