Revista Coamo Edição de Junho de 2019
Revista Coamo Edição de Junho de 2019
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GALLASSINI RECEBE TÍTULO DE CIDADÃO HONORÁRIO EM HONÓRIO SERPA (PR)<br />
www.coamo.com.br<br />
JUNHO/<strong>2019</strong> ANO 45<br />
EDIÇÃO 492<br />
COPA COAMO<br />
Oito campeões das<br />
regionais Oeste e MS<br />
Família Janguas, <strong>de</strong><br />
Engenheiro Beltrão (PR)<br />
SEGUNDA<br />
SAFRA<br />
Colheita com bons<br />
resultados no<br />
campo<br />
FRUTOS DA<br />
COOPERAÇÃO<br />
No campo ou na cida<strong>de</strong>, milhares <strong>de</strong> pessoas são beneficiadas<br />
pelo cooperativismo. Um sistema econômico, justo e igualitário,<br />
que promove o <strong>de</strong>senvolvimento e o bem comum das famílias
EXPEDIENTE<br />
Órgão <strong>de</strong> divulgação da <strong>Coamo</strong><br />
Ano 45 | <strong>Edição</strong> 492 | <strong>Junho</strong> <strong>de</strong> <strong>2019</strong><br />
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO<br />
Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos: iduarte@coamo.com.br<br />
Wilson Bibiano Lima: wblima@coamo.com.br<br />
Ana Paula Bento Pelissari: anapelissari@coamo.com.br<br />
Antonio Marcio dos Santos: amsantos@coamo.com.br<br />
Contato: (44) 3599-8126/3599-8129<br />
Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />
Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima,<br />
Ana Paula Bento Pelissari e Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />
<strong>Edição</strong> <strong>de</strong> fotografia: Antonio Marcio dos Santos e Wilson Bibiano Lima<br />
Colaboração: Gerência <strong>de</strong> Assistência Técnica, Entrepostos e Milena Luiz Corrêa<br />
Contato publicitário: Agromídia Desenvolvimento <strong>de</strong> Negócios Publicitários Ltda<br />
Contato: (11) 5092-3305 e Guerreiro Agromarketing Contato: (44) 3026-4457<br />
É permitida a reprodução <strong>de</strong> matérias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte. Os artigos assinados<br />
ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />
COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA<br />
SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 Fax (44) 3599.8001 - Caixa Postal, 460<br />
www.coamo.com.br - coamo@coamo.com.br<br />
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presi<strong>de</strong>nte: Engº Agrº José Aroldo Gallassini, Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Engº Agrº Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Diretor-Secretário: Engº<br />
Agrº Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari. MEMBROS VOGAIS: Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Wilson Pereira <strong>de</strong> Godoy, João Marco Nicaretta e Alessandro<br />
Gaspar Colombo.<br />
CONSELHO FISCAL: Diego Rogério Chitolina, Emilio Magne Guerreiro Júnior, Willian Ferreira Sehaber (Efetivos). Calebe Honório Welz Negri, Clóvis Antonio Bruneta,<br />
Reginaldo Antonio Mariot (Suplentes).<br />
SUPERINTENDENTES: Administrativo: Antonio Sérgio Gabriel; Comercial: Alcir José Goldoni; Industrial: Divaldo Corrêa; Logística e Operações : Airton Galinari;<br />
Técnico: Aquiles <strong>de</strong> Oliveira Dias.<br />
Extensão Territorial: 4,5 milhões <strong>de</strong> hectares. Capacida<strong>de</strong> Global <strong>de</strong> Armazenagem: 6,41 milhões <strong>de</strong> toneladas. Receita Global <strong>de</strong> 2018: R$ 14,79 bilhões. Tributos e<br />
taxas gerados e recolhidos em 2018: R$ 436,73 milhões.<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA<br />
3
SUMÁRIO<br />
23<br />
Copa <strong>Coamo</strong> <strong>2019</strong><br />
Confira os 11 campeões das regionais Vale do Ivaí e Sul/Centro-Sul já classificados para a final no dia 27<br />
<strong>de</strong> julho. Copa <strong>Coamo</strong> vem repetindo o sucesso <strong>de</strong> edições anteriores com integração dos associados<br />
4 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
SUMÁRIO<br />
Entrevista<br />
08<br />
José Roberto Ricken, presi<strong>de</strong>nte do Sistema Ocepar, avalia os resultados, conquistas e avanços<br />
do cooperativismo. Reeleito para mais quatro anos, projeta as perspectivas do setor para o futuro<br />
Cooperação em ação<br />
No campo ou na cida<strong>de</strong>, o sistema cooperativista garante o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> famílias, municípios<br />
e comunida<strong>de</strong>s. É a ação do bem semeada na vida <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> pessoas direta e indiretamente<br />
12<br />
27<br />
Copa <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> Cooperados<br />
Foram realizadas mais duas Regionais da Copa <strong>Coamo</strong>, a Oeste do Paraná e a do Mato<br />
Grosso do Sul, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> saíram mais oito classificados para a final, no dia 27 <strong>de</strong> julho<br />
Juranda 40 anos<br />
<strong>Coamo</strong> está comemorando quatro décadas no município. Durante todo este tempo, foram muitos<br />
os investimentos para melhorar o atendimento e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> cooperados e familiares<br />
Tour <strong>de</strong> Sementes<br />
32<br />
37<br />
Apresentar o cenário da produção <strong>de</strong> sementes, as exigências do mercado, novas tecnologias e investimentos<br />
da cooperativa foram os objetivos do programa <strong>de</strong> visita, para 400 cooperados na UBS <strong>de</strong> Furnas, no Paraná<br />
Cidadão Honorário<br />
48<br />
O presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>, José Aroldo Gallassini, é o mais novo cidadão honorário <strong>de</strong> Honório Serpa<br />
(Sudoeste do Paraná). A sessão solene para a entrega do título foi realizada na noite <strong>de</strong> 04 <strong>de</strong> junho<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA<br />
5
O agro evoluiu.<br />
A confiança também.<br />
Fox ® Xpro. A evolução da confiança.<br />
Fox ® Xpro é a evolução. A confiança conhecida com potência<br />
amplificada: três modos <strong>de</strong> ação e três ingredientes ativos.<br />
Entre estes, Bixafem, a mais nova e exclusiva carboxamida<br />
Bayer. Amplo espectro <strong>de</strong> controle para as doenças* da soja.<br />
*Ferrugem asiática, Mancha-alvo, Mancha-parda, Antracnose,<br />
Cercosporiose, Oídio e Mofo-Branco.<br />
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EDITORIAL<br />
Plano Safra <strong>2019</strong>/20 terá R$225 bilhões<br />
Um total <strong>de</strong> R$ 225,59<br />
bilhões será liberado<br />
pelo governo para a safra<br />
<strong>2019</strong>/2020, beneficiando<br />
pequenos, médios e gran<strong>de</strong>s<br />
produtores. O anúncio do Plano<br />
Safra foi no dia 18 <strong>de</strong> junho em<br />
Brasília e po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado<br />
como positivo diante da situação<br />
econômica do país e das<br />
expectativas que indicavam a<br />
falta <strong>de</strong> recursos e o aumento<br />
nas taxas <strong>de</strong> juros.<br />
O montante anunciado<br />
pelo governo é <strong>de</strong> R$ 169,33<br />
bilhões para o custeio, comercialização<br />
e industrialização, R$<br />
53,41 bilhões para investimentos,<br />
R$ 1 bilhão para seguro rural<br />
e R$ 1,85 bilhão para apoio à<br />
comercialização.<br />
O Ministério da Agricultura<br />
informou que as taxas <strong>de</strong><br />
juros, para custeio, comercialização<br />
e industrialização, serão <strong>de</strong><br />
3% e 4,6% ao ano para pequenos<br />
produtores, participantes do<br />
Programa Nacional <strong>de</strong> Fortalecimento<br />
da Agricultura Familiar<br />
(Pronaf); permanece a mesma<br />
da safra passada <strong>de</strong> 6% ao ano,<br />
para os médios produtores e<br />
aumenta <strong>de</strong> 7 para 8% para os<br />
gran<strong>de</strong>s produtores. Já para as<br />
linhas <strong>de</strong>stinadas à investimentos,<br />
os juros cobrados variarão<br />
<strong>de</strong> 3% a 10,5% ao ano.<br />
O valor total anunciado<br />
é praticamente o mesmo praticado<br />
na safra passada, mas<br />
o seguro agrícola teve gran<strong>de</strong><br />
incremento no valor <strong>de</strong> subvenção,<br />
passando <strong>de</strong> R$ 370 mi-<br />
lhões para R$ 1 bilhão. O governo<br />
informa que os recursos do<br />
plano agrícola começam a ser<br />
liberados agora em julho e irão<br />
até junho <strong>de</strong> 2020.<br />
A Organização das<br />
Cooperativas Brasileiras (OCB)<br />
avalia que o Plano Safra aten<strong>de</strong><br />
as priorida<strong>de</strong>s dos produtores<br />
rurais e das cooperativas agropecuárias<br />
brasileiras. O presi<strong>de</strong>nte<br />
Márcio Lopes <strong>de</strong> Freitas,<br />
em nome <strong>de</strong> todas as entida<strong>de</strong>s<br />
do setor produtivo, disse<br />
ao presi<strong>de</strong>nte Bolsonaro que o<br />
setor agrícola teve sua voz reconhecida,<br />
em um processo <strong>de</strong><br />
construção <strong>de</strong>mocrática que<br />
contou com a participação <strong>de</strong><br />
todo o segmento.<br />
É importante <strong>de</strong>stacar a<br />
vonta<strong>de</strong> política do novo governo<br />
e, em especial, agra<strong>de</strong>cer ao<br />
trabalho e a <strong>de</strong>fesa da ministra<br />
da Agricultura, Tereza Cristina,<br />
que valoriza o nosso setor e reconhece<br />
a sua importância para<br />
produzir alimentos e ajudar o<br />
Brasil a crescer, gerando riquezas<br />
para alavancar a balança comercial<br />
brasileira.<br />
Com o plano lançado<br />
e os recursos confirmados, os<br />
cooperados da <strong>Coamo</strong> seguem<br />
o seu planejamento com apoio<br />
da sua cooperativa para em<br />
poucos meses semear a nova<br />
safra com esperanças renovadas.<br />
Acreditando sempre em<br />
clima favorável, e trabalhando<br />
para o <strong>de</strong>senvolvimento satisfatório<br />
das suas lavouras e altas<br />
produtivida<strong>de</strong>s.<br />
"Cooperados da<br />
<strong>Coamo</strong> seguem o<br />
seu planejamento<br />
com apoio da sua<br />
cooperativa para em<br />
poucos meses semear<br />
a nova safra com<br />
esperanças renovadas."<br />
JOSÉ AROLDO GALLASSINI,<br />
Diretor-presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA<br />
7
JOSÉ ROBERTO RICKEN<br />
“Cooperativismo paranaense tem compromisso<br />
com o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável do Brasil”<br />
N<br />
atural <strong>de</strong> Manoel Ribas,<br />
na região central do Paraná,<br />
José Roberto Ricken<br />
é engenheiro agrônomo formado<br />
pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />
do Paraná (UFPR), mestre em<br />
Administração pela Ebape – Escola<br />
Brasileira <strong>de</strong> Administração<br />
Pública e <strong>de</strong> Empresas da Fundação<br />
Getúlio Vargas e especialista<br />
em Cooperativismo, com vários<br />
cursos no Brasil e no exterior. Ele<br />
é o sétimo cooperativista a assumir<br />
a Presidência da Ocepar. Foi<br />
reconduzido ao cargo <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte<br />
do Sistema Ocepar, durante<br />
a Assembleia Geral Ordinária,<br />
para um novo mandato <strong>de</strong><br />
quatro anos - gestão <strong>2019</strong>/2023.<br />
Ricken assumiu pela primeira vez<br />
a presidência da entida<strong>de</strong> em<br />
2016. O presi<strong>de</strong>nte da Ocepar,<br />
é o entrevistado <strong>de</strong>sta edição da<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong> e relata os avanços<br />
e conquistas do sistema cooperativista<br />
paranaense.<br />
José Roberto Ricken é o sétimo cooperativista a assumir a presidência do Sistema Ocepar<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>: Presi<strong>de</strong>nte, qual<br />
foi o resultado em 2018 do cooperativismo<br />
paranaense?<br />
José Roberto Ricken: No ano<br />
passado, as 215 cooperativas registradas<br />
no Sistema Ocepar, <strong>de</strong><br />
sete diferentes ramos (agropecuário,<br />
crédito, saú<strong>de</strong>, infraestrutura,<br />
trabalho, consumo e transporte),<br />
registraram um crescimento <strong>de</strong><br />
18,9% no faturamento, atingindo<br />
a soma <strong>de</strong> R$ 83,5 bilhões. O<br />
número <strong>de</strong> cooperados aumentou<br />
19,2% no exercício <strong>de</strong> 2018.<br />
Mais 300 mil pessoas a<strong>de</strong>riram<br />
ao movimento que hoje abrange<br />
1,8 milhão <strong>de</strong> cooperados. O setor<br />
emprega diretamente mais <strong>de</strong><br />
100 mil pessoas e as exportações<br />
atingiram no ano passado US$ 3,9<br />
bilhões, valor 17,6% superior ao<br />
<strong>de</strong> 2017. Os investimentos alcançaram<br />
R$ 1,9 bilhão e o segmento<br />
recolheu R$ 2,1 bilhões em impostos.<br />
O cooperativismo <strong>de</strong> crédito<br />
<strong>de</strong>tém R$ 43,8 bilhões em ativos<br />
e as cooperativas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> contabilizam<br />
2 milhões <strong>de</strong> beneficiários.<br />
No ano passado, os investimentos<br />
em formação profissional e promoção<br />
social possibilitaram a realização<br />
<strong>de</strong> 8.898 eventos, com 251<br />
mil participações em treinamentos<br />
do Sescoop/PR.<br />
RC: O senhor acredita que atingir<br />
100 mil empregos diretos no cooperativismo<br />
é uma marca que merece<br />
ser comemorada?<br />
8 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
Ricken: Com certeza, as cooperativas<br />
paranaenses <strong>de</strong>monstram firme<br />
compromisso com o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
sustentável do Brasil. São<br />
mais <strong>de</strong> cem mil pessoas contratados<br />
diretamente pelo setor, além<br />
<strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> empregos<br />
indiretos gerados como<br />
<strong>de</strong>sdobramentos dos investimentos<br />
das cooperativas, no campo e<br />
nas cida<strong>de</strong>s. Milhares <strong>de</strong> famílias<br />
estão economicamente ligadas ao<br />
cooperativismo.<br />
RC: Como o setor explica a geração<br />
<strong>de</strong> tantos empregos, mesmo<br />
num cenário <strong>de</strong> retração da economia?<br />
Ricken: Certamente não apenas<br />
com discursos, mas sim com um<br />
propósito realista dos cooperados,<br />
suporte do trabalho dos dirigentes<br />
e gestores, por meio <strong>de</strong><br />
planejamento e investimentos na<br />
melhoria das estruturas e serviços.<br />
A marca histórica <strong>de</strong> 100 mil empregos<br />
diretos gerados mostra a<br />
importância do cooperativismo<br />
paranaense para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
econômico e social do<br />
estado e do país. Anualmente, as<br />
cooperativas paranaenses aplicam<br />
R$ 2 bilhões em seus funcionários,<br />
incluindo salários, benefícios,<br />
FGTS, INSS e outros encargos.<br />
Esse dinheiro amplia o consumo<br />
dos setores do comércio e serviços<br />
e, muitas vezes, se materializa<br />
na conquista da casa própria, em<br />
garantir o estudo para os filhos,<br />
enfim, na chance <strong>de</strong> uma vida com<br />
mais qualida<strong>de</strong> e conforto.<br />
RC: Qual é o principal objetivo do<br />
cooperativismo?<br />
Ricken: O objetivo primordial do<br />
cooperativismo é potencializar os<br />
negócios <strong>de</strong> seus cooperados,<br />
prestar os melhores serviços, potencializar<br />
a competitivida<strong>de</strong> dos<br />
associados. Para isso, as cooperativas<br />
atuam na difusão <strong>de</strong> tecnologia,<br />
capacitação da gestão e<br />
diversificação das ativida<strong>de</strong>s. As<br />
pessoas se unem em cooperativas<br />
para ganhar escala, ter acesso<br />
a novas tecnologias, capacitação,<br />
serviços e mercados, num mo<strong>de</strong>lo<br />
sustentável que aumenta a competitivida<strong>de</strong><br />
e as chances <strong>de</strong> crescimento.<br />
E, também, é importante<br />
<strong>de</strong>stacar quem contribui com seu<br />
trabalho para o crescimento do<br />
cooperativismo. Os 100 mil funcionários<br />
dão vida a um sistema do<br />
qual <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m mais <strong>de</strong> 2 milhões<br />
<strong>de</strong> paranaenses. Um setor que tem<br />
o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> manter o crescimento<br />
"Cooperativas<br />
registraram em 2018<br />
um crescimento <strong>de</strong><br />
18,9% no faturamento,<br />
atingindo a soma <strong>de</strong><br />
R$ 83,5 bilhões."<br />
e a competitivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus cooperados.<br />
Atualmente, o cooperativismo<br />
do Paraná respon<strong>de</strong> por<br />
meta<strong>de</strong> dos empregos gerados<br />
pelas cooperativas brasileiras (198<br />
mil, <strong>de</strong> acordo com dados do Sistema<br />
OCB – Organização das Cooperativas<br />
Brasileiras).<br />
RC: Quanto aos investimentos,<br />
qual o montante investido nos últimos<br />
anos?<br />
Ricken: Nos últimos cinco anos,<br />
o setor investiu R$ 11,2 bilhões, a<br />
maior parte dos recursos <strong>de</strong>stinados<br />
à melhoria da ativida<strong>de</strong> produtiva,<br />
industrialização, logística<br />
<strong>de</strong> armazenagem e estruturas <strong>de</strong><br />
serviços e mo<strong>de</strong>rnização tecnológica.<br />
Ao gerar empregos e potencializar<br />
os negócios <strong>de</strong> seus associados,<br />
cria-se um círculo virtuoso<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento social, com<br />
consequências positivas para a<br />
economia paranaense, num processo<br />
<strong>de</strong> interiorização dos investimentos.<br />
O resultado <strong>de</strong>sta estratégia<br />
tornou o cooperativismo do<br />
estado um player internacional<br />
do agronegócio, com produtos<br />
comercializados em mais <strong>de</strong> 100<br />
países.<br />
RC: Qual a importância do setor<br />
agropecuário no cooperativismo?<br />
Ricken: Nas cooperativas agropecuárias,<br />
os investimentos em industrialização,<br />
para agregar valor<br />
à produção dos cooperados, e a<br />
profissionalização da gestão foram<br />
ações <strong>de</strong>cisivas para o crescimento<br />
econômico do setor, com diversificação<br />
e mais renda no campo,<br />
e geração intensiva <strong>de</strong> postos <strong>de</strong><br />
trabalho. O ramo agropecuário<br />
respon<strong>de</strong> por 79% dos empregos<br />
gerados e a estratégia <strong>de</strong> crescimento<br />
direciona investimentos<br />
contínuos em industrialização. Ao<br />
potencializar os negócios <strong>de</strong> seus<br />
associados, cria-se um círculo virtuoso<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento social,<br />
com consequências positivas para<br />
a economia paranaense, num processo<br />
<strong>de</strong> interiorização dos investimentos<br />
e do emprego.<br />
RC: O setor vem investindo bastante<br />
também na capacitação dos<br />
funcionários.<br />
Ricken: É verda<strong>de</strong>, pois na outra<br />
ponta, o consistente trabalho <strong>de</strong><br />
capacitação proporcionado pelo<br />
Sescoop/PR aprimorou tanto pro-<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA<br />
9
JOSÉ ROBERTO RICKEN<br />
INVESTIMENTOS EM INDUSTRIALIZAÇÃO E A PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO<br />
FORAM AÇÕES DECISIVAS PARA O CRESCIMENTO ECONÔMICO DO COOPERATIVISMO<br />
fissionais operacionais, quanto<br />
gestores e dirigentes, aperfeiçoando<br />
mecanismos <strong>de</strong> governança<br />
e planejamento. Para isso,<br />
investimos <strong>de</strong> forma constante em<br />
agregação <strong>de</strong> valor da produção<br />
dos cooperados e, com o apoio<br />
do Sescoop/PR, promovemos a<br />
formação pessoal profissional.<br />
Não se criam 100 mil empregos<br />
diretos com discursos bonitos,<br />
mas sim com investimento, organização<br />
e muito trabalho dos administradores<br />
e cooperados. Essa é a<br />
receita do cooperativismo para o<br />
crescimento e a geração <strong>de</strong> renda<br />
e empregos, mesmo num período<br />
<strong>de</strong> crise e <strong>de</strong>semprego.<br />
RC: Qual foi o total <strong>de</strong> investimento<br />
do Sescoop/PR em 2018 visando<br />
a melhoria da prestação <strong>de</strong> serviços<br />
aos cooperados?<br />
Ricken: Em 2018, o Sescoop/<br />
PR investiu R$ 45,7 milhões<br />
em treinamento, capacitação e<br />
monitoramento. Em média, o<br />
volume <strong>de</strong> investimentos cresce<br />
10% ao ano, abrangendo a<br />
qualificação <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong><br />
todas as áreas <strong>de</strong> atuação nas<br />
cooperativas. O PRC 100, planejamento<br />
estratégico do cooperativismo<br />
do Paraná, projeta um<br />
faturamento <strong>de</strong> R$ 100 bilhões<br />
nos próximos anos. Sabemos<br />
que o setor atingirá essa meta,<br />
mas nossa preocupação é em<br />
como as cooperativas vão estar<br />
estruturadas em termos <strong>de</strong> gestão<br />
e governança. O crescimento<br />
traz novos <strong>de</strong>safios.<br />
RC: Quais as principais frentes <strong>de</strong><br />
“O objetivo primordial<br />
do cooperativismo é<br />
potencializar os<br />
negócios <strong>de</strong> seus<br />
cooperados e prestar os<br />
melhores serviços."<br />
atuação do Sistema Ocepar?<br />
Ricken: A atuação da Ocepar será<br />
sempre em <strong>de</strong>fesa dos interesses<br />
das cooperativas paranaenses junto<br />
aos três po<strong>de</strong>res (Executivo, Legislativo<br />
e Judiciário) e à diversos<br />
outros organismos visando propiciar<br />
avanços. Em 2018, <strong>de</strong>stacamos<br />
a <strong>de</strong>soneração da folha <strong>de</strong><br />
pagamento, a aprovação do Refis<br />
do Funrural na Câmara dos Deputados,<br />
a redução dos juros para o<br />
crédito rural, o aumento <strong>de</strong> linhas<br />
<strong>de</strong> financiamento para as cooperativas<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e amplificação<br />
do Programa Paraná Competitivo,<br />
com a utilização <strong>de</strong> créditos para<br />
compra <strong>de</strong> caminhões e insumos.<br />
RC: O senhor foi reeleito recentemente<br />
para mais quatro anos à<br />
frente do Sistema Ocepar. Quais<br />
propósitos <strong>de</strong>verão nortear sua<br />
nova gestão?<br />
Ricken: Em âmbito nacional, vamos<br />
sempre apoiar a Organização<br />
das Cooperativas Brasileiras (OCB)<br />
para que ela continue fazendo<br />
uma representação competente<br />
do cooperativismo brasileiro. Da<br />
mesma forma, vamos assessorar<br />
os <strong>de</strong>putados e senadores da<br />
Frente Parlamentar do Cooperativismo<br />
(Frencoop) para que possam<br />
nos apoiar nos projetos <strong>de</strong><br />
interesse das cooperativas em tramitação<br />
no Congresso Nacional.<br />
Vamos ajudar também a Frente<br />
Parlamentar da Agricultura (FPA).<br />
A Ocepar continuará a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />
os interesses das cooperativas<br />
junto à Receita Fe<strong>de</strong>ral, atuar positivamente<br />
pela reforma tributária<br />
e continuar com ações voltadas<br />
à melhoria da infraestrutura<br />
<strong>de</strong> transporte. O Brasil não po<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r apenas do modal ro-<br />
José Roberto Ricken na Assembleia da <strong>Coamo</strong><br />
10 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
“Em âmbito do<br />
cooperativismo<br />
paranaense, o gran<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>safio é alcançar,<br />
ainda nessa nova<br />
gestão, os R$ 100<br />
bilhões <strong>de</strong> faturamento<br />
do setor, uma das<br />
metas do PRC 100,<br />
o planejamento<br />
estratégico das<br />
cooperativas do<br />
Paraná."<br />
“A marca histórica <strong>de</strong><br />
100 mil empregos<br />
diretos gerados,<br />
mostra a importância<br />
do cooperativismo<br />
paranaense."<br />
doviário. Outro objetivo <strong>de</strong>ssa<br />
gestão será buscar linhas <strong>de</strong> financiamento<br />
junto ao Banco Nacional<br />
<strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e<br />
Social (BNDES) para as cooperativas<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e infraestrutura. Se<br />
conseguirmos mais recursos para<br />
a saú<strong>de</strong> e infraestrutura, todos os<br />
ramos po<strong>de</strong>m se <strong>de</strong>senvolver”.<br />
Em âmbito estadual, a<br />
i<strong>de</strong>ia é continuar apoiando o G7,<br />
grupo formado pelas principais fe<strong>de</strong>rações<br />
representativas do setor<br />
produtivo paranaense, do qual a<br />
Ocepar faz parte. Outro propósito<br />
é dar prosseguimento às ações<br />
para tornar o Paraná livre <strong>de</strong> febre<br />
aftosa sem vacinação. A entida<strong>de</strong><br />
vai ainda buscar aten<strong>de</strong>r as <strong>de</strong>-<br />
mandas das cooperativas em relação<br />
ao ICMS. Hoje temos mais <strong>de</strong><br />
R$ 1,5 bilhão em créditos <strong>de</strong> ICMS<br />
acumulados em nossos balanços.<br />
Vamos buscar recursos para<br />
equacionar essa situação e tentar<br />
negociar com o BNDES, para que<br />
o setor cooperativista paranaense<br />
continue investindo, no mínimo,<br />
R$ 2 bilhões por ano em agroindústrias<br />
e, assim, contribua para<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento do Paraná. Em<br />
âmbito do cooperativismo paranaense,<br />
o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio é alcançar,<br />
ainda nessa nova gestão, os<br />
R$ 100 bilhões <strong>de</strong> faturamento do<br />
setor, uma das metas do PRC 100,<br />
o planejamento estratégico das<br />
cooperativas do Paraná.<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 11
Família Janguas, <strong>de</strong> Engenheiro Beltrão (PR) tem na<br />
cooperação a receita para o sucesso pessoal e profissional<br />
Trocando o EU por NÓS<br />
No campo ou na cida<strong>de</strong>,<br />
o sistema cooperativista<br />
garante o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> famílias, municípios e<br />
comunida<strong>de</strong>s. É a ação do<br />
bem semeada na vida <strong>de</strong><br />
milhares <strong>de</strong> pessoas<br />
No pequeno sítio, localizado<br />
em Engenheiro Beltrão<br />
(Centro-Oeste do Paraná),<br />
morava o casal Aparecida<br />
e Anselmo Janguas com o filho<br />
Vilson, ainda <strong>de</strong> colo. O ano era<br />
1972 e o trabalho com a agricultura,<br />
nada fácil. “Existiam muitos<br />
‘picaretas’, que davam o preço e<br />
<strong>de</strong>cidiam quando e se pagariam<br />
pela produção”, lembra ‘seo’ Anselmo.<br />
Com preços injustos e<br />
muitos golpes, o patriarca lembra<br />
que a situação financeira da<br />
família não estava bem.<br />
Diante <strong>de</strong>ssa situação,<br />
aconselharam ‘seo’ Anselmo a se<br />
associar em uma cooperativa <strong>de</strong><br />
Campo Mourão, há 40 quilômetros<br />
<strong>de</strong> on<strong>de</strong> ele morava. A partir<br />
<strong>de</strong> 1977, a então Cooperativa<br />
Agropecuária Mourãoense (<strong>Coamo</strong>),<br />
hoje <strong>Coamo</strong> Agroindustrial<br />
Cooperativa, passou a ocupar posição<br />
estratégica nos projetos da<br />
família. "A cooperativa sempre esteve<br />
e está ao nosso lado. Crescemos<br />
com esta parceria", assegura.<br />
12 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
COOPERAÇÃO<br />
‘Seo’ Anselmo com os filhos, também cooperados, Nilson, Wilson, Vilson, Cilso<br />
As primeiras produções<br />
foram entregues ainda em Campo<br />
Mourão, mas logo em seguida<br />
a cooperativa inaugurou unida<strong>de</strong><br />
em Engenheiro Beltrão,<br />
facilitando ainda mais o trabalho.<br />
Hoje, com uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recebimento<br />
na porta <strong>de</strong> casa, no distrito<br />
<strong>de</strong> Ivailândia, e com filhos e<br />
netos também associados, ‘seo’<br />
Anselmo colhe os frutos <strong>de</strong> uma<br />
vida <strong>de</strong>dicada ao trabalho e ao<br />
cooperativismo. "Somos uma família<br />
que acredita nos benefícios<br />
da cooperação, pois temos uma<br />
associação <strong>de</strong>ntro da nossa própria<br />
casa", comemora.<br />
Com 95 anos, o cooperado<br />
tem uma memória que impressiona.<br />
Ele diz que são duas<br />
as receitas para longevida<strong>de</strong>: ter<br />
uma enxada na mão, ou seja, trabalhar<br />
duro, e a outra é cooperar.<br />
“Sempre trabalhei muito e com<br />
toda a minha família unida.” Entre<br />
filhos, netos, bisnetos e tataranetos,<br />
são mais <strong>de</strong> 30 pessoas.<br />
Todos sobrevivem da agricultura.<br />
Os negócios foram crescendo<br />
ao longo dos anos, a partir<br />
da compra do primeiro sítio,<br />
<strong>de</strong> 2,5 alqueires, on<strong>de</strong> a família<br />
mora até hoje. "Foi o nosso começo<br />
na agricultura", lembra o<br />
cooperado. Os primeiros cultivos<br />
foram <strong>de</strong> café, soja e lavouras<br />
para subsistência. Os sete filhos<br />
- quatro homens e três mulheres,<br />
sempre estiveram juntos. Com<br />
essa união a família cresceu e se<br />
<strong>de</strong>senvolveu, no melhor estilo<br />
"um por todos e todos por um".<br />
A família que passou por<br />
momentos difíceis até chegar<br />
on<strong>de</strong> está, nunca esqueceu o<br />
'Seo' Anselmo com os netos associados Adilson, Antonio, Luiz, Val<strong>de</strong>cir<br />
que os fez crescer: a união familiar<br />
e o cooperativismo. De empregados<br />
nas lavouras <strong>de</strong> café,<br />
hoje são bem sucedidos empresários<br />
rurais. Cada um dos filhos<br />
tem o seu próprio lote <strong>de</strong> terra,<br />
que somados chegam a 132 alqueires<br />
<strong>de</strong> área própria. A família<br />
ainda arrenda outras áreas e, tirando<br />
a parte do pai, as <strong>de</strong>spesas<br />
e receitas são divididas proporcionalmente<br />
entre os irmãos,<br />
com base em uma tabela <strong>de</strong> percentagem,<br />
elaborada por eles.<br />
"Juntos somos gran<strong>de</strong>s", salienta<br />
o primogênito Vilson Janguas.<br />
Com esse berço <strong>de</strong> cooperação,<br />
Luis Anselmo Janguas,<br />
não po<strong>de</strong>ria trilhar um caminho<br />
diferente. Ele é filho <strong>de</strong> Vilson e,<br />
também, associado da <strong>Coamo</strong>.<br />
“Cresci vendo meu avô e meu pai<br />
trabalhando na agricultura. Sabemos<br />
da importância <strong>de</strong> ter uma<br />
cooperativa que nos dá suporte<br />
e segurança. Sem a <strong>Coamo</strong> tudo<br />
seria mais difícil e não po<strong>de</strong>mos<br />
<strong>de</strong>ixar esse legado se per<strong>de</strong>r.”<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 13
COOPERAÇÃO<br />
Lado a lado<br />
Sempre <strong>de</strong> mãos dadas,<br />
o casal Deize e Cleidimar Sanches,<br />
<strong>de</strong> Arapuã (Centro-Norte<br />
do Paraná), também é exemplo<br />
<strong>de</strong> que a cooperação é capaz <strong>de</strong><br />
impulsionar a vida das pessoas.<br />
Inclusive, eles têm em casa a<br />
extensão da cooperativa. O trabalho<br />
na agricultura é realizado<br />
pelos dois, e cada um tem uma<br />
função. Deize é responsável pela<br />
administração e Cleidimar, mais<br />
conhecido por ‘Batata’, coor<strong>de</strong>na<br />
o trabalho na lavoura. Em<br />
sintonia, sabem que os negócios<br />
da família caminham bem <strong>de</strong>vido<br />
a cooperação e <strong>de</strong>dicação<br />
<strong>de</strong> todos.<br />
O trabalho do casal começa<br />
bem cedo. Segundo Deize,<br />
a agricultura exige organização<br />
e planejamento. Mas, para isso é<br />
preciso empenho <strong>de</strong> toda a equipe.<br />
“Eu e meu marido trabalhamos<br />
em sintonia, e nesse mesmo ritmo<br />
estão nossos funcionários. Costumo<br />
dizer que a cooperativa é o<br />
nosso suporte, pois tudo que precisamos<br />
encontramos na <strong>Coamo</strong>.”<br />
Para Cleidimar, a <strong>Coamo</strong><br />
é o braço direito da família. “Estamos<br />
felizes com a nossa cooperativa.<br />
Somos cooperados já há vários<br />
anos e vimos o quanto nossa<br />
vida progrediu nesse tempo. Meu<br />
pai já era cooperado em Manoel<br />
Ribas e vi todo o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
que ele teve. Sem dúvida, <strong>de</strong>ntro<br />
do cooperativismo vivemos como<br />
uma família. Uma mão segurando<br />
na outra e juntos crescemos.”<br />
Conforme o casal, exis-<br />
Deize e Cleidimar aplicam a filosofia cooperativista como lema <strong>de</strong> vida<br />
tem coisas que o dinheiro não<br />
compra, como a tranquilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> trabalhar em um sistema econômico<br />
justo e seguro. “A noite,<br />
quando nos <strong>de</strong>itamos, temos a<br />
certeza <strong>de</strong> que estamos trabalhando<br />
com gente honesta e do<br />
bem. No cooperativismo temos<br />
justiça e igualda<strong>de</strong>. Não existe<br />
produtor rural gran<strong>de</strong> ou pequeno.<br />
Todos somos iguais, fazemos<br />
parte da família cooperativista e<br />
quando nossos dois filhos crescerem,<br />
darão continuida<strong>de</strong> à<br />
essa história”, afirma.<br />
14 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
COOPERAÇÃO<br />
Filho <strong>de</strong> cooperado, Cleidimar, levou o cooperativismo para a família que formou<br />
Resultados da proprieda<strong>de</strong> da família Sanches são atribuídos a união <strong>de</strong> todos<br />
História para contar<br />
Diante <strong>de</strong> inúmeras histórias <strong>de</strong> famílias que<br />
prosperaram trabalhando e cooperando, a <strong>Coamo</strong><br />
contagiou e se espalhou por <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> municípios<br />
no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Isso<br />
sem contar as cida<strong>de</strong>s próximas às unida<strong>de</strong>s da cooperativa<br />
que também se beneficiam <strong>de</strong>ssa força que<br />
somente a cooperação é capaz <strong>de</strong> gerar. São histórias<br />
<strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> famílias que começaram como a<br />
dos Janguas e dos Sanches, e que continuam sendo<br />
construídas pela união <strong>de</strong> todos.<br />
Foram 79 agricultores que acreditaram na<br />
i<strong>de</strong>ia do jovem extensionista da então Arcapa (atual<br />
Emater), José Aroldo Gallassini, em 1970, e juntos<br />
fundaram aquela que se tornaria a maior cooperativa<br />
da América Latina, beneficiando atualmente mais <strong>de</strong><br />
120 mil pessoas diretamente. Sem contar, a economia<br />
dos municípios on<strong>de</strong> a <strong>Coamo</strong> está instalada e,<br />
consequentemente, o comércio local. Somando-se<br />
ainda as comunida<strong>de</strong>s, uma vez que, a cooperativa<br />
realiza diversos projetos sociais e culturais, espalhando<br />
o bem por todos os cantos.<br />
O cooperado e fundador Moacir José Ferri,<br />
<strong>de</strong> Campo Mourão, é testemunha e lembra <strong>de</strong>ssa história<br />
como se fosse ontem. “Quando começamos jamais<br />
imaginávamos que iriamos chegar a esse ponto.<br />
Nossa i<strong>de</strong>ia era criar uma cooperativa para nos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />
das empresas que estavam nos explorando tanto<br />
na venda quanto na compra dos nossos produtos”,<br />
recorda. Para o associado, o cooperativismo é indispensável.<br />
“Quando houver cooperação, quando um<br />
ser humano pensar em conjunto com outro, só po<strong>de</strong><br />
Alci<strong>de</strong>s Brunetta ao lado das filhas Geovana e Ana<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 15
COOPERAÇÃO<br />
ALÉM DO APOIO TÉCNICO E ECONÔMICO, COOPERATIVAS REALIZAM DIVERSOS<br />
PROJETOS SOCIAIS E CULTURAIS, ESPALHANDO O BEM POR TODOS OS CANTOS<br />
ir para a frente. Des<strong>de</strong> o momento<br />
que penso pelo bem <strong>de</strong> uma<br />
pessoa e essa pessoa pensa no<br />
meu bem, mesmo que não nos<br />
conheçamos, só po<strong>de</strong> dar certo.<br />
É um conjunto <strong>de</strong> esforços visando<br />
o bem comum.”<br />
Otimista por natureza,<br />
trabalhador <strong>de</strong>dicado, perseverante<br />
e incansável, Alci<strong>de</strong>s<br />
Brunetta, resi<strong>de</strong>nte em Mamborê<br />
(Centro-Oeste do Paraná)<br />
há 41 anos, é outro exemplo <strong>de</strong><br />
cooperativista nato. A sua his-<br />
tória no cooperativismo começou<br />
logo que chegou no município.<br />
Para Brunetta, o cooperativismo<br />
ajudou muito o seu crescimento<br />
no campo. Tudo o que<br />
precisava encontrava na cooperativa.<br />
“Tínhamos problemas,<br />
mas contávamos com a <strong>Coamo</strong><br />
e com ela crescemos. Tivemos<br />
uma gran<strong>de</strong> ajuda, não perdíamos<br />
mais tempo, e só pensávamos<br />
em trabalhar, plantar e colher<br />
nossas lavouras”, lembra.<br />
Cooperativismo puro e simples<br />
Manter a essência do<br />
cooperativismo em todas ações<br />
e <strong>de</strong>cisões é o que move a <strong>Coamo</strong>.<br />
Por esta razão, o presi<strong>de</strong>nte<br />
da Organização das Cooperativas<br />
Brasileiras (OCB), Márcio<br />
Lopes <strong>de</strong> Freitas, avalia o crescimento<br />
impulsionado pela coo-<br />
Presi<strong>de</strong>nte da OCB enaltece cooperativismo praticado pela <strong>Coamo</strong><br />
perativa, como a expressão mais<br />
pura do cooperativismo. “A <strong>Coamo</strong><br />
sempre esteve preocupada<br />
com a sua base, com o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
das pessoas. É por isso<br />
que tem um sucesso tremendo.<br />
Ela soube administrar a escala <strong>de</strong><br />
crescimento, com a manutenção<br />
Cooperado e fundador Moacir José Ferri acredita<br />
que a união <strong>de</strong> esforços só po<strong>de</strong> dar certo<br />
da essência do cooperativismo,<br />
que é o compromisso extremo<br />
com as famílias <strong>de</strong> seus cooperados.<br />
Isso acaba refletindo, nas<br />
comunida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong> está presente<br />
e no bem-estar das pessoas. É<br />
a obediência <strong>de</strong> um ciclo virtuoso<br />
do crescimento, e o seu sucesso<br />
está nesse segredo <strong>de</strong> fazer<br />
uma boa gestão cooperativa.”<br />
Com esses valores ninguém<br />
ficou para trás, e no <strong>de</strong>correr<br />
<strong>de</strong> sua trajetória, a <strong>Coamo</strong> incorporou<br />
nove cooperativas que<br />
passavam por dificulda<strong>de</strong>s econômicas.<br />
Escolhas que, segundo<br />
José Aroldo Gallassini, <strong>de</strong>terminaram<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> milhares<br />
<strong>de</strong> agricultores e suas famílias.<br />
16 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
COOPERAÇÃO<br />
Para Márcio Lopes, tais<br />
incorporações, provam que a<br />
<strong>Coamo</strong> vive a essência do cooperativismo.<br />
“Essa é a nossa diferença,<br />
nos preocupamos com<br />
gente. Então, quando a <strong>Coamo</strong><br />
percebe que uma cooperativa ou<br />
alguma localida<strong>de</strong> <strong>de</strong>manda pela<br />
Do jeito do homem do campo<br />
O objetivo da <strong>Coamo</strong><br />
é unir esforços para melhorar e<br />
facilitar a vida dos associados.<br />
Diante disso, em 1989, uma nova<br />
necessida<strong>de</strong> surgiu e as portas da<br />
Credicoamo se abriram para que<br />
o homem do campo também tivesse<br />
apoio nas operações financeiras.<br />
Hoje, com mais <strong>de</strong> 18 mil<br />
cooperados distribuídos no Paraná,<br />
Santa Catarina e Mato Grosso<br />
do Sul, a cooperativa conta com<br />
linhas exclusivas <strong>de</strong> produtos e<br />
serviços, assim como disponibiliza<br />
assistência financeira com o<br />
Sérgio Batasim e Airton Justen na agência <strong>de</strong> Toledo/PR<br />
organização <strong>de</strong>ssas pessoas para<br />
se coor<strong>de</strong>nar, ela se faz presente.<br />
Antes <strong>de</strong> pensar no negócio em<br />
si, está pensando na cooperação,<br />
em aten<strong>de</strong>r as pessoas e resgatar<br />
a cidadania. O negócio é uma<br />
consequência”, consi<strong>de</strong>ra o presi<strong>de</strong>nte<br />
da OCB.<br />
propósito <strong>de</strong> fomentar a produção,<br />
a produtivida<strong>de</strong> e a comercialização.<br />
Airton Justen é associado<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1999, quando a Credicoamo<br />
se instalou em Toledo (Oeste<br />
do Paraná). Toda a movimentação<br />
financeira <strong>de</strong>le é realizada na<br />
cooperativa <strong>de</strong> crédito. “A agricultura<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> muito <strong>de</strong> apoio<br />
para que possa se <strong>de</strong>senvolver.<br />
Na Credicoamo temos financiamentos<br />
para lavoura, linhas <strong>de</strong> investimentos<br />
para maquinários e<br />
seguro agrícola, além <strong>de</strong> programas<br />
que visam melhorar a qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> vida dos associados,<br />
como o Moradia Feliz”, assinala.<br />
De acordo com o associado,<br />
o principal diferencial da<br />
Credicoamo é o trabalho focado<br />
no produtor rural, diferente <strong>de</strong><br />
outras instituições que aten<strong>de</strong>m<br />
vários segmentos. “Esse trabalho<br />
é importante, pois oferece tudo o<br />
que precisamos sem burocracia e<br />
com taxas mais acessíveis”, frisa.<br />
O município <strong>de</strong> Toledo<br />
tem um dos mais elevados PIB<br />
(Produto Interno Bruto) do Brasil<br />
e VBP (Valor Bruto da Agropecuária)<br />
do Paraná. Ocupa <strong>de</strong>staque<br />
em <strong>de</strong>senvolvimento, motivado,<br />
principalmente, pela produção<br />
agrícola. Justen enten<strong>de</strong> que<br />
o trabalho no campo tem um<br />
gran<strong>de</strong> reflexo na cida<strong>de</strong>. “Moro<br />
há 52 anos em Toledo e presenciei<br />
o crescimento do município.<br />
Com toda a certeza, a <strong>Coamo</strong> e a<br />
Credicoamo ajudaram para que<br />
esse <strong>de</strong>senvolvimento ocorresse.<br />
A distribuição <strong>de</strong> sobras é um<br />
bom exemplo disso, já que é um<br />
dinheiro que fica na cida<strong>de</strong> e que<br />
movimenta o comércio.”<br />
Segundo o gerente da<br />
Agência da Credicoamo em Toledo,<br />
Sérgio Batasim, a cooperativa<br />
vem cumprindo o seu papel,<br />
proporcionando todo o suporte<br />
e assistência <strong>de</strong> crédito para o<br />
trabalho no campo. “Passei por<br />
vários municípios e é nítido a importância<br />
da Credicoamo para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento dos produtores<br />
rurais. As linhas oferecidas pela<br />
cooperativa visam o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
e aten<strong>de</strong>m as necessida<strong>de</strong>s<br />
dos associados, seja na produção<br />
agrícola ou para melhorar<br />
a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das famílias.”<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 17
COOPERAÇÃO<br />
Campo tecnificado<br />
Produzir alimentos trata-<br />
-se <strong>de</strong> uma nobre missão, e nada<br />
mais correto do que fornecer<br />
todo o suporte para que o homem<br />
do campo cumpra o trabalho<br />
da melhor forma. Para isso,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua fundação, a <strong>Coamo</strong> se<br />
preocupa em oferecer assistência<br />
técnica e insumos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />
com foco no incremento da<br />
produtivida<strong>de</strong>, geração <strong>de</strong> renda<br />
e o constante <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da ativida<strong>de</strong>.<br />
Fiel ao mo<strong>de</strong>lo participativo<br />
e colaborativo, a cooperativa<br />
busca inovações e acompanha<br />
tecnologias, as quais são<br />
repassadas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> testadas e<br />
aprovadas. Com as últimas transformações,<br />
por exemplo, novos<br />
sistemas <strong>de</strong> gerenciamento foram<br />
<strong>de</strong>senvolvidos.<br />
Os associados estão<br />
sempre antenados, especializados<br />
e conhecendo as <strong>de</strong>mandas<br />
tecnológicas do agronegócio.<br />
“Somos um elo muito importante<br />
que beneficia diretamente o<br />
cooperado, com 262 agrônomos<br />
em campo e mais 25 médicos<br />
veterinários repassando<br />
tecnologia e inovação. Somos<br />
o batalhão <strong>de</strong> frente, a área que<br />
faz o corpo a corpo com o cooperado.<br />
Disponibilizamos a melhor<br />
tecnologia ao cooperado,<br />
seja voltada ao manejo, correção<br />
<strong>de</strong> solo, rotação <strong>de</strong> culturas<br />
entre outros, ou <strong>de</strong> tecnologias<br />
digitais, como o programa Gestor<br />
Rural, que garante ao cooperado<br />
uma forma mais segura <strong>de</strong><br />
gerir a proprieda<strong>de</strong> diminuindo<br />
o custo e agregando lucro”, explica<br />
o gerente <strong>de</strong> assistência<br />
técnica, Marcelo Sumiya.<br />
Além do Gestor Rural,<br />
a <strong>Coamo</strong> oferece outros programas<br />
e serviços voltados ao<br />
aperfeiçoamento da ativida<strong>de</strong><br />
agropecuária. Neste sentido, a<br />
Agricultura <strong>de</strong> Precisão vem ganhando<br />
espaço, por meio <strong>de</strong> tecnologias<br />
que envolvem maquinários<br />
e implementos agrícolas<br />
conectados a GPS’s.<br />
Tudo é utilizado com<br />
um propósito: fomentar o crescimento<br />
e fortalecer a ativida<strong>de</strong><br />
agropecuária. “Quanto mais<br />
ferramentas, mais informações.<br />
Cooperados utilizam mo<strong>de</strong>rnas tecnologias que melhoram a produção no campo<br />
Quanto mais informação, mais<br />
efetivida<strong>de</strong> no resultado”, garante<br />
Marcelo.<br />
Importante mecanismo<br />
neste processo <strong>de</strong> difusão tecnológica,<br />
é a Fazenda Experimental<br />
da cooperativa. Criada<br />
há 44 anos, o laboratório a céu<br />
aberto, foi fundamental nessa<br />
trajetória. Na opinião do superinten<strong>de</strong>nte<br />
técnico, Aquiles <strong>de</strong><br />
Oliveira Dias, a estação experimental<br />
ao lado da assistência<br />
técnica, foram responsáveis diretos<br />
na disseminação <strong>de</strong> novas<br />
tecnologias. “É na Fazenda<br />
Experimental que ajustamos as<br />
novida<strong>de</strong>s apresentadas pelas<br />
18 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
Fazenda Experimental conta com centenas <strong>de</strong> ensaios para validar tecnologias que são repassadas aos cooperados<br />
instituições <strong>de</strong> pesquisa para a<br />
realida<strong>de</strong> das regiões produtoras<br />
da <strong>Coamo</strong>”, observa Dias.<br />
A Fazenda Experimental<br />
<strong>Coamo</strong> foi alicerce para pesquisas<br />
voltadas às tecnologias<br />
básicas para a conservação <strong>de</strong><br />
solos, como o sistema <strong>de</strong> plantio<br />
direto, que revolucionou a agricultura,<br />
bem como, rotação <strong>de</strong><br />
culturas, com um ensaio <strong>de</strong> mais<br />
<strong>de</strong> 30 anos - um dos mais antigos<br />
do Brasil. Com esses problemas<br />
resolvidos o tempo passou e as<br />
tecnologias se sofisticaram, promovendo<br />
novos <strong>de</strong>safios para o<br />
setor. “Temos o objetivo <strong>de</strong> estar<br />
na frente do que está acontecendo”,<br />
argumenta Dias.<br />
Os resultados evi<strong>de</strong>nciam<br />
a importância <strong>de</strong>ssa difusão<br />
tecnológica. “Saímos <strong>de</strong><br />
uma produção <strong>de</strong> no máximo 70<br />
sacas <strong>de</strong> soja por alqueire, para<br />
200”, lembra. Dias acrescenta<br />
que a estação <strong>de</strong> pesquisa trabalha,<br />
anualmente, com gran<strong>de</strong><br />
número <strong>de</strong> ensaios. “Para se ter<br />
uma i<strong>de</strong>ia temos mais <strong>de</strong> 150<br />
trabalhos <strong>de</strong> pesquisa e experimentação.”<br />
Corrente do bem<br />
Presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong> entrega homenagem à Val<strong>de</strong>licia Ribeiro Gonzales<br />
Se no campo da produção<br />
os benefícios são inúmeros,<br />
por trás dos bastidores existem<br />
quase oito mil funcionários que<br />
têm na soli<strong>de</strong>z e segurança da<br />
cooperativa um emprego que<br />
traz além da valorização profissional,<br />
a certeza <strong>de</strong> participar<br />
<strong>de</strong> uma corrente do bem. Além<br />
disso, a corporação valoriza o<br />
quadro funcional por meio do<br />
programa ‘Tempo <strong>de</strong> Casa’, on<strong>de</strong><br />
aqueles que completam 10, 20,<br />
30 e 40 anos <strong>de</strong> serviços são homenageados.<br />
Do clube dos quarentenários,<br />
Val<strong>de</strong>licia Ribeiro Gonzales,<br />
encarregada pelo Laboratório<br />
da Fiação <strong>de</strong> Algodão, revela<br />
que sempre procurou realizar<br />
sonhos profissionais e pessoais.<br />
“Desempenhei diversas funções,<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 19
COOPERAÇÃO<br />
GENTE DO BEM GERA BOAS AÇÕES. POR ISSO, OS MILHARES DE FUNCIONÁRIOS<br />
DA COAMO PARTICIPAM ATIVAMENTE DE PROJETOS QUE VISAM O BEM COMUM<br />
e a <strong>Coamo</strong> me oportunizou treinamentos<br />
e capacitações, para<br />
me tornar apta para as oportunida<strong>de</strong>s<br />
que surgiriam ao longo do<br />
tempo.”<br />
Para Val<strong>de</strong>licia, trabalhar<br />
mais <strong>de</strong> 40 anos numa cooperativa<br />
é um privilégio. “Eu consigo<br />
i<strong>de</strong>ntificar meus próprios valores<br />
Marino vive o cooperativismo <strong>de</strong>ntro e fora da cooperativa<br />
refletidos na condução dos negócios<br />
e na filosofia <strong>de</strong> trabalho.<br />
Dei a minha contribuição para o<br />
sucesso e crescimento da <strong>Coamo</strong>,<br />
fiz meu melhor e me sinto<br />
parte disso. Acredito na filosofia<br />
do cooperativismo, pois além<br />
<strong>de</strong> ser um mo<strong>de</strong>lo sócio econômico<br />
é uma filosofia <strong>de</strong> vida que<br />
proporciona melhoria <strong>de</strong> renda<br />
e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida em prol <strong>de</strong><br />
todos”, enfatiza.<br />
"A maior vantagem <strong>de</strong><br />
trabalhar em uma cooperativa é<br />
o sentimento <strong>de</strong> pertencimento<br />
e <strong>de</strong> corresponsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
todos os integrantes, que unem<br />
seus esforços em prol <strong>de</strong> objetivos<br />
comuns." A afirmação é <strong>de</strong><br />
Marino Mugnol, gerente da unida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Guarapuava (Centro-Sul<br />
do Paraná), que também está<br />
na <strong>Coamo</strong> há mais <strong>de</strong> 40 anos.<br />
“Pu<strong>de</strong> participar <strong>de</strong> todo o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
e crescer junto.<br />
Nesse tempo vi um gran<strong>de</strong> trabalho<br />
ser <strong>de</strong>senvolvido em torno<br />
da agropecuária e fortalecimento<br />
do cooperativismo.”<br />
Além da contribuição<br />
profissional tanto da cooperativa<br />
com os funcionários, como dos<br />
funcionários com a cooperativa,<br />
existe uma preocupação com o<br />
bem-estar e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />
dos colaboradores. “Vivemos<br />
o cooperativismo <strong>de</strong>ntro e fora<br />
da <strong>Coamo</strong>. Aqui encontrei valores<br />
que coinci<strong>de</strong>m com os que<br />
aprendi em casa. Sem contar,<br />
que tenho um trabalho com salário<br />
justo, on<strong>de</strong> existe uma preocupação<br />
com o meu bem-estar e<br />
<strong>de</strong> minha família.”<br />
Ele lembra que em sua<br />
maioria, a <strong>Coamo</strong> está presente<br />
em pequenas cida<strong>de</strong>s e se preocupa<br />
em garantir a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
vida das pessoas com diversos<br />
benefícios e ações. “O cooperativismo<br />
ajuda a <strong>de</strong>senvolver as comunida<strong>de</strong>s<br />
como um todo. Com<br />
a filosofia cooperativista da <strong>Coamo</strong><br />
vi muitas vidas serem transformadas<br />
e sou grato por fazer<br />
parte <strong>de</strong>ssa história.”<br />
Funcionários<br />
participativos<br />
Gente do bem gera boas<br />
ações. Por isso, os milhares <strong>de</strong><br />
funcionários da <strong>Coamo</strong> participam<br />
ativamente <strong>de</strong> projetos que<br />
visam o bem comum. Um <strong>de</strong>sses<br />
projetos <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social<br />
é a Casa das Fraldas, que surgiu<br />
em 2008 em Campo Mourão,<br />
e é mantida por voluntários. A<br />
<strong>Coamo</strong> é uma das empresas que<br />
ajuda a manter a instituição. “A<br />
Casa das Fraldas não tem funcionários.<br />
Assim, a atuação voluntária<br />
é realizada pela comunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Campo Mourão, por pessoas<br />
que diariamente prestam serviços<br />
na entida<strong>de</strong>. No caso da <strong>Coamo</strong>,<br />
o Programa <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> 5S<br />
motiva os funcionários a se revezarem<br />
e, frequentemente, doam<br />
um pouco do seu tempo para o<br />
20 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
em comum”, disse a i<strong>de</strong>alizadora<br />
da Casa das Fraldas, Marta<br />
Kaiser (em memória), na edição<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2016 da <strong>Revista</strong><br />
<strong>Coamo</strong>.<br />
São produzidas mensalmente<br />
15 mil fraldas geriátricas<br />
<strong>de</strong>scartáveis que são <strong>de</strong>stinadas<br />
à entida<strong>de</strong>s beneficentes.<br />
Funcionários da <strong>Coamo</strong> reunidos durante ação em prol da Casa das fraldas<br />
Cooperar com a comunida<strong>de</strong><br />
O diretor-presi<strong>de</strong>nte da<br />
<strong>Coamo</strong>, José Aroldo Gallassini,<br />
é um dos fundadores do Rotary<br />
Clube Campo Mourão, e incentivador<br />
para que funcionários participem<br />
<strong>de</strong> clubes <strong>de</strong> serviços.<br />
Em Barbosa Ferraz (Centro-Norte<br />
do Paraná), o gerente da Unida<strong>de</strong><br />
da <strong>Coamo</strong>, Edilson Duarte<br />
<strong>de</strong> Aquino, já exerceu todas as<br />
funções do conselho diretor no<br />
Rotary local. “Participamos ativamente<br />
da comunida<strong>de</strong> em ações<br />
voluntárias. Entre os trabalhos<br />
<strong>de</strong>staco o apoio em eventos <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong>, profissional, lazer, esporte,<br />
meio ambiente, segurança e<br />
em ações que visam a melhoria<br />
da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população”,<br />
<strong>de</strong>staca Edilson.<br />
A Santa Casa <strong>de</strong> Campo<br />
Mourão é um hospital beneficente<br />
e filantrópico que aten<strong>de</strong> pacientes<br />
<strong>de</strong> toda a região <strong>de</strong> Campo<br />
Mourão. Fundada em 1955,<br />
o hospital passou por várias melhorias<br />
com a participação da diretoria<br />
e funcionários da <strong>Coamo</strong>.<br />
A primeira <strong>de</strong>las foi na década<br />
<strong>de</strong> 1970, quando o hospital es-<br />
tava instalado numa pequena<br />
área com condições precárias.<br />
Participante ativo do Rotary, José<br />
Aroldo Gallassini li<strong>de</strong>rou um movimento<br />
para melhorias no local.<br />
Tempos <strong>de</strong>pois, surgiu o<br />
projeto para a construção <strong>de</strong> uma<br />
nova estrutura para a Santa Casa.<br />
Novamente, Gallassini tomou as<br />
ré<strong>de</strong>as do projeto e envolveu o<br />
Rotary, <strong>Coamo</strong>, comunida<strong>de</strong> e<br />
empresas da cida<strong>de</strong>. Além disso,<br />
a cooperativa <strong>de</strong>stinou recursos<br />
provenientes <strong>de</strong> benefícios fiscais<br />
para as obras.<br />
Constantemente, a diretoria<br />
do Hospital Santa Casa<br />
é composta por pelo menos<br />
um funcionário da <strong>Coamo</strong>, que<br />
trabalha <strong>de</strong> forma voluntária.<br />
Atualmente, o gerente Financeiro<br />
da cooperativa, Joel Makohin,<br />
é o segundo tesoureiro<br />
da entida<strong>de</strong>. “É uma questão<br />
<strong>de</strong> valores e crenças adquiridos<br />
durante a vida. Mas tem,<br />
também, do que apren<strong>de</strong>mos<br />
com o cooperativismo, <strong>de</strong> todos<br />
trabalhando por um propósito<br />
em comum.”<br />
Força da cooperação garantiu a arrecadação <strong>de</strong> alimentos para entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Campo Mourão<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 21
COOPERAÇÃO<br />
Geração <strong>de</strong> renda beneficia o comércio e comunida<strong>de</strong>s em <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> municípios na área <strong>de</strong> ação da <strong>Coamo</strong><br />
Impulso econômico<br />
“O comércio não seria o<br />
mesmo sem a <strong>Coamo</strong>. A maior<br />
cooperativa da América Latina<br />
gera empregos e movimentação<br />
nas lojas <strong>de</strong> Campo Mourão. A<br />
<strong>Coamo</strong> é referência não só em<br />
nossa cida<strong>de</strong>, mas em todos os<br />
municípios que está presente”.<br />
A frase é do presi<strong>de</strong>nte da Associação<br />
Comercial e Industrial <strong>de</strong><br />
Campo Mourão (Acicam), Alcir<br />
Rodrigues da Silva.<br />
A cooperativa trabalha em<br />
parceria com a entida<strong>de</strong> já há algum<br />
tempo, quando o presi<strong>de</strong>nte<br />
da <strong>Coamo</strong>, José Aroldo Gallassini,<br />
encabeçou um movimento com<br />
empresários da cida<strong>de</strong> para a<br />
construção da se<strong>de</strong> da associação.<br />
O envolvimento da <strong>Coamo</strong><br />
segue ativo, e sempre conta<br />
com funcionários da cooperativa<br />
na diretoria da Acicam. Atualmente<br />
fazem parte do quadro os<br />
superinten<strong>de</strong>ntes Divaldo Corrêa,<br />
Industrial, e Alcir José Goldoni,<br />
Comercial. Eles são vice-<br />
-presi<strong>de</strong>ntes da associação. “São<br />
profissionais qualificados que<br />
<strong>de</strong>senvolvem um importante trabalho<br />
na <strong>Coamo</strong>, e que prestam<br />
serviço voluntário. É um olhar<br />
especial da cooperativa para o<br />
comércio <strong>de</strong> Campo Mourão”,<br />
<strong>de</strong>staca Silva.<br />
De acordo com ele, um<br />
momento importante para o<br />
comércio é quando acontece a<br />
distribuição <strong>de</strong> sobras aos associados.<br />
“Com certeza, muitas empresas<br />
aguardam e se preparam<br />
para esse momento. As sobras<br />
impulsionam as vendas e são<br />
bem-vindas para o comércio”, diz<br />
o presi<strong>de</strong>nte da Acicam.<br />
Futuro da cooperação<br />
Tantas histórias, esforços<br />
e benefícios precisam perpetuar<br />
e beneficiar futuras gerações.<br />
Para isso, a <strong>Coamo</strong> realiza <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
1998, em parceria com o Serviço<br />
Nacional <strong>de</strong> Aprendizagem do<br />
Cooperativismo (Sescoop/PR),<br />
o curso <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> Jovens<br />
Lí<strong>de</strong>res Cooperativas. Assim, a<br />
cooperativa capacita e prepara<br />
Jovens cooperados são orientados pelo professor Juacir João Wischneski<br />
22 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
PARA PERPETUAR O SISTEMA COOPERATIVISTA, COAMO CONTA COM O CURSO<br />
DE FORMAÇÃO DE JOVENS LÍDERES DESDE 1998, COM APOIO DO SESCOOP/PR<br />
os jovens do campo. O programa<br />
já formou mais <strong>de</strong> mil associados<br />
<strong>de</strong> toda a área <strong>de</strong> ação da<br />
cooperativa, e foi premiado em<br />
2004 pela OCB e <strong>Revista</strong> Globo<br />
Rural como o “Melhor Programa<br />
<strong>de</strong> Educação Cooperativista” do<br />
Brasil.<br />
A <strong>Coamo</strong> acredita que o<br />
processo <strong>de</strong> mudança para tornar<br />
o cooperativismo e o agronegócio<br />
mais produtivo e eficiente<br />
passa pela formação, educação<br />
e <strong>de</strong>senvolvimento dos cooperados.<br />
Para o diretor-secretário,<br />
Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari, os jovens<br />
cooperados representam<br />
o presente e, também, o futuro<br />
promissor do cooperativismo e<br />
do agronegócio e, por isso, a diretoria<br />
é a principal apoiadora e<br />
incentivadora para a realização<br />
<strong>de</strong>ste processo <strong>de</strong> formação.<br />
Segundo o presi<strong>de</strong>nte<br />
do Sistema Ocepar, José Rober-<br />
Geovana foi a oradora da sua turma <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res<br />
Emílio e a esposa Stefhany trabalham em espírito <strong>de</strong> cooperação<br />
to Ricken, o programa <strong>de</strong> Jovens<br />
Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas da <strong>Coamo</strong><br />
é a iniciativa mais significativa<br />
que se tem no cooperativismo no<br />
Paraná. “É o programa <strong>de</strong> maior<br />
duração e muito bem focado na<br />
formação profissional do jovem<br />
e na prática <strong>de</strong> atuação <strong>de</strong>le na<br />
cooperativa. Ninguém apren<strong>de</strong><br />
cooperativismo na escola, temos<br />
que levar essa mensagem para<br />
que o jovem, sintonize e se <strong>de</strong>cida<br />
pela cooperativa”, diz.<br />
Filha <strong>de</strong> cooperado e<br />
cooperada, Geovana Brunetta,<br />
<strong>de</strong> Mamborê (Centro-Oeste do<br />
Paraná), participou da 19ª turma<br />
do programa <strong>de</strong> formação. “Sou<br />
<strong>de</strong> uma geração felizarda por<br />
ter esta estrutura já implantada.<br />
A cooperativa fecha todo o ciclo<br />
da ca<strong>de</strong>ia produtiva, e assim po<strong>de</strong>mos<br />
trabalhar com segurança.<br />
Quero dar continuida<strong>de</strong> ao que<br />
meu pai iniciou.”<br />
Para o jovem cooperado<br />
Emílio Magne Guerreiro Júnior,<br />
<strong>de</strong> Campo Mourão (Centro-<br />
-Oeste do Paraná), membro da<br />
terceira geração <strong>de</strong> agricultores<br />
da família e da 15ª turma, é motivo<br />
<strong>de</strong> orgulho fazer parte <strong>de</strong><br />
um sistema que <strong>de</strong>u certo. “O<br />
cooperativismo nos dá o suporte<br />
técnico para o dia a dia. É uma<br />
soma <strong>de</strong> fatores que agregam ao<br />
nosso trabalho e às produtivida<strong>de</strong>s.<br />
Com a força e união, todos<br />
ganham”, afirma.<br />
José Roberto Ricken sobre a formação <strong>de</strong> Jovens<br />
Lí<strong>de</strong>res: "É a iniciativa mais significativa que se tem<br />
no cooperativismo paranaense."<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 23
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Começa o vazio sanitário da soja<br />
O<br />
Paraná iniciou dia 10<br />
<strong>de</strong> junho o vazio sanitário<br />
da soja, uma<br />
das principais estratégias para<br />
o manejo do fungo causador<br />
da ferrugem-asiática da soja.<br />
Des<strong>de</strong> o dia 15 <strong>de</strong> junho, o<br />
vazio sanitário se esten<strong>de</strong>u<br />
também para outros cinco estados<br />
brasileiros: Santa Catarina,<br />
São Paulo, Mato Grosso do<br />
Sul, Mato Grosso e Rondônia.<br />
No Brasil, 13 estados e o Distrito<br />
Fe<strong>de</strong>ral adotam a medida,<br />
estabelecida por meio <strong>de</strong> normativas<br />
estaduais.<br />
O vazio sanitário é o<br />
período <strong>de</strong>, no mínimo, 60 dias<br />
em que não se po<strong>de</strong> semear<br />
ou manter plantas vivas <strong>de</strong> soja<br />
no campo. A medida objetiva<br />
reduzir a sobrevivência do fungo<br />
causador da ferrugem-asiática<br />
(Phakopsora pachyrhizi )<br />
durante a entressafra e assim,<br />
atrasar a ocorrência da doença<br />
na safra. De acordo com a<br />
pesquisadora Claudine Seixas,<br />
da Embrapa Soja, o fungo que<br />
causa a doença precisa da planta<br />
<strong>de</strong> soja para se <strong>de</strong>senvolver<br />
e se multiplicar. “Por isso, é importante<br />
que o produtor elimine<br />
as plantas <strong>de</strong> soja guaxa ou<br />
voluntária (plantas <strong>de</strong> soja que<br />
nascem espontaneamente) na<br />
entressafra para interromper o<br />
ciclo <strong>de</strong> multiplicação do fungo<br />
e reduzir a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
esporos presentes no ambiente,<br />
retardando o surgimento da<br />
doença na safra”, diz Claudine.<br />
A pesquisadora Cláu-<br />
dia Godoy reforça a importância<br />
da adoção do vazio sanitário<br />
para reduzir a população do<br />
fungo nas semeaduras comerciais<br />
precoces. “Com a disponibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> cultivares precoces<br />
<strong>de</strong> alta produtivida<strong>de</strong> no mercado,<br />
muitos produtores têm<br />
adotado o plantio precoce para<br />
semear uma segunda safra <strong>de</strong><br />
milho e escapar das altas pressões<br />
do fungo causador da ferrugem”,<br />
diz Cláudia.<br />
Apesar <strong>de</strong> não existir<br />
soja imune à doença, há opções<br />
<strong>de</strong> cultivares com genes<br />
<strong>de</strong> resistência que reduzem o<br />
seu <strong>de</strong>senvolvimento. Essas<br />
cultivares não dispensam o uso<br />
<strong>de</strong> fungicidas, mas auxiliam no<br />
manejo da doença, porque o<br />
fungo se multiplica menos e a<br />
pressão da ferrugem-asiática é<br />
menor. Associada a esta questão,<br />
estas cultivares são mais<br />
estáveis em situações <strong>de</strong> alta<br />
pressão <strong>de</strong> doença como, por<br />
exemplo, semeaduras tardias<br />
ou situações on<strong>de</strong> ocorre atraso<br />
<strong>de</strong> aplicações em função <strong>de</strong><br />
condições climáticas <strong>de</strong>sfavoráveis”,<br />
explica Cláudia.<br />
“A cultivar com gene <strong>de</strong><br />
resistência tem a mesma limitação<br />
dos fungicidas sítio-específicos<br />
e essa resistência po<strong>de</strong> ser<br />
vencida pelo fungo, por isso, o<br />
uso <strong>de</strong>ssas cultivares tem que estar<br />
sempre associada ao controle<br />
químico”, reforça. A pesquisadora<br />
explica que as duas estratégias,<br />
quando utilizadas juntas,<br />
colaboram para reduzir a seleção<br />
<strong>de</strong> populações do fungo com<br />
resistência aos fungicidas e também<br />
diminuir o risco <strong>de</strong> “quebra”<br />
<strong>de</strong> resistência das cultivares.<br />
Fonte: Embrapa Soja e Ocepar<br />
Vazio sanitário é o período <strong>de</strong>, no mínimo, 60 dias em que não se po<strong>de</strong> semear ou manter plantas vivas <strong>de</strong> soja no campo<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 25
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COPA COAMO<br />
Seis novos campeões na Regional Oeste<br />
Cooperados atletas e dirigentes enten<strong>de</strong>m o espírito da Copa <strong>Coamo</strong>. É um<br />
evento <strong>de</strong> esporte e lazer para integrar ainda mais a família cooperativista<br />
Lajeado, por Vila Nova; Sabatine<br />
Esporte Clube, em<br />
Goioerê; Grupo União, por<br />
Juranda; Ouro Ver<strong>de</strong> “C”, em<br />
São Pedro do Iguaçu; Concórdia<br />
“B”, por Toledo e Fica Gelo,<br />
em Tupãssi. Esses foram os seis<br />
campeões da Regional Oeste da<br />
Copa <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> Cooperados –<br />
Futebol Suíço, realizada no dia<br />
25 <strong>de</strong> maio e com a participação<br />
<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 1,2 mil atletas e dirigentes<br />
<strong>de</strong> 84 equipes.<br />
Em três, das seis <strong>de</strong>cisões<br />
para apontar os campeões que<br />
estarão na final da Copa <strong>Coamo</strong><br />
no dia 27 <strong>de</strong> julho em Campo<br />
Mourão, os vencedores foram<br />
conhecidos após cobranças <strong>de</strong><br />
penalida<strong>de</strong>s. Em Goioerê, no<br />
tempo normal empate sem gols<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 27
COPA COAMO<br />
NA REGIONAL OESTE FORAM REGISTRADOS 307 GOLS EM 133 JOGOS, COM MÉDIA<br />
DE 2,3 GOLS POR PARTIDA, E MAIS DE 1,2 MIL ATLETAS E DIRIGENTES DE 84 EQUIPES<br />
entre Sabatine Esporte Clube Mariluz<br />
e Gianetto, mas nos pênaltis,<br />
vitória do time <strong>de</strong> Mariluz por<br />
3x2. A equipe Fica Gelo venceu<br />
em Tupãssi, o Canarinho por 4x2<br />
nas penalida<strong>de</strong>s, após empate<br />
no tempo normal. Em Toledo, o<br />
campeão foi Concórdia “B” na vitória<br />
por 5x4 nos pênaltis diante<br />
do Unidos Dez <strong>de</strong> Maio. Em Vila<br />
Nova, o Lajeado sagrou-se campeão<br />
ao <strong>de</strong>rrotar a Linha Pietrovski<br />
por 4x0; o Grupo União faturou<br />
o título em Juranda, ao vencer<br />
por 1x0 o Paulista “B”, e em São<br />
Pedro do Iguaçu, o vencedor foi<br />
o Ouro Ver<strong>de</strong> “C” que <strong>de</strong>rrotou o<br />
Ouro Ver<strong>de</strong> “A” por 3x0.<br />
Vagner Presença, <strong>de</strong> Juranda<br />
Ricardo Cal<strong>de</strong>rari, diretor-secretário da <strong>Coamo</strong>, prestigiou a Regional Oeste da Copa <strong>Coamo</strong><br />
Goioerê: Sabatine Esporte Clube Mariluz<br />
Juranda: Grupo União<br />
28 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
COPA COAMO<br />
Na Regional Oeste foram registrados<br />
307 gols em 133 jogos, com média<br />
<strong>de</strong> 2,3 gols por partida. “Os cooperados<br />
atletas e dirigentes enten<strong>de</strong>m o espírito da<br />
Copa <strong>Coamo</strong>, que é um evento para integrar<br />
ainda mais a família cooperativista por<br />
meio do esporte e lazer. A etapa Oeste foi<br />
coroada <strong>de</strong> êxito e aten<strong>de</strong>u os objetivos<br />
do evento”, afirma o gerente <strong>de</strong> Assistência<br />
Técnica, Marcelo Sumiya, presi<strong>de</strong>nte da<br />
Comissão Central Organizadora.<br />
Para o diretor-secretário da <strong>Coamo</strong>,<br />
Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari, a Copa <strong>Coamo</strong><br />
é um evento diferente a medida que<br />
por meio do cooperativismo, reúne nos<br />
campos várias gerações em torno <strong>de</strong> um<br />
mesmo objetivo. "Ficamos felizes em ver<br />
os cooperados se divertindo e praticando<br />
o futebol. Muitos <strong>de</strong>les só jogam na Copa<br />
<strong>Coamo</strong>, por isso, esperam com expectativa<br />
o evento a cada dois anos. É muito bom ver<br />
famílias reunidas, e nos campos <strong>de</strong> jogo<br />
pais e filhos, e em alguns casos três gerações.<br />
A Copa <strong>Coamo</strong> é uma gran<strong>de</strong> festa<br />
para celebrar a união e o cooperativismo",<br />
comenta Cal<strong>de</strong>rari.<br />
O cooperado Vagner Presença,<br />
<strong>de</strong> Juranda, também faz questão <strong>de</strong> participar<br />
todos os anos da Copa <strong>Coamo</strong>. “É<br />
um dia <strong>de</strong> festa da família <strong>Coamo</strong>, on<strong>de</strong><br />
todos se empenham para que o evento<br />
seja um sucesso. Não chegamos à final da<br />
competição, mas o que vale é participar e<br />
prestigiar os amigos”, assinala.<br />
São Pedro do Iguaçu: Ouro Ver<strong>de</strong> C<br />
Toledo: Concórdia B<br />
Tupãssi: Fica Gelo<br />
Vila Nova: Lajeado<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 29
COPA COAMO<br />
Definidos os campeões da Regional MS<br />
Mais dois times garantidos na final em Campo Mourão (PR), no dia 27 <strong>de</strong> julho<br />
Em Laguna Carapã, superinten<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Logística e Operações, Airton Galinari conversa com os cooperados/atletas e dá o ponta pé inicial na Copa<br />
Veteranos <strong>de</strong> Laguna, por Laguna Carapã<br />
e União Doura<strong>de</strong>nse, por Caarapó, são os<br />
campeões das duas regionais da Copa<br />
<strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> Cooperados – Futebol Suíço – <strong>2019</strong>,<br />
disputadas no sábado, 8 <strong>de</strong> junho, nas cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
Laguna Carapã e Caarapó, na etapa Mato Grosso<br />
do Sul do maior evento esportivo rural do Brasil.<br />
Estiveram em campo nas regionais um total <strong>de</strong> 18<br />
times representando os Municípios <strong>de</strong> Amambai,<br />
Aral Moreira, Caarapó, Dourados, Itaporã, Laguna<br />
Carapã, Maracaju e Sidrolândia.<br />
A <strong>de</strong>cisão em Caarapó foi entre União<br />
Doura<strong>de</strong>nse e Amambai, com vitória por 2x0 do<br />
time <strong>de</strong> Dourados. Em Laguna Carapã, os Veteranos<br />
<strong>de</strong> Laguna venceram a equipe Piratini <strong>de</strong> Maracaju<br />
por 2x0. Nas duas regionais foram marcados 98 gols<br />
em 31 jogos e foi consi<strong>de</strong>rado positivo o aspecto<br />
disciplinar, com distribuição <strong>de</strong> um número pequeno<br />
<strong>de</strong> cartões. Os campeões do MS estão classificados<br />
para a gran<strong>de</strong> final da Copa <strong>Coamo</strong>, programada<br />
para o dia 27 <strong>de</strong> julho em Campo Mourão.<br />
O voluntariado dos funcionários é um<br />
ponto forte do evento, segundo o gerente da<br />
<strong>Coamo</strong> em Caarapó, José Sales Saraiva. “A Copa<br />
<strong>Coamo</strong> é um projeto <strong>de</strong> esporte e lazer diferente,<br />
e como está no seu slogan, é um jeito gostoso <strong>de</strong><br />
viver o cooperativismo. Nós funcionários, ficamos<br />
felizes em participar com alegria e entusiasmo,<br />
como voluntários nesta gran<strong>de</strong> festa, que se torna<br />
uma das maiores nas cida<strong>de</strong>s e regiões da área <strong>de</strong><br />
ação da <strong>Coamo</strong>.”<br />
Em Laguna Carapã o cooperado Anilson<br />
Parizoto, lembrou que era gran<strong>de</strong> a expectativa<br />
antes da regional, e houve gran<strong>de</strong> preparação<br />
da sua equipe. “Todo mundo quer ir para a final<br />
em Campo Mourão. A Copa <strong>Coamo</strong> é um projeto<br />
muito interessante que virou tradição em Laguna<br />
Carapã, pois envolve toda a família. Isso é muito<br />
bacana”, afirma.<br />
30 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
COPA COAMO<br />
Anilson Parizoto, <strong>de</strong> Laguna Carapã<br />
Walmir Pazinato, <strong>de</strong> Aral Moreira, com os filhos<br />
Gabriel e Leandro e os sobrinhos Patrick e Ricardo<br />
José Luiz Liguri, <strong>de</strong> Caarapó<br />
Francisco Soto Dias, <strong>de</strong> Dourados<br />
Mais que jogar futebol, a Copa <strong>Coamo</strong> proporciona<br />
momentos inesquecíveis para quem participa. O cooperado<br />
Walmir José Pazinato, por exemplo, <strong>de</strong> Aral Moreira,<br />
comemora a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> jogar ao lado dos dois filhos<br />
Gabriel e Leandro e os sobrinhos Patrick e Ricardo. “É uma<br />
gran<strong>de</strong> emoção ter meus filhos e meus sobrinhos jogando<br />
comigo. É algo que eu sempre quis e agora estou po<strong>de</strong>ndo<br />
realizar este sonho com 59 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. É muito prazeroso<br />
este momento, um sentimento único que a Copa <strong>Coamo</strong><br />
está me proporcionando”, revela.<br />
Emocionando também estava o cooperado José<br />
Luiz Liguri, <strong>de</strong> Caarapó. Praticante do futebol, jogou a Copa<br />
<strong>Coamo</strong> no Paraná, quando morava no Estado, e agora<br />
participa do evento em Mato Grosso do Sul. “É uma festa<br />
maravilhosa. Per<strong>de</strong> quem fica <strong>de</strong> fora. Eu mesmo não ia<br />
jogar neste ano, mas não aguentei e estou aqui novamente e<br />
muito feliz. Convido todos os associados que não <strong>de</strong>ixem <strong>de</strong><br />
participar”, convoca o cooperado.<br />
Aos 69 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> quem não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> participar,<br />
<strong>de</strong>ntro e fora <strong>de</strong> campo é Francisco Soto Dias, associado à<br />
unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> em Dourados. “É um evento que nunca<br />
esquecemos e que nunca po<strong>de</strong> acabar. A Copa <strong>Coamo</strong> é um<br />
instrumento <strong>de</strong> união. Todas as famílias participam e isso é<br />
muito gratificante. A Copa <strong>Coamo</strong> é nota 10”, classifica ele.<br />
Evento admirado também pela comunida<strong>de</strong>,<br />
funcionários da <strong>Coamo</strong> e diretoria, a Copa <strong>Coamo</strong><br />
chega neste ano à 15ª edição, cumprindo um papel<br />
<strong>de</strong> integração. “Ficamos muito felizes em participar<br />
<strong>de</strong>ste evento porque o clima é muito bom. É um dia <strong>de</strong><br />
voluntariado por parte dos colaboradores, pensando<br />
sempre no associado. Eles vêm, trazem suas famílias e<br />
se divertem muito. É uma gran<strong>de</strong> iniciativa da diretoria<br />
que, certamente, irá durar por muitos anos”, <strong>de</strong>clara<br />
o superinten<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Logística e Operações, Airton<br />
Galinari, que esteve na etapa Mato Grosso do Sul.<br />
Caarapó: Equipe União Doura<strong>de</strong>nse<br />
Laguna Carapã: Veteranos FC<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 31
Vista aérea da <strong>Coamo</strong> em Juranda,<br />
que está completando 40 anos<br />
Evolução alicerçada<br />
no cooperativismo<br />
Unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> em Juranda (PR) está comemorando 40 anos <strong>de</strong> fundação.<br />
Nessas quatro décadas houve crescimento da cooperativa e dos cooperados<br />
Há 53 anos ‘seo’ Augustinho Roldi<br />
trocou Birigui (Noroeste <strong>de</strong> São<br />
Paulo), por Juranda (Centro-<br />
-Oeste do Paraná). No interior <strong>de</strong> São<br />
Paulo ele morava na zona rural e trabalhava<br />
com café. Por aqui, começou na<br />
produção <strong>de</strong> feijão e milho. A mudança<br />
para a cida<strong>de</strong> paranaense foi em busca<br />
<strong>de</strong> novas oportunida<strong>de</strong>s e crescimento<br />
na ativida<strong>de</strong> rural. Quando chegou no<br />
Paraná encontrou uma região em transformação<br />
e pujante. O cooperativismo<br />
já caminhava como uma alternativa<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento no campo. Pouco<br />
tempo <strong>de</strong>pois, foi fundada a <strong>Coamo</strong>,<br />
em 1970, e nove anos <strong>de</strong>pois a cooperativa<br />
chegou em Juranda.<br />
Na época, ‘seo’ Augustinho trabalhava<br />
com outra cooperativa, mas<br />
assim que a <strong>Coamo</strong> chegou em Juranda,<br />
logo foi conhecer e já se associou.<br />
A ficha <strong>de</strong> inscrição <strong>de</strong>le é <strong>de</strong> 1980. O<br />
cooperado é um dos muitos agricultores<br />
beneficiados pela <strong>Coamo</strong> nesses<br />
40 anos <strong>de</strong> instalação em Juranda. Assim<br />
como a cooperativa, a família Roldi<br />
cresceu e evoluiu. Com 81 anos, ‘seo’<br />
Augustinho já não trabalha como antigamente.<br />
A parte operacional está com<br />
o filho João Mauricio, mas o patriarca da<br />
família sempre faz uma coisa ou outra<br />
como forma <strong>de</strong> se manter na ativida<strong>de</strong>.<br />
32 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
JURANDA 40 ANOS<br />
Cooperados Augustinho e Maurício Roldi.<br />
Pai e filho, acompanharam e cresceram<br />
junto com a <strong>Coamo</strong> em Juranda<br />
e sistemas que melhoraram o<br />
sistema produtivo. “As práticas<br />
que adotávamos antigamente,<br />
são bem diferente das <strong>de</strong> hoje.<br />
A gente arava a terra, plantava<br />
trigo e queimava a palhada<br />
para <strong>de</strong>ixar tudo limpo. Depois<br />
que a <strong>Coamo</strong> chegou, fomos<br />
adotando novas tecnologias<br />
que impulsionaram a produção.<br />
Seguimos todas as orientações<br />
técnicas e produzimos cada vez<br />
mais. Temos muito o que comemorar<br />
e agra<strong>de</strong>cer a <strong>Coamo</strong>”,<br />
diz ‘seo’ Augustinho.<br />
João Maurício Roldi <strong>de</strong>staca<br />
que os benefícios e serviços<br />
oferecidos pela <strong>Coamo</strong> foram<br />
fundamentais na evolução <strong>de</strong><br />
produtivida<strong>de</strong> na região <strong>de</strong> Juranda.<br />
“Fazemos sempre a nossa<br />
parte para alcançar boas médias.<br />
A cooperativa oferece tudo que<br />
precisamos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a semente até<br />
o recebimento da produção <strong>de</strong><br />
forma ágil e segura. Participamos<br />
<strong>de</strong> dias <strong>de</strong> campo, eventos técnicos<br />
e seguimos as orientações<br />
dos agrônomos da <strong>Coamo</strong> que<br />
são capacitados para prestar um<br />
bom trabalho aos cooperados”,<br />
observa.<br />
Ele recorda que no começo<br />
da <strong>Coamo</strong> em Juranda, a<br />
produção era entregue no município,<br />
mas que para receber o<br />
pagamento tinha que se <strong>de</strong>slocar<br />
até Campo Mourão. “Com<br />
o tempo foi só melhorando e<br />
a cooperativa trazendo tudo o<br />
que precisávamos para produzir.<br />
Faço tudo com a <strong>Coamo</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
financiamentos até a entrega da<br />
produção. Sou um cooperado<br />
100% que valoriza a parceria.<br />
Também temos a Credicoamo,<br />
que é a nossa cooperativa <strong>de</strong><br />
crédito e on<strong>de</strong> encontro tudo<br />
que preciso”, assinala.<br />
O associado ressalta<br />
que a <strong>Coamo</strong> ajudou na evolução<br />
da ativida<strong>de</strong> agrícola,<br />
incentivando os agricultores a<br />
investir em novas tecnologias<br />
Augustinho e Maurício Roldi com o<br />
engenheiro agrônomo Ronaldo Lopes Costa<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 33
ESPECIAL CREDICOAMO<br />
Credicoamo rumo aos 30 anos<br />
Fundadores comemoram benefícios e crescimento da cooperativa <strong>de</strong><br />
crédito, i<strong>de</strong>alizada para facilitar o trabalho do associado da <strong>Coamo</strong><br />
Na História, no ano 10<br />
Em 1999, por ocasião do<br />
seu 10º aniversário, a Credicoamo<br />
homenageou os<br />
cooperados fundadores e<br />
lançou o cartão <strong>de</strong> autoatendimento,<br />
que possibilitou<br />
mais facilida<strong>de</strong> nas operações<br />
com a cooperativa,<br />
com acesso direto aos terminais<br />
<strong>de</strong> atendimento para<br />
saques, consultas e extratos.<br />
Joaldo Saran tem orgulho em participar da história da Credicoamo<br />
O<br />
associado nº 10 da Credicoamo,<br />
Joaldo Saran faz<br />
questão <strong>de</strong> saudar os colegas<br />
fundadores e parabenizar os<br />
associados da Credicoamo. “Tenho<br />
um orgulho imenso em fazer parte<br />
<strong>de</strong>ste grupo <strong>de</strong> 29 fundadores da<br />
Credicoamo, foi um trabalho intenso<br />
e não esperava que ela crescesse<br />
tanto e ocupasse esse lugar <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>staque”, diz Saran.<br />
No Jornal <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> novembro<br />
<strong>de</strong> 1989, Joaldo Saran<br />
comemorou a instalação da Credicoamo.<br />
“Sem dúvida, era necessária<br />
uma cooperativa <strong>de</strong> crédito<br />
em função das dificulda<strong>de</strong>s em se<br />
obter empréstimos para o cultivo<br />
das lavouras. Era chegada a hora,<br />
<strong>de</strong>cidimos e está aí”, <strong>de</strong>staca em<br />
trecho da publicação.<br />
Em entrevista em junho<br />
<strong>de</strong> <strong>2019</strong>, ele afirmou que a Credicoamo<br />
chegou nesta posição<br />
porque o seu presi<strong>de</strong>nte José<br />
Aroldo Gallassini nasceu para<br />
administrar cooperativas, conta<br />
com profissionais capacitados e<br />
promove a participação dos associados.<br />
“Foi muito boa i<strong>de</strong>ia a<br />
criação <strong>de</strong> uma cooperativa <strong>de</strong><br />
crédito, que aten<strong>de</strong> tudo o que<br />
os cooperados precisam, sem<br />
burocracia e sem necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> procurar outros bancos, porque<br />
a Credicoamo é o nosso<br />
banco. Po<strong>de</strong>mos financiar e fazer<br />
todas as operações em um<br />
mesmo lugar. Fico feliz em comemorar<br />
esta data e afirmo com<br />
alegria que sou fundador da Credicoamo<br />
e estou na história.”<br />
Criação do slogan<br />
Na mesma solenida<strong>de</strong>, foi<br />
lançado o novo slogan que<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, faz parte do<br />
seu dia a dia: “O homem do<br />
campo assina embaixo”.<br />
34 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
ESPECIAL CREDICOAMO<br />
Tudo <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa<br />
“Na Credicoamo o atendimento<br />
é muito bom, não tem<br />
burocracia, os produtos e serviços<br />
são <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, aqui a gente se<br />
sente em casa.” A afirmação é do<br />
cooperado fundador da Credicoamo,<br />
Martin Kaiser, titular da matrícula<br />
nº 15.<br />
Segundo Martin Kaiser,<br />
trata-se <strong>de</strong> um excelente benefício<br />
que foi criado para aten<strong>de</strong>r<br />
as necessida<strong>de</strong>s dos cooperados.<br />
“É um banco completo, com tudo<br />
o que precisamos. O cooperativismo<br />
é muito bom e facilita a<br />
vida <strong>de</strong> todos nós cooperados. O<br />
atendimento é simples e eficiente,<br />
abre no mesmo horário da <strong>Coamo</strong><br />
e daí a gente vai direto no caixa e<br />
faz o que tem que fazer. Depois <strong>de</strong><br />
resolver tudo em casa a gente vai<br />
cuidar das outras coisas.”<br />
O fundador aponta um<br />
valor para o sucesso da cooperativa<br />
<strong>de</strong> crédito dos associados da<br />
Martin Kaiser, fundador nº 15, <strong>de</strong>staca que a cooperativa é bem administrada<br />
<strong>Coamo</strong>: a confiança. “Tudo o que<br />
preciso eu encontro na <strong>Coamo</strong> e<br />
na Credicoamo, duas cooperativas<br />
bem administradas que têm a<br />
confiança dos produtores. Isso é<br />
muito importante.”<br />
<strong>2019</strong>: Cinco mil<br />
associados utilizam o<br />
Internet Banking/Mobile<br />
Sem sair <strong>de</strong> casa ou da<br />
proprieda<strong>de</strong> rural, o cooperado<br />
está realizando transações<br />
bancárias na Credicoamo. Isso<br />
porque o serviço <strong>de</strong> Internet<br />
Banking/Mobile tem toda a confiança<br />
e segurança que o homem<br />
do campo precisa.<br />
Atualmente, mais <strong>de</strong> cinco<br />
mil associados estão utilizando<br />
esta tecnologia.<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 35
CRÉDITO RURAL<br />
Plano Safra com R$ 225 bilhões<br />
Acima da safra passada, valores serão liberados por meio <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> crédito<br />
agrícola; financiamentos para agricultores familiares, médios e gran<strong>de</strong>s produtores<br />
O<br />
governo anunciou no<br />
dia 18 <strong>de</strong> julho durante<br />
cerimônia no Palácio do<br />
Planalto, a liberação <strong>de</strong> R$ 225,59<br />
bilhões em financiamentos por<br />
meio do Plano safra <strong>2019</strong>/2020<br />
para os pequenos, médios e gran<strong>de</strong>s<br />
produtores. O valor é pouco<br />
acima dos R$ 225,3 bilhões anunciados<br />
na safra passada. A liberação<br />
dos recursos do plano agrícola<br />
começará em julho e seguirá<br />
até junho do ano que vem.<br />
O Ministério da Agricultura<br />
informou que as taxas <strong>de</strong><br />
juros, para custeio, comercialização<br />
e industrialização, serão <strong>de</strong>:<br />
3% e 4,6% ao ano para pequenos<br />
produtores, participantes do Programa<br />
Nacional <strong>de</strong> Fortalecimento<br />
da Agricultura Familiar (Pronaf);<br />
6% ao ano para os médios<br />
produtores; 8% para os gran<strong>de</strong>s<br />
produtores.<br />
Nas linhas <strong>de</strong>stinadas a<br />
investimentos, os juros cobrados<br />
variarão <strong>de</strong> 3% a 10,5% ao ano.<br />
ger sua ativida<strong>de</strong>, assegurando<br />
o pagamento <strong>de</strong> obrigações no<br />
caso <strong>de</strong> quebra <strong>de</strong> safra ocasionada<br />
por eventos climáticos ou<br />
variação <strong>de</strong> preços.<br />
“Toda a agricultura, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
<strong>de</strong> seu porte,<br />
<strong>de</strong>sempenha papel fundamental<br />
para garantir a nossa segurança<br />
alimentar e <strong>de</strong> nossos 160 parceiros<br />
comerciais. Então essa é<br />
a primeira vez, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> muito<br />
tempo, que lançamos um único<br />
Plano Safra <strong>2019</strong>/2020<br />
Recursos<br />
Crédito Rural<br />
Apoio à comercialização<br />
PLANO SAFRA <strong>2019</strong>/2020<br />
222,74<br />
(bilhões)<br />
Plano Safra. Fato que merece<br />
ser realçado: temos enfim uma<br />
só agricultura alimentando com<br />
qualida<strong>de</strong> o Brasil e o mundo”,<br />
<strong>de</strong>stacou a ministra Tereza Cristina<br />
(Agricultura, Pecuária e Abastecimento)<br />
no anúncio, acompanhado<br />
pelo presi<strong>de</strong>nte Jair<br />
Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão,<br />
diversos ministros, secretários<br />
do ministério, parlamentares<br />
e representantes dos setores<br />
agrícola e pecuário.<br />
<strong>2019</strong>/20 (R$)<br />
Custeio 169,3 bilhões<br />
Investimento 53,4 milhões<br />
1,85 bilhões<br />
NOVA CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTORES<br />
1,0 bilhões<br />
Seguro Rural<br />
pelo Ministério da Agricultura <strong>de</strong> acordo com<br />
Total a renda bruta anual<br />
225,6 bilhões<br />
Seguro rural<br />
Classificação<br />
Taxa <strong>de</strong> Juros<br />
Enquadramento<br />
(19/20 – renda bruta)<br />
De acordo com o governo,<br />
o valor da chamada “subvenção”<br />
ao seguro rural <strong>de</strong> R$ 1 bilhão<br />
em <strong>2019</strong>/2020, mais do que dobrou<br />
em relação ao plano anterior.<br />
Com isso, os produtores<br />
terão mais ajuda para adquirir<br />
uma apólice <strong>de</strong> seguro e prote-<br />
Pequeno Produtor<br />
PRONAF<br />
Médio Produtor<br />
PRONAMP<br />
Gran<strong>de</strong> produtor<br />
Demais produtores<br />
3% e 4,6% a.a Até 415 mil reais<br />
6% a.a De 415 mil até 2 milhões<br />
8% a.a Acima <strong>de</strong> 2 milhões<br />
Nova classificação <strong>de</strong> produtores pelo Ministério da Agricultura <strong>de</strong> acordo com a renda bruta anual<br />
36 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
TECNOLOGIA<br />
Cooperados por <strong>de</strong>ntro da<br />
produção das sementes <strong>Coamo</strong><br />
Programa da cooperativa reúne 400 associados <strong>de</strong> 30 unida<strong>de</strong>s, para conhecer<br />
mo<strong>de</strong>rnas tecnologias e investimentos da UBS <strong>de</strong> Furnas, na região Centro do Paraná<br />
Quando o associado <strong>de</strong><br />
Marilândia do Sul (Centro-Norte<br />
do Paraná),<br />
Alex Peloja, terminou a visita na<br />
Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Beneficiamento <strong>de</strong><br />
Sementes (UBS) da <strong>Coamo</strong> em<br />
Furnas, em Manoel Ribas (Centro<br />
do Paraná), teve a exata dimensão<br />
do trabalho realizado pela cooperativa<br />
na produção <strong>de</strong> um dos<br />
insumos mais importantes para os<br />
produtores. “É com a semente que<br />
tudo começa. Precisamos escolher<br />
e adquirir bem as sementes para<br />
plantar e colher altas produtivida<strong>de</strong>s.<br />
Após a aula que tivemos, fico<br />
bem mais tranquilo, pois aprendi<br />
muito. Conhecendo <strong>de</strong> perto<br />
como a <strong>Coamo</strong> faz, temos mais<br />
segurança”, explica.<br />
Cerca <strong>de</strong> 400 cooperados<br />
<strong>de</strong> 30 unida<strong>de</strong>s participaram,<br />
<strong>de</strong> 12 a 14 <strong>de</strong> junho, <strong>de</strong> um tour<br />
pela UBS <strong>de</strong> Furnas fazendo parte<br />
do Programa <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Sementes <strong>Coamo</strong>. O objetivo foi<br />
apresentar as etapas da produção<br />
<strong>de</strong> sementes <strong>de</strong> soja, as exigências<br />
do mercado <strong>de</strong> uma forma<br />
geral, além dos investimentos<br />
e novas tecnologias da <strong>Coamo</strong>,<br />
como o resfriamento dinâmico <strong>de</strong><br />
sementes.<br />
O associado Domingos<br />
Tour teve uma programação que abordou temas <strong>de</strong> interesse dos associados<br />
Mercial, <strong>de</strong> Rancho Alegre do<br />
Oeste (Centro-Oeste do Paraná),<br />
agra<strong>de</strong>ceu a oportunida<strong>de</strong>. “Eu<br />
tinha muita vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer<br />
a UBS, só ouvia falar, vi que tem<br />
muita diferença entre as sementes.<br />
Quando utilizamos a tratada<br />
industrialmente, a lavoura fica<br />
uniforme. Foi muito bom também<br />
conhecer o potencial e o tamanho<br />
da <strong>Coamo</strong> na área <strong>de</strong> sementes.”<br />
“É sempre bom ir atrás do<br />
conhecimento que a <strong>Coamo</strong> nos<br />
transmite. É gratificante saber que<br />
plantamos a melhor semente”, diz<br />
o associado Jonas Donato, <strong>de</strong> Pitanga<br />
(Centro do Paraná).<br />
José Antonio Sestak, <strong>de</strong><br />
Goioerê (Centro-Oeste do Paraná),<br />
associado da <strong>Coamo</strong> há<br />
mais <strong>de</strong> 20 anos, não imaginava<br />
o tamanho da UBS em Furnas. "Fiquei<br />
impressionado com o que vi.<br />
Chamou a atenção a maneira <strong>de</strong><br />
conservar e guardar a semente, e<br />
a estrutura do resfriamento do tratamento<br />
<strong>de</strong> sementes. Estou mais<br />
apaixonado pela <strong>Coamo</strong>.”<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 37
TECNOLOGIA<br />
Sementes tratadas,<br />
produtivida<strong>de</strong> garantida<br />
Cooperados conheceram tecnologia <strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Sementes Industrial (TSI)<br />
“Quando os associados da<br />
<strong>Coamo</strong> abastecem as máquinas<br />
com sementes tratadas, eles levam<br />
a solução para as proprieda<strong>de</strong>s.” A<br />
afirmação é do engenheiro agrônomo<br />
Cleber Dienes Voi<strong>de</strong>lo, da<br />
gerência <strong>de</strong> Sementes da <strong>Coamo</strong>.<br />
Segundo Voi<strong>de</strong>lo, a solução que<br />
beneficia os produtores está relacionada<br />
ao controle <strong>de</strong> pragas e<br />
doenças, preocupações operacionais<br />
e a garantia <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong><br />
máxima do potencial produtivo <strong>de</strong><br />
acordo com a escolha das varieda<strong>de</strong>s.<br />
“O associado retira a semente<br />
que está pronta para o plantio, assim<br />
não precisa fazer o tratamento<br />
se expondo aos produtos químicos<br />
e ao manuseio. A <strong>Coamo</strong> faz isso<br />
em ambiente controlado com o máximo<br />
<strong>de</strong> rigor por meio <strong>de</strong> tecnologias<br />
e profissionais capacitados.”<br />
A cooperativa vem se<br />
atualizando com mo<strong>de</strong>rnização<br />
<strong>de</strong> máquinas e equipamentos<br />
para aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s<br />
dos seus associados. O chefe<br />
do Laboratório <strong>de</strong> Sementes da<br />
cooperativa, Breno Rovani afirma<br />
que o mercado está cada vez<br />
mais exigente e a <strong>Coamo</strong> está<br />
acompanhando a evolução. “O<br />
que se exige muito é a questão<br />
da qualida<strong>de</strong> e dois aspectos: vigor<br />
e germinação. A <strong>Coamo</strong> busca<br />
<strong>de</strong> maneira incessante, com<br />
tecnologias mo<strong>de</strong>rnas e aprimoramento<br />
gradual e contínuo, produzir<br />
sementes com a mais alta<br />
qualida<strong>de</strong>.”<br />
Segundo Alexandre Bianchi,<br />
coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Fornecimento<br />
<strong>de</strong> insumos agrícolas da <strong>Coamo</strong>,<br />
o processo <strong>de</strong> resfriamento<br />
dinâmico <strong>de</strong> Sementes chamou<br />
muito a atenção dos associados<br />
que visitaram a UBS. “É uma nova<br />
tecnologia implantada em Furnas<br />
e, mais recentemente, nas UBS´s<br />
<strong>de</strong> Campo Mourão e Mamborê.<br />
O objetivo é manter a semente<br />
armazenada a uma temperatura<br />
<strong>de</strong> 15º C, que é i<strong>de</strong>al para a longevida<strong>de</strong><br />
do produto. Este tour foi<br />
uma oportunida<strong>de</strong> para mostrar<br />
todo o processo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da<br />
produção <strong>de</strong> sementes”, ressalta.<br />
38 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
TECNOLOGIA<br />
Qualida<strong>de</strong> que brota da terra<br />
Os cooperados da <strong>Coamo</strong><br />
têm a certeza <strong>de</strong> adquirir sementes<br />
tratadas com a máxima qualida<strong>de</strong><br />
e origem. Assim, a segurança resulta<br />
em credibilida<strong>de</strong> e confiança<br />
para os associados. “A qualida<strong>de</strong><br />
das sementes <strong>Coamo</strong> é um fator<br />
prepon<strong>de</strong>rante para a implantação<br />
e o sucesso das lavouras, por isso, a<br />
cooperativa faz investimentos para<br />
produzir e fornecer sementes <strong>de</strong><br />
soja, trigo e aveia com alta qualida<strong>de</strong>,<br />
vigor e po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> germinação.<br />
É meta<strong>de</strong> do sucesso da safra”,<br />
atesta o superinten<strong>de</strong>nte Técnico<br />
da <strong>Coamo</strong>, Aquiles Dias.<br />
Dias lembra que quanto<br />
mais o cooperado conhece a sua<br />
cooperativa, mais participa <strong>de</strong>la.<br />
“No caso da semente, quanto mais<br />
os produtores conhecem o funcionamento,<br />
a estrutura e o trabalho,<br />
mais têm a certeza <strong>de</strong> levar para<br />
Aquiles Dias, superinten<strong>de</strong>nte Técnico, na abertura <strong>de</strong> uma das turmas <strong>de</strong> associados na UBS, em Furnas (PR)<br />
proprieda<strong>de</strong> insumos que vão gerar<br />
altas produtivida<strong>de</strong>s. A tecnologia<br />
do tratamento industrial <strong>de</strong><br />
sementes, o TSI, é um gran<strong>de</strong> serviço<br />
que a <strong>Coamo</strong> disponibiliza ao<br />
quadro social, fazendo com que<br />
os associados tenham o trabalho<br />
somente <strong>de</strong> colocar a semente direto<br />
na planta<strong>de</strong>ira.”<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 39
40 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
MILHO SEGUNDA SAFRA<br />
Cooperado Gilmar Nerci Rosler, <strong>de</strong> Nova Santa<br />
Rosa (Oeste do Paraná), investiu mais neste ano<br />
e conseguiu um bom resultado com o milho<br />
Safra <strong>de</strong> encher os olhos<br />
Movimento intenso <strong>de</strong><br />
colheita<strong>de</strong>iras no campo<br />
mostra mais uma safra<br />
sendo colhida nas regiões<br />
produtoras <strong>de</strong> milho<br />
segunda safra e com boa<br />
expectativa <strong>de</strong> produção<br />
Já há algum tempo a segunda<br />
safra <strong>de</strong> milho <strong>de</strong>ixou<br />
<strong>de</strong> ser apenas um complemento<br />
à produção do cereal e<br />
ganhou espaço importante nos<br />
campos da produtivida<strong>de</strong>. Se<br />
antes era chamada <strong>de</strong> safrinha,<br />
hoje já não po<strong>de</strong> se dizer o mesmo<br />
se levar em consi<strong>de</strong>ração a<br />
produtivida<strong>de</strong>. O movimento intenso<br />
<strong>de</strong> colheita<strong>de</strong>iras no campo<br />
mostra mais uma safra sendo<br />
colhida nas regiões produtoras<br />
da lavoura e com boa expectativa<br />
<strong>de</strong> produção.<br />
Na região Oeste do<br />
Paraná, a colheita foi retomada<br />
no início <strong>de</strong> junho, após ser<br />
paralisada pelas chuvas no final<br />
<strong>de</strong> maio. A expectativa é gran<strong>de</strong><br />
com o cereal que toma conta das<br />
áreas <strong>de</strong> produção. Neste ano, o<br />
cooperado Gilmar Nerci Rosler,<br />
<strong>de</strong> Nova Santa Rosa (Oeste do<br />
Paraná), investiu mais e conseguiu<br />
um bom resultado com o<br />
milho. Ele fechou com produtivida<strong>de</strong><br />
média <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 350<br />
sacas por alqueire na área <strong>de</strong><br />
38 alqueires. “As plantas semeadas<br />
primeiro ren<strong>de</strong>ram menos<br />
do que as plantadas mais tar<strong>de</strong>.<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 41
MILHO SEGUNDA SAFRA<br />
NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ, A COLHEITA FOI RETOMADA NO INÍCIO DE JUNHO,<br />
APÓS SER PARALISADA DEVIDO AS CHUVAS QUE CAÍRAM NO FINAL DE MAIO<br />
Fizemos uma adubação e correção<br />
do solo buscando o máximo<br />
em produtivida<strong>de</strong>”, assinala.<br />
De acordo com o associado,<br />
o clima contribuiu para<br />
o bom <strong>de</strong>senvolvimento da lavoura,<br />
e a chuva registrada no<br />
final <strong>de</strong> maio não prejudicou a<br />
qualida<strong>de</strong> e a produção. “Houve<br />
apenas uma paralisação na<br />
colheita. Esperamos secar bem<br />
e continuamos o trabalho”, diz<br />
Rosler.<br />
O cooperado recorda<br />
que a safra <strong>de</strong> verão foi ruim<br />
<strong>de</strong>vido ao clima que <strong>de</strong>rrubou<br />
a produtivida<strong>de</strong>, e a boa produção<br />
da segunda safra <strong>de</strong> milho<br />
dá um alívio maior no campo.<br />
“Tivemos perdas significantes<br />
com a soja e ficaram algumas<br />
contas que serão quitadas com<br />
o milho”, ressalta Rosler. Ele<br />
acrescenta que a soja é a principal<br />
safra, mas que o milho tem<br />
sua importância para a geração<br />
<strong>de</strong> renda dos agricultores.<br />
Segundo o engenheiro<br />
agrônomo Thiago Fabrício<br />
Nagaoka da Silva, da <strong>Coamo</strong><br />
em Nova Santa Rosa, houve um<br />
gran<strong>de</strong> investimento por parte<br />
dos cooperados com o objetivo<br />
<strong>de</strong> altas produtivida<strong>de</strong>s e o resultado<br />
foi <strong>de</strong>ntro do esperado. “A<br />
colheita está mostrando que teremos<br />
uma boa produção, contribuindo<br />
para o associado que<br />
teve prejuízos com a soja. Tivemos<br />
áreas com colheitas que não<br />
passaram <strong>de</strong> 50 sacas por alqueire<br />
e essa boa produtivida<strong>de</strong> do<br />
Cooperado Gilmar Nerci Rosler com o engenheiro agrônomo Thiago Fabricio Nagaoka da Silva<br />
milho ameniza a perda <strong>de</strong> renda”,<br />
pon<strong>de</strong>ra.<br />
O agrônomo revela que as<br />
lavouras plantadas até o dia oito<br />
<strong>de</strong> janeiro, sofreram um pouco<br />
mais do que as cultivadas após o<br />
dia 15. Isso <strong>de</strong>vido ao clima seco<br />
registrado em março. “As condições<br />
climáticas não favoreceram<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento da cultura e<br />
ainda tivemos ataques <strong>de</strong> pragas<br />
e doenças. Contudo, ainda<br />
estávamos vendo boas produtivida<strong>de</strong>s.<br />
O associado que segue<br />
as orientações técnicas e faz um<br />
bom investimento, acaba tendo<br />
Irmãos João e Luiz Pavaneli acompanham a colheita com o engenheiro agrônomo Marcos Cosme <strong>de</strong> Araújo<br />
42 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
MILHO SEGUNDA SAFRA<br />
um resultado melhor. Isso é o<br />
que estamos vendo no campo”,<br />
comenta Silva.<br />
Mais investimento<br />
João e Luiz Pavaneli são produtores<br />
tradicionais <strong>de</strong> milho segunda safra e<br />
investem na cultura como opção <strong>de</strong> renda<br />
No distrito <strong>de</strong> Ban<strong>de</strong>irante<br />
do Oeste, município <strong>de</strong><br />
Quarto Centenário (Centro-<br />
-Oeste do Paraná), o sol já estava<br />
se pondo e mais um dia<br />
<strong>de</strong> trabalhando terminando em<br />
uma das áreas com milho segunda<br />
safra dos irmãos João e<br />
Luiz Pavaneli. Foram 59 alqueires<br />
cultivados com o cereal e<br />
uma produtivida<strong>de</strong> média <strong>de</strong><br />
300 sacas por alqueire. “Foi um<br />
ano muito bom para o milho.<br />
Plantamos um pouco mais cedo<br />
o que nos animou para um investimento<br />
maior e o resultado<br />
<strong>de</strong>ntro da expectativa”, observa<br />
Luiz Pavaneli.<br />
O associado é produtor<br />
tradicional <strong>de</strong> milho segunda<br />
safra. Ele ressalta que no início<br />
da cultura não havia muito investimento<br />
até porque faltavam linhas<br />
<strong>de</strong> financiamentos e tinham<br />
poucas varieda<strong>de</strong>s. “Com o tempo,<br />
novas tecnologias surgiram e<br />
elevaram a produção. Hoje não<br />
po<strong>de</strong>mos mais dizer que é uma<br />
safrinha, é sim uma safrona, uma<br />
safra cheia”, comemora. Porém,<br />
ele recorda que nem sempre o<br />
clima contribui. “Em 2018, a safra<br />
não foi tão boa e até ficamos com<br />
um pouco <strong>de</strong> medo <strong>de</strong> investir<br />
neste ano. Mas, no final, acabamos<br />
fechando com uma boa produção.”<br />
Pavaneli <strong>de</strong>staca que a<br />
segunda safra <strong>de</strong> milho faz parte<br />
do sistema produtivo dos irmãos<br />
e tem gran<strong>de</strong> importância<br />
na agregação <strong>de</strong> renda. “Sempre<br />
buscamos novas varieda<strong>de</strong>s e<br />
tecnologias que possam incrementar<br />
a produtivida<strong>de</strong>”, frisa o<br />
associado.<br />
Segundo o engenheiro<br />
agrônomo Marcos Cosme <strong>de</strong><br />
Araújo, da <strong>Coamo</strong> em Quarto<br />
Centenário, o bom resultado no<br />
campo é fruto do investimento e<br />
interesse dos associados pela segunda<br />
safra <strong>de</strong> milho. Ele ressalta<br />
que neste ano tudo ocorreu bem,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o clima até o período <strong>de</strong><br />
plantio, que foi antecipado. “Os<br />
investimentos fizeram com que<br />
as plantas alçassem todo o potencial<br />
produtivo. É um trabalho<br />
que vem sendo realizado a cada<br />
ano, com adoção <strong>de</strong> novas tecnologias<br />
e manejos a<strong>de</strong>quados<br />
na lavoura. As produtivida<strong>de</strong>s<br />
vêm aumentando, gerando mais<br />
renda e animo no campo.”<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 43
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BOAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS<br />
<strong>Coamo</strong> recebe “Expedição<br />
da Agricultura para a Vida”<br />
A<br />
<strong>Coamo</strong> recebeu em Campo Mourão (Centro-Oeste<br />
do Paraná), nos dias 29 e 30 <strong>de</strong><br />
maio, a “Expedição da Agricultura para a<br />
Vida”, da Corteva Agriscience. Trata-se <strong>de</strong> um projeto<br />
educacional itinerante lançado para promover as<br />
Boas Práticas Agrícolas em cinco pilares fundamentais<br />
na agricultura: tecnologia <strong>de</strong> aplicação, manejo<br />
integrado <strong>de</strong> ervas daninhas, manejo integrado <strong>de</strong><br />
pragas, manejo integrado <strong>de</strong> doenças e exposição<br />
do trabalhador.<br />
Além <strong>de</strong> Campo Mourão, o projeto passou<br />
por Toledo (Oeste do Paraná) e Mangueirinha (Sudoeste<br />
do Paraná). As apresentações foram realizadas<br />
por pesquisadores <strong>de</strong> várias instituições, <strong>de</strong><br />
forma dinâmica e interativa, em um caminhão adaptado<br />
para receber os participantes.<br />
O engenheiro agrônomo Alisson Augusto<br />
Barbieri Mota, da AgroEfetiva – empresa <strong>de</strong> pesquisa<br />
na área <strong>de</strong> tecnologia <strong>de</strong> aplicação –, explica que as<br />
boas práticas na aplicação dos <strong>de</strong>fensivos tornam a<br />
agricultura mais sustentável, segura e economicamente<br />
viável. “Abordamos os principais pontos para equilibrar<br />
o uso <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos agrícolas. São ações que vão<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a escolha da ponta <strong>de</strong> pulverização, conhecimento<br />
das condições meteorológicas, equipamentos<br />
e misturas em tanque. Tudo isso para que ocorra o mínimo<br />
<strong>de</strong> perdas e que a aplicação seja eficiente contra<br />
pragas, doenças ou plantas daninhas”, assinala.<br />
Segundo o especialista na área <strong>de</strong> plantas<br />
daninhas da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo (RS), engenheiro<br />
agrônomo Mauro Antônio Rizzardi, por se<br />
tratar <strong>de</strong> um projeto itinerante, o primeiro passo é<br />
interagir e trocar informações com o agricultor sobre<br />
a realida<strong>de</strong> local. “Traçamos um paralelo do que<br />
está acontecendo e do que po<strong>de</strong> vir em termos <strong>de</strong><br />
espécies tolerantes ou resistentes aos herbicidas.<br />
Colocamos alternativas para enfrentar o problema<br />
e, acima <strong>de</strong> tudo, diminuir o processo <strong>de</strong> disseminação<br />
ou dispersão <strong>de</strong>ssas espécies nas diferentes<br />
regiões do Brasil.”<br />
Rizzardi observa que o principal mo<strong>de</strong>lo<br />
produtivo adotado pelos agricultores é o simplista,<br />
com repetição <strong>de</strong> culturas na mesma área ao longo<br />
do tempo. “Os agricultores precisam diversificar as<br />
culturas e rotacionar herbicidas. É preciso pensar o<br />
sistema como um todo”, ressalta.<br />
A engenheira agrônoma Simone Silva Vieira,<br />
pesquisadora da Unesp Botucatu (SP), mostrou que<br />
o manejo integrado <strong>de</strong> pragas e doenças <strong>de</strong>ve ser<br />
construído ao longo do tempo. “O que é feito em<br />
uma safra influencia na outra. As boas práticas agrícolas<br />
po<strong>de</strong>m ajudar o agricultor a tirar o máximo <strong>de</strong><br />
proveito das ferramentas <strong>de</strong> controle”, comenta.<br />
Conforme a pesquisadora, se o controle não<br />
for realizado <strong>de</strong> forma eficiente as pragas que estão<br />
em uma cultura acabam se adaptando em outra. “A<br />
população dos insetos aumenta e se multiplica e a<br />
mesma coisa ocorre com as doenças. A falta <strong>de</strong> manejo<br />
em um ano po<strong>de</strong> influenciar no outro ano e,<br />
nesse sentido, as estratégias e as boas práticas favorecem<br />
ao longo dos anos para um bom manejo <strong>de</strong><br />
pragas e doenças”, diz Simone.<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 45
46 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 47
RECONHECIMENTO<br />
Luciano Dias, prefeito <strong>de</strong> Honório Serpa, José Aroldo Gallassini,<br />
Paulo Sérgio da Silva, presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Vereadores, e<br />
Rotílio Antunes <strong>de</strong> Chaves, vereador proponente do título<br />
Gallassini recebe título <strong>de</strong> Cidadão<br />
Honorário <strong>de</strong> Honório Serpa<br />
O<br />
engenheiro agrônomo<br />
José Aroldo Gallassini,<br />
i<strong>de</strong>alizador e presi<strong>de</strong>nte<br />
da <strong>Coamo</strong>, é o mais novo cidadão<br />
honorário <strong>de</strong> Honório Serpa<br />
(Sudoeste do Paraná). A sessão<br />
solene para a entrega do título<br />
foi realizada na noite <strong>de</strong> 04 <strong>de</strong><br />
junho com a presença <strong>de</strong> cooperados,<br />
li<strong>de</strong>ranças e autorida<strong>de</strong>s.<br />
"Estou feliz e honrado. A <strong>Coamo</strong><br />
está presente e contribuindo<br />
para o aumento das produtivida<strong>de</strong>s<br />
nas lavouras dos cooperados<br />
em Honório Serpa há 35 anos”,<br />
comemora Gallassini.<br />
O homenageado lembra<br />
o início das ativida<strong>de</strong>s no muni-<br />
cípio, na safra 1983/1984. “Na<br />
primeira safra foram recebidas<br />
25 mil sacas <strong>de</strong> soja e milho. Na<br />
safra 2018/<strong>2019</strong>, foram 621 mil<br />
sacas <strong>de</strong>sses produtos, com um<br />
fornecimento <strong>de</strong> insumos <strong>de</strong><br />
Gallassini com vereadores e prefeito durante a sessão solene em Honório Serpa<br />
mais <strong>de</strong> R$ 31 milhões, gerando<br />
mais <strong>de</strong> 80 empregos, consi<strong>de</strong>rando<br />
os trabalhadores efetivos,<br />
temporários e avulsos”, ressalta.<br />
De acordo com Gallassini,<br />
o trabalho está sendo possí-<br />
48 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
RECONHECIMENTO<br />
vel graças a harmonia existente<br />
entre o quadro <strong>de</strong> cooperados,<br />
diretoria e funcionários. “Devido<br />
a este tripé constituído por estes<br />
três entes, que a <strong>Coamo</strong> é impulsionada<br />
rumo ao permanente<br />
sucesso no cenário empresarial<br />
brasileiro”, <strong>de</strong>staca.<br />
Gallassini diz ainda que<br />
se tornar cidadão honorário <strong>de</strong><br />
um município é gratificante, porque<br />
tal honraria é concedida pelo<br />
reconhecimento da população<br />
por algum feito realizado em prol<br />
<strong>de</strong>ssa comunida<strong>de</strong>. “Ao povo <strong>de</strong><br />
Honório Serpa, agora meus concidadãos,<br />
<strong>de</strong>ixo o meu comprometimento<br />
<strong>de</strong> honrar o nome do<br />
nosso município, e a certeza <strong>de</strong><br />
que tudo farei para dignificar a<br />
cidadania que tão gentilmente<br />
me conce<strong>de</strong>ram. Farei <strong>de</strong> tudo,<br />
como sempre fiz, para buscar o<br />
crescimento contínuo <strong>de</strong> nossa<br />
Homenageado com cooperados que prestigiaram a entrega do título<br />
agropecuária e melhoria da qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> vida da nossa socieda<strong>de</strong><br />
como um todo.”<br />
O presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />
<strong>de</strong> Vereadores, Paulo Sérgio<br />
da Silva, <strong>de</strong>staca que a comunida<strong>de</strong><br />
viveu uma noite especial<br />
e a entrega do título é um reconhecimento<br />
a quem muito fez<br />
pela agricultura local e, também,<br />
nacional. "Esta noite entra para<br />
a história <strong>de</strong> Honório Serpa. O<br />
doutor Aroldo merece esta honraria<br />
por tudo o que fez pelo cooperativismo<br />
e agricultura do Brasil.<br />
Honório Serpa mudou com a<br />
chegada da <strong>Coamo</strong>", recorda o<br />
vereador.<br />
A proposição da honraria<br />
foi do vereador e cooperado,<br />
Rotílio Antunes <strong>de</strong> Chaves,<br />
e aprovada por unanimida<strong>de</strong> no<br />
Po<strong>de</strong>r Legislativo. “Era um sonho<br />
entregar esse título ao presi<strong>de</strong>n-<br />
Evandro, Gallassini e Isidoro Dalchiavon, exprefeito<br />
<strong>de</strong> Honório Serpa e um dos incentivadores<br />
para que a <strong>Coamo</strong> se instalasse no município<br />
te da <strong>Coamo</strong>. Fico feliz em ver a<br />
comunida<strong>de</strong> e cooperados participando<br />
<strong>de</strong>sse momento tão<br />
importante para Honório Serpa.<br />
Sou cooperado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a chegada<br />
da cooperativa no município<br />
e sei da transformação e evolução<br />
que a região passou <strong>de</strong>pois<br />
da sua instalação”, pon<strong>de</strong>ra.<br />
O prefeito Luciano Dias<br />
enaltece o trabalho da <strong>Coamo</strong><br />
e a li<strong>de</strong>rança do homenageado.<br />
"Trabalhei na <strong>Coamo</strong> durante<br />
13 anos e aprendi com o doutor<br />
Aroldo os princípios <strong>de</strong> honestida<strong>de</strong><br />
e transparência, valores<br />
da cooperativa que servem para<br />
a vida. Estou lendo o livro com<br />
a biografia do Gallassini e vejo<br />
gran<strong>de</strong>s ensinamentos que servem<br />
para a vida pública. Está homenagem<br />
é um reconhecimento<br />
para o presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong> que<br />
é um expoente no cooperativismo<br />
e agricultura brasileira."<br />
O título em Honório Serpa<br />
é o 53º recebido por Gallassini<br />
em municípios do Paraná, Santa<br />
Catarina e Mato Grosso do Sul,<br />
sem contar as honrarias em nível<br />
estadual e nacional.<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 49
CAPACITAÇÃO<br />
Mulher Atual encerra<br />
turma em Goioerê<br />
Curso contou com 20<br />
mulheres que tiveram<br />
acesso a importantes<br />
assuntos ligados aos<br />
aspectos culturais,<br />
emocionais, profissionais,<br />
sociais e ambientais<br />
O<br />
dia 30 <strong>de</strong> maio ficou<br />
marcado na vida <strong>de</strong> 20<br />
mulheres em Goioerê<br />
(Centro-Oeste do Paraná). Foi<br />
a data escolhida para o último<br />
encontro do curso Mulher Atual,<br />
promovido pela <strong>Coamo</strong> em parceria<br />
com o Serviço Nacional <strong>de</strong><br />
Aprendizagem Rural (Senar/PR).<br />
São <strong>de</strong>z semanas <strong>de</strong> curso, on<strong>de</strong><br />
as participantes se conhecem,<br />
<strong>de</strong>batem e apren<strong>de</strong>m sobre o<br />
<strong>de</strong>spertar <strong>de</strong> uma nova postura<br />
frente a <strong>de</strong>safios pessoais, sociais<br />
e profissionais, <strong>de</strong>senvolvendo<br />
comportamento mais a<strong>de</strong>quado<br />
e proativo nas esferas humana,<br />
social e econômica.<br />
Juraci Aparecida Gastaldo<br />
<strong>de</strong> Araújo conta que terminou<br />
o curso já com sauda<strong>de</strong>s e boas<br />
lembranças. “Não imaginava que<br />
seria tão bom. São novos conhecimentos<br />
que levarei para o resto<br />
da vida”, frisa. Ela conta que com<br />
o curso apren<strong>de</strong>u a lidar com<br />
situações tanto na vida pessoal<br />
quanto na ativida<strong>de</strong> rural. “Sei<br />
que po<strong>de</strong>ria fazer muito mais,<br />
mas faltava incentivo. Com o curso,<br />
po<strong>de</strong>rei colocar em prática e<br />
mudar a vida para melhor. São<br />
novas situações que levei e estou<br />
levando para a família toda. Saio<br />
do curso outra pessoa, mais forte,<br />
uma mulher atual para a vida<br />
toda.”<br />
Renata Bonadio Manhanini<br />
Pereira relata que o curso resgatou<br />
e <strong>de</strong>spertou a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
viver e <strong>de</strong> fazer mudanças. “Nos<br />
encontros, os assuntos e temas<br />
50 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
CAPACITAÇÃO<br />
Luciane Lousano Pimentel, instrutora do Senar/PR, coor<strong>de</strong>nou o grupo nos encontros<br />
eram apresentados <strong>de</strong> forma simples<br />
e <strong>de</strong> fácil compreensão não<br />
só na parte teórica como também<br />
na prática, a<strong>de</strong>quados para<br />
a nossa realida<strong>de</strong> e experiência.”<br />
Para ela, o curso ajuda no autoconhecimento<br />
e a ter novos valores.<br />
“Apren<strong>de</strong>mos que cada pessoa é<br />
diferente e que precisamos respeitar<br />
o espaço e limite <strong>de</strong> cada<br />
um. Saio do curso uma outra<br />
pessoa, com mais conhecimento<br />
e sabendo que precisamos nos<br />
atualizar sempre, além <strong>de</strong> trocar<br />
informações e experiências com<br />
as outras pessoas.”<br />
A instrutora do Senar/<br />
PR, Luciane Lousano Pimentel,<br />
coor<strong>de</strong>nou o grupo nos <strong>de</strong>z encontros.<br />
“As participantes já eram<br />
ativas e bastante participativas na<br />
comunida<strong>de</strong> e na ativida<strong>de</strong> rural.<br />
Como resposta do curso, elas<br />
saem mais <strong>de</strong>sejosas por algo a<br />
mais, em colocar em prática todo<br />
conhecimento adquirido nos encontros.<br />
Todas elas têm um gran<strong>de</strong><br />
potencial. Po<strong>de</strong>mos afirmar<br />
que 20 novas lí<strong>de</strong>res se formaram<br />
neste curso, mulheres que <strong>de</strong>ixaram<br />
a zona <strong>de</strong> conforto em busca<br />
<strong>de</strong> uma vida melhor”, assinala.<br />
Juraci Aparecida Gastaldo <strong>de</strong> Araújo<br />
"Sei que po<strong>de</strong>ria fazer muito mais, mas faltava incentivo.<br />
Com o curso, po<strong>de</strong>rei colocar em prática e<br />
mudar a vida para melhor."<br />
Renata Bonadio Manhanini Pereira<br />
"Nos encontros, os assuntos eram apresentados<br />
<strong>de</strong> forma simples e <strong>de</strong> fácil compreensão não só<br />
na parte teórica como também na prática, levando<br />
para a nossa realida<strong>de</strong> e experiência."<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 51
52 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
PROMOÇÃO SOCIAL<br />
Cursos Sociais<br />
Os Cursos Sociais promovidos pela <strong>Coamo</strong> em parceria com o Serviço Social<br />
<strong>de</strong> Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), oferecem oportunida<strong>de</strong>s<br />
para que as cooperadas, esposas e filhas <strong>de</strong> cooperados possam se<br />
reunir e apren<strong>de</strong>r mais sobre culinária, artesanato, <strong>de</strong>ntre outras ativida<strong>de</strong>s.<br />
Confira nas imagens abaixo alguns dos cursos realizados pela <strong>Coamo</strong>.<br />
Trufas e bombons, em Dois Irmãos (Oeste do Paraná)<br />
Alimentação saudável, em Guarapuava (Centro-Sul do Paraná)<br />
Curso <strong>de</strong> Biscuit, em Ivaiporã (Centro-Norte do Paraná)<br />
Cozinha fácil, em Janiópolis (Centro-Oeste do Paraná)<br />
Biscoitos amanteigaidos e cookies, em Pitanga (Centro do Paraná)<br />
Compotas e geleias, em Rancho Alegre do Oeste (Centro-Oeste do Paraná)<br />
Bolos recheados e simples, em Santa Maria do Oeste (Centro do Paraná)<br />
Cozinha fácil, em Juranda (Centro-Oeste do Paraná)<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 53
Bolo <strong>de</strong> milho<br />
com coco<br />
Para mais receitas acesse:<br />
www.facebook.com/alimentoscoamo<br />
www.alimentoscoamo.com.br<br />
Ingredientes<br />
20 pedaços<br />
- 1 lata <strong>de</strong> milho ver<strong>de</strong>, sem água, ou<br />
- 4 espigas <strong>de</strong> milho in natura<br />
- 4 ovos<br />
- 1 caixinha <strong>de</strong> creme <strong>de</strong> leite<br />
- ½ xícara (chá) <strong>de</strong> Óleo <strong>de</strong> Soja <strong>Coamo</strong><br />
- ½ xícara (chá) <strong>de</strong> Margarina Família 80%<br />
- 2 xícaras (chá) <strong>de</strong> Farinha <strong>de</strong> Trigo <strong>Coamo</strong><br />
- 2 xícaras (chá) <strong>de</strong> açúcar<br />
- ½ xícara (chá) <strong>de</strong> coco seco ralado<br />
- 1 colher (sopa) <strong>de</strong> fermento em pó<br />
- Açúcar <strong>de</strong> confeiteiro e canela para polvilhar<br />
Modo <strong>de</strong> preparo<br />
No liquidificador, bata o milho com os ovos, o creme <strong>de</strong> leite,<br />
o óleo e a margarina. Despeje em uma tigela e junte o açúcar,<br />
a farinha, o coco e o fermento. Coloque em uma forma retangular<br />
(28 x 18 cm) untada com margarina e polvilhada com<br />
farinha. Asse no forno preaquecido à temperatura mo<strong>de</strong>rada<br />
(180 ºC) por cerca <strong>de</strong> 50 minutos ou até que ao espetar um palito,<br />
ele saia seco. Desenforme morno e polvilhe com o açúcar<br />
<strong>de</strong> confeiteiro e a canela.<br />
Dica: Experimente ume<strong>de</strong>cer o bolo com 1 vidro <strong>de</strong> leite <strong>de</strong><br />
coco misturado com 1 colher (sopa) <strong>de</strong> açúcar e ½ lata <strong>de</strong> leite<br />
con<strong>de</strong>nsado e polvilhe coco ralado seco.<br />
54 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2019</strong>
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