Livro Concurso de Redação SINEPE/DF 2018
No Brasil, como em outros países, a educação vem sendo assunto destaque em debates nos variados setores - desde o acadêmico, passando pelo econômico e com ênfase, recentemente, no político. Os profissionais da educação, mais especificamente gestores escolares comprometidos, vivem imenso desafio nem sempre percebido por outros setores da sociedade: concretizar efetivamente o processo de aprendizagem e ensino. Na percepção e no olhar dos que desconhecem o dia a dia de uma escola - rotinas, interação entre alunos, famílias, professores, coordenadores, diretores e demais envolvidos - parece simples. Seriam suficientes estrutura física confortável e os protagonistas - e a consequência do processo de educar e aprender naturalmente ocorreria e se consolidaria. Porém, ainda que todas as variáveis acima mencionadas estivessem organizadas, o objetivo maior do processo poderia se esvair entre as complexas e ricas relações humanas, impedindo ou, em boa parte, reduzindo a eficácia da transformação por meio da aquisição de competências e habilidades, de um referencial curricular contemporâneo contextualizado e significativo, como muito bem têm demonstrado os diferentes processos de avaliação dos alunos e das instituições educacionais. Em que a singela ação do SINEPE/DF - um concurso de redação e a edição de um livro com os textos classificados se relacionam com a complexa situação apresentada? A mobilização para o concurso, a interação professor/orientador-aluno, o incentivo e o envolvimento das famílias e, sobretudo, a edição do livro concretizam e consolidam todo um processo cujo objetivo maior é sensibilizar os estudantes para a importância da comunicação escrita, precisa e efetiva. O SINEPE/DF sente-se honrado em representar escolas que primam por oferecer oportunidades significativas de aprendizagem. Neste ano, o tema “Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil “, somado ao de 2017 - “Saúde e Movimento”, evidenciam nosso compromisso como educadores abordando assuntos de relevância para a sociedade. Parabenizo a todas as escolas participantes, aos familiares e aos alunos, desejando muito sucesso na vida acadêmica e pessoal. Álvaro Moreira Domingues Júnior, Presidente do SINEPE/DF.
No Brasil, como em outros países, a educação vem sendo assunto destaque em debates nos variados setores - desde o acadêmico, passando pelo econômico e com ênfase, recentemente, no político. Os profissionais da educação, mais especificamente gestores escolares comprometidos, vivem imenso desafio nem sempre percebido por outros setores da sociedade: concretizar efetivamente o processo de aprendizagem e ensino. Na percepção e no olhar dos que desconhecem o dia a dia de uma escola - rotinas, interação entre alunos, famílias, professores, coordenadores, diretores e demais envolvidos - parece simples. Seriam suficientes estrutura física confortável e os protagonistas - e a consequência do processo de educar e aprender naturalmente ocorreria e se consolidaria. Porém, ainda que todas as variáveis acima mencionadas estivessem organizadas, o objetivo maior do processo poderia se esvair entre as complexas e ricas relações humanas, impedindo ou, em boa parte, reduzindo a eficácia da transformação por meio da aquisição de competências e habilidades, de um referencial curricular contemporâneo contextualizado e significativo, como muito bem têm demonstrado os diferentes processos de avaliação dos alunos e das instituições educacionais. Em que a singela ação do SINEPE/DF - um concurso de redação e a edição de um livro com os textos classificados se relacionam com a complexa situação apresentada? A mobilização para o concurso, a interação professor/orientador-aluno, o incentivo e o envolvimento das famílias e, sobretudo, a edição do livro concretizam e consolidam todo um processo cujo objetivo maior é sensibilizar os estudantes para a importância da comunicação escrita, precisa e efetiva. O SINEPE/DF sente-se honrado em representar escolas que primam por oferecer oportunidades significativas de aprendizagem. Neste ano, o tema “Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil “, somado ao de 2017 - “Saúde e Movimento”, evidenciam nosso compromisso como educadores abordando assuntos de relevância para a sociedade. Parabenizo a todas as escolas participantes, aos familiares e aos alunos, desejando muito sucesso na vida acadêmica e pessoal. Álvaro Moreira Domingues Júnior, Presidente do SINEPE/DF.
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2º lugar<br />
João Gabriel Manfré – 1º Ano EM<br />
Centro Educacional Sigma 910 Norte<br />
Mesmo com uma ida<strong>de</strong> mínima para o ingresso no mercado <strong>de</strong> trabalho<br />
<strong>de</strong>finida em 16 anos, mais <strong>de</strong> 2,7 milhões <strong>de</strong> crianças e adolescentes são<br />
vítimas <strong>de</strong> trabalho infantil segundo o Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e<br />
Estatística (IBGE). Sendo causado pela pobreza, pela baixa escolarida<strong>de</strong> e<br />
pela ausência <strong>de</strong> um método eficaz <strong>de</strong> fiscalização por parte do Estado, o<br />
trabalho infantil é encontrado principalmente no meio rural e ainda é um<br />
dos gran<strong>de</strong>s problemas sociais do Brasil.<br />
O motivo para um maior número <strong>de</strong> casos no meio rural é bem simples. Além<br />
<strong>de</strong> já estar culturalmente inserido em diversas famílias, o trabalho infantil é<br />
facilitado pela ausência <strong>de</strong> escolas, precarieda<strong>de</strong> no ensino, dificulda<strong>de</strong> no<br />
transporte das crianças até a escola e baixas condições <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte<br />
da população no meio rural, como confirmam os especialistas do Fórum<br />
Nacional <strong>de</strong> Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI). Sabendo<br />
disso, um complemento <strong>de</strong> renda certo que po<strong>de</strong> ser obtido por meio <strong>de</strong><br />
trabalho infantil se torna muito mais atrativo para as famílias do meio rural<br />
do que uma educação com retorno incerto no quesito financeiro.<br />
Analisando toda essa situação, percebemos que a responsabilida<strong>de</strong> é do<br />
Estado e ele não os soluciona. Além <strong>de</strong> não fiscalizar a educação, o Estado<br />
não fornece meios para suprir as dificulda<strong>de</strong>s que o trabalho infantil<br />
provoca. Assim, mediante dificulda<strong>de</strong>s financeiras, educação <strong>de</strong> baixa<br />
qualida<strong>de</strong> e aceitação cultural que o trabalho infantil possui, não há motivos<br />
para que uma família <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> submeter seus filhos a ele.<br />
A partir do entendimento <strong>de</strong>ssa situação, o Estado <strong>de</strong>ve, por meio <strong>de</strong> um<br />
amplo programa educacional, melhorar o ensino no meio rural, sobretudo<br />
em regiões <strong>de</strong> produção familiar, incentivando a permanência dos jovens ,<br />
através <strong>de</strong>, por exemplo, cursos técnicos relacionados à agropecuária. Assim,<br />
a produção nesse meio é beneficiada, as condições sociais são melhoradas<br />
e a educação se valoriza por ter papel fundamental na região, entrando em<br />
um ciclo virtuoso <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, diminuindo drasticamente o trabalho<br />
infantil e resolvendo até mesmo outros problemas, como o êxodo rural.<br />
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