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Guia boas práticas para o uso eficiente da água no setor Olivícola

Water Matters

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Evapotranspiração<br />

e necessi<strong>da</strong>des<br />

hídricas<br />

15<br />

Estudo sobre<br />

as tendências<br />

do Comércio<br />

Tradicional<br />

na Região<br />

Quadro 2 - Dotações de referência <strong>para</strong> a rega do olival nas regiões sul<br />

(Ribatejo, Alentejo e Algarve), litoral centro e <strong>no</strong>rte e interior <strong>no</strong>rte e centro,<br />

<strong>para</strong> rega gota-a-gota (mm) (DGADR, 2018).<br />

Densi<strong>da</strong>de de<br />

plantação<br />

Dotações de referência nas regiões considera<strong>da</strong>s (mm)<br />

Sul Litoral centro e <strong>no</strong>rte Interior centro e <strong>no</strong>rte<br />

Olival tradicional (1) 176 86 124<br />

Olival intensivo (2) 349 195 298<br />

Olival super-intensivo (3) 519 301 454<br />

(1) Compasso 10x10 m<br />

(2) Compasso 7x5 m<br />

(3) Compasso 4x1.5 m<br />

Figura 15 – Delimitação <strong>da</strong>s regiões de<br />

Portugal continental preconiza<strong>da</strong>s <strong>no</strong><br />

cálculo <strong>da</strong>s dotações de referência do<br />

olival (DGADR, 2018).<br />

A distribuição do olival <strong>no</strong> território nacional, tanto na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de sequeiro como de regadio,<br />

verifica-se sobretudo nas regiões de baixa densi<strong>da</strong>de populacional (Figura 16), com relativamente<br />

fraca capaci<strong>da</strong>de de iniciativa em ativi<strong>da</strong>des económicas, nas quais a preservação do mosaico<br />

cultural do olival de sequeiro representa um alto valor natural que importa preservar. Nos a<strong>no</strong>s<br />

recentes, em algumas dessas regiões, tem-se assistido a uma reconversão <strong>da</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de<br />

de aproveitamento dos olivais de sequeiro <strong>para</strong> regadio, como forma de garantir melhores<br />

rendimentos aos agricultores sem alteração significativa do mosaico cultural. Simultaneamente,<br />

tem-se assistido <strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s a um redobrado interesse pela ativi<strong>da</strong>de olivícola, traduzido em<br />

plantações <strong>no</strong>vas de olivais intensivos e superintensivos suscetíveis de mecanização total ou quase<br />

total. A área nacional de olival <strong>no</strong>s últimos vinte a<strong>no</strong>s tem-se mantido sem grandes oscilações, pelo<br />

que o e<strong>no</strong>rme aumento <strong>da</strong> produção (cerca de 40000 ton em 1998, <strong>para</strong> cerca de 80000 ton em 2016)<br />

(Avillez, 2016) deve-se sobretudo à reconversão de olivais tradicionais <strong>para</strong> olivais com eleva<strong>da</strong>s<br />

densi<strong>da</strong>des de plantação em algumas regiões do país. Nos últimos três a<strong>no</strong>s a área ocupa<strong>da</strong> pelo<br />

olival <strong>no</strong> território nacional foi de 342547 ha, 347093 há e 349703 ha, <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s 2015, 2016 e 2017,<br />

respetivamente. Por regiões NUT II as áreas relativas a 2017 foram as seguintes: 77670 ha Norte<br />

(22.2%), 79303 ha Centro (22.6%), 596 ha Área Metropolitana de Lisboa (0.2%), 183494 ha Alentejo<br />

(52.5%) e 8641 ha Algarve (2.5%). A produção nacional de azeite em 2017 foi de 858413 ton, tendo

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