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Guia boas práticas para o uso eficiente da água no setor Olivícola

Water Matters

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16<br />

Evapotranspiração<br />

e necessi<strong>da</strong>des<br />

hídricas<br />

a produção relativa <strong>para</strong> as mesmas regiões sido de 11.6% <strong>para</strong> a região Norte, 12.6% <strong>para</strong> a região<br />

Centro, 2.1% <strong>para</strong> a região Área Metropolitana de Lisboa, 71.3% <strong>para</strong> a região Alentejo, e 2.4% <strong>para</strong><br />

a região Algarve (INE, 2018). Da análise dos <strong>da</strong>dos anteriores é patente que mais de metade <strong>da</strong> área<br />

de olival <strong>no</strong> país se situa na região do Alentejo, em grande parte na área beneficia<strong>da</strong> pelo regadio do<br />

Alqueva, sendo responsável por quase 3/4 <strong>da</strong> produção nacional de azeite, ou seja, trata-se de uma<br />

região de olivais maioritariamente intensivos, com eleva<strong>da</strong> produção de azeitona e azeite por uni<strong>da</strong>de<br />

de área. Nos olivais tradicionais (<strong>no</strong>rmalmente de sequeiro), que ain<strong>da</strong> representam cerca de ¾ <strong>da</strong><br />

área total desta cultura, a escassa precipitação <strong>no</strong>s meses importantes de crescimento e maturação<br />

dos frutos (Setembro e Outubro), conduz a per<strong>da</strong>s mais ou me<strong>no</strong>s eleva<strong>da</strong>s de produtivi<strong>da</strong>de de<br />

azeitona e azeite, por que<strong>da</strong> precoce e engelhamento e por fraco conteúdo oleico dos frutos.<br />

Figura 16 – Distribuição geográfica em Portugal dos olivais de sequeiro e segundo a<br />

densi<strong>da</strong>de de plantação, onde, nas classes a partir de 101 árvores/ha, se incluem a<br />

larga maioria dos de regadio (INE, 2011).<br />

Considerando os comentários anteriores a propósito <strong>da</strong> relativa resistência do olival à falta<br />

de <strong>água</strong> e do deficit hídrico parecer não comprometer a quali<strong>da</strong>de do azeite, na Figura 17<br />

apresenta-se uma simulação com o programa CROPWAT 8.0 (FAO, 2018a), numa estratégia de<br />

rega deficitária ao longo de todo o ciclo <strong>da</strong> cultura. De referir que existem outros modelos <strong>para</strong><br />

calcular as necessi<strong>da</strong>des hídricas <strong>da</strong>s culturas, que usam a mesma metodologia <strong>para</strong> o balanço<br />

hídrico do solo, como seja o modelo WinISAREG (Pereira et al, 2003). Do balanço hídrico do solo<br />

<strong>para</strong> o olival na zona de Évora, baseado em <strong>da</strong>dos climáticos médios de vários a<strong>no</strong>s, obtêm-se<br />

necessi<strong>da</strong>des de rega atuais de 318 mm (Actual irrigation requirement), valor próximo do que é<br />

usual praticar na região e que tem correspondência <strong>no</strong>s valores constante <strong>no</strong> Quadro 2 <strong>para</strong> a<br />

região sul (348 mm de média entre as três densi<strong>da</strong>des de plantação), considerando que aquele<br />

valor comporta uma margem de segurança. A satisfação <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des hídricas do olival<br />

conta também, <strong>para</strong> além <strong>da</strong> rega, com 310 mm de precipitação efetiva, que neste contexto é<br />

relativa ao volume de <strong>água</strong> que se infiltra <strong>no</strong> solo e que influencia o balanço hídrico do solo.

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