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Ferroviária campeã amadora de 1975 - Vail Mota, José Eduardo, Arquimedes, Gil, Vicente,<br />
Mauro Solssia, Paulão, Aranha, Geovane, Adauto, Hastel, Celso, Chico, Tatinho, Ninha,<br />
Domingos, Picolim, Antenor, Gama e Baú; Agachados: Bazani, Morcego, Odair, Marcuíra, Ari,<br />
Marquinhos, Mané, Valmir, Edson Miranda, Joel, Ademir Barsaglini e Sebastião<br />
sempre entravam com mais vontade. O<br />
pessoal não gostava do nosso time até<br />
por ter uma equipe profissional. De rivalidade<br />
mesmo posso considerar jogos<br />
contra o Benfica, já que era do Carmo<br />
e a ADA era de lá também”.<br />
Outro aventureiro da bola que participou<br />
dos títulos da Ferroviária no<br />
amador foi Marcos Brandão da Silva,<br />
o popular Buíra. Nas ruas e nos campos<br />
batidos, começou a ter os primeiros<br />
contatos com o futebol. Certo dia,<br />
jogando no campo do ACCO, Paschoal<br />
Gonçalves da Rocha observou o menino<br />
franzino e despertou o interesse em<br />
levá-lo para a Ferrinha.<br />
“Ele me levou para o dentão da<br />
Ferroviária e de lá eu não saí mais. Em<br />
1970, em uma partida de aspirantes<br />
em Ribeirão Preto, o Vail Mota acompanhou<br />
o time e me viu jogar. Após a<br />
partida, ele conversou comigo e disse<br />
que me queria no time”.<br />
Em 1972, com 16 anos, Buíra estava<br />
no time amador da AFE e se juntou a<br />
um seleto grupo de jogadores que contribuíram<br />
para a história grená. Mas a<br />
carreira do ex-meia-direita durou pouco<br />
tempo.<br />
“Depois do título amador, em 1975,<br />
eu tinha 19 anos e queriam que eu fosse<br />
para o time principal da Ferroviária.<br />
Porém, a família pesou na hora da decisão.<br />
Era complicado ficar viajando e<br />
deixar eles pra trás”.<br />
Buíra recebeu diversos convites de<br />
Bazani para voltar à Ferroviária, mas<br />
sem sucesso. Com estudos bancados<br />
pelo Dr. Crocce na época, o jovem jogador<br />
defendeu as cores do Santana. “Ele<br />
me ajudou muito e continuei jogando<br />
bola por aqui mesmo. Sempre insistiam<br />
para eu voltar, mas decidi optar pelos<br />
estudos e o trabalho”.<br />
Uma das grandes promessas da cidade<br />
foi irredutível. Chegou a receber<br />
até propostas de Portuguesa e Corinthians,<br />
que tinham olheiros no futebol<br />
amador da cidade, mas “o não” estava<br />
sempre na ponta da língua. O sucesso<br />
de Buíra ficou por aqui, como mais um<br />
filho de Araraquara.<br />
Buíra com a mãe,<br />
dona Clotilde. O pai<br />
de Buíra, “seo Dito”<br />
ou simplesmente<br />
Escurinho (já falecido),<br />
era um dos mais<br />
ardorosos torcedores<br />
da Ferroviária, desde<br />
os tempos da Cantina<br />
do Nhô Bento, na Rua<br />
Gonçalves Dias esquina<br />
com a São Paulo,<br />
depois Lanchonete do<br />
Hotel Uirapurú. Hoje, o<br />
ex-jogador do Amador<br />
da Ferroviária pode ser<br />
visto no quiosque da<br />
Santa Cruz vendendo<br />
lanches.<br />
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