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(1957) Picolim, Mário, China, Gastão, Moacir, Perci e Dinho; Hélio, Euzébio, Baiano, Luizinho Gonçalves, Paraguaio e Lamante (massagista)<br />
GRANDES CLUBES DA NOSSA TERRA<br />
Ferroviária: time amador com<br />
Picolim, foi o começo de tudo<br />
Um ano depois de ser fundada em<br />
abril de 1950, é que a Ferroviária se<br />
deu conta que precisaria formar a<br />
base, criando jogadores da própria<br />
cidade e região para manter a<br />
estrutura de um bom time de futebol.<br />
Para isso, descobriu Djalma Bonini,<br />
o “Picolim”, apelido que lhe foi<br />
dado quando ainda jovem, dada a<br />
semelhança com um palhaço nos<br />
tempos de Arrelia e Pimentinha.<br />
Picolim, de fato era assim: sujeito<br />
bonachão, pessoa sem maldade,<br />
bondoso, simples, que gostava<br />
de fazer o bem e não gostava de<br />
prejudicar ninguém.<br />
No futebol, logo que chamado por<br />
Pereira Lima, então presidente,<br />
apressou em montar o time<br />
amador da Ferroviária. No começo<br />
a equipe se tornou saco de<br />
pancadas, pois basicamente jogava<br />
com funcionários da Estrada de<br />
Ferro Araraquara. De uma das<br />
derrotas, Picolim nunca esqueceu:<br />
8 a 0, aplicado pelos rapazes do<br />
Mirassol, num amistoso de 1952,<br />
com direito ao show particular do<br />
menino Bazani, que impressionou<br />
o treinador. Picolim até que tentou<br />
trazer o garoto para Araraquara,<br />
mas ele ainda passou por outras<br />
equipes e Picolim teve que esperá-lo,<br />
pois Bazani jogou na Mogiana, de<br />
Campinas, por um ano, e disputou o<br />
Campeonato Amador Regional pelo<br />
Grêmio Esportivo Monte Aprazível.<br />
Em 9 de dezembro de 1953 assinou<br />
seu primeiro contrato profissional<br />
para defender o Rio Preto no<br />
Campeonato Paulista da Segunda<br />
Divisão. Permaneceu lá durante seis<br />
meses, quando recebeu proposta<br />
para atuar no Fluminense, do Rio<br />
de Janeiro. Porém, antes de acertar<br />
com o clube carioca, os amigos<br />
45<br />
China e Ico, ambos de Mirassol,<br />
iam fazer testes na Ferroviária e o<br />
convidaram a participar. Picolim,<br />
que já o conhecia, o convenceu a<br />
ficar em Araraquara. Bazani ficou no<br />
time amador de Picolim, até que o<br />
técnico Renganeschi o promoveu ao<br />
time principal para substituir o ponta<br />
esquerda Boquita, assinando seu<br />
primeiro contrato com a AFE em 30<br />
de dezembro de 1954.<br />
A partir daí a estrela de Picolim<br />
passou a brilhar. E não parou mais:<br />
Toninho, Faustino, Dudu, Pio e tantos<br />
outros que ao saírem do Amador,<br />
se transformaram em nomes<br />
importantes do futebol brasileiro.<br />
Para outros, a formação dada por<br />
Picolim serviu para transformá-los<br />
em cidadãos íntegros, grande parte<br />
empresários ou personalidades<br />
nos diversos setores da atividade<br />
profissional.