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As pastagens com alto nível de oxalato não<br />
trazem problemas aos bovinos já que nessa<br />
especie a flora microbiana está localizada no<br />
rume, ou seja, antes do intestino delgado. Dessa<br />
forma os microorganismo podem liberar o<br />
Calcio que se apresenta acoplado ao oxalato e<br />
esse mineral é então, absorvido no intestino delgado.<br />
Já, nos equinos, o calcio será liberado no<br />
intestino grosso, onde se encontra a microbiota<br />
e, portanto, depois do intestino delgado, seu<br />
principal sítio de absorção.<br />
Os oxalatos podem estar presentes em altas<br />
concentrações em diversas gramíneas (Quadro<br />
1) como no capim pangola (Digitaria decumbens),<br />
buffell (Cenchrus ciliaris), setárias<br />
(Setaria anceps e S. sphacelata), braquiária<br />
humidícula (Brachiaria humidicola) e quicuio<br />
(Pennisetum clandestinum), sendo que as setárias<br />
possuem as maiores concentrações.<br />
Forrageiras leguminosas também podem conter<br />
níveis elevados de oxalato. Entretanto, possuem<br />
alta concentração de Ca e, então, a relação<br />
Ca:oxalato fica acima de 0,5:1. A alfafa, por<br />
exemplo, tem de 0,5 a 0,87% de oxalatos, mas a<br />
relação Ca:oxalato varia de 3 a 1,7:1, não representando<br />
riscos à saúde do equino.<br />
Na Tabela 1, estão descritas a relação entre Ca<br />
e o Oxalato de diversos volumosos que são utilizados<br />
na alimentação dos equinos.<br />
O ideal seria não utilizar pastagens com alta<br />
concentração de oxalato para os equinos, mas,<br />
quando uma pastagem com alta concentração<br />
de oxalato já foi formada em um criatório, é possivel<br />
resolver o problema temporariamente, até<br />
que essa pastagem trocada. Dessa forma, conhecendo-se<br />
o teor de cálcio e oxalato presente<br />
nessa pastagem, o teor de cálcio pode ser corrigido,<br />
com a adição de calcário calcítico ao sal<br />
mineral, mantendo a proporção Ca:oxalato na<br />
dieta de, no mínimo, 0,5:1. É importante que o<br />
consumo do sal mineral pelo animal seja monitorado,<br />
devido a baixa palatabilidade do calcário<br />
calcítico. Esse suplemento que é misturado ao<br />
sal para suprir o calcio que falta na dieta, pode<br />
reduzir a ingestão da mistura e por isso, na mistura<br />
calculada deve se utilizar palatabilizantes,<br />
como por exemplo o milho. Essa medida é paliativa<br />
e só deve ser utilizada enquanto a gramínea<br />
não é substituída por outra com baixo teor de<br />
oxalato, como é o caso das variedades de<br />
Cynodon.<br />
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Forrageira* P Ca Oxalato Ca:oxalato<br />
Setária 0,25 0,27 2,80 0,10<br />
Humidicula 0,14 0,29 2,98 0,09<br />
Buffel 0,16 0,44 2,11 0,20<br />
Aruana 0,17 0,37 2,16 0,17<br />
Napier 0,21 0,71 2,81 0,28<br />
Tanzânia 0,34 0,41 1,12 0,36<br />
Colonião 0,30 0,14 2,21 0,13<br />
Mombaça 0,35 0,20 1,08 0,32<br />
Bengo 0,17 0,62 2,20 0,28<br />
Capim gordura 0,20 0,55 1,05 0,52<br />
Capim vaqueiro 0,13 0,46 0,35 1,31<br />
Massai1 0,15 0,59 0,36 1,63<br />
Coast-cross 0,32 0,61 0,35 1,74<br />
Andropogon 0,18 0,47 0,18 2,61<br />
Alfafa 0,20 1 0,18 2,80<br />
Urucloa 0,18 0,57 0,18 3,16<br />
Jiggs 0,32 0,95 0,18 5,27<br />
Ruziziensis 0,20 0,40 0,00 -<br />
Tierra Verde 0,21 0,42 0,00 -<br />
Rhodes 0,23 0,85 0,00 -<br />
Estrela Africana 0,43 0,96 0,00 -<br />
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