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RCIA - ED. 127 - FEVEREIRO 2016

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Ferroviária campeã amadora de 1975 - Vail Mota, José Eduardo, Arquimedes, Gil, Vicente,<br />

Mauro Solssia, Paulão, Aranha, Geovane, Adauto, Hastel, Celso, Chico, Tatinho, Ninha,<br />

Domingos, Picolim, Antenor, Gama e Baú; Agachados: Bazani, Morcego, Odair, Marcuíra, Ari,<br />

Marquinhos, Mané, Valmir, Edson Miranda, Joel, Ademir Barsaglini e Sebastião<br />

sempre entravam com mais vontade. O<br />

pessoal não gostava do nosso time até<br />

por ter uma equipe profissional. De rivalidade<br />

mesmo posso considerar jogos<br />

contra o Benfica, já que era do Carmo<br />

e a ADA era de lá também”.<br />

Outro aventureiro da bola que participou<br />

dos títulos da Ferroviária no<br />

amador foi Marcos Brandão da Silva,<br />

o popular Buíra. Nas ruas e nos campos<br />

batidos, começou a ter os primeiros<br />

contatos com o futebol. Certo dia,<br />

jogando no campo do ACCO, Paschoal<br />

Gonçalves da Rocha observou o menino<br />

franzino e despertou o interesse em<br />

levá-lo para a Ferrinha.<br />

“Ele me levou para o dentão da<br />

Ferroviária e de lá eu não saí mais. Em<br />

1970, em uma partida de aspirantes<br />

em Ribeirão Preto, o Vail Mota acompanhou<br />

o time e me viu jogar. Após a<br />

partida, ele conversou comigo e disse<br />

que me queria no time”.<br />

Em 1972, com 16 anos, Buíra estava<br />

no time amador da AFE e se juntou a<br />

um seleto grupo de jogadores que contribuíram<br />

para a história grená. Mas a<br />

carreira do ex-meia-direita durou pouco<br />

tempo.<br />

“Depois do título amador, em 1975,<br />

eu tinha 19 anos e queriam que eu fosse<br />

para o time principal da Ferroviária.<br />

Porém, a família pesou na hora da decisão.<br />

Era complicado ficar viajando e<br />

deixar eles pra trás”.<br />

Buíra recebeu diversos convites de<br />

Bazani para voltar à Ferroviária, mas<br />

sem sucesso. Com estudos bancados<br />

pelo Dr. Crocce na época, o jovem jogador<br />

defendeu as cores do Santana. “Ele<br />

me ajudou muito e continuei jogando<br />

bola por aqui mesmo. Sempre insistiam<br />

para eu voltar, mas decidi optar pelos<br />

estudos e o trabalho”.<br />

Uma das grandes promessas da cidade<br />

foi irredutível. Chegou a receber<br />

até propostas de Portuguesa e Corinthians,<br />

que tinham olheiros no futebol<br />

amador da cidade, mas “o não” estava<br />

sempre na ponta da língua. O sucesso<br />

de Buíra ficou por aqui, como mais um<br />

filho de Araraquara.<br />

Buíra com a mãe,<br />

dona Clotilde. O pai<br />

de Buíra, “seo Dito”<br />

ou simplesmente<br />

Escurinho (já falecido),<br />

era um dos mais<br />

ardorosos torcedores<br />

da Ferroviária, desde<br />

os tempos da Cantina<br />

do Nhô Bento, na Rua<br />

Gonçalves Dias esquina<br />

com a São Paulo,<br />

depois Lanchonete do<br />

Hotel Uirapurú. Hoje, o<br />

ex-jogador do Amador<br />

da Ferroviária pode ser<br />

visto no quiosque da<br />

Santa Cruz vendendo<br />

lanches.<br />

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