Revista Coamo Edição de Setembro de 2023
Revista Coamo Edição de Setembro de 2023
Revista Coamo Edição de Setembro de 2023
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evista coamo Do campo para o campo<br />
ano 49 edição 539 setembro/<strong>2023</strong><br />
revista<br />
www.coamo.com.br<br />
João Carlos Stipp,<br />
<strong>de</strong> Manoel Ribas (PR)<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
ano 49 edição 539<br />
TRIGO NO MS<br />
Cereal ganha espaço<br />
como opção na<br />
segunda safra<br />
MULHERES QUE<br />
TRANSFORMAM<br />
Público feminino se<br />
reuniu para momentos<br />
<strong>de</strong> inspiração e<br />
confraternização<br />
Do campo para o campo<br />
Com início do funcionamento da nova fábrica, a <strong>Coamo</strong> lançou uma linha <strong>de</strong><br />
rações que leva o nome da cooperativa. Produtos com qualida<strong>de</strong> comprovada<br />
vêm para agregar no <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s dos cooperados<br />
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uni-essencial-revista02.pdf 1 18/09/<strong>2023</strong> 09:38:48<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
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CY<br />
CMY<br />
K<br />
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expediente<br />
Órgão <strong>de</strong> divulgação da <strong>Coamo</strong><br />
ano 49 | edição 539 | setembro <strong>2023</strong><br />
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO<br />
Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos, Wilson Bibiano Lima, Ana Paula Bento Pelissari Smith,<br />
Antonio Marcio dos Santos, Ruthielle Borsuk da Silva, Guilherme Augusto Boller, Raquel<br />
Sumie Eishima, Aline Aristi<strong>de</strong>s Bazán, Marcos Gabriel Batista dos Santos e Nicole<br />
Camargo Barroso.<br />
Contato: comunicacao@coamo.com.br (44) 3599-8129 - WhatsApp (44) 9 9957-5951<br />
Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />
Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima, Ana Paula<br />
Bento Pelissari Smith, Ruthielle Borsuk da Silva, Guilherme Augusto Boller e Ilivaldo<br />
Duarte <strong>de</strong> Campos<br />
<strong>Edição</strong> <strong>de</strong> fotografia: Antonio Marcio dos Santos e Wilson Bibiano Lima<br />
Contato publicitário<br />
- Agromídia Desenvolvimento <strong>de</strong> Negócios Publicitários. Contato: (11) 5092-3305<br />
- Guerreiro Agromarketing. Contato: (44) 99180-4450<br />
Acompanhe a <strong>Coamo</strong> pelas re<strong>de</strong>s sociais<br />
É permitida a reprodução <strong>de</strong> matérias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados não<br />
exprimem, necessariamente, a opinião da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />
COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA<br />
SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 - Caixa Postal, 460 - www.coamo.com.br<br />
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presi<strong>de</strong>nte: Engenheiro Agrônomo, José Aroldo Gallassini. MEMBROS VOGAIS: Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari,<br />
Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Emilio Magne Guerreiro Júnior, Wilson Pereira <strong>de</strong> Godoy, Rogério <strong>de</strong> Mello Barth e Adriano Bartchechen.<br />
CONSELHO FISCAL: Jonathan Henrique Welz Negri, Igor Eduardo <strong>de</strong> Mello Schreiner e Alessandro Gaspar Colombo (Membros Efetivos). Maico Rispar, Vinicius Amaral Costa e<br />
Antonio Fernando Nunes Júnior (Membros Suplentes).<br />
DIRETORIA EXECUTIVA: Presi<strong>de</strong>nte Executivo: Airton Galinari. Diretor Administrativo e Financeiro: Antonio Sérgio Gabriel. Diretor Comercial: Rogério Trannin <strong>de</strong> Mello.<br />
Diretor Industrial: Divaldo Corrêa. Diretor <strong>de</strong> Logística e Operações: E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira. Diretor <strong>de</strong> Suprimentos e Assistência Técnica: Aquiles <strong>de</strong> Oliveira Dias.<br />
Extensão Territorial: 4,5 milhões <strong>de</strong> hectares. Capacida<strong>de</strong> Global <strong>de</strong> Armazenagem: 7,02 milhões <strong>de</strong> toneladas. Receita Global <strong>de</strong> 2022: R$ 28,144 bilhões.<br />
Sobras liquidas: R$ 2,258 bilhões. Tributos e taxas gerados e recolhidos: R$ 681,413 milhões. Cooperados: mais <strong>de</strong> 30,7 mil. Municípios presentes: 74. Unida<strong>de</strong>s: 114.<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista<br />
3<br />
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o hÍbrido<br />
superprecoce<br />
mais completo<br />
da safrinha.<br />
B2702VYHR<br />
Estabilida<strong>de</strong> produtiva superior<br />
Excelente qualida<strong>de</strong> e peso <strong>de</strong> grãos<br />
Híbrido superprecoce com alta tolerância<br />
ao complexo <strong>de</strong> enfezamento do milho<br />
Ampla adaptação<br />
Excelente sanida<strong>de</strong> foliar, qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> raiz<br />
e colmo<br />
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índice<br />
Entrevista<br />
10<br />
Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari, membro dos Conselhos <strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo e<br />
pioneiro no plantio direto na região <strong>de</strong> Campo Mourão, fala dos avanços do sistema na agricultura<br />
Rações <strong>Coamo</strong><br />
14<br />
Com início do funcionamento da nova fábrica, a <strong>Coamo</strong> lançou uma linha <strong>de</strong> rações. Produtos com<br />
qualida<strong>de</strong> comprovada vêm para agregar no <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s dos cooperados<br />
24<br />
Trigo no MS<br />
Cereal tem chamado a atenção dos cooperados pela rentabilida<strong>de</strong> e por<br />
manter um ambiente equilibrado, favorecendo a lavoura <strong>de</strong> soja no verão<br />
Simpósio <strong>de</strong> Pós-colheita<br />
38<br />
Evento realizado em Maracaju (MS) <strong>de</strong>stacou assuntos relacionados à logística <strong>de</strong> transporte,<br />
armazenagem, secagem, beneficiamento, classificação, conservação e comercialização dos grãos<br />
Maiores e Melhores na história da Exame<br />
40<br />
<strong>Coamo</strong> é primeiro lugar na categoria Cooperativas, 49ª empresa do Brasil, a primeira do Paraná e<br />
campeã histórica da Exame na categoria agronegócio, segundo ranking da <strong>Revista</strong> Exame<br />
Mulheres que transformam<br />
42<br />
Mais <strong>de</strong> cinco mil mulheres participaram <strong>de</strong> encontros em Campo Mourão, Toledo e Mangueirinha,<br />
no PR, e São Domingos, em SC. Elas <strong>de</strong>ixaram os afazeres diários para um encontro inesquecível<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista<br />
5<br />
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NUNCA FOI SORTE,<br />
SEMPRE FOI<br />
ENGEO PLENO ® S.<br />
Sempre foi choque<br />
com residual.<br />
Sempre foi o inseticida<br />
mais lembrado.<br />
Sempre foi resultado<br />
comprovado.<br />
Sempre foi inovação.<br />
Nas conversas sobre <strong>de</strong>sempenho,<br />
resultados e tecnologia, o assunto<br />
sempre foi Engeo Pleno ® S.<br />
PARA RESTRIÇÃO DE USO NOS ESTADOS, CONSULTE A BULA.<br />
CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA: 4 - PRODUTO POUCO TÓXICO;<br />
AMBIENTAL: I - PRODUTO EXTREMAMENTE PERIGOSO.<br />
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10:50
governança<br />
Com o milho, <strong>Coamo</strong> dá mais um passo importante na agroindustrialização<br />
Des<strong>de</strong> a sua fundação há<br />
quase 53 anos, a <strong>Coamo</strong><br />
não para. Está em evolução<br />
constante e trabalha para<br />
agregar cada vez mais valor à<br />
produção dos seus mais <strong>de</strong> 31<br />
mil cooperados. Este mês <strong>de</strong> setembro<br />
é especial e entra para<br />
a história da cooperativa, pois<br />
com satisfação comemoramos a<br />
entrada em operação da nossa<br />
mais nova e mo<strong>de</strong>rna indústria,<br />
fruto <strong>de</strong> um sonho antigo e que<br />
virou realida<strong>de</strong>.<br />
A <strong>Coamo</strong> inaugurou a indústria<br />
<strong>de</strong> rações. Um lançamento<br />
muito esperado que chega<br />
com a soli<strong>de</strong>z da marca, para a<br />
produção <strong>de</strong> uma linha alimentícia<br />
para animais. Com a nova<br />
fábrica, passa-se a industrializar<br />
um importante cereal produzido<br />
pelos cooperados, que é o milho,<br />
e que além da soja e do trigo,<br />
passa a ser o principal ingrediente<br />
das rações <strong>Coamo</strong>.<br />
Faltava o milho para<br />
completar o processo da nossa<br />
agroindustrialização e da nossa<br />
ca<strong>de</strong>ia produtiva iniciada em<br />
1975 com o moinho <strong>de</strong> trigo.<br />
Depois em 1981 com o processamento<br />
<strong>de</strong> soja e, na sequência,<br />
a refinaria e envase <strong>de</strong> óleo<br />
<strong>de</strong> soja, margarinas e gorduras<br />
vegetais, e o café. Assim surgiram<br />
e foram consolidadas as<br />
nossas fábricas nos parques industriais<br />
em Campo Mourão e<br />
Paranaguá no Estado do Paraná,<br />
e em Dourados, no Mato Grosso<br />
do Sul.<br />
A nova indústria <strong>de</strong> rações<br />
da <strong>Coamo</strong> foi construída<br />
em uma área <strong>de</strong> 10 mil metros<br />
quadrados com 6.400 metros em<br />
Campo Mourão, com capacida<strong>de</strong><br />
para produzir 200 mil toneladas<br />
por ano. A produção inicial<br />
será <strong>de</strong> rações para ruminantes,<br />
mas ainda este ano iremos produzir<br />
para peixe, gato, cachorro,<br />
suínos, aves concentradas, enfim,<br />
aten<strong>de</strong>remos todas as <strong>de</strong>mandas<br />
das proprieda<strong>de</strong>s dos nossos<br />
cooperados pecuaristas.<br />
Com a marca <strong>Coamo</strong> que<br />
é uma referência, os associados<br />
têm a certeza <strong>de</strong> que os alimentos<br />
para os animais estão sendo<br />
produzidos com matérias-primas<br />
<strong>de</strong> alto padrão que potencializam<br />
a saú<strong>de</strong> animal, geram estabilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> consumo e uma boa<br />
digestibilida<strong>de</strong>, sendo resultado<br />
<strong>de</strong> ingredientes nobres produzidos<br />
pelos próprios cooperados,<br />
com o milho, a soja e o trigo.<br />
Dessa forma, vamos continuar a<br />
nossa missão <strong>de</strong> agregar valor<br />
às ativida<strong>de</strong>s dos cooperados e<br />
ser a melhor opção <strong>de</strong> negócios<br />
para o <strong>de</strong>senvolvimento na agropecuária,<br />
gerar riquezas e propiciar<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida à família<br />
cooperativista.<br />
"Com a nova fábrica<br />
das rações <strong>Coamo</strong>,<br />
a cooperativa passa<br />
a industrializar um<br />
importante cereal<br />
produzido pelos<br />
cooperados, que é o<br />
milho."<br />
JOSÉ AROLDO GALLASSINI,<br />
Presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração <strong>Coamo</strong> e Credicoamo<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista<br />
7<br />
10:50<br />
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Mais agilida<strong>de</strong><br />
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<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />
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peso para facilitar o seu dia a dia.<br />
REVISTA COAMO_SETEMBRO.indd 8 26/09/<strong>2023</strong> 14:49:14
gestão<br />
As expectativas da nova safra <strong>de</strong> verão<br />
Quase encerramos a safra 2022/<strong>2023</strong>. O ciclo<br />
termina com a segunda safra <strong>de</strong> milho e a<br />
safra <strong>de</strong> trigo, esta tem algum espaço ainda,<br />
principalmente com colheitas no Sul. De uma forma<br />
geral, a resultado foi bastante interessante em termos<br />
<strong>de</strong> produção e produtivida<strong>de</strong>, e a preocupação<br />
se concentrou nos preços.<br />
A nova safra <strong>2023</strong>/2024 já está sendo semeada.<br />
Com a abertura das janelas <strong>de</strong> plantio em<br />
várias regiões, o trabalho avança, e se aguarda por<br />
chuvas regulares. Os cooperados estão tendo acesso<br />
aos insumos <strong>de</strong> tecnologia e qualida<strong>de</strong>, e retirando<br />
a quantida<strong>de</strong> que precisam no momento certo.<br />
Isso é fruto <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> fornecimento<br />
e logística que a <strong>Coamo</strong> faz.<br />
O custo <strong>de</strong> produção para a implantação do<br />
milho e da soja no verão <strong>2023</strong>/2024 será compatível<br />
com os preços. Ou seja, a relação <strong>de</strong> troca está<br />
bastante razoável, diferente do ano passado. Também<br />
para o milho segunda safra a relação <strong>de</strong> troca<br />
apresenta-se muito compatível.<br />
Com esta expectativa e com visão estratégica,<br />
pensando no melhor para os cooperados, estamos<br />
preparando um plano <strong>de</strong> fornecimento <strong>de</strong> insumos<br />
para o milho <strong>de</strong> segunda safra 2024. Esperamos<br />
uma relação <strong>de</strong> troca com condições históricas.<br />
Quanto ao trigo, também temos uma boa<br />
expectativa. Inclusive, em reunião dos dirigentes<br />
cooperativistas com o governo, o Ministério da Agricultura<br />
acenou com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer leilões,<br />
<strong>de</strong>stinando recursos para equalização <strong>de</strong> PEP em<br />
torno <strong>de</strong> R$ 400 milhões. Isso é uma notícia muito<br />
positiva.<br />
Quanto aos <strong>de</strong>safios da safra observamos<br />
uma comercialização mais lenta, o que provocou estoques<br />
elevados nos armazéns. A saída é o investir<br />
em armazenagem, o que estamos fazemos ano após<br />
ano. Mas, é um investimento muito caro, e não se<br />
consegue fazer <strong>de</strong> um ano para o outro.<br />
Vamos continuar trabalhando para superar<br />
"Os cooperados estão tendo<br />
acesso aos insumos <strong>de</strong> tecnologia<br />
e qualida<strong>de</strong>, e retirando a<br />
quantida<strong>de</strong> que precisam no<br />
momento certo."<br />
os <strong>de</strong>safios da nossa safra, e em especial no recebimento<br />
e armazenagem, esperando para que a<br />
comercialização das commodities sejam regulares<br />
pelos cooperados e em um ritmo maior e estável.<br />
Estamos fazendo todos os esforços e somos limitados<br />
a comercializar somente a produção que o quadro<br />
social fixar. Não po<strong>de</strong>mos especular com o produto<br />
não comercializado.<br />
Desejamos uma boa safra <strong>de</strong> verão aos nossos<br />
cooperados com produtivida<strong>de</strong>s e preços satisfatórios.<br />
Acreditamos que todos têm bons motivos<br />
para continuar com segurança a fazer a sua nobre<br />
ativida<strong>de</strong> que é produzir alimentos para o Brasil e o<br />
mundo.<br />
AIRTON GALINARI<br />
Presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong><br />
setembro/<strong>2023</strong> revista<br />
9<br />
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entrevista<br />
RICARDO ACCIOLY CALDERARI<br />
Membro dos Conselhos <strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo e pioneiro no plantio direto na região <strong>de</strong> Campo Mourão<br />
"Olhando para trás, tenho certeza <strong>de</strong> que se existe<br />
agricultura hoje é por causa do plantio direto."<br />
A<br />
região <strong>de</strong> Campo Mourão<br />
(Centro-Oeste do Paraná)<br />
está comemorando<br />
50 anos da adoção do sistema<br />
<strong>de</strong> Plantio Direto. Foi a segunda<br />
do país a implantar esta tecnologia<br />
que mudou para melhor a<br />
vida <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> produtores.<br />
Em Campo Mourão, o pioneirismo<br />
foi dos agricultores Joaquim<br />
Peres Montans, Antonio Álvaro<br />
Massareto e Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari,<br />
e, também, <strong>de</strong> Gabriel<br />
Borsato e Henrique Gustavo Salonski<br />
(in memorian), – cooperados<br />
da <strong>Coamo</strong>.<br />
Eles foram homenageados<br />
dia 31 <strong>de</strong> agosto no evento<br />
que celebrou os 50 anos do<br />
plantio direto em Campo Mourão,<br />
promovido pela Associação<br />
dos Engenheiros Agrônomos <strong>de</strong><br />
Campo Mourão (AEACM) que<br />
reuniu profissionais <strong>de</strong> várias regiões<br />
do Paraná.<br />
Ricardo Cal<strong>de</strong>rari representa<br />
todo este grupo <strong>de</strong> pioneiros e<br />
fala da história e dos avanços do<br />
Plantio Direto na Entrevista <strong>de</strong>ste<br />
mês na <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>: Quando surgiu<br />
o plantio direto no mundo?<br />
Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari: Tudo<br />
começou em 1950, na Inglaterra.<br />
Pesquisadores da Imperial Chemical<br />
Industries (ICI), procuravam<br />
opções para a agricultura e <strong>de</strong>scobriram<br />
o "Reglone" - um herbicida<br />
<strong>de</strong> contato, que contém paraquat,<br />
capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>struir as ervas<br />
daninhas. A partir <strong>de</strong>ste trabalho<br />
foi que a empresa <strong>de</strong>senvolveu<br />
o plantio direto e pouco tempo<br />
<strong>de</strong>pois foi introduzido nos Estados<br />
Unidos e se espalhou para<br />
vários países do mundo. Foi na<br />
região do Meio Oeste e Su<strong>de</strong>ste<br />
americano que a tecnologia se<br />
<strong>de</strong>senvolveu com mais rapi<strong>de</strong>z<br />
e com pesquisas significativas.<br />
Para se ter uma i<strong>de</strong>ia, no início da<br />
década <strong>de</strong> 1960, vários agricultores<br />
iniciaram testes em fazendas<br />
e já em 1973, havia um total <strong>de</strong><br />
430.000 hectares <strong>de</strong> PD apenas<br />
nos EUA e Canadá.<br />
RC: No Brasil como foi a história<br />
do plantio direto?<br />
Cal<strong>de</strong>rari: O plantio direto chegou<br />
em 1972, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Rolândia,<br />
no Norte do Paraná, com<br />
o produtor Herbert Bartz – in<br />
memorian-, que foi aos Estados<br />
Unidos e adquiriu uma planta<strong>de</strong>ira<br />
AIIi Chalmers - específica<br />
para o PD. No dia 20 <strong>de</strong> outubro<br />
<strong>de</strong> 1972, ele colocou a máquina<br />
para plantar 150 sacas <strong>de</strong> soja<br />
sobre a palhada <strong>de</strong> trigo e braquiária,<br />
que estavam com mais<br />
<strong>de</strong> um metro <strong>de</strong> altura. A notícia<br />
<strong>de</strong>sse plantio se espalhou,<br />
pois era uma técnica diferente<br />
do que fazíamos, estávamos<br />
acostumados a arar e gra<strong>de</strong>ar,<br />
e plantar sobre a terra nua. Depois<br />
<strong>de</strong> Rolândia, chegou à região<br />
<strong>de</strong> Campo Mourão, que foi<br />
a segunda do país a implantar<br />
o sistema.<br />
RC: Como o PD chegou em Campo<br />
Mourão?<br />
Cal<strong>de</strong>rari: A prática do PD foi implantada<br />
em novembro <strong>de</strong> 1973,<br />
pelos produtores Joaquim Peres<br />
Montans, Henrique Gustavo Salonski,<br />
Gabriel Borsato, Antonio<br />
Alvaro Massaretto e eu. Na épo-<br />
10 revista<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
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ca, o Montans tinha mais contato<br />
com o Herbert e era o nosso<br />
guia. Tivemos a visão e adotamos<br />
a técnica apostando que viriam<br />
bons resultados em safras futuras.<br />
Depois <strong>de</strong> Campo Mourão, o<br />
PD alcançou outras regiões como<br />
a <strong>de</strong> Ponta Grossa, nos Campos<br />
Gerais, e outras do Paraná e do<br />
Brasil. Este avanço consolidou a<br />
adoção <strong>de</strong>sta importante <strong>de</strong>scoberta<br />
para a conservação do<br />
solo e o incremento das produtivida<strong>de</strong>s<br />
na agricultura mundial.<br />
Com todo esse trabalho, Campo<br />
Mourão tornou-se município Mo<strong>de</strong>lo<br />
do Brasil em conservação<br />
<strong>de</strong> solos.<br />
RC: Foi um progresso que vocês<br />
imaginavam?<br />
Cal<strong>de</strong>rari: Os novos agricultores<br />
sequer imaginam como eram os<br />
solos e a agricultura lá na década<br />
<strong>de</strong> 1970. Como agricultores, na<br />
época, tínhamos duas gran<strong>de</strong>s<br />
preocupações: precisávamos <strong>de</strong><br />
chuva, mas quando chovia, nem<br />
precisava ser muito forte, para<br />
que as terras fossem literalmente<br />
‘lavadas’ e tudo se perdia, a<br />
lavoura e o solo. Então, olhando<br />
para trás, tenho certeza <strong>de</strong> que<br />
se existe agricultura hoje é porque<br />
existe o plantio direto.<br />
Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari é engenheiro agrônomo e cooperativista nato. Nasceu na Lapa (PR) e se mudou para<br />
Campo Mourão em 1970. É membro dos Conselhos <strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo e um dos<br />
fundadores da Associação dos Engenheiros Agrônomos <strong>de</strong> Campo Mourão. Recebeu várias homenagens pelo<br />
pioneirismo no plantio direto na região <strong>de</strong> Campo Mourão. Recebeu o Mérito Agronômico outorgado em 2000<br />
pela Confe<strong>de</strong>ração das Fe<strong>de</strong>rações dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab), o <strong>de</strong> Agricultor Mo<strong>de</strong>lo do<br />
Município <strong>de</strong> Farol, Troféu Ocepar pela contribuição ao cooperativismo, e os <strong>de</strong> Cidadão Honorário do Município<br />
<strong>de</strong> Campo Mourão, em 2014, e este ano <strong>de</strong> Cidadão Benemérito do município <strong>de</strong> Lapa, sua terra natal.<br />
RC: Como era a realida<strong>de</strong> agrícola<br />
na região <strong>de</strong> Campo Mourão<br />
na década <strong>de</strong> 1970?<br />
Cal<strong>de</strong>rari: A nossa região tinha<br />
uns <strong>de</strong>z mil hectares <strong>de</strong> Plantio<br />
Direto. Iniciamos os trabalhos <strong>de</strong><br />
difusão e a partir dos anos 1980<br />
foi que a tecnologia <strong>de</strong>slanchou.<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista 11<br />
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entrevista<br />
"UM SISTEMA EQUILIBRADO NECESSITA DE BASTANTE PALHADA. POR ISSO, A<br />
IMPORTÂNCIA DE SE FAZER A ROTAÇÃO DE CULTURAS, NO VERÃO E NO INVERNO.”<br />
Os números mostram que, em<br />
1984, a região já tinha mais <strong>de</strong><br />
60 mil hectares <strong>de</strong> lavouras com<br />
este novo sistema e com o trabalho<br />
dos técnicos este número foi<br />
crescendo e praticamente 100%<br />
das áreas <strong>de</strong> cultivo da região<br />
têm plantio direto. Com o PD<br />
saímos <strong>de</strong> 70 sacas <strong>de</strong> soja por<br />
alqueire para mais <strong>de</strong> 150, 200<br />
sacas. Com as novas tecnologias,<br />
varieda<strong>de</strong>s, com adubação ver<strong>de</strong>,<br />
rotação <strong>de</strong> culturas, po<strong>de</strong>remos<br />
elevar ainda mais as produtivida<strong>de</strong>s”.<br />
RC: Quais os benefícios do plantio<br />
direto?<br />
Cal<strong>de</strong>rari: Após cinco décadas,<br />
o plantio direto continua<br />
safra após safra sendo comemorado<br />
por todos nós agricultores.<br />
Entre os benefícios, estão<br />
a tranquilida<strong>de</strong> e agilida<strong>de</strong><br />
no plantio, reserva <strong>de</strong> umida<strong>de</strong><br />
no solo, menor custo <strong>de</strong> produção,<br />
segurança, germinação<br />
uniforme, <strong>de</strong>senvolvimento das<br />
plantas em um mesmo padrão,<br />
tolerância ao veranico e, sobretudo,<br />
o cuidado, a conservação<br />
e preservação dos solos. Além<br />
<strong>de</strong> conservar e proteger o ambiente<br />
produtivo, a prática do<br />
PD sempre com rotação <strong>de</strong> culturas<br />
e formação <strong>de</strong> muita palha,<br />
aumenta a matéria orgânica no<br />
solo. Melhora a estrutura, a qualida<strong>de</strong><br />
e a produtivida<strong>de</strong> do solo<br />
por meio <strong>de</strong> substância orgânica,<br />
reduz a erosão, melhora a<br />
qualida<strong>de</strong> da água. O uso do PD<br />
foi <strong>de</strong>terminante para que fosse<br />
ampliado o potencial <strong>de</strong> matéria<br />
Ricardo Cal<strong>de</strong>rari é<br />
pioneiro do sistema<br />
<strong>de</strong> plantio direto em<br />
Campo Mourão (PR)<br />
orgânica no solo, por isso é que<br />
o sistema é a maior revolução da<br />
agricultura e do meio ambiente.<br />
RC: Qual a importância da rotação<br />
<strong>de</strong> culturas no processo produtivo?<br />
Cal<strong>de</strong>rari: Um sistema produtivo<br />
bem equilibrado necessita<br />
<strong>de</strong> bastante palhada. Por isso, a<br />
importância <strong>de</strong> se fazer a rotação<br />
<strong>de</strong> culturas, tanto no verão quanto<br />
no inverno. A palhada ajuda a<br />
segurar a chuva na área do plantio,<br />
infiltrando a água no solo e<br />
evitando que escorra. Para que<br />
isso ocorra <strong>de</strong> forma eficaz precisa,<br />
também, <strong>de</strong> curvas <strong>de</strong> nível,<br />
uma prática antiga, mas que muitos<br />
agricultores estão <strong>de</strong>ixando<br />
<strong>de</strong> fazer.<br />
RC: O senhor enten<strong>de</strong> que o Brasil<br />
é referência, exemplo no cuidado<br />
e preservação da natureza?<br />
Cal<strong>de</strong>rari: Com certeza, o Brasil<br />
é um exemplo na preservação<br />
da natureza. É o mais ambientalista<br />
e um exemplo para o<br />
mundo. Temos que ter lavoura<br />
para as próximas gerações<br />
e preservar muito bem o solo.<br />
Os cooperados da <strong>Coamo</strong> praticam<br />
e difun<strong>de</strong>m essas técnicas<br />
<strong>de</strong> preservação e produção<br />
sustentável. Mesmo quando<br />
vão para outras regiões do país,<br />
levam essa conscientização<br />
12 revista<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
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que apren<strong>de</strong>m na cooperativa.<br />
Qualquer lugar do Brasil que<br />
tiver um produtor que é ou foi<br />
cooperado da <strong>Coamo</strong>, sabemos<br />
que <strong>de</strong>senvolverá a agricultura<br />
pensando no meio ambiente.<br />
RC: Como foi a reação dos participantes<br />
no encontro em 2018<br />
na França quando souberam do<br />
cuidado do Brasil com a preservação?<br />
Cal<strong>de</strong>rari: Fui em 2018 como<br />
diretor-secretário da <strong>Coamo</strong> e<br />
participei em Lille, na França, da<br />
Conferência Mundial sobre Meio<br />
Ambiente, que foi promovida<br />
pela Associação Internacional<br />
<strong>de</strong> Soja Responsável (RTRS). Tinha<br />
<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>s representando<br />
mais <strong>de</strong> 40 países<br />
dos cinco continentes, ligadas à<br />
ca<strong>de</strong>ia produtiva da soja. Foi a<br />
primeira vez que o setor produtivo<br />
brasileiro havia participado<br />
<strong>de</strong>ste evento, representado por<br />
seis cooperativas agrícolas - cinco<br />
do Estado do Paraná e uma<br />
<strong>de</strong> Goiás, que juntas, representam<br />
11% da produção brasileira<br />
<strong>de</strong> soja. Foi <strong>de</strong> fundamental importância,<br />
pois tivemos a oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> rebater várias críticas<br />
feitas ao Brasil a respeito da produção<br />
agrícola e do meio ambiente.<br />
RC: Eles ficaram impressionados<br />
com a manifestação do setor<br />
produtivo?<br />
Cal<strong>de</strong>rari: Mostramos ao mundo<br />
que o Brasil não é o que eles<br />
pensam. Escutamos críticas <strong>de</strong><br />
estrangeiros e até mesmo <strong>de</strong><br />
brasileiros, <strong>de</strong> pessoas mal-intencionadas,<br />
que com interesses<br />
diversos, querem mostrar ao<br />
mundo um Brasil que não cuida<br />
do meio ambiente, que tem terras<br />
estéreis e agricultores que<br />
não usam tecnologia e estão empobrecendo,<br />
o que é uma gran<strong>de</strong><br />
mentira. Mostramos que o<br />
Brasil é o país que mais preserva<br />
o meio ambiente, aumenta sua<br />
produção exatamente por contar<br />
com agricultores tecnificados,<br />
empreen<strong>de</strong>dores e preocupados<br />
com a natureza.<br />
"O Brasil é exemplo<br />
na preservação da<br />
natureza. O país é o<br />
mais ambientalista do<br />
mundo"<br />
RC: O senhor enten<strong>de</strong> que há<br />
outros interesses por parte <strong>de</strong><br />
quem faz críticas ao agro brasileiro?<br />
Cal<strong>de</strong>rari: Não tenho dúvida<br />
disso, pois outros países produtores<br />
<strong>de</strong> soja estão na verda<strong>de</strong><br />
assustados com o crescimento<br />
agrícola do Brasil e<br />
fazem <strong>de</strong> tudo para complicar<br />
e rebaixar a agricultura brasileira.<br />
Produzimos bem e com<br />
responsabilida<strong>de</strong>. Aqui no Sul<br />
do Brasil temos cerca <strong>de</strong> 20%<br />
da área da proprieda<strong>de</strong> rural<br />
<strong>de</strong>stinada para reserva legal.<br />
No Cerrado esse número sobe<br />
para 35% e na Amazônia para<br />
80%, e o agricultor não tem<br />
nenhuma remuneração a mais<br />
por isso, bem diferente do que<br />
vimos na Alemanha, por exemplo,<br />
on<strong>de</strong> qualquer área <strong>de</strong><br />
mato é remunerada.<br />
RC: Então, quem se posiciona<br />
contra o Brasil não quer o nosso<br />
crescimento agrícola?<br />
Cal<strong>de</strong>rari: Quando vemos notícias<br />
falando mal da nossa agricultura<br />
é porque tem alguma<br />
coisa por trás, outros interesses.<br />
Deu orgulho a gente mostrar lá<br />
na França que o agricultor brasileiro<br />
faz muito bem a sua lição <strong>de</strong><br />
casa e que o nosso país é o que<br />
melhor cuida do meio ambiente<br />
no mundo. Eles ficaram simplesmente<br />
calados.<br />
RC: Qual a sua mensagem aos<br />
agricultores <strong>de</strong> ontem e aos mais<br />
novos?<br />
Cal<strong>de</strong>rari: O solo existe há bilhões<br />
<strong>de</strong> anos e é necessário<br />
que cada geração faça a sua parte<br />
na preservação para que possamos<br />
continuar produzindo e<br />
alimentando as pessoas no futuro.<br />
Para isso, precisamos adotar<br />
todas as técnicas possíveis no<br />
controle <strong>de</strong> erosão, fazer plantio<br />
direto e manter as matas ciliares<br />
preservadas. As lavouras são<br />
cultivadas sem mexer na terra.<br />
Qualquer mexida <strong>de</strong>sagregará<br />
benefícios <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> anos,<br />
tornando a área propícia para a<br />
erosão”, finaliza.<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista 13<br />
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agroindustrialização<br />
14 revista<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
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setembro/<strong>2023</strong> revista 15<br />
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agroindustrialização<br />
<strong>Coamo</strong> lança linha <strong>de</strong> rações<br />
Para se alcançar a alta performance produtiva<br />
nas diferentes espécies e categorias <strong>de</strong> animais<br />
há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um correto balanceamento<br />
nutricional e fornecimento <strong>de</strong> ingredientes<br />
alimentares <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Conhecedora disso,<br />
a <strong>Coamo</strong> lançou uma linha <strong>de</strong> rações que leva o<br />
nome da cooperativa. A linha <strong>de</strong> rações <strong>Coamo</strong> foi<br />
lançada no dia 31 <strong>de</strong> agosto. Cooperados <strong>de</strong> toda<br />
a área <strong>de</strong> ação se reuniram em suas unida<strong>de</strong>s, on<strong>de</strong><br />
conheceram os <strong>de</strong>talhes e características dos novos<br />
produtos.<br />
As rações vêm para agregar o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
das ativida<strong>de</strong>s dos cooperados com fornecimento<br />
<strong>de</strong> produtos com qualida<strong>de</strong> comprovada.<br />
“Trata-se <strong>de</strong> um importante benefício para a melhoria<br />
do potencial produtivo na área <strong>de</strong> nutrição animal”,<br />
diz José Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte do Conselho<br />
<strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong>.<br />
De acordo com ele, a chegada dos novos produtos<br />
é motivo <strong>de</strong> satisfação para os associados. “É um<br />
momento especial para a <strong>Coamo</strong> e seus cooperados.<br />
Trata-se um pedido do quadro social que passa a contar<br />
com rações <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e que levam o nome da<br />
<strong>Coamo</strong>. É com certeza um gran<strong>de</strong> serviço que estamos<br />
prestando aos produtores que encontrarão rações em<br />
todas as unida<strong>de</strong>s da cooperativa”, diz.<br />
Gallassini explica ainda que, assim como<br />
os produtos da linha <strong>Coamo</strong>, as rações são produzidas<br />
com excelente qualida<strong>de</strong>. “Muita gente tem<br />
uma i<strong>de</strong>ia um pouco errada <strong>de</strong> como é produzida<br />
a ração, achando que produtos ruins ou impurezas<br />
po<strong>de</strong>m ser utilizados como matéria-prima. Ao contrário,<br />
as rações <strong>Coamo</strong> são feitas com produtos <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong>. Temos o melhor produto do mercado e<br />
o cooperado terá a satisfação <strong>de</strong> adquirir a ração da<br />
sua cooperativa e com ingredientes nobres.”<br />
As rações <strong>Coamo</strong> são <strong>de</strong>senvolvidas por<br />
meio da pesquisa em nutrição equilibrada com in-<br />
RUMINANTES<br />
Toda linha já está em produção na nova indústria da <strong>Coamo</strong><br />
16 revista<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
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Airton Galinari, presi<strong>de</strong>nte<br />
Executivo da <strong>Coamo</strong>, no<br />
evento <strong>de</strong> lançamento<br />
das rações <strong>Coamo</strong> para<br />
funcionários da cooperativa<br />
gredientes <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e embasadas no conhecimento<br />
das necessida<strong>de</strong>s produtivas <strong>de</strong> cada espécie<br />
e categoria animal, fornecendo toda a <strong>de</strong>manda<br />
diária <strong>de</strong> nutrientes para suprir a manutenção do<br />
organismo dos animais.<br />
“As rações <strong>Coamo</strong> representam a excelência<br />
da cooperativa do início ao fim da produção. Des<strong>de</strong><br />
a seleção da matéria-prima com origem, que aten<strong>de</strong><br />
a um elevado nível <strong>de</strong> exigência, ao processo <strong>de</strong><br />
transformação em rações com alto valor nutricional<br />
e controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, o que contribui para o<br />
bem-estar animal e retorno para o cooperado com<br />
mais segurança e rentabilida<strong>de</strong>”, <strong>de</strong>staca o presi<strong>de</strong>nte<br />
Executivo da <strong>Coamo</strong>, Airton Galinari.<br />
A linha <strong>de</strong> rações <strong>Coamo</strong> conta com produtos<br />
para a alimentação <strong>de</strong> ruminantes (bovinos <strong>de</strong><br />
leite e gados <strong>de</strong> corte), equinos, suínos, aves, peixes<br />
e linha pet para cães e gatos.<br />
EQUINOS<br />
Previsão para outubro<br />
PEIXES<br />
Previsão para outubro<br />
AVES<br />
Previsão para outubro<br />
SUÍNOS<br />
Previsão para outubro<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista 17<br />
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agroindustrialização<br />
Os alimentos são produzidos com matérias-<br />
-primas <strong>de</strong> alto padrão que potencializam a saú<strong>de</strong><br />
animal, geram estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consumo e alta digestibilida<strong>de</strong><br />
dos alimentos, tendo em sua composição<br />
ingredientes produzidos pelos próprios cooperados,<br />
como milho, soja e trigo.<br />
O médico veterinário, Renato Roque Mariano<br />
Júnior, coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Suporte e Assistência<br />
Técnica <strong>de</strong> Rações, explica que as rações <strong>Coamo</strong> se<br />
diferenciam <strong>de</strong> outros produtos já estabelecidos no<br />
mercado, pois não utilizam ingredientes substitutivos,<br />
proporcionando assim um produto mais estável<br />
e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para os animais. “Estamos fazendo<br />
um controle e seleção rigorosos das matérias-primas,<br />
utilizando somente os grãos que apresentam<br />
a melhor qualida<strong>de</strong>. Também contamos com equipamentos<br />
<strong>de</strong> ponta no laboratório industrial que<br />
selecionam os grãos que aten<strong>de</strong>m o padrão <strong>de</strong> exigência,<br />
garantindo assim o rigor, constância e alto<br />
padrão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> das rações”, <strong>de</strong>talha.<br />
LINHA PET<br />
Previsão <strong>de</strong> produção no final do ano<br />
18 revista<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
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Aquiles <strong>de</strong> Oliveira Dias, diretor <strong>de</strong> suprimentos<br />
e Assistência Técnica da <strong>Coamo</strong>, ressalta que as<br />
rações serão produzidas com o que há <strong>de</strong> melhor<br />
Divaldo Corrêa, diretor Industrial da <strong>Coamo</strong>, revela que indústria conta com<br />
6.400 metros <strong>de</strong> área instalada e tem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produzir 200 mil toneladas ao ano<br />
Paulo Roberto Bacini, gerente <strong>de</strong> Fornecimento<br />
<strong>de</strong> Bens <strong>de</strong> Lojas da <strong>Coamo</strong>, ressalta que a <strong>Coamo</strong><br />
está com as melhores condições comerciais para<br />
aten<strong>de</strong>r os cooperados<br />
Renato Roque Mariano Júnior, coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong><br />
Suporte e Assistência Técnica <strong>de</strong> Rações, explica<br />
que as rações <strong>Coamo</strong> se diferenciam <strong>de</strong> outros<br />
produtos já estabelecidos no mercado, pois não<br />
utilizam ingredientes substitutivos<br />
Na <strong>Coamo</strong>, a transformação<br />
não para. Com as indústrias,<br />
novas tecnologias, métodos inovadores<br />
e muito trabalho fazem<br />
parte da busca constante da cooperativa<br />
para oferecer produtos<br />
cada dia melhores.<br />
A <strong>Coamo</strong> foi fundada em<br />
1970 e a agroindustrialização começou<br />
em 1975 com a implantação<br />
do moinho <strong>de</strong> trigo. Des<strong>de</strong><br />
então, entraram em funcionamento<br />
novas plantas industriais<br />
em Campo Mourão, Paranaguá<br />
e Dourados, agregando ainda<br />
mais valor à produção dos cooperados<br />
e gerando empregos<br />
e divisas nas regiões em que<br />
atuam.<br />
Com a nova fábrica <strong>de</strong><br />
rações <strong>Coamo</strong>, a cooperativa<br />
expan<strong>de</strong> as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> industrialização<br />
daquilo que é produzido<br />
pelos cooperados, que<br />
agora, além da soja e do trigo,<br />
industrializa o milho, o principal<br />
ingrediente das rações <strong>Coamo</strong>.<br />
O diretor Industrial da<br />
<strong>Coamo</strong>, Divaldo Corrêa, comenta<br />
que antes mesmo do lançamento<br />
da linha <strong>de</strong> rações, o potencial<br />
<strong>de</strong> crescimento dos novos<br />
produtos já po<strong>de</strong> ser evi<strong>de</strong>nciado.<br />
“A fábrica conta com 6.400<br />
metros <strong>de</strong> área instalada e tem a<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produzir 200 mil<br />
toneladas ao ano. Já temos 20<br />
mil <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> rações adquiridas<br />
pelos cooperados e a<br />
expectativa é <strong>de</strong> elevar este potencial<br />
produtivo”, explica.<br />
a família stipp, <strong>de</strong> manoel ribas<br />
(Centro-Norte do Paraná),<br />
tem a pecuária leiteira como principal<br />
fonte <strong>de</strong> renda da proprieda<strong>de</strong>.<br />
Eles sabem da importância<br />
<strong>de</strong> alimentação complementar<br />
aos animais para alcançar boas<br />
produtivida<strong>de</strong>s. Para isto monta-<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista 19<br />
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agroindustrialização<br />
Família Stipp tem a pecuária leiteira como principal fonte <strong>de</strong> renda da proprieda<strong>de</strong> e a ração é um importante complemento para a alimentação dos animais<br />
Médica veterinária Leticia Dal Posso, da <strong>Coamo</strong> em Manoel Ribas<br />
20 revista<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
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Irmãos João Carlos e João Paulo Stipp e as esposas Laila e Danielli são responsáveis pelas or<strong>de</strong>nhas e manejo dos animais<br />
-se um sistema alimentar baseado em uma dieta<br />
completa composta por forragens e concentrados,<br />
os quais <strong>de</strong>vem ser fornecidos em uma proporção<br />
i<strong>de</strong>al para se obter uma mistura <strong>de</strong> conteúdo nutricional<br />
condizente com a necessida<strong>de</strong> e que possua<br />
eficiência econômica.<br />
Nos últimos anos houve uma gran<strong>de</strong> evolução<br />
na produtivida<strong>de</strong> e a alimentação do rebanho<br />
é essencial para aumentar ainda mais a produção.<br />
Atualmente o produtor está com 102 vacas em or<strong>de</strong>nha<br />
e com uma produção média diária <strong>de</strong> quatro mil<br />
litros. Os animais são mantidos em sistema <strong>de</strong> Compost<br />
Barn com três or<strong>de</strong>nhas por dia. “É importante<br />
a complementação para alcançar altas produtivida<strong>de</strong>s.<br />
Sem o concentrado não atingiríamos a média”,<br />
comenta João Carlos da Silva Stipp.<br />
De acordo com ele, o fato <strong>de</strong> a <strong>Coamo</strong> ter<br />
rações aumenta a confiabilida<strong>de</strong> e segurança <strong>de</strong><br />
usar o produto como complementação alimentar.<br />
“É muito fácil falar no nome da cooperativa pela serieda<strong>de</strong><br />
e pelo que representa a <strong>Coamo</strong> na região.<br />
Com certeza po<strong>de</strong>mos usar esses novos produtos<br />
com confiança”, assinala.<br />
A médica veterinária Letícia Dal Posso, da<br />
<strong>Coamo</strong> em Manoel Ribas, diz que as rações <strong>Coamo</strong><br />
vieram para revolucionar o mercado com um<br />
diferencial em relação a outros produtos já existentes.<br />
“A premissa das rações <strong>Coamo</strong> é oferecer<br />
qualida<strong>de</strong>. Tudo começa com a seleção criteriosa<br />
<strong>de</strong> ingredientes, garantindo segurança alimentar<br />
para os animais que consumirão esses produtos,<br />
proporcionando eficiência na produtivida<strong>de</strong> dos<br />
animais.”<br />
Ela ressalta que as rações são fabricadas<br />
exclusivamente com milho, farelo <strong>de</strong> soja, farelo <strong>de</strong><br />
trigo e minerais fornecidos por empresas parceiras<br />
<strong>de</strong> renome no mercado. “Isso assegura que os produtos<br />
se <strong>de</strong>staquem pela qualida<strong>de</strong> superior e confiabilida<strong>de</strong><br />
que os agricultores e pecuaristas <strong>de</strong>positam<br />
em seus produtos.”<br />
O resultado <strong>de</strong>sse compromisso com a qualida<strong>de</strong><br />
é uma gran<strong>de</strong> expectativa por parte do quadro<br />
social da <strong>Coamo</strong>. Des<strong>de</strong> o primeiro dia em que<br />
as informações sobre as novas rações foram divulgadas,<br />
os cooperados já <strong>de</strong>monstraram interesse e<br />
realizaram a compra dos produtos.<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista 21<br />
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veterinária<br />
ULTRASSOM NA PECUÁRIA<br />
Entre as vantagens da tecnologia <strong>de</strong>stacam-se o diagnóstico <strong>de</strong> gestação precoce,<br />
avaliação ginecológica completa e i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> doenças reprodutivas<br />
João e Pedro Bonini, <strong>de</strong> Campo Mourão (PR), dizem que o ultrassom é fundamental para <strong>de</strong>terminar a prenhez das fêmeas, permitindo tomar a melhor <strong>de</strong>cisão sobre a reprodução<br />
A<br />
<strong>Coamo</strong> tem investido significativamente na<br />
área veterinária nos últimos anos, aumentando<br />
a equipe <strong>de</strong> profissionais e adquirindo ferramentas<br />
para melhorar os resultados no campo. Uma<br />
das melhorias foi a aquisição <strong>de</strong> aparelhos <strong>de</strong> ultrassom,<br />
uma tecnologia que oferece diversas vantagens.<br />
Na proprieda<strong>de</strong> dos cooperados Pedro e<br />
João Bonini, em Campo Mourão (Centro-Oeste do<br />
Paraná), a pecuária está passando por uma evolução<br />
e aprimorando o rebanho por meio <strong>de</strong> um sistema<br />
<strong>de</strong> seleção interna, e esta melhoria passa pela implementação<br />
da Inseminação Artificial em Tempo<br />
22 revista<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
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Bruno Vinicius Pereira<br />
Fornari, médico veterinário<br />
da <strong>Coamo</strong>, revela que o<br />
ultrassom é uma ferramenta<br />
segura e proporciona muitas<br />
vantagens<br />
Fixo (IATF). A estratégia envolve<br />
a padronização do gado. “O ultrassom<br />
é fundamental para <strong>de</strong>terminar<br />
a prenhez das fêmeas,<br />
permitindo tomar a melhor <strong>de</strong>cisão<br />
sobre a reprodução. A ferramenta<br />
i<strong>de</strong>ntifica quais animais<br />
estão contribuindo efetivamente<br />
para o rebanho”, comenta.<br />
Com a IATF, os cooperados<br />
alcançaram uma taxa <strong>de</strong><br />
prenhez <strong>de</strong> 93,1%, o que os incentivou<br />
a continuar aprimorando<br />
os métodos <strong>de</strong> reprodução.<br />
“A <strong>Coamo</strong> fornece suporte e novas<br />
tecnologias que contribuem<br />
para o sucesso da ativida<strong>de</strong>. Recomendo<br />
esta tecnologia para<br />
outros pecuaristas <strong>de</strong>vido à<br />
eficiência e ao custo-benefício.<br />
Planejamos aumentar a quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> animais e melhorar a<br />
ativida<strong>de</strong> a cada ano. Essa expansão<br />
passa por essas novas<br />
tecnologias.”<br />
O médico veterinário,<br />
Bruno Vinicius Pereira Fornari,<br />
da <strong>Coamo</strong> em Campo Mourão,<br />
revela que o ultrassom é uma<br />
ferramenta segura e proporciona<br />
muitas vantagens. Segundo<br />
o veterinário, no IATF, todas<br />
as matrizes são avaliadas para<br />
<strong>de</strong>terminar quais estão aptas<br />
para o processo. “Em apenas<br />
<strong>de</strong>z dias, todos os animais do<br />
lote são inseminados, e após 30<br />
dias, com a ajuda do ultrassom,<br />
é possível verificar quais fêmeas<br />
ficaram prenhas. Essa técnica<br />
alcança uma taxa <strong>de</strong> sucesso <strong>de</strong><br />
50 a 55%. As fêmeas que não<br />
ficaram prenhas são reinseridas<br />
no protocolo <strong>de</strong> IATF, possibilitando<br />
uma taxa <strong>de</strong> prenhez<br />
<strong>de</strong> 70 a 80% em 40 dias. Isso<br />
permite uma estação <strong>de</strong> monta<br />
mais curta e planejada, o que<br />
contribui para o nascimento e<br />
a <strong>de</strong>smama dos bezerros em<br />
épocas específicas”, explica.<br />
Ele acrescenta que comparado<br />
com touros a campo, o<br />
IATF com ultrassom oferece vantagens<br />
significativas, incluindo<br />
uma estação <strong>de</strong> monta mais curta<br />
e uma taxa <strong>de</strong> prenhez mais alta,<br />
resultando em bezerros mais<br />
padronizados e geneticamente<br />
melhorados. “Um exemplo <strong>de</strong><br />
sucesso é o cooperado Pedro,<br />
que conseguiu uma estação <strong>de</strong><br />
monta <strong>de</strong> aproximadamente 100<br />
dias com um índice <strong>de</strong> prenhez<br />
<strong>de</strong> 93%, alcançando resultados<br />
significativos”, reitera.<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista 23<br />
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safra <strong>de</strong> inverno<br />
Trigo se torna opção viável para o MS<br />
Cereal tem chamado a atenção dos cooperados pela rentabilida<strong>de</strong> e por<br />
manter um ambiente equilibrado, favorecendo a lavoura <strong>de</strong> soja no verão<br />
Olivar Bene<strong>de</strong>tti, <strong>de</strong> Laguna Carapã, está utilizando a experiência com a cultura para cultivar o trigo no Mato Grosso do Sul<br />
Ainda pouco explorado no Mato Grosso do<br />
Sul o trigo vem ganhando área nas regiões<br />
em que a <strong>Coamo</strong> está presente. O cereal tem<br />
chamado a atenção dos cooperados pela rentabilida<strong>de</strong><br />
e por manter um ambiente equilibrado favorecendo<br />
a lavoura <strong>de</strong> soja, no verão. Em todo o Estado,<br />
nesta safra, a área cultivada saltou <strong>de</strong> 20,5 em 2022<br />
para 45 mil hectares, um aumento <strong>de</strong> 120% impulsionado<br />
por produtores que resolveram semear o<br />
cereal para principalmente melhorar o sistema <strong>de</strong><br />
produção. A <strong>Coamo</strong> prevê receber 550 mil sacas<br />
<strong>de</strong> trigo, cerca <strong>de</strong> 30% <strong>de</strong> toda a produção do Mato<br />
Grosso do Sul.<br />
A unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lagunita, em Laguna Carapã,<br />
é pioneira no recebimento <strong>de</strong> trigo no Estado. É a região<br />
que concentra boa parte da produção do trigo<br />
sul-mato-grossense. O catarinense Olivar Bene<strong>de</strong>tti<br />
está há pouco mais <strong>de</strong> um ano na localida<strong>de</strong>. Até então,<br />
ele produzia trigo em Ouro Ver<strong>de</strong>, no Oeste <strong>de</strong><br />
Santa Catarina, e está utilizando a experiência com a<br />
24 revista<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
REVISTA COAMO_SETEMBRO.indd 24 26/09/<strong>2023</strong> 14:50:04
Olivar e Celso Raphael dos Santos, engenheiro agrônomo da <strong>Coamo</strong><br />
cultura para cultivar o trigo no Mato Grosso do Sul.<br />
Ele plantou 250 hectares <strong>de</strong> trigo, que representa<br />
um terço da área <strong>de</strong>stinada para a lavoura <strong>de</strong><br />
inverno. “Ainda estou conhecendo as características<br />
do clima e solo da região. Fiz um bom investimento<br />
na lavoura. Se é para plantar trigo, tem que investir.<br />
Além da rentabilida<strong>de</strong>, a cultura <strong>de</strong>ixa uma boa palhada<br />
e favorece a área que receberá soja na safra<br />
<strong>de</strong> verão”, diz o cooperado.<br />
Olivar colheu uma média <strong>de</strong> 52 sacas <strong>de</strong><br />
trigo por hectare. Segundo ele, a produtivida<strong>de</strong> alcançada<br />
foi boa para a região, mas a lavoura tem potencial<br />
<strong>de</strong> produzir ainda mais com varieda<strong>de</strong>s mais<br />
adaptadas e seguindo as épocas <strong>de</strong> plantio mais recomendas.<br />
O cooperado preten<strong>de</strong> manter a área <strong>de</strong><br />
trigo para o ano que vem e já se antecipou adquirindo<br />
os insumos.<br />
O engenheiro agrônomo, Celso Raphael<br />
dos Santos, da <strong>Coamo</strong> em Laguna Carapã, comenta<br />
que a cultura é importante, principalmente, pela<br />
rotação <strong>de</strong> culturas. “A lavoura vem se <strong>de</strong>senvolvendo<br />
bem na região. Cooperados que fazem um bom<br />
investimento estão produzindo mais. É uma cultura<br />
que vem ganhando espaço como opção <strong>de</strong> segunda<br />
safra”, observa.<br />
Airton Francisco <strong>de</strong> Jesus, cooperado em<br />
Aral Moreira, também introduziu o cereal no planejamento<br />
da proprieda<strong>de</strong>, pensando no benefício<br />
que proporciona para o sistema <strong>de</strong> produção. Ele<br />
diz que a cada safra, pelo menos 20% da área <strong>de</strong>stinada<br />
para a lavoura <strong>de</strong> inverno é reservada para o<br />
trigo em um sistema <strong>de</strong> rotação <strong>de</strong> culturas. O agricultor<br />
ressalta que o mercado está abaixo do esperado,<br />
mas sempre mantém o foco em produtivida<strong>de</strong><br />
para conseguir uma renda.<br />
A produtivida<strong>de</strong> média na proprieda<strong>de</strong> ficou<br />
em 52 sacas por hectare. Segundo ele, foram<br />
adotadas tecnologias a<strong>de</strong>quadas para o bom <strong>de</strong>senvolvimento<br />
e as plantas respon<strong>de</strong>ram aos investimentos.<br />
“Foi uma boa produtivida<strong>de</strong>. Dentro do que<br />
esperávamos”, frisa.<br />
A expectativa do cooperado para a próxima<br />
safra é manter a cultura no sistema. “Tudo vai<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r do custo <strong>de</strong> produção. Sabemos da importância<br />
para o sistema <strong>de</strong> produção, mas além<br />
da rotação analisamos o lado econômico. Tendo<br />
rentabilida<strong>de</strong>, possivelmente, continuaremos plantando<br />
trigo”, ressalta Airton.<br />
O engenheiro agrônomo, Antonio Gabriel<br />
Zanella, da <strong>Coamo</strong> em Aral Moreira, observa que o<br />
trigo tem uma boa qualida<strong>de</strong> na região <strong>de</strong>vido ao<br />
clima que propicia o bom <strong>de</strong>senvolvimento da lavoura.<br />
Segundo ele, nesta safra houve um aumento<br />
<strong>de</strong> área motivado por ajuste no calendário <strong>de</strong> plantio<br />
da segunda safra, já que a colheita <strong>de</strong> soja atrasou<br />
e isso fez com que muitas áreas que eram para<br />
o milho segunda safra não fossem semeadas. “O trigo<br />
tem um fator muito importante que é a ciclagem<br />
<strong>de</strong> nutrientes. Ele forma matéria orgânica na área e<br />
o produtor usa o cereal para o controlar as plantas<br />
daninhas. Estamos observando esses resultados e<br />
investindo para agregar em produtivida<strong>de</strong> e estão<br />
tendo um bom resultado.”<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista 25<br />
REVISTA COAMO_SETEMBRO.indd 25 26/09/<strong>2023</strong> 14:50:05
safra <strong>de</strong> inverno<br />
Airton Francisco <strong>de</strong> Jesus, <strong>de</strong> Aral Moreira, introduziu o cereal no planejamento da proprieda<strong>de</strong> pensando no benefício que proporciona para o sistema <strong>de</strong> produção<br />
Isaac do Carmo Filho, <strong>de</strong> Dourados, recorda<br />
que a região já foi uma gran<strong>de</strong> produtora <strong>de</strong> trigo<br />
nas décadas <strong>de</strong> 1980 e 1990. Devido às doenças, as<br />
lavouras <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> ser viáveis. O retorno na sua<br />
proprieda<strong>de</strong> foi pelo saudosismo e, também, para o<br />
controle <strong>de</strong> buva e capim amargoso na área. “Uma<br />
das soluções apresentadas pelos agrônomos da<br />
<strong>Coamo</strong> foi voltar a plantar trigo visando o controle<br />
das plantas daninhas. No primeiro momento foi feita<br />
uma experiência positiva com 34 hectares. Ali voltou<br />
a paixão pelo cereal e o benefício que a lavoura<br />
traz ao solo visando a lavoura <strong>de</strong> verão. Em todas as<br />
áreas que trabalho com o trigo, a cultura seguinte<br />
tem respondido com mais produtivida<strong>de</strong>”, assinala.<br />
O retorno com o trigo na proprieda<strong>de</strong> do<br />
cooperado foi em 2018. Des<strong>de</strong> então, parte da área<br />
<strong>de</strong> cultivo é <strong>de</strong>stinada para o cereal, em sistema <strong>de</strong><br />
rotação <strong>de</strong> culturas. Isaac diz que o trigo ainda não é<br />
mais rentável que o milho. No entanto, quando analisa<br />
o sistema há um gran<strong>de</strong> benefício. Ele cita que<br />
Airton e o engenheiro agrônomo, Antonio Gabriel Zanella<br />
26 revista<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
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Isaac do Carmo Filho, <strong>de</strong> Dourados, diz que o trigo tem contribuindo na melhoria do sistema produtivo<br />
no primeiro ano que plantou trigo, na área colheu 40<br />
sacas a mais <strong>de</strong> soja por alqueire. “Há um aumento<br />
da rentabilida<strong>de</strong> da cultura seguinte, inclusive, a do<br />
milho segunda safra, comparando área <strong>de</strong> trigo com<br />
milho e <strong>de</strong> milho com milho. Traz mais produtivida<strong>de</strong><br />
e, consequentemente, mais rentabilida<strong>de</strong>.”<br />
A engenheira agrônoma, Mônica Cal<strong>de</strong>ira, da<br />
<strong>Coamo</strong> em Dourados, revela que no município o trigo<br />
ocupou um total <strong>de</strong> 1350 hectares nesta safra. Ela<br />
diz que a cooperativa está incentivando os cooperados<br />
no cultivo <strong>de</strong> trigo e a partir <strong>de</strong>ste ano começou<br />
a receber o cereal no parque industrial em Dourados.<br />
Uma forma <strong>de</strong> diminuir a distância para entregar a<br />
produção, já que antes era preciso levar até a unida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Lagunita. “O trigo é uma opção para a segunda<br />
safra e a cooperativa está incentivando o plantio. É<br />
uma cultura que tem potencial <strong>de</strong> crescer na região<br />
e os cooperados estão mais interessados em investir<br />
como opção <strong>de</strong> diversificação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> uma<br />
renda a mais na proprieda<strong>de</strong>.”<br />
Isaac com a engenheira agrônoma Mônica Cal<strong>de</strong>ira<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista 27<br />
REVISTA COAMO_SETEMBRO.indd 27 26/09/<strong>2023</strong> 14:50:11
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REVISTA COAMO_SETEMBRO.indd 28 26/09/<strong>2023</strong> 14:50:12
segunda safra<br />
Milho ren<strong>de</strong> acima do esperado<br />
Safra do cereal foi consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong>safiadora pelos cooperados em toda a<br />
área <strong>de</strong> ação da <strong>Coamo</strong>. Em várias regiões a produtivida<strong>de</strong> surpreen<strong>de</strong>u<br />
.<br />
E<br />
S<br />
.<br />
Surpresa e satisfação. Estes<br />
foram os sentimentos dos<br />
cooperados da <strong>Coamo</strong><br />
com a colheita do milho segunda<br />
safra. Surpresa pelos bons resultados<br />
obtidos mesmo com todos<br />
os <strong>de</strong>safios impostos. Satisfação<br />
pela alta produtivida<strong>de</strong> registrada<br />
mesmo quando as projeções<br />
indicavam o contrário.<br />
A última safra <strong>de</strong> milho foi<br />
consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong>safiadora, pois iniciou<br />
com atraso <strong>de</strong>vido à colheita<br />
tardia da soja, excesso <strong>de</strong> chuvas<br />
no início da cultura e pelo longo<br />
período <strong>de</strong> seca registrado em<br />
algumas regiões já na fase final.<br />
Tais condições fizeram com que<br />
os produtores criassem pouca ou<br />
quase nenhuma expectativa para o<br />
milho, mas graças ao manejo a<strong>de</strong>quado<br />
e às condições favoráveis<br />
do clima, a cultura se <strong>de</strong>senvolveu<br />
<strong>de</strong> forma positiva e surpreen<strong>de</strong>u<br />
os cooperados, trazendo resultados<br />
acima do esperado.<br />
Na região Centro-Oeste<br />
do Paraná, a média <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />
esteve acima das 300 sacas<br />
por alqueire em diferentes áreas.<br />
No município <strong>de</strong> Juranda, por<br />
exemplo, o cooperado Jaime Alves<br />
<strong>de</strong> Souza registrou uma safra<br />
recor<strong>de</strong> para a época, com uma<br />
Jaime Alves <strong>de</strong> Souza, <strong>de</strong> Juranda (PR), registrou uma safra recor<strong>de</strong> para a época<br />
Engenheiro agrônomo, Carlos Vinicius Precinotto, acompanha lavoura com o cooperado Jaime<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista 29<br />
REVISTA COAMO_SETEMBRO.indd 29 26/09/<strong>2023</strong> 14:50:17
segunda safra<br />
Renan e o pai João Pavaneli, <strong>de</strong> Quarto Centenário (PR) colheram uma média <strong>de</strong> 300 sacas por alqueire<br />
Engenheiro agrônomo, Andrew Akihito Ouchita Gomes, diz que o clima favoreceu o <strong>de</strong>senvolvimento do milho<br />
colheita nunca vista anteriormente.<br />
“Estou muito contente com o<br />
trabalho realizado. Foram muitos<br />
os <strong>de</strong>safios durante toda a produção,<br />
mas dá um gosto enorme<br />
chegar nesse momento e colher<br />
uma safra cheia”, celebra o cooperado.<br />
Dentre os fatores que<br />
contribuíram para o sucesso da<br />
cultura, o cooperado <strong>de</strong>staca o<br />
plantio correto, adubação bem-<br />
-feita e o manejo a<strong>de</strong>quado no<br />
controle <strong>de</strong> pragas como <strong>de</strong>terminantes<br />
na obtenção dos bons<br />
resultados. “Destaco, também,<br />
a assistência prestada pela <strong>Coamo</strong>.<br />
Eu tiro o chapéu para todos<br />
os técnicos que nos auxiliam. Temos<br />
bastante conhecimento no<br />
campo, mas eles são especialistas<br />
e conhecem as tecnologias.<br />
São como professores para nós”,<br />
completa Jaime.<br />
O engenheiro agrônomo,<br />
Carlos Vinicius Precinotto,<br />
da <strong>Coamo</strong> em Juranda, ressalta<br />
que a produtivida<strong>de</strong> do milho<br />
safrinha e a qualida<strong>de</strong> dos grãos<br />
colhidos foram surpreen<strong>de</strong>ntes.<br />
“Na região, colhemos o milho<br />
ainda em pé, numa época que a<br />
planta já costuma estar acamada<br />
e apresentando uma qualida<strong>de</strong><br />
inferior dos grãos. É algo que<br />
saiu do normal em comparação<br />
ao que foi visto em anos anteriores”,<br />
explica.<br />
Com a colheita do milho<br />
safrinha concluída, as atenções<br />
se voltam para a safra <strong>de</strong> verão,<br />
on<strong>de</strong> a expectativa é <strong>de</strong> mais<br />
uma safra cheia. “Houve uma<br />
alta a<strong>de</strong>são na aquisição <strong>de</strong> insumos<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> as sementes até os<br />
produtos que vão em cobertura<br />
e adubação. O cooperado está<br />
munido <strong>de</strong> boas ferramentas e se<br />
o clima colaborar, teremos também<br />
uma ótima safra <strong>de</strong> verão”,<br />
<strong>de</strong>staca o agrônomo.<br />
No município <strong>de</strong> Quarto<br />
Centenário condições semelhantes<br />
foram presenciadas pelos<br />
cooperados, que também<br />
superaram os <strong>de</strong>safios da safra<br />
e colheram resultados acima da<br />
média histórica. Renan César Pavaneli<br />
colheu uma média <strong>de</strong> 300<br />
sacas por alqueire. “Pela época<br />
que a gente plantou, eu não<br />
esperava ter uma produção tão<br />
alta igual a que estamos tendo.<br />
Mas, graças à assistência técnica<br />
da <strong>Coamo</strong> e ao clima que colaborou,<br />
a produtivida<strong>de</strong> foi muito<br />
alta”, <strong>de</strong>staca.<br />
O engenheiro agrônomo<br />
30 revista<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
REVISTA COAMO_SETEMBRO.indd 30 26/09/<strong>2023</strong> 14:50:20
Andrew Akihito Ouchita Gomes,<br />
da <strong>Coamo</strong> em Quarto Centenário,<br />
explica como o clima favoreceu<br />
o bom <strong>de</strong>senvolvimento da<br />
cultura. “O volume <strong>de</strong> chuvas foi<br />
o i<strong>de</strong>al para a safra, que se <strong>de</strong>senvolveu<br />
com dias quentes, noites<br />
mais amenas e sem geada, o<br />
que impediu as quebras”.<br />
No Mato Grosso do Sul, a<br />
cultura do milho é bastante explorada<br />
pelos produtores locais, que<br />
também iniciaram o plantio um<br />
pouco mais tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido ao atraso<br />
na colheita <strong>de</strong> soja. Em Sidrolândia,<br />
o cooperado Carlos Valmir<br />
Straliotto, cultivou uma área total<br />
<strong>de</strong> 3.500 hectares <strong>de</strong> milho junto<br />
com a família. Assim como em<br />
outras regiões da área <strong>de</strong> ação<br />
da <strong>Coamo</strong>, o clima favoreceu o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da cultura. Nem<br />
mesmo o longo período <strong>de</strong> seca<br />
registrado no final da safra foi capaz<br />
<strong>de</strong> atrapalhar, já que o volume<br />
<strong>de</strong> chuvas anterior fez com a<br />
cultura sofresse pouco, impedindo<br />
prejuízos mais graves.<br />
Agricultor há mais <strong>de</strong> 40<br />
anos, seu Carlos salienta que o<br />
aprendizado no campo é constante<br />
e <strong>de</strong>staca que um dos gran<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>safios da safra <strong>de</strong> milho<br />
foi o controle da cigarrinha. “No<br />
passado, a perda <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />
foi maior com a praga, mas os<br />
produtores apren<strong>de</strong>ram a lidar<br />
com ela. Neste ano, tivemos um<br />
custo mais alto no manejo da cigarrinha,<br />
mas isso se reflete no<br />
final da safra com uma produção<br />
mais elevada do que em anos anteriores”,<br />
explica o cooperado.<br />
Com uma média <strong>de</strong> 115<br />
Carlos Valmir Straliotto, <strong>de</strong> Sidrolândia (MS), diz que <strong>de</strong>safio foi controlar a cigarrinha<br />
Engenheiro agrônomo, Laércio Stabille Júnior, ressalta que os cooperados realizaram o melhor manejo possível<br />
sacas por hectare colhidas na<br />
última safra, o cooperado comemora<br />
os resultados da colheita <strong>de</strong><br />
milho e valoriza a parceria <strong>de</strong>senvolvida<br />
com a <strong>Coamo</strong> em mais<br />
uma safra. “A colheita foi muito<br />
satisfatória e é fruto da nossa relação<br />
com a cooperativa. Com<br />
certeza tem sido uma parceria <strong>de</strong><br />
sucesso que agrega muito nos<br />
nossos resultados”, finaliza.<br />
O engenheiro agrônomo,<br />
Laércio Stabille Júnior, da<br />
<strong>Coamo</strong> em Sidrolândia, <strong>de</strong>talha<br />
que a preocupação com o manejo<br />
da cigarrinha foi geral entre<br />
os produtores locais. “Os cooperados,<br />
<strong>de</strong> maneira geral, realizaram<br />
o melhor manejo possível<br />
para controlar a cigarrinha. Esse<br />
investimento refletiu na boa produção”,<br />
salienta.<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista 31<br />
REVISTA COAMO_SETEMBRO.indd 31 26/09/<strong>2023</strong> 14:50:23
32 revista<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
REVISTA COAMO_SETEMBRO.indd 32 26/09/<strong>2023</strong> 14:50:23
safra <strong>de</strong> verão<br />
Boa expectativa com a nova safra <strong>de</strong> verão<br />
Irmãos Bertilo e Vilson Barbian<br />
acompanham o plantio com o<br />
engenheiro agrônomo Everson<br />
Bilibio Bonfada, em Nova<br />
Santa Rosa (PR)<br />
Com a abertura do período <strong>de</strong> plantio para a nova safra <strong>de</strong> verão, os cooperados<br />
da <strong>Coamo</strong> estão colocando as máquinas no campo. A previsão é que<br />
os produtores paranaenses plantem um total <strong>de</strong> 5,8 milhões <strong>de</strong> hectares.<br />
No Mato Grosso do Sul, a área <strong>de</strong> cultivo <strong>de</strong>ve somar 4,2 milhões <strong>de</strong> hectares, e em<br />
Santa Catarina, um total <strong>de</strong> 789 mil hectares <strong>de</strong> oleaginosas.<br />
Em Nova Santa Rosa (Oeste do Paraná), o trabalho começou ainda na<br />
primeira quinzena <strong>de</strong> setembro. Os irmãos Bertilo e Vilson Barbian comentam<br />
que o planejamento foi realizado cerca <strong>de</strong> três meses atrás, com a aquisição dos<br />
insumos durante o plano safra da <strong>Coamo</strong>. “Com os insumos garantidos, foram<br />
executados todo o manejo do solo para garantir o <strong>de</strong>senvolvimento i<strong>de</strong>al da<br />
safra”, <strong>de</strong>staca Bertilo.<br />
Segundo o cooperado, a expectativa para a safra é bastante otimista, e estão<br />
prontos para mais uma safra. Eles estão atentos às condições climáticas para que<br />
tudo ocorra da melhor forma possível nos 70 alqueires cultivados com soja nesta<br />
safra. “As condições climáticas têm sido favoráveis para o início do plantio. Estamos<br />
confiando que será mais uma boa safra”, diz.<br />
O engenheiro agrônomo Everson Bilibio Bonfada, da <strong>Coamo</strong> em Nova Santa<br />
Rosa, enfatiza a importância da fase <strong>de</strong> implantação da soja. Ele orienta os cooperados<br />
a realizarem o trabalho <strong>de</strong> maneira correta, efetuando o plantio com o solo<br />
em boas condições <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> e seguindo as recomendações técnicas para um<br />
<strong>de</strong>senvolvimento bem-sucedido da safra. “Algumas dicas são respeitar a velocida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> semeadura, a profundida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada e o uso <strong>de</strong> sementes <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.”<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista 33<br />
REVISTA COAMO_SETEMBRO.indd 33 26/09/<strong>2023</strong> 14:50:25
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34 revista<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
REVISTA FC_0015_23_10116_ANUNCIO_REATOR_SOJA_REV_COAMO_21X28cm_AF1.indd COAMO_SETEMBRO.indd 34 1 26/09/<strong>2023</strong> 11/09/23 14:50:26<br />
14:58
sementes<br />
Sementeiros <strong>de</strong> Excelência premia<br />
melhores produtores da <strong>Coamo</strong><br />
Iniciativa capacita toda a ca<strong>de</strong>ia produtiva <strong>de</strong> sementes da cooperativa<br />
Na noite <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> setembro, foi realizada a<br />
segunda edição do evento “Sementeiros <strong>de</strong><br />
Excelência”. É uma iniciativa criada em parceria<br />
com a Basf para capacitar toda a ca<strong>de</strong>ia produtiva<br />
<strong>de</strong> sementes da cooperativa, instruindo boas<br />
práticas nos campos <strong>de</strong> multiplicação ao operador<br />
<strong>de</strong> colheita<strong>de</strong>ira, ao cooperante e ao responsável<br />
técnico que presta assistência no campo.<br />
O objetivo é que a premiação se perpetue<br />
como um programa <strong>de</strong> longo prazo, que não só reconhece<br />
e valoriza os melhores produtores <strong>de</strong> sementes<br />
da <strong>Coamo</strong>, mas também treina e prepara os<br />
cooperados e equipe técnica da cooperativa para<br />
aprimorar a qualida<strong>de</strong> das sementes.<br />
Neste ano, nove cooperados com os respectivos<br />
responsáveis técnicos foram reconhecidos<br />
pelo programa. Uma das premiadas foi a cooperada<br />
Andreia <strong>de</strong> Oliveira Buraneli, <strong>de</strong> Faxinal (PR), que seguiu<br />
os passos do pai como sementeira e <strong>de</strong>u continuida<strong>de</strong><br />
a um trabalho que já é <strong>de</strong>senvolvido há<br />
mais <strong>de</strong> 15 anos pela sua família. “É um orgulho seguir<br />
os passos <strong>de</strong> meus familiares e uma satisfação<br />
enorme ser reconhecida como sementeira <strong>de</strong> excelência.<br />
Sabemos da responsabilida<strong>de</strong> que temos e,<br />
por isso, trabalhamos para entregar sempre um produto<br />
<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>”, salienta a cooperada.<br />
“Sementeiros <strong>de</strong> Excelência é um nome muito<br />
bem escolhido, porque a preocupação da <strong>Coamo</strong><br />
é justamente essa: buscar excelência em tudo aquilo<br />
que se propõe a fazer. Nesse caso em particular,<br />
tínhamos esse <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> chegar num nível <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> sementes que estamos entregando este<br />
ano para o próximo ciclo <strong>de</strong> verão”, explica o Presi<strong>de</strong>nte<br />
Executivo, Airton Galinari.<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista 35<br />
3 14:58<br />
REVISTA COAMO_SETEMBRO.indd 35 26/09/<strong>2023</strong> 14:50:28
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setembro/<strong>2023</strong><br />
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16:45
agricultura<br />
Pioneiros do segundo plantio direto<br />
do Brasil são homenageados<br />
O<br />
Sistema <strong>de</strong> Plantio Direto<br />
está completando 50<br />
anos na região <strong>de</strong> Campo<br />
Mourão, a segunda no Brasil<br />
que implantou esta tecnologia<br />
na safra 1973. Para celebrar a<br />
data, a Associação dos Agrônomos<br />
<strong>de</strong> Campo Mourão – Aeacm<br />
prestou homenagens aos pioneiros<br />
dia 31 <strong>de</strong> agosto durante<br />
o 10º Encontro sobre Plantio Direto<br />
– 50 anos <strong>de</strong> avanços”. Sendo<br />
eles, os agricultores Joaquim<br />
Peres, Antonio Álvaro Massareto<br />
e Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari - ainda<br />
atuantes na condução <strong>de</strong> suas<br />
proprieda<strong>de</strong>s, e Gabriel Borsato<br />
e Henrique Gustavo Salonski<br />
– em memória -, representados<br />
por familiares.<br />
O evento reuniu autorida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> classe e <strong>de</strong> âmbito estadual<br />
e regional em Campo Mourão,<br />
e discutiu a história, avanços<br />
e <strong>de</strong>safios do plantio direto.<br />
Justificando a homenagem,<br />
o engenheiro agrônomo,<br />
Fernando Mignoso, presi<strong>de</strong>nte<br />
da Associação dos Engenheiros<br />
Agrônomos <strong>de</strong> Campo Mourão,<br />
<strong>de</strong>stacou a ousadia e visão dos<br />
pioneiros do plantio direto na<br />
região. "Esses cinco agricultores<br />
merecem nosso reconhecimento,<br />
admiração e, principalmente,<br />
agra<strong>de</strong>cimento, pois o plantio<br />
direto não foi simplesmente uma<br />
nova tecnologia. Foi uma filosofia,<br />
porque representa um sistema <strong>de</strong><br />
agricultura sustentável." Mignoso<br />
resume que "o plantio direto é<br />
uma tecnologia agrícola <strong>de</strong> ponta<br />
que dá lucro, é sustentável e protege<br />
o meio ambiente."<br />
Durante a solenida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> abertura do evento que reuniu<br />
<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> profissionais<br />
paranaenses, em nome dos pioneiros,<br />
o engenheiro agrônomo,<br />
Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari, usou<br />
da palavra para agra<strong>de</strong>cer e relembrar<br />
a história que levou a<br />
adoção do plantio direto. “Na década<br />
<strong>de</strong> 1970 a terra era arada e<br />
a chuva <strong>de</strong>sfazia tudo. Os agricultores<br />
da região vinham conversar<br />
Precursores do plantio direto há 50 anos recebem reconhecimento<br />
conosco com dúvidas sobre o<br />
replantio e iniciamos um trabalho<br />
muito gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservação<br />
dos solos. O resultado foi a<br />
solução do problema <strong>de</strong> erosão,<br />
além da preservação das bacias<br />
da região e do próprio solo, que<br />
se tornou a<strong>de</strong>quado para o cultivo”,<br />
explica Cal<strong>de</strong>rari.<br />
Homenagem para entida<strong>de</strong>s e a <strong>Coamo</strong><br />
setembro/<strong>2023</strong> revista 37<br />
3 16:45<br />
REVISTA COAMO_SETEMBRO.indd 37 26/09/<strong>2023</strong> 14:50:31
logística<br />
<strong>Coamo</strong> e Abrapos realizam Simpósio <strong>de</strong> Pós-<br />
Colheita <strong>de</strong> Grãos no Mato Grosso do Sul<br />
Evento <strong>de</strong>stacou assuntos relacionados à logística <strong>de</strong> transporte,<br />
armazenagem, secagem, beneficiamento, classificação,<br />
conservação e comercialização dos grãos<br />
A<br />
quinta edição do Simpósio<br />
<strong>de</strong> Pós-Colheita <strong>de</strong><br />
Grãos do Mato Grosso do<br />
Sul teve recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> público, totalizando<br />
400 participantes. Com o<br />
tema “Tecnologia e Qualida<strong>de</strong> na<br />
Armazenagem <strong>de</strong> Grãos", o evento<br />
foi realizado em Maracaju entre<br />
os dias 20 e 22 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong>stacando<br />
assuntos relacionados à<br />
logística <strong>de</strong> transporte, armazenagem,<br />
secagem, beneficiamento,<br />
classificação, conservação e comercialização<br />
dos grãos.<br />
A iniciativa e promoção do<br />
Simpósio Pós-Colheita <strong>de</strong> Grãos<br />
do Mato Grosso do Sul foi da Associação<br />
Brasileira <strong>de</strong> Pós-Colheita<br />
<strong>de</strong> Grãos (Abrapos) e teve como<br />
realizadora a <strong>Coamo</strong>. O evento<br />
teve copromoção das instituições<br />
cooperativas Copagril, Copasul,<br />
C. Vale, Cooperalfa, Cocamar, Cotriguaçu,<br />
Lar, Universida<strong>de</strong> UFGD,<br />
Conab e da Embrapa.<br />
O simpósio reuniu profissionais<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>z Estados brasileiros<br />
(Amazonas, Ceará, Goiás, Minas<br />
Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato<br />
E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira, diretor <strong>de</strong> Logística e Operações da <strong>Coamo</strong>, fez uma palestra no Simpósio<br />
Grosso, Pará, Paraná, Rio Gran<strong>de</strong><br />
do Sul e São Paulo) e 40 expositores/patrocinadores.<br />
Um dos <strong>de</strong>staques da<br />
programação foi a palestra “Logística<br />
do transporte e sua influência<br />
na pós-colheita <strong>de</strong> grão”,<br />
proferida por E<strong>de</strong>nilson Carlos<br />
<strong>de</strong> Oliveira, diretor <strong>de</strong> Logística e<br />
Operações da <strong>Coamo</strong>. Ele apresentou<br />
dados sobre o crescimento<br />
elevado da produção <strong>de</strong> grãos<br />
no Mato Grosso do Sul, entre outros<br />
temas relativos à logística,<br />
transporte e armazenagem. Segundo<br />
o diretor, o Estado saiu <strong>de</strong><br />
uma produção <strong>de</strong> seis milhões<br />
<strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> grãos em 2001<br />
para 28 milhões <strong>de</strong> toneladas<br />
em <strong>2023</strong>, um aumento <strong>de</strong> mais<br />
<strong>de</strong> 360%. Ele também mostrou<br />
como a área plantada cresceu<br />
em diferentes regiões do Estado,<br />
como Amambai, que dobrou sua<br />
38 revista<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
REVISTA COAMO_SETEMBRO.indd 38 26/09/<strong>2023</strong> 14:50:33
área <strong>de</strong> soja, a região Sudoeste,<br />
que quase triplicou, e a região da<br />
Gran<strong>de</strong> Dourados, que aumentou<br />
em mais <strong>de</strong> 50%.<br />
E<strong>de</strong>nilson ressaltou que o<br />
Mato Grosso do Sul tem um gran<strong>de</strong><br />
potencial <strong>de</strong> crescimento sustentável,<br />
pois po<strong>de</strong> aproveitar as<br />
áreas <strong>de</strong> pastagens que estão sendo<br />
convertidas em lavouras. No<br />
entanto, ele alertou para os gargalos<br />
que precisam ser superados<br />
no Estado, como a capacida<strong>de</strong><br />
estática insuficiente para armazenar<br />
toda a produção e os <strong>de</strong>safios<br />
logísticos para escoar os grãos.<br />
O presi<strong>de</strong>nte da Abrapos,<br />
José Ronaldo Quirino, <strong>de</strong>staca<br />
os benefícios do evento<br />
para a ativida<strong>de</strong> agrícola. “Apren<strong>de</strong>mos<br />
muito com as palestras,<br />
as <strong>de</strong>monstrações e as trocas <strong>de</strong><br />
experiências. Nosso objetivo é<br />
reduzir as perdas no pós-colheita<br />
e aumentar a qualida<strong>de</strong> dos nossos<br />
produtos”, diz.<br />
O coor<strong>de</strong>nador do 5º<br />
Simpósio <strong>de</strong> Pós-Colheita <strong>de</strong><br />
Grãos do Mato Grosso do Sul,<br />
José Carlos <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, comenta<br />
que o evento foi uma oportunida<strong>de</strong><br />
para produtores e armazenadores<br />
<strong>de</strong> grãos, técnicos e profissionais<br />
ligados ao setor. “Além <strong>de</strong><br />
uma programação diversificada<br />
com palestras técnicas e painéis,<br />
tivemos acesso às inovações tecnológicas<br />
apresentadas pelos<br />
expositores. Sabemos que a tecnologia<br />
auxilia a gestão dos processos<br />
e os resultados positivos<br />
vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> uma melhor conservação<br />
da qualida<strong>de</strong> do grão até<br />
a manutenção nos silos por mais<br />
Li<strong>de</strong>ranças e autorida<strong>de</strong>s na abertura do evento<br />
tempo”, enfatiza José Carlos.<br />
O ano passado e este<br />
foram marcados por muitos <strong>de</strong>safios<br />
para o setor <strong>de</strong> armazenagem<br />
<strong>de</strong> grãos no Brasil. O país<br />
teve que lidar com uma superprodução<br />
<strong>de</strong> soja e milho. “Neste<br />
evento, discutimos alguns dos temas<br />
mais relevantes para o segmento,<br />
como a segurança dos<br />
silos e a importância da logística<br />
<strong>de</strong> transporte e armazenagem no<br />
pós-colheita, um dos fatores que<br />
mais influenciam na qualida<strong>de</strong><br />
dos grãos. Além disso, apresentamos<br />
boas práticas que contribuem<br />
para aumentar a eficiência<br />
e a competitivida<strong>de</strong> do setor",<br />
afirma Andra<strong>de</strong>.<br />
O evento contou também<br />
com uma palestra com o<br />
tema “Segurança no trabalho<br />
nas unida<strong>de</strong>s armazenadoras<br />
<strong>de</strong> grãos”, realizada por Jorge<br />
Lapezack, coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Segurança<br />
do Trabalho da <strong>Coamo</strong>.<br />
Com foco nas explosões com<br />
poeiras em unida<strong>de</strong>s armazenadoras<br />
<strong>de</strong> grãos. Ele abordou um<br />
dos principais <strong>de</strong>safios enfrentados<br />
na operação <strong>de</strong> silos que é a<br />
formação <strong>de</strong> poeira combustível<br />
- partículas finas <strong>de</strong> grãos armazenados<br />
que, em combinação<br />
com o ar e uma fonte <strong>de</strong> ignição,<br />
po<strong>de</strong>m resultar em incêndios e<br />
explosões <strong>de</strong>vastadoras.<br />
sobre a abrapos<br />
Fundada em 1987, a Associação<br />
Brasileira <strong>de</strong> Pós-Colheita<br />
é uma organização sem<br />
fins lucrativos que visa promover<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico<br />
e a inovação na área <strong>de</strong><br />
pós-colheita <strong>de</strong> grãos. A se<strong>de</strong><br />
da associação fica em Londrina,<br />
no Paraná, e seu objetivo é contribuir<br />
para a diminuição das<br />
perdas <strong>de</strong> grãos que ocorrem<br />
durante e <strong>de</strong>pois da colheita,<br />
beneficiando os produtores, os<br />
armazenadores e os profissionais<br />
do setor.<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista 39<br />
REVISTA COAMO_SETEMBRO.indd 39 26/09/<strong>2023</strong> 14:50:33
econhecimento<br />
<strong>Revista</strong> Exame: <strong>Coamo</strong> é primeiro<br />
lugar na categoria Cooperativas<br />
Cooperativa é a 49ª empresa do Brasil e a primeira do Paraná<br />
e campeã histórica da Exame na categoria agronegócio<br />
A<br />
<strong>Coamo</strong> foi reconhecida<br />
no dia 13 <strong>de</strong> setembro,<br />
em São Paulo, com o primeiro<br />
lugar na categoria Cooperativas<br />
e campeã histórica na categoria<br />
Agronegócio do prêmio<br />
Melhores e Maiores, promovida<br />
pela <strong>Revista</strong> Exame. O anuário<br />
traz as mil Melhores e Maiores<br />
empresas do Brasil e a <strong>Coamo</strong><br />
ocupa a 49ª colocação no ranking<br />
geral e a primeira do Paraná.<br />
Consi<strong>de</strong>rada a mais tradicional<br />
publicação <strong>de</strong> economia e negócios<br />
do Brasil, a premiação<br />
comemorou 50 anos e a <strong>Coamo</strong><br />
se <strong>de</strong>staca nessa história por ter<br />
sido ganhadora <strong>de</strong> cinco prêmios,<br />
um feito alcançado por<br />
poucas empresas.<br />
A cooperativa é o gran<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>staque com R$ 26,7 bilhões<br />
<strong>de</strong> receita em 2022, ante os R$<br />
23,7 bilhões registrados no ano<br />
anterior, segundo levantamento<br />
apresentado pela revista. Em<br />
entrevista para a revista Exame,<br />
Airton Galinari, presi<strong>de</strong>nte Executivo<br />
da <strong>Coamo</strong>, diz que só foi<br />
possível acompanhar a expansão<br />
do agronegócio brasileiro<br />
porque os pilares do cooperativismo<br />
sempre se mantiveram<br />
vivos. Isso significa que, mesmo<br />
diante <strong>de</strong> safras mais volumosas<br />
e <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> infraestrutura, “a<br />
Consi<strong>de</strong>rada a mais tradicional<br />
publicação <strong>de</strong> economia e<br />
negócios do Brasil, a premiação<br />
comemorou 50 anos e <strong>Coamo</strong><br />
se <strong>de</strong>staca nessa história por<br />
ter sido ganhadora <strong>de</strong> cinco<br />
prêmios, um feito alcançado<br />
por poucas empresas<br />
40 revista<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
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<strong>Coamo</strong> nunca fechou as portas<br />
para o cooperado”.<br />
A consistência histórica<br />
e o impacto no mercado foram<br />
<strong>de</strong>terminantes para a <strong>Coamo</strong><br />
ser a recordista em premiações<br />
anuais no agronegócio em Melhores<br />
e Maiores. Todos os anos,<br />
diz Galinari, a companhia investe<br />
entre 500 milhões e 1 bilhão<br />
<strong>de</strong> reais nas 115 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
recebimento <strong>de</strong> grãos, principalmente<br />
visando a amplificação<br />
e a qualida<strong>de</strong> da armazenagem<br />
<strong>de</strong> soja, milho e trigo. “Nós verticalizamos<br />
o trigo e temos uma<br />
varieda<strong>de</strong> enorme <strong>de</strong> produtos.<br />
Na soja, i<strong>de</strong>m: fazemos óleo, farelo,<br />
gorduras. E agora, no milho,<br />
estamos produzindo ração e preten<strong>de</strong>mos<br />
ir para o etanol”, diz.<br />
Para os próximos 50 anos,<br />
a <strong>Coamo</strong> passa a contar sua história<br />
com ingredientes contemporâneos:<br />
digitalização, inteligência<br />
<strong>de</strong> dados e startups. Assim<br />
como em outros segmentos do<br />
agronegócio, o cooperativismo<br />
compreen<strong>de</strong>u a importância <strong>de</strong><br />
acompanhar a mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> e<br />
<strong>de</strong> colocar algumas soluções do<br />
campo direto na tela do celular.<br />
força do cooperativismo<br />
As 14 maiores cooperativas<br />
brasileiras atingiram 107<br />
bilhões <strong>de</strong> reais em receitas líquidas<br />
em 2022, um <strong>de</strong>sempenho<br />
24,2% superior ao <strong>de</strong> 2021,<br />
quando a receita foi <strong>de</strong> 86,1 bilhões<br />
<strong>de</strong> reais. Os ativos totais<br />
em 2022 ficaram em 68,95 bilhões<br />
<strong>de</strong> reais, e os lucros somaram<br />
11,2 bilhões <strong>de</strong> reais. A margem<br />
líquida foi <strong>de</strong> 10,51%.<br />
A força cooperativista é<br />
tracionada pelo campo. Das <strong>de</strong>z<br />
primeiras colocações, nove são<br />
cooperativas do ramo agropecuário.<br />
“As cooperativas agropecuárias<br />
formam a base do cooperativismo<br />
brasileiro, elas são a nossa âncora<br />
fundamental”, afirma o presi<strong>de</strong>nte<br />
do Sistema OCB (Organização das<br />
Cooperativas Brasileiras), Márcio<br />
Lopes <strong>de</strong> Freitas. Segundo ele, as<br />
agropecuárias representam cerca<br />
<strong>de</strong> 25% do total <strong>de</strong> cooperativas<br />
no país, mas respon<strong>de</strong>m por mais<br />
<strong>de</strong> 50% da movimentação econômica<br />
<strong>de</strong> todo o sistema cooperativista,<br />
que no ano passado foi <strong>de</strong><br />
655,8 bilhões <strong>de</strong> reais, segundo<br />
dados do Anuário do Cooperativismo<br />
Brasileiro <strong>2023</strong>, divulgado<br />
pela OCB.<br />
Com informações da <strong>Revista</strong> Exame<br />
<strong>Coamo</strong> recebe troféu ‘A Granja do Ano’ na categoria cooperativismo<br />
A <strong>Coamo</strong> recebeu o troféu "A Granja do Ano <strong>2023</strong>", na<br />
categoria cooperativismo. O evento foi realizado no Parque <strong>de</strong><br />
Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), durante a 38ª edição da<br />
Expointer.<br />
A premiação, realizada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1986, é consi<strong>de</strong>rada uma<br />
das mais relevantes da agropecuária brasileira. Os vencedores<br />
são eleitos pelo voto dos leitores da revista “A Granja”, que escolhem<br />
as pessoas, empresas, entida<strong>de</strong>s ou instituições <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque<br />
em mais <strong>de</strong> 30 segmentos ligados ao agronegócio.<br />
A <strong>Coamo</strong> foi representada pelo diretor Industrial, Divaldo<br />
Correa, que recebeu a premiação em nome da cooperativa<br />
e <strong>de</strong>stacou a importância <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> reconhecimento. “É com<br />
enorme satisfação e alegria que celebramos a conquista do prêmio<br />
na categoria cooperativismo. Nós agra<strong>de</strong>cemos a todos os<br />
envolvidos e compartilhamos esse momento com nossos parceiros,<br />
funcionários e cooperados”, afirma Divaldo.<br />
Divaldo Corrêa, diretor Industrial, recebeu<br />
a premiação em nome da cooperativa<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista 41<br />
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cooperativismo<br />
MULHERES QUE TRANSFORMAM<br />
Mais <strong>de</strong> cinco mil mulheres participaram <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> encontros em<br />
Campo Mourão, Toledo e Mangueirinha, no PR, e São Domingos, em SC<br />
Mulheres cooperativistas caminham e evoluem<br />
juntas. Com esse espírito, elas estão se reunindo<br />
em várias regionais da <strong>Coamo</strong>, para<br />
se inspirarem e transformarem o ambiente em que<br />
vivem. Mais <strong>de</strong> cinco mil mulheres cooperativistas do<br />
Paraná e Santa Catarina participaram <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong><br />
encontros, com o tema “Mulheres que transformam”.<br />
Elas <strong>de</strong>ixaram seus afazeres diários para um<br />
encontro inesquecível. Sorriram, choraram, se abraçaram,<br />
dançaram e aproveitaram cada momento. De<br />
todas as faixas etárias, as mulheres foram transformadas,<br />
num encontro <strong>de</strong> muita interação e alerta para<br />
temas fundamentais.<br />
Em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná),<br />
e em Toledo (Oeste do Paraná), o evento contou<br />
com uma palestra motivacional com Dani Amaral, e<br />
outra sobre li<strong>de</strong>rança e gestão no agronegócio, com<br />
a presi<strong>de</strong>nte da Socieda<strong>de</strong> Rural <strong>de</strong> Maringá, Maria<br />
Iraclézia <strong>de</strong> Araújo.<br />
Dani Amaral falou sobre <strong>de</strong>senvolvimento<br />
humano e lembrou as mulheres da força que cada<br />
uma tem, apresentando a sua história <strong>de</strong> superação<br />
para conectar as participantes. “Eu gosto <strong>de</strong><br />
falar a partir da minha experiência <strong>de</strong> vida. Perdi<br />
os dois braços com quatro anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, mas eu<br />
entendi que não era o que aconteceu que tinha o<br />
po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar quem eu seria. Eu acho que<br />
isso conecta muito com as pessoas, porque muitas<br />
Maria Iraclézia <strong>de</strong> Araújo falou sobre li<strong>de</strong>rança e gestão no agronegócio<br />
42 revista<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
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Dani Amaral, fez uma palestra motivacional partilhando suas experiências<br />
vezes passamos por algum problema<br />
e pensamos que aquilo<br />
em específico vai transformar<br />
toda a nossa vida. E não é exatamente<br />
isso. É como a gente<br />
reage àquilo que acontece”,<br />
conta a palestrante.<br />
Maria Iraclézia focou em<br />
li<strong>de</strong>rança no agronegócio. De<br />
acordo com ela, a mulher precisa<br />
enten<strong>de</strong>r que a vida <strong>de</strong> cada<br />
uma tem uma trajetória, e é necessário<br />
transformá-la <strong>de</strong> acordo<br />
com as oportunida<strong>de</strong>s. “Se<br />
você tem habilida<strong>de</strong>s para li<strong>de</strong>rar,<br />
você precisa se capacitar e<br />
enten<strong>de</strong>r que a mulher precisa<br />
ocupar os espaços que estão a<br />
sua disposição, e acima <strong>de</strong> tudo<br />
com a capacida<strong>de</strong> por meio do<br />
conhecimento, e compartilhar<br />
suas ativida<strong>de</strong>s profissionais, especialmente<br />
aquelas voltadas<br />
para o agronegócio.”<br />
Tatiane Martins Romagnole,<br />
cooperada em Boa Esperança<br />
(Centro-Oeste do Paraná),<br />
avalia que a participação da mulher<br />
na cooperativa cresceu ainda<br />
mais. “Fazer um evento <strong>de</strong>sse,<br />
torna a mulher mais protagonista<br />
<strong>de</strong>ntro da proprieda<strong>de</strong> rural, na<br />
família e na cooperativa. Eu e meu<br />
esposo conduzimos as ativida<strong>de</strong>s<br />
na proprieda<strong>de</strong>, seja na parte<br />
operacional ou <strong>de</strong> gestão, e esses<br />
eventos agregam ainda mais para<br />
o meu <strong>de</strong>senvolvimento.”<br />
Em Toledo, a cooperada<br />
Gabriela Zottis afirma que o<br />
Tatiane Martins Romagnole, <strong>de</strong> Boa Esperança (PR)<br />
Gabriela Zottis, <strong>de</strong> Toledo (PR)<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista 43<br />
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cooperativismo<br />
Mari Bernini <strong>de</strong>u um toque mais <strong>de</strong>scontraído e colocou todo mundo para dançar<br />
encontro inspira a mulher a ser<br />
empreen<strong>de</strong>dora e sair da retaguarda.<br />
“A mulher acaba ficando<br />
nos bastidores muitas vezes. Mas,<br />
é muito gratificante assistir essas<br />
palestras e receber esse incentivo<br />
para estar mais à frente e se valorizar<br />
<strong>de</strong>ntro do agronegócio.”<br />
Em São Domingos (Oeste<br />
<strong>de</strong> Santa Catarina), e em Mangueirinha<br />
(Sudoeste do Paraná),<br />
a policial civil, Rosana Botelho,<br />
chamou a atenção para a violência<br />
e criminalida<strong>de</strong> no campo. E a<br />
palestrante Mari Bernini <strong>de</strong>u um<br />
toque mais <strong>de</strong>scontraído e colocou<br />
todo mundo para dançar.<br />
O tema “Segurança na<br />
proprieda<strong>de</strong> rural” foi cuidadosamente<br />
escolhido para que as<br />
participantes lembrassem da<br />
importância da segurança preventiva<br />
e da exposição <strong>de</strong> dados<br />
pessoais. Para Rosana, o tema<br />
abordado teve uma perspectiva<br />
<strong>de</strong> cidadania associada à<br />
segurança pública, tratando <strong>de</strong><br />
diversos crimes, <strong>de</strong>ntre eles os<br />
patrimoniais que acontecem nas<br />
proprieda<strong>de</strong>s rurais. “A palestra<br />
teve o intuito <strong>de</strong> alertar que a<br />
violência, que até então estava<br />
concentrada nas áreas urbanas,<br />
também ocorre na área rural. A<br />
mulher, enquanto protagonista<br />
<strong>de</strong>sse sistema, po<strong>de</strong> fazer a diferença,<br />
seja na vida <strong>de</strong>la, na vida<br />
da família, na <strong>de</strong>fesa da proprieda<strong>de</strong><br />
e da comunida<strong>de</strong>. Então, o<br />
tema levou essas mulheres a uma<br />
reflexão sobre esse contexto em<br />
que elas estão inseridas”, conclui.<br />
Quando se fala em motivação,<br />
a influenciadora digital<br />
Marlene Lodi, <strong>de</strong> São Domingos (SC)<br />
Verônica Valiat Raut, <strong>de</strong> Mangueirinha (PR)<br />
44 revista<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
REVISTA COAMO_SETEMBRO.indd 44 26/09/<strong>2023</strong> 14:50:47
Rosana Botelho chamou a atenção para a violência e criminalida<strong>de</strong> no campo<br />
Mari Bernini <strong>de</strong>u um verda<strong>de</strong>iro show e tornou a<br />
tar<strong>de</strong> mais dinâmica e divertida, fazendo a mulherada<br />
se soltar. De acordo com ela, a oportunida<strong>de</strong><br />
foi incrível e muito aproveitada pelas participantes.<br />
“Poucas vezes na nossa vida, principalmente <strong>de</strong>pois<br />
do casamento, temos oportunida<strong>de</strong>s como essa, <strong>de</strong><br />
sair para se divertir, para falar sobre a vida real, sobre<br />
o casamento, sobre os filhos, <strong>de</strong> uma forma bem-humorada.<br />
É excelente que a <strong>Coamo</strong> consiga atingir<br />
tantas mulheres assim.”<br />
A esposa <strong>de</strong> cooperado, Marlene Lodi, <strong>de</strong><br />
São Domingos, participa todos os anos dos encontros<br />
das mulheres cooperativistas e elogiou as palestras<br />
“É muito bom porque a gente tem oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> ter mais conhecimento. As palestras foram incríveis<br />
e os temas muito relevantes para o momento. A<br />
gente percebe que sempre tem o que apren<strong>de</strong>r.”<br />
Em Mangueirinha, a participante Verônica<br />
Valiat Raut consi<strong>de</strong>rou os temas muito importantes e<br />
a tar<strong>de</strong> muito agradável. “Nós estávamos em mais <strong>de</strong><br />
500 mulheres numa tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> autoconhecimento. Todas<br />
levaram uma gran<strong>de</strong> experiência do que foi dito e<br />
po<strong>de</strong>m colocar em prática. Valeu a pena sair <strong>de</strong> casa,<br />
dos meus afazeres para participar <strong>de</strong>sse evento.”<br />
O gerente do entreposto em São Domingos,<br />
Zenobio Francisco Festa afirma que o objetivo dos encontros<br />
é integrar e aproximar as mulheres cooperativistas<br />
da <strong>Coamo</strong>, promovendo uma tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecimento<br />
e relacionamento entre elas. “Esses eventos<br />
aproximam o quadro social da cooperativa. A participação<br />
<strong>de</strong>las é muito boa. As mulheres são inseridas<br />
junto aos negócios da cooperativa e faz com que elas<br />
conheçam o que a gente tem para oferecer”, conta.<br />
De acordo com o assessor <strong>de</strong> Cooperativismo<br />
da <strong>Coamo</strong>, José Ricardo Pedron Romani, com<br />
apoio do Sescoop, os encontros ainda serão realizados<br />
em outras regionais, para ativar o protagonismo<br />
em muitas outras mulheres cooperativistas. “O propósito<br />
é justamente abranger o maior número <strong>de</strong><br />
participantes possível. Em torno <strong>de</strong> quatro mil mulheres<br />
participarão <strong>de</strong>sses encontros, on<strong>de</strong> o objetivo<br />
é levar assuntos relevantes da proprieda<strong>de</strong> rural<br />
e um momento <strong>de</strong> entretenimento para aproximar a<br />
mulher da sua cooperativa.”<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista 45<br />
REVISTA COAMO_SETEMBRO.indd 45 26/09/<strong>2023</strong> 14:50:49
<strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>Coamo</strong> forma 27ª turma <strong>de</strong><br />
Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas<br />
Curso garante a continuida<strong>de</strong> dos cooperados na ativida<strong>de</strong> e na cooperativa<br />
Curso é realizado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998, reconhecido como o melhor <strong>de</strong> formação cooperativista e já formou cooperados em toda a área <strong>de</strong> ação da cooperativa<br />
A<br />
<strong>Coamo</strong> realizou na noite do dia 22 <strong>de</strong> agosto,<br />
no anfiteatro da cooperativa em Campo Mourão<br />
(PR), a formatura da 27ª turma do Programa<br />
<strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas, promovido em<br />
parceria com o Serviço <strong>de</strong> Aprendizagem do Cooperativismo<br />
- Sescoop/PR e a Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do<br />
Paraná (UFPR). Familiares e toda a diretoria da <strong>Coamo</strong><br />
e da Credicoamo prestigiaram o evento.<br />
Neste ano, participam do programa 50 cooperados<br />
do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso<br />
do Sul. Inclusive, filhos <strong>de</strong> participantes das primeiras<br />
turmas, o que representa a continuida<strong>de</strong> das<br />
proprieda<strong>de</strong>s e da cooperativa. O curso é realizado<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998, reconhecido como o melhor <strong>de</strong> formação<br />
cooperativista e já formou cooperados em toda<br />
a área <strong>de</strong> ação da cooperativa.<br />
De acordo com o presi<strong>de</strong>nte Executivo da<br />
<strong>Coamo</strong>, Airton Galinari, o objetivo é capacitar os<br />
cooperados para que possam enten<strong>de</strong>r todo o processo<br />
que envolve uma cooperativa e ajudá-los na<br />
tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong>ntro da proprieda<strong>de</strong>. “O curso<br />
visa perpetuar os cooperados em sua ativida<strong>de</strong> e<br />
fazer com que eles estejam preparados para a gestão<br />
na cooperativa.”<br />
A formanda e oradora da turma, Crislaine<br />
Piotrowski Rickli, <strong>de</strong> Reserva, no Centro-Norte do Paraná<br />
encerra o curso com o sentimento <strong>de</strong> gratidão.<br />
“Me sinto grata à <strong>Coamo</strong> por ter essa visão sobre<br />
46 revista<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
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educação cooperativista e cumprir esse princípio <strong>de</strong><br />
incentivo a formação. É muito gratificante, termos<br />
essa visão <strong>de</strong> como nossa cooperativa funciona.”<br />
As Irmãs, Pietra Peracchia Nogueira Carbonari<br />
e Paola Peracchia Nogueira, cooperadas em<br />
Maracaju, no Mato Grosso do Sul, tiveram uma experiência<br />
ímpar, pois participaram do curso juntas.<br />
“Essa formação agregou muito conhecimento, principalmente<br />
sobre cooperativismo, uma área que eu<br />
não dominava. Mais do que nunca me sinto pertencente<br />
à cooperativa e isso foi o mais importante para<br />
mim. Sem contar que tivemos professores excelentes,<br />
que abordaram diversos temas e participantes<br />
<strong>de</strong> diversos <strong>de</strong>bates muito construtivos. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
do tamanho da proprieda<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos a<strong>de</strong>quar<br />
tudo que foi aprendido”, afirma Pietra.<br />
Para Paola conhecer e se aprofundar mais<br />
sobre o que é a <strong>Coamo</strong> foi outro aspecto positivo.<br />
“Tudo que conhecemos e os locais que visitamos<br />
reforçaram em nós a certeza da serieda<strong>de</strong> do trabalho<br />
que é realizado na <strong>Coamo</strong>. Tudo foi repassado<br />
com muita transparência. Foi um marco em minha<br />
vida e, sem dúvidas, saio <strong>de</strong>sse curso muito mais<br />
preparada”, enfatiza.<br />
Outro participante foi Jonas Otávio Romani<br />
<strong>de</strong> São Domingos, Santa Catarina. Ele tem o sentimento<br />
<strong>de</strong> conquista após a formatura. “Estivemos<br />
nesse período junto <strong>de</strong>ssa equipe maravilhosa da<br />
<strong>Coamo</strong>, um time sério que fez toda a diferença em<br />
nossas vidas. Apren<strong>de</strong>mos muito, mas o que mais<br />
me chamou atenção foi o tema da sucessão familiar<br />
e da administração da proprieda<strong>de</strong>. Agra<strong>de</strong>ço po<strong>de</strong>r<br />
viver essa oportunida<strong>de</strong>.”<br />
Entusiasta da formação cooperativista, José<br />
Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração<br />
da <strong>Coamo</strong> e Credicoamo, <strong>de</strong>staca as finalida<strong>de</strong>s<br />
do curso. “A primeira é a preparação para<br />
assumir as proprieda<strong>de</strong>s rurais. Já temos famílias na<br />
terceira geração <strong>de</strong> participantes nesse curso. A segunda<br />
envolve a administração da <strong>Coamo</strong> e Credicoamo,<br />
incluindo esses cooperados nos conselhos<br />
e comitês educativos. Temos integrantes do curso<br />
assumindo posições <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> nos conselhos<br />
<strong>de</strong> Administração e Fiscal.”<br />
Crislaine Piotrowski Rickli, <strong>de</strong> Reserva (PR)<br />
Pietra e Paola Peracchia Nogueira, irmãs cooperadas em Maracaju (SC)<br />
Jonas Otávio Romani <strong>de</strong> São Domingos (SC)<br />
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48 revista<br />
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intercâmbio<br />
<strong>Coamo</strong> e Credicoamo<br />
recebem comitiva da Ocergs<br />
Cooperativistas tiveram uma tar<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> troca <strong>de</strong> experiência e assistiram<br />
apresentações dos presi<strong>de</strong>ntes<br />
Executivos da <strong>Coamo</strong>, Airton Galinari<br />
e da Credicoamo, Alcir José Goldoni<br />
As diretorias da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo receberam<br />
a visita <strong>de</strong> uma comitiva da Organização<br />
das Cooperativas do Rio Gran<strong>de</strong> do<br />
Sul (Ocergs), com representantes <strong>de</strong> 30 cooperativas<br />
vinculadas a Fe<strong>de</strong>ração da Cooperativas Agropecuárias<br />
do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (Fecoagro/RS), que<br />
representam mais <strong>de</strong> 80% do faturamento das cooperativas<br />
agropecuárias do Estado.<br />
Os cooperativistas tiveram uma tar<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
troca <strong>de</strong> experiência e assistiram apresentações dos<br />
presi<strong>de</strong>ntes Executivos da <strong>Coamo</strong>, Airton Galinari e<br />
da Credicoamo, Alcir José Goldoni.<br />
Na oportunida<strong>de</strong> foi assinado pela Ocepar,<br />
Ocergs, Fecoagro/RS e <strong>Coamo</strong>, um documento solicitando<br />
apoio do Ministério da Agricultura para a comercialização<br />
do trigo, como forma <strong>de</strong> minimizar as<br />
perdas que os triticultores estão tendo com a queda<br />
acentuada dos preços do cereal. A iniciativa reforça<br />
o pedido feito pela Organização das Cooperativas<br />
Brasileiras (OCB), no dia 23 <strong>de</strong> agosto, ao ministro<br />
da Agricultura Carlos Fávaro.<br />
Segundo o presi<strong>de</strong>nte da Cotrijal Agroindustrial<br />
Cooperativa, Nei Cesar Manica, a visita foi<br />
produtiva. “É uma alegria para nossa <strong>de</strong>legação visitar<br />
a <strong>Coamo</strong>. Quero parabenizar a cooperativa, mais<br />
uma vez, pela excelência que é e por nos inspirar em<br />
todos os aspectos, tanto no profissionalismo como<br />
na visão estratégica.”<br />
O presi<strong>de</strong>nte da Fecoagro/RS, Paulo Pires,<br />
ressalta que a experiência foi muito proveitosa. "Vemos<br />
na <strong>Coamo</strong> uma referência <strong>de</strong> cooperativismo e<br />
<strong>de</strong> produção para o Brasil e para o mundo. A <strong>Coamo</strong><br />
trabalha <strong>de</strong> uma forma espetacular e ficamos todos<br />
encantados com a visita”, elogia.<br />
O superinten<strong>de</strong>nte do Sistema Ocergs, Mário<br />
<strong>de</strong> Conto, diz que essa jornada dos presi<strong>de</strong>ntes<br />
das cooperativas do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul é realizada<br />
anualmente e, neste ano, eles estão conhecendo o<br />
Paraná. “Tivemos um dia e meio <strong>de</strong> capacitação com<br />
nossos presi<strong>de</strong>ntes e a i<strong>de</strong>ia foi conhecer as cooperativas<br />
do Paraná, e a <strong>Coamo</strong> foi a primeira. O objetivo<br />
foi enten<strong>de</strong>r um pouco do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócios e<br />
do funcionamento da <strong>Coamo</strong>. Estamos muito felizes<br />
<strong>de</strong> estar aqui com a acolhida da diretoria.”<br />
setembro/<strong>2023</strong> revista 49<br />
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parceria no campo<br />
Parceiros na vida, na profissão e no cooperativismo<br />
Fortalecidos pela parceria com a <strong>Coamo</strong>, casal<br />
muda <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> Estado, e investe na agricultura<br />
Casal An<strong>de</strong>rson e Ângela, <strong>de</strong> Dourados (MS), trocaram a profissão <strong>de</strong> farmacêuticos pela ativida<strong>de</strong> agrícola<br />
Entre idas e vindas, a história do cooperado An<strong>de</strong>rson<br />
Caleffi, se cruza em vários momentos<br />
com a <strong>Coamo</strong>. Paranaense <strong>de</strong> São João do Ivaí,<br />
município próximo à se<strong>de</strong> da cooperativa em Campo<br />
Mourão (Centro-Oeste do Paraná), ele nasceu no meio<br />
rural, mas muito cedo, por volta dos 13 anos, saiu <strong>de</strong><br />
casa para estudar. Só retornou 15 anos <strong>de</strong>pois, já formado<br />
em farmácia, profissão que exerceu até resolver<br />
retomar as raízes da agricultura, incentivado pelo pai,<br />
que sofreu um aci<strong>de</strong>nte e ficou impossibilitado <strong>de</strong><br />
conduzir os negócios com a mesma disposição <strong>de</strong> antes.<br />
“Trabalhei até a adolescência com meu pai. Depois<br />
<strong>de</strong> ficar anos fora voltei com outra cabeça e consegui<br />
modificar o sistema que ele praticava. Mas, chegou um<br />
período que não tinha mais para on<strong>de</strong> crescer, pois<br />
com a tecnologia, o patrimônio aumentou. Resolvi, então,<br />
investir em uma nova região. Foi aí que vim parar<br />
no Mato Grosso do Sul”, conta An<strong>de</strong>rson, que quando<br />
chegou em Dourados (Sudoeste <strong>de</strong> Mato Grosso do<br />
Sul), iniciou cultivando soja e fazia cobertura com aveia.<br />
Há cerca <strong>de</strong> três anos incrementou o sistema com o milho<br />
e, agora, também investe na cultura do trigo.<br />
Não por acaso, a fazenda adquirida na localida<strong>de</strong><br />
conhecida como Placa Abadiu, leva o nome <strong>de</strong><br />
Conquista, remetendo aos esforços e objetivos alcançados<br />
pelo cooperado e a esposa e parceira <strong>de</strong> vida,<br />
50 revista<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
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Flávio Emílio Pizzigatti: trabalho pautado no cooperativismo<br />
Família Caleffi <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> e vivencia o sistema cooperativista no dia a dia<br />
como ele diz, Ângela Perandré Caleffi. Uma também<br />
farmacêutica <strong>de</strong> formação, que assim como o marido,<br />
<strong>de</strong>ixou o avental branco e a paixão pela área da saú<strong>de</strong>,<br />
para se transformar em uma mulher do agro. “Não<br />
é fácil. É um ramo totalmente diferente para mim.<br />
Mas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira vez que ele me trouxe aqui eu<br />
amei e percebi que era isso que eu queria para mim”,<br />
revela Ângela, que participa ativamente do dia a dia<br />
da proprieda<strong>de</strong> e das ativida<strong>de</strong>s da cooperativa. “Fiz<br />
o curso Mulher Atual recentemente e foi muito bom,<br />
aprendi muito. Tudo que o An<strong>de</strong>rson precisa, estou<br />
aqui para ajudar. Do plantio à colheita até a manutenção<br />
das máquinas tento contribuir <strong>de</strong>ntro da melhor<br />
forma possível. Abracei essa causa e estou buscando<br />
conhecimento na <strong>Coamo</strong> para melhorar”, afirma.<br />
Defensor do cooperativismo e, sobretudo, da<br />
<strong>Coamo</strong>, o produtor expõe o sentimento <strong>de</strong> gratidão<br />
pelos frutos colhidos com a parceria, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os tempos<br />
que vivia no Paraná. “A <strong>Coamo</strong> é essência para mim.<br />
Eu praticamente nasci <strong>de</strong>ntro da <strong>Coamo</strong>. Foi o alicerce<br />
para minha família e o gran<strong>de</strong> incentivo para eu comprar<br />
essas terras aqui no Mato Grosso do Sul, porque<br />
ela estava chegando aqui na região quando vim para<br />
cá atras <strong>de</strong> novas áreas. Inclusive, eu procurava uma<br />
região on<strong>de</strong> a <strong>Coamo</strong> já estivesse. E lá se vão oito anos<br />
que estou plantando aqui junto com a <strong>Coamo</strong>, on<strong>de</strong><br />
sou 100% sempre”, comemora o bem-humorado An<strong>de</strong>rson,<br />
quase sempre com um sorriso no rosto.<br />
O <strong>de</strong>poimento do casal serve como combustível<br />
para o atendimento da equipe da <strong>Coamo</strong>.<br />
O engenheiro agrônomo, Flávio Emílio Pizzigatti, da<br />
<strong>Coamo</strong> em Dourados, <strong>de</strong>staca a persistência e utilização<br />
<strong>de</strong> tecnologia adotada por eles, e que faz toda<br />
a diferença para o sucesso da ativida<strong>de</strong>. “Eles <strong>de</strong>senvolvem<br />
aqui quatro sistemas. Exploram soja, milho,<br />
trigo e cobertura com aveia e um mix <strong>de</strong> cobertura<br />
ver<strong>de</strong>, que vem contribuindo muito para chegar aos<br />
objetivos com a cultura da soja, que sustenta todo<br />
o sistema. Para nós é um privilégio aten<strong>de</strong>r um produtor<br />
<strong>de</strong> mente aberta, que aceita todas as tecnologias,<br />
sempre em busca <strong>de</strong> altas produtivida<strong>de</strong>s”,<br />
<strong>de</strong>clara Pizzigatti.<br />
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UNIÃO NA VIDA E PARCERIA NO TRABALHO<br />
Alavancados pela cooperação, casal <strong>de</strong> Sidrolândia (MS)<br />
compartilha paixão e sucesso na ativida<strong>de</strong> agropecuária<br />
52 revista<br />
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cooperação<br />
Assim como se <strong>de</strong>senvolve o cooperativismo,<br />
filosofia em que é essencial a prática da parceria<br />
e apoio mútuo, tem sido a atuação no<br />
trabalho e na vida do casal Cláudio e Sônia Beretta,<br />
produtores rurais e associados à <strong>Coamo</strong> em Sidrolândia,<br />
no Sudoeste do Mato Grosso do Sul.<br />
Veterinários por formação, eles se conheceram<br />
na faculda<strong>de</strong>, concluíram o curso em 1982 e um<br />
ano <strong>de</strong>pois se casaram. Naturais do Estado <strong>de</strong> São<br />
Paulo, chegaram na região há 38 anos, on<strong>de</strong> trabalharam<br />
com a pecuária, e <strong>de</strong>pois inseriram a agricultura,<br />
dividindo funções e responsabilida<strong>de</strong>s que ao<br />
longo dos anos lhes trouxeram muitos <strong>de</strong>safios, dificulda<strong>de</strong>s,<br />
conquistas e, sobretudo, ensinamentos.<br />
Experiências que ficarão para a vida toda. Não só<br />
para eles, como também para as próximas gerações<br />
da família.<br />
Neste longo período, <strong>de</strong>cisões importantes<br />
nortearam a vida e os negócios do casal, hoje amparados<br />
por uma forte parceria com a <strong>Coamo</strong>. “Quando<br />
os filhos eram pequenos ela se <strong>de</strong>dicou a cuidar<br />
<strong>de</strong>les. Mas, eles cresceram, já são formados e voltamos<br />
a nos <strong>de</strong>dicar juntos nos negócios da família,<br />
sendo assistidos pela cooperativa que nos oferece<br />
todo o apoio”, <strong>de</strong>clara Cláudio Beretta, que na divisão<br />
<strong>de</strong> tarefas está ligado à condução das áreas<br />
<strong>de</strong> lavoura, on<strong>de</strong> planta soja no verão, e milho <strong>de</strong><br />
segunda safra no inverno.<br />
Cultivando cerca <strong>de</strong> 3.200 hectares em sistema<br />
<strong>de</strong> grupo familiar, praticamente 100% da área<br />
é ocupada pelas lavouras. “Exceto nas áreas marginais,<br />
mais arenosas e com menos tempo <strong>de</strong> agricultura,<br />
on<strong>de</strong> por enquanto plantamos soja no verão<br />
e no inverno somente fazemos cobertura”, explica<br />
o cooperado. “Nos preocupamos muito com a correção<br />
<strong>de</strong> solo e estamos a cada ano conseguindo<br />
resultados melhores”, diz.<br />
Na percepção da assistência técnica, o cooperado<br />
Cláudio Beretta é um dos muitos da região<br />
<strong>de</strong> Sidrolândia com perfil empreen<strong>de</strong>dor, que valoriza<br />
o agro e o que a cooperativa oferece <strong>de</strong> melhor.<br />
“Eles [Cláudio e Sônia] utilizam nossa estrutura da<br />
melhor forma, enxergam a <strong>Coamo</strong> como a melhor<br />
opção e reconhecem isso, pois já tiveram uma melhora<br />
nos resultados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da parceria”, salienta<br />
o engenheiro agrônomo Laércio Stabille Júnior,<br />
da <strong>Coamo</strong> em Sidrolândia.<br />
Empresário rural <strong>de</strong> visão estratégica,<br />
Cláudio sabe bem o quanto representa para a<br />
sua ativida<strong>de</strong> o amparo que recebe da cooperativa.<br />
“É uma parceria muito bem-vinda que significa<br />
muito para nós. Temos confiança, garantia <strong>de</strong><br />
recebimento e uma classificação bastante séria,<br />
que não pensa somente no lado da cooperativa,<br />
mas também no produtor. Temos muitas vantagens<br />
e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos oferecidos”, afirma<br />
o associado, que pe<strong>de</strong>: “Espero que a <strong>Coamo</strong><br />
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esultados. Graças a Deus”, completa a cooperada,<br />
que no passado recente foi a maior produtora <strong>de</strong><br />
ovinos do Estado. “Tive <strong>de</strong> parar, não estava mais<br />
dando conta e faltava estrutura para recepção da<br />
produção”, explica.<br />
Atentos às novas tecnologias, o casal não<br />
renuncia a tecnificação, seja na agricultura ou na<br />
pecuária. “O que procuramos é fazer coisas produtivas,<br />
que não tenham <strong>de</strong>sperdícios e sejam organizadas.<br />
Para mim, a principal fonte <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdício<br />
é a <strong>de</strong>sorganização. Para isso precisamos produzir<br />
o máximo com o mínimo, sendo cada vez mais eficientes”,<br />
enfatiza Sônia, lembrando que a atual fase<br />
<strong>de</strong> mercado não é das melhores, mas nem por isso<br />
<strong>de</strong>sanima. “Estamos fazendo a nossa parte. Estamos<br />
conseguindo tirar animais daqui <strong>de</strong> 20 a 22 arrobas<br />
com menos <strong>de</strong> dois anos”, comenta.<br />
O foco na gestão e planejamento é um<br />
dos pontos fortes do sucesso dos Beretta, conforme<br />
o médico veterinário da <strong>Coamo</strong> Diones A<strong>de</strong>lino<br />
da Silva, que acompanha o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da pecuária na fazenda. “Eles estão a longos anos<br />
na ativida<strong>de</strong> e conhecem bem este trabalho. O diferencial<br />
<strong>de</strong>les é buscar informação, pois fazem o<br />
simples, muito bem-feito. Percebe-se pela atenção<br />
aos <strong>de</strong>talhes, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a construção da estrutura para<br />
o confinamento dos animais, até a construção <strong>de</strong>scooperação<br />
Cláudio e Sônia utilizam a estrutura da <strong>Coamo</strong> da melhor forma, têm a cooperativa como a melhor opção e reconhecem a parceria<br />
continue assim, que nossos filhos e as futuras gerações<br />
possam usufruir <strong>de</strong>ssa serieda<strong>de</strong> e filosofia<br />
praticada.”<br />
um toque feminino no campo<br />
A fazenda Santa Isabel, on<strong>de</strong> está localizada<br />
a se<strong>de</strong> e quase toda estrutura utilizada pela família, é<br />
daqueles lugares que logo <strong>de</strong> cara chamam a atenção<br />
<strong>de</strong> quem chega. Espaço que impressiona pela<br />
organização e beleza, on<strong>de</strong> se vê que cada <strong>de</strong>talhe<br />
foi pensado com cuidado. Particularida<strong>de</strong>s, que certamente<br />
tiveram a contribuição, da também cooperada<br />
Sônia Beretta, a <strong>de</strong>dicada esposa <strong>de</strong> Cláudio.<br />
Mulher <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>, Sônia revela que<br />
a profissão <strong>de</strong> veterinária foi escolhida ainda quando<br />
criança. Nas idas e vindas da vida, durante um<br />
bom tempo a fazenda era explorada apenas pela<br />
agricultura, até que ela resolveu novamente introduzir<br />
a pecuária nas ativida<strong>de</strong>s da proprieda<strong>de</strong>, optando<br />
por bovinos <strong>de</strong> corte em sistema <strong>de</strong> confinamento.<br />
“Como não tínhamos área para tirar a lavoura e<br />
colocar pecuária, resolvemos confinar”, conta. “Eu já<br />
tinha o grão, era só montar a estrutura para o confinamento.<br />
Fizemos confinamento para engorda em<br />
um lugar e recria em outra área. E já estamos com a<br />
nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mil cabeças lotada, com bons<br />
54 revista<br />
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Laércio Stabille Júnior, engenheiro agrônomo da <strong>Coamo</strong>, <strong>de</strong>staca<br />
o trabalho <strong>de</strong> parceria que envolve toda a ativida<strong>de</strong> agrícola<br />
Diones A<strong>de</strong>lino da Silva, médico veterinário da <strong>Coamo</strong>,<br />
ressalta que o casal é referência para a agropecuária na região<br />
ta pequena fábrica <strong>de</strong> ração para o plantel que eles<br />
possuem aqui”, <strong>de</strong>staca Diones, que vai além. “Eles<br />
são referência em tudo que fazem. O seu Cláudio é<br />
mais razão e foco nas metas e resultados, e a dona<br />
Sônia tem um pouco disso e muita paixão pelo que<br />
faz, por isso se completam”, <strong>de</strong>fine.<br />
Seguindo os princípios da cooperação,<br />
a valorização é um dos fatores levados em conta<br />
no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão da família. Assim, eles protegem<br />
seus agregados, incentivando-os a buscar<br />
melhores resultados. “O que po<strong>de</strong>mos fazer da<br />
porteira para <strong>de</strong>ntro, nós tentamos, da melhor forma.<br />
Temos uma equipe muito boa e procuramos<br />
valorizar o trabalho <strong>de</strong>les, inclusive com retorno financeiro,<br />
participando dos lucros. Tem dado certo<br />
e eu estou feliz”, comemora.<br />
“Acho fantástico essa inclusão feminina num<br />
setor até então dominado pelos homens. As mulheres<br />
adoram o agro, já não é mais uma ativida<strong>de</strong><br />
só do homem. A mulher tem paixão por aquilo que<br />
faz, sensibilida<strong>de</strong> e muito mais. A gente trabalha um<br />
pouco com o coração também, e não só com a razão.<br />
Também estamos gerando riqueza”, finaliza ela<br />
sorrindo, celebrando o momento <strong>de</strong> realização.<br />
Cláudio e Sônia com a filha Bruna, o genro Jeferson e os netos Pedro e Artur<br />
Sônia com os funcionários Jaime e Roseli. Parceria<br />
diária na alimentação e manejo dos animais<br />
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56 revista<br />
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saú<strong>de</strong><br />
Plano Essencial: cuidando <strong>de</strong> toda família<br />
Novo plano Unimed aos cooperados da <strong>Coamo</strong> trabalha na<br />
prevenção e ajuda na redução <strong>de</strong> gastos excessivos do beneficiário<br />
Acordar com uma dor nas costas, po<strong>de</strong> não ser, necessariamente,<br />
um alerta para o cuidado com o rim.<br />
Muitas vezes, po<strong>de</strong> ser questão para um ortopedista<br />
ou, então, um cardiologista avaliar. Assim, a pessoa começa<br />
a ir em vários especialistas, e não encontra uma solução para<br />
o seu problema. E, além da angústia por não encontrar um<br />
diagnóstico certo para o caso, já teve um gasto muito alto com<br />
o tanto <strong>de</strong> médicos e exames realizados, e isso po<strong>de</strong> pesar no<br />
orçamento. Mas, como saber qual o médico certo para procurar<br />
um tratamento?<br />
É por isso que a Unimed Campo Mourão <strong>de</strong>senvolveu<br />
um plano específico aos cooperados <strong>Coamo</strong> do Paraná<br />
para aprimorar a forma <strong>de</strong> atendimento. Com o Plano Essencial<br />
<strong>Coamo</strong>, além <strong>de</strong> ter um cuidado totalmente voltado à prevenção<br />
<strong>de</strong> doenças, o tratamento será sempre bem direcionado<br />
pela equipe, sem gastos excessivos.<br />
Isso porque, o Essencial é baseado no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
Atenção Personalizada à Saú<strong>de</strong> (APS), em que o beneficiário<br />
tem um médico que atua em Medicina da Família e Comunida<strong>de</strong><br />
que conhece todo o histórico <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do paciente,<br />
sendo capaz <strong>de</strong> orientar e oferecer o tratamento i<strong>de</strong>al para<br />
solucionar o caso. Ainda, o Essencial conta com uma equipe<br />
multiprofissional, com diversos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, para<br />
acompanhar e trabalhar na prevenção.<br />
<strong>de</strong> encaminhar para outros especialistas. Afinal, o médico da<br />
família dará a orientação mais a<strong>de</strong>quada.<br />
Caso o médico da família i<strong>de</strong>ntifique a necessida<strong>de</strong>,<br />
ele encaminhará para outro especialista para ter um diagnóstico<br />
mais aprofundado. Isso evita que o paciente necessite consultar<br />
com vários médicos.<br />
Com esse direcionamento, em vez <strong>de</strong> cinco coparticipações,<br />
por exemplo, o beneficiário pagará somente uma<br />
coparticipação, que será com o especialista direcionado pelo<br />
médico da família.<br />
Quer contratar o Plano Essencial?<br />
Procure um entreposto <strong>Coamo</strong> no Paraná mais próximo e consulte<br />
se o Plano Essencial está disponível para a região.<br />
Sem gastos excessivos com coparticipações<br />
Com o Essencial, além <strong>de</strong> um cuidado integral, com<br />
um médico especialista exclusivo para te aten<strong>de</strong>r e uma equipe<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> multiprofissional, o beneficiário garante um custo<br />
reduzido em relação às coparticipações em consultas. Ao ser<br />
atendido pelo médico <strong>de</strong> referência, nas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atendimento<br />
indicadas, a consulta com o seu médico não tem custo<br />
<strong>de</strong> coparticipação, além <strong>de</strong> que 80% dos casos são solucionados<br />
pelo próprio médico <strong>de</strong> referência, sem a necessida<strong>de</strong><br />
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eceita<br />
Bolo <strong>de</strong><br />
CHURROS<br />
INGREDIENTES<br />
3<br />
1 xícara (chá)<br />
3<br />
3 colheres (sopa)<br />
2 xícaras (chá)<br />
½ xícara (chá)<br />
1 colher (sopa)<br />
½ colher (sopa)<br />
Claras<br />
Açúcar<br />
Gemas<br />
Margarina <strong>Coamo</strong> Premium<br />
Farinha <strong>de</strong> Trigo <strong>Coamo</strong> Tradicional<br />
Leite<br />
Fermento químico<br />
Canela em pó<br />
COBERTURA<br />
5 xícaras (chá)<br />
A gosto<br />
A gosto<br />
Doce <strong>de</strong> leite<br />
Canela em pó<br />
Açúcar<br />
MODO DE PREPARO:<br />
Na bate<strong>de</strong>ira, bata as claras em neve e reserve. Bata as gemas<br />
com o açúcar e a margarina. Junte o trigo e o leite e misture em<br />
velocida<strong>de</strong> baixa. Junte o fermento e a canela. Incorpore as claras à<br />
massa. Coloque em uma forma untada. Asse em forno preaquecido<br />
a 180 ºC por aproximadamente 35 minutos ou até que um palito<br />
espetado na massa saia limpo. Desenforme morno e <strong>de</strong>ixe esfriar<br />
sobre uma gra<strong>de</strong>, sem tirar o papel. Descarte o papel-manteiga.<br />
Confira o<br />
ví<strong>de</strong>o da<br />
receita:<br />
Para a cobertura, coloque o<br />
doce <strong>de</strong> leite por cima da massa<br />
e polvilhe canela em pó e açúcar<br />
sobre ele.<br />
<strong>Coamo</strong> Alimentos<br />
58 revista<br />
setembro/<strong>2023</strong><br />
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AFFO
coamo.com.br<br />
Para a <strong>Coamo</strong>,<br />
a cooperação é a semente<br />
das gran<strong>de</strong>s conquistas.<br />
1º lugar na categoria Cooperativas<br />
e campeã histórica da EXAME.<br />
Nos 50 anos <strong>de</strong> Melhores e Maiores da EXAME, temos mais um motivo para comemorar.<br />
Somos a campeã histórica <strong>de</strong>ssa renomada premiação. É o reconhecimento do trabalho,<br />
da <strong>de</strong>dicação e da força dos nossos mais <strong>de</strong> 31 mil cooperados, 9 mil colaboradores e 140<br />
mil beneficiados. Transformamos amor pela terra e cuidado com o meio ambiente em<br />
produtos <strong>de</strong> origem e alta qualida<strong>de</strong> para milhões <strong>de</strong> brasileiros.<br />
AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA<br />
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