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Revista TOP Marchador #59

Revista TOP Marchador #59 Julho/2019

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Julho/2019

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Angahy: o primeiro <strong>Marchador</strong> registrado<br />

Desde que foi aberto o primeiro Livro de<br />

Registro de animais da ABCCMM, em 1949, foram<br />

inscritos mais de 600 mil exemplares da raça. De<br />

acordo com o Livro de Registro Definitivo de<br />

Machos da entidade, MM3, aberto em 1949, o primeiro<br />

registro pertence ao <strong>Marchador</strong> chamado<br />

Angahy, realizado em __ de outubro de 1950. De<br />

pelagem Castanha, o exemplar foi batizado com o<br />

mesmo nome da propriedade onde que nascera,<br />

no ano de 1941. A Fazenda Angaí, localizada na<br />

cidade de Cruzília (MG), pertencia ao criador<br />

Adeodato dos Reis Meirelles, um dos sócios fundadores<br />

da ABCCMM em 1949.<br />

Posteriormente, Angahy deixou o Sul de<br />

Minas e foi para a cidade de Passa Tempo, na<br />

região Oeste de Minas Gerais, mais precisamente<br />

para a propriedade do equinocultor Bolívar<br />

de Andrade. No final da década de 50, Angahy,<br />

novamente, mudou de casa. Em 1º de junho de<br />

1959, foi comunicada a transferência de propriedade:<br />

Angahy passava a pertencer, então, ao<br />

fazendeiro Américo Moacyr de Oliveira, do afixo<br />

Casa Branca, também em Passa Tempo.<br />

Na Fazenda Casa Branca, Angahy teve quatro<br />

filhos, três machos e uma fêmea. Do cruzamento<br />

com Casa Branca Albanesa, nasceu Casa<br />

Branca Augaluff II. Com a matriz Casa Branca<br />

Antilha, foi pai de Casa Branca Cadilac. Já com a<br />

égua Casa Branca Concertina, foi progenitor de<br />

Casa Branca Caribe. A única fêmea entre seus<br />

sucessores nasceu do cruzamento com Maria<br />

Bonita SG e foi batizada como Viola Alvorada.<br />

A resenha de Angahy está no primeiro Livro<br />

de Registro da ABCCMM – MM3, que foi fechado<br />

em 9 de fevereiro de 1982 e encontra-se<br />

exposto para visitação no Museu do Mangalarga<br />

<strong>Marchador</strong>, na cidade de Cruzília, município<br />

mineiro tido como o berço da raça.<br />

Sereia: a primeira fêmea registrada<br />

na raça Mangalarga<br />

Registrada no primeiro Livro Aberto da raça,<br />

MM4, em 28 de outubro de 1950, Sereia foi a primeira<br />

fêmea cadastrada no Mangalarga<br />

<strong>Marchador</strong>. A égua nasceu em 18 de setembro<br />

de 1947 e foi documentada aos quatro anos de<br />

idade. Passou toda sua vida na Fazenda Capão<br />

da Cana, localizada na cidade de Mateus Leme,<br />

região metropolitana de Belo Horizonte (MG). A<br />

propriedade pertencia ao criador Francisco Silva<br />

Serra Negra, um dos sócios fundadores da<br />

ABCCMM no ano de 1949.<br />

Na resenha é possível ver algumas observações<br />

do técnico responsável, como, por exemplo,<br />

a pelagem, descrita pelo profissional como<br />

Tordilha Queimada, a medida de 1,67 cm de<br />

tórax ou o temperamento, classificado como<br />

muito bom. Sereia foi mãe de uma única filha,<br />

AF Samoa, fruto do cruzamento com o garanhão<br />

AF Nobre, da Fazenda Fortaleza, em Nova<br />

Odessa, São Paulo.<br />

Bastante comum na raça, a denominação<br />

Sereia aparece em um total de 542 registros<br />

(nome ou sobrenome). Destes, em 476 documentos,<br />

Sereia é o nome principal. Algumas,<br />

inclusive, figuram como campeãs das competições<br />

oficiais da raça.<br />

O PRIMEIRO PRESIDENTE<br />

O primeiro criador a ocupar a presidência<br />

da ABCCMM foi Moacyr Rezende,<br />

que liderou a instituição durante os primeiros<br />

sete anos, de 1949 a 1956. Em<br />

24 de outubro de 1950, Moacyr Rezende,<br />

convocou Assembleia Extraordinária<br />

para discutir e oficializar o Padrão<br />

Racial do Mangalarga <strong>Marchador</strong>.<br />

Ainda em outubro, dessa vez no dia 27,<br />

houve reunião para aperfeiçoamento do<br />

Regulamento do Registro Genealógico<br />

da raça. O cadastro dos primeiros exemplares<br />

ocorreu durante a XVII Exposição<br />

Nacional de Animais e Produtos Derivados,<br />

realizada no Parque da Gameleira,<br />

no mesmo ano.<br />

Na mesma época também se definiu a<br />

marca oficial para a identificação dos<br />

animais aprovados para registro. Em<br />

forma de ferradura e com um M maiúsculo<br />

no seu interior, o carimbo proposto<br />

por Joaquim Fernandes Braga, identifica,<br />

até os dias de hoje, os animais da raça<br />

Mangalarga <strong>Marchador</strong>.<br />

Quando encerrou a gestão, em 1956,<br />

Moacyr Rezende deixou o plantel da entidade<br />

com 355 animais registrados.<br />

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