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RCIA - ED. 127 - FEVEREIRO 2016

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Bazani, Euzébio, Zé Maria, Cardarelli, Rodrigues, Beny, Fia e os filhos do prefeito da Ilha da<br />

Madeira que ofereceu um coquetel em sua casa (excursão da Ferroviária pela Europa em 1960)<br />

SURGE NO AMADOR UMA<br />

PANTERA: EUZÉBIO<br />

A década de 50 foi um marco com<br />

a criação da Associação Ferroviária de<br />

Esportes. Potência e força não faltavam<br />

ao time que já buscava o sonhado<br />

acesso à Divisão Especial do Paulistão.<br />

Todos sabem que o feito seria conquistado<br />

em 1955, após vencer o Botafogo<br />

de Ribeirão Preto por 6 a 3, na Fonte<br />

Luminosa.<br />

Mas foi um marco também para<br />

um futuro jogador que ainda dava os<br />

seus primeiros passos na cidade. A família<br />

Bonifácio veio de Tabatinga e se<br />

instalou em uma fazenda próxima ao<br />

estádio grená, o que facilitou a vida do<br />

então menino Euzébio.<br />

O garoto logo se enturmou e fez<br />

parte do juvenil do Primavera e Bangu,<br />

times que ficavam próximos de sua<br />

casa. O time treinava onde está localizado<br />

hoje, o Ginásio Castelo Branco, o<br />

Gigantão.<br />

“Havia uma figueira gigantesca perto<br />

do campo e fazíamos daquilo o nosso<br />

vestiário. Certo dia, um amigo mudou<br />

a minha vida. A sua idade no time da<br />

Ferroviária tinha estourado e ele me indicou<br />

para fazer parte do time infantil”.<br />

Euzébio hoje em sua casa lembrando do<br />

passado na Ferroviária<br />

E a carreira deslanchou. Em seu<br />

primeiro ano, o meia-direita conquistou<br />

título pela categoria e não demorou<br />

muito para que chamasse a atenção de<br />

Picolim. “Em 1954 eu estava no juvenil<br />

e em 57 no amador da Ferroviária. O Picolim<br />

olhou para mim e jogou a camisa<br />

do time, sem número. Aquilo tudo aconteceu<br />

de forma muito rápida”.<br />

O iluminado jogador fez parte do<br />

time que conquistou o tricampeonato<br />

amador (1957-58 e 59), além de integrar<br />

a seleção amadora da cidade que<br />

tinha Dudu na equipe.<br />

Porém, em 1958, Euzébio ficaria<br />

conhecido como o primeiro autor do<br />

gol noturno na Fonte Luminosa. Na préinauguração<br />

dos refletores do estádio em<br />

8 de outubro de 1958, contra a Ponte<br />

Preta, o camisa 7 entrava para a história:<br />

“Uma bola chutada bateu na trave e<br />

voltou dentro da pequena área. Sobraram<br />

eu e a bola, mas a marcação estava<br />

vindo. Acabei indo de carrinho, chegando<br />

a trombar com o zagueiro. Todos<br />

os jogadores vieram comemorar comigo<br />

e eu não estava com o pensamento<br />

nos refletores. Depois que a ficha caiu”.<br />

O placar terminou em 3 a 1 para a<br />

Ferroviária. Os feitos de Euzébio não<br />

pararam por aí. O lugar no time principal<br />

da Ferroviária estava garantido. Seu<br />

entusiasmo aumentou quando o clube<br />

excursionaria pela Europa no início da<br />

década de 1960. Quase desacreditado,<br />

o jogador recebeu a notícia, vinda de<br />

Arnaldo de Araújo Zocco, o Cana, que<br />

mudaria a sua vida.<br />

Primeiro jogo internacional e vitória da Ferroviária<br />

sobre o Nacional, por 4 a 3, em 14 de abril de<br />

1960, na Ilha da Madeira. Um dos gols foi<br />

marcado por Euzébio.<br />

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