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RCIA - ED. 127 - FEVEREIRO 2016

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(1957) Picolim, Mário, China, Gastão, Moacir, Perci e Dinho; Hélio, Euzébio, Baiano, Luizinho Gonçalves, Paraguaio e Lamante (massagista)<br />

GRANDES CLUBES DA NOSSA TERRA<br />

Ferroviária: time amador com<br />

Picolim, foi o começo de tudo<br />

Um ano depois de ser fundada em<br />

abril de 1950, é que a Ferroviária se<br />

deu conta que precisaria formar a<br />

base, criando jogadores da própria<br />

cidade e região para manter a<br />

estrutura de um bom time de futebol.<br />

Para isso, descobriu Djalma Bonini,<br />

o “Picolim”, apelido que lhe foi<br />

dado quando ainda jovem, dada a<br />

semelhança com um palhaço nos<br />

tempos de Arrelia e Pimentinha.<br />

Picolim, de fato era assim: sujeito<br />

bonachão, pessoa sem maldade,<br />

bondoso, simples, que gostava<br />

de fazer o bem e não gostava de<br />

prejudicar ninguém.<br />

No futebol, logo que chamado por<br />

Pereira Lima, então presidente,<br />

apressou em montar o time<br />

amador da Ferroviária. No começo<br />

a equipe se tornou saco de<br />

pancadas, pois basicamente jogava<br />

com funcionários da Estrada de<br />

Ferro Araraquara. De uma das<br />

derrotas, Picolim nunca esqueceu:<br />

8 a 0, aplicado pelos rapazes do<br />

Mirassol, num amistoso de 1952,<br />

com direito ao show particular do<br />

menino Bazani, que impressionou<br />

o treinador. Picolim até que tentou<br />

trazer o garoto para Araraquara,<br />

mas ele ainda passou por outras<br />

equipes e Picolim teve que esperá-lo,<br />

pois Bazani jogou na Mogiana, de<br />

Campinas, por um ano, e disputou o<br />

Campeonato Amador Regional pelo<br />

Grêmio Esportivo Monte Aprazível.<br />

Em 9 de dezembro de 1953 assinou<br />

seu primeiro contrato profissional<br />

para defender o Rio Preto no<br />

Campeonato Paulista da Segunda<br />

Divisão. Permaneceu lá durante seis<br />

meses, quando recebeu proposta<br />

para atuar no Fluminense, do Rio<br />

de Janeiro. Porém, antes de acertar<br />

com o clube carioca, os amigos<br />

45<br />

China e Ico, ambos de Mirassol,<br />

iam fazer testes na Ferroviária e o<br />

convidaram a participar. Picolim,<br />

que já o conhecia, o convenceu a<br />

ficar em Araraquara. Bazani ficou no<br />

time amador de Picolim, até que o<br />

técnico Renganeschi o promoveu ao<br />

time principal para substituir o ponta<br />

esquerda Boquita, assinando seu<br />

primeiro contrato com a AFE em 30<br />

de dezembro de 1954.<br />

A partir daí a estrela de Picolim<br />

passou a brilhar. E não parou mais:<br />

Toninho, Faustino, Dudu, Pio e tantos<br />

outros que ao saírem do Amador,<br />

se transformaram em nomes<br />

importantes do futebol brasileiro.<br />

Para outros, a formação dada por<br />

Picolim serviu para transformá-los<br />

em cidadãos íntegros, grande parte<br />

empresários ou personalidades<br />

nos diversos setores da atividade<br />

profissional.

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