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Revista TOP Marchador #59

Revista TOP Marchador #59 Julho/2019

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Julho/2019

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As pastagens com alto nível de oxalato não<br />

trazem problemas aos bovinos já que nessa<br />

especie a flora microbiana está localizada no<br />

rume, ou seja, antes do intestino delgado. Dessa<br />

forma os microorganismo podem liberar o<br />

Calcio que se apresenta acoplado ao oxalato e<br />

esse mineral é então, absorvido no intestino delgado.<br />

Já, nos equinos, o calcio será liberado no<br />

intestino grosso, onde se encontra a microbiota<br />

e, portanto, depois do intestino delgado, seu<br />

principal sítio de absorção.<br />

Os oxalatos podem estar presentes em altas<br />

concentrações em diversas gramíneas (Quadro<br />

1) como no capim pangola (Digitaria decumbens),<br />

buffell (Cenchrus ciliaris), setárias<br />

(Setaria anceps e S. sphacelata), braquiária<br />

humidícula (Brachiaria humidicola) e quicuio<br />

(Pennisetum clandestinum), sendo que as setárias<br />

possuem as maiores concentrações.<br />

Forrageiras leguminosas também podem conter<br />

níveis elevados de oxalato. Entretanto, possuem<br />

alta concentração de Ca e, então, a relação<br />

Ca:oxalato fica acima de 0,5:1. A alfafa, por<br />

exemplo, tem de 0,5 a 0,87% de oxalatos, mas a<br />

relação Ca:oxalato varia de 3 a 1,7:1, não representando<br />

riscos à saúde do equino.<br />

Na Tabela 1, estão descritas a relação entre Ca<br />

e o Oxalato de diversos volumosos que são utilizados<br />

na alimentação dos equinos.<br />

O ideal seria não utilizar pastagens com alta<br />

concentração de oxalato para os equinos, mas,<br />

quando uma pastagem com alta concentração<br />

de oxalato já foi formada em um criatório, é possivel<br />

resolver o problema temporariamente, até<br />

que essa pastagem trocada. Dessa forma, conhecendo-se<br />

o teor de cálcio e oxalato presente<br />

nessa pastagem, o teor de cálcio pode ser corrigido,<br />

com a adição de calcário calcítico ao sal<br />

mineral, mantendo a proporção Ca:oxalato na<br />

dieta de, no mínimo, 0,5:1. É importante que o<br />

consumo do sal mineral pelo animal seja monitorado,<br />

devido a baixa palatabilidade do calcário<br />

calcítico. Esse suplemento que é misturado ao<br />

sal para suprir o calcio que falta na dieta, pode<br />

reduzir a ingestão da mistura e por isso, na mistura<br />

calculada deve se utilizar palatabilizantes,<br />

como por exemplo o milho. Essa medida é paliativa<br />

e só deve ser utilizada enquanto a gramínea<br />

não é substituída por outra com baixo teor de<br />

oxalato, como é o caso das variedades de<br />

Cynodon.<br />

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Forrageira* P Ca Oxalato Ca:oxalato<br />

Setária 0,25 0,27 2,80 0,10<br />

Humidicula 0,14 0,29 2,98 0,09<br />

Buffel 0,16 0,44 2,11 0,20<br />

Aruana 0,17 0,37 2,16 0,17<br />

Napier 0,21 0,71 2,81 0,28<br />

Tanzânia 0,34 0,41 1,12 0,36<br />

Colonião 0,30 0,14 2,21 0,13<br />

Mombaça 0,35 0,20 1,08 0,32<br />

Bengo 0,17 0,62 2,20 0,28<br />

Capim gordura 0,20 0,55 1,05 0,52<br />

Capim vaqueiro 0,13 0,46 0,35 1,31<br />

Massai1 0,15 0,59 0,36 1,63<br />

Coast-cross 0,32 0,61 0,35 1,74<br />

Andropogon 0,18 0,47 0,18 2,61<br />

Alfafa 0,20 1 0,18 2,80<br />

Urucloa 0,18 0,57 0,18 3,16<br />

Jiggs 0,32 0,95 0,18 5,27<br />

Ruziziensis 0,20 0,40 0,00 -<br />

Tierra Verde 0,21 0,42 0,00 -<br />

Rhodes 0,23 0,85 0,00 -<br />

Estrela Africana 0,43 0,96 0,00 -<br />

94 n■<strong>TOP</strong> <br />

<strong>Marchador</strong>

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