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Bazani, Euzébio, Zé Maria, Cardarelli, Rodrigues, Beny, Fia e os filhos do prefeito da Ilha da<br />
Madeira que ofereceu um coquetel em sua casa (excursão da Ferroviária pela Europa em 1960)<br />
SURGE NO AMADOR UMA<br />
PANTERA: EUZÉBIO<br />
A década de 50 foi um marco com<br />
a criação da Associação Ferroviária de<br />
Esportes. Potência e força não faltavam<br />
ao time que já buscava o sonhado<br />
acesso à Divisão Especial do Paulistão.<br />
Todos sabem que o feito seria conquistado<br />
em 1955, após vencer o Botafogo<br />
de Ribeirão Preto por 6 a 3, na Fonte<br />
Luminosa.<br />
Mas foi um marco também para<br />
um futuro jogador que ainda dava os<br />
seus primeiros passos na cidade. A família<br />
Bonifácio veio de Tabatinga e se<br />
instalou em uma fazenda próxima ao<br />
estádio grená, o que facilitou a vida do<br />
então menino Euzébio.<br />
O garoto logo se enturmou e fez<br />
parte do juvenil do Primavera e Bangu,<br />
times que ficavam próximos de sua<br />
casa. O time treinava onde está localizado<br />
hoje, o Ginásio Castelo Branco, o<br />
Gigantão.<br />
“Havia uma figueira gigantesca perto<br />
do campo e fazíamos daquilo o nosso<br />
vestiário. Certo dia, um amigo mudou<br />
a minha vida. A sua idade no time da<br />
Ferroviária tinha estourado e ele me indicou<br />
para fazer parte do time infantil”.<br />
Euzébio hoje em sua casa lembrando do<br />
passado na Ferroviária<br />
E a carreira deslanchou. Em seu<br />
primeiro ano, o meia-direita conquistou<br />
título pela categoria e não demorou<br />
muito para que chamasse a atenção de<br />
Picolim. “Em 1954 eu estava no juvenil<br />
e em 57 no amador da Ferroviária. O Picolim<br />
olhou para mim e jogou a camisa<br />
do time, sem número. Aquilo tudo aconteceu<br />
de forma muito rápida”.<br />
O iluminado jogador fez parte do<br />
time que conquistou o tricampeonato<br />
amador (1957-58 e 59), além de integrar<br />
a seleção amadora da cidade que<br />
tinha Dudu na equipe.<br />
Porém, em 1958, Euzébio ficaria<br />
conhecido como o primeiro autor do<br />
gol noturno na Fonte Luminosa. Na préinauguração<br />
dos refletores do estádio em<br />
8 de outubro de 1958, contra a Ponte<br />
Preta, o camisa 7 entrava para a história:<br />
“Uma bola chutada bateu na trave e<br />
voltou dentro da pequena área. Sobraram<br />
eu e a bola, mas a marcação estava<br />
vindo. Acabei indo de carrinho, chegando<br />
a trombar com o zagueiro. Todos<br />
os jogadores vieram comemorar comigo<br />
e eu não estava com o pensamento<br />
nos refletores. Depois que a ficha caiu”.<br />
O placar terminou em 3 a 1 para a<br />
Ferroviária. Os feitos de Euzébio não<br />
pararam por aí. O lugar no time principal<br />
da Ferroviária estava garantido. Seu<br />
entusiasmo aumentou quando o clube<br />
excursionaria pela Europa no início da<br />
década de 1960. Quase desacreditado,<br />
o jogador recebeu a notícia, vinda de<br />
Arnaldo de Araújo Zocco, o Cana, que<br />
mudaria a sua vida.<br />
Primeiro jogo internacional e vitória da Ferroviária<br />
sobre o Nacional, por 4 a 3, em 14 de abril de<br />
1960, na Ilha da Madeira. Um dos gols foi<br />
marcado por Euzébio.<br />
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