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55% dos brasileiros já se frustraram na carreira por conta de idioma<br />
Uma pesquisa realizada pelo aplicativo<br />
de idiomas Babbel e pela<br />
startup Estudante Herói, com<br />
mais de 1.500 brasileiros, registrou<br />
que 55% dos ent<strong>revista</strong>dos<br />
já vivenciaram uma frustração<br />
profissional por não falarem uma<br />
língua estrangeira.<br />
A sensação de impotência e vergonha<br />
foi apontada por 52%,<br />
que também disseram acreditar<br />
ser possível conquistar melhores<br />
cargos ou o emprego desejado se<br />
tivessem fluência em outros idiomas.<br />
Entre os ent<strong>revista</strong>dos, 98% acreditam<br />
que a fluência em uma língua<br />
estrangeira ajudaria no desenvolvimento<br />
profissional.<br />
Para 59%, a maior conquista, graças<br />
ao domínio de um segundo<br />
idioma, seria “um trabalho no exterior”.<br />
Em segundo lugar (26%),<br />
ficou a resposta “um trabalho na<br />
empresa dos sonhos”.<br />
De fato, alguns países apresentam<br />
escassez de mão de obra qualificada.<br />
Na Alemanha, por exemplo,<br />
estima-se que há mais de 700<br />
mil vagas abertas.<br />
Por isso, a maior potência europeia<br />
tem incentivado a imigração<br />
de profissionais. As áreas que<br />
mais importam mão-de-obra são<br />
as de saúde, engenharia e tecnologia<br />
da informação.<br />
Segundo a pesquisa Babbel & Estudante<br />
Herói, engenheiro, médico<br />
e professor são as profissões<br />
dos sonhos da maioria dos ent<strong>revista</strong>dos.<br />
Essas posições mais tradicionais<br />
requerem fluência em alemão.<br />
Contudo, outras mais modernas,<br />
como marketing, publicidade e<br />
design, muitas vezes têm como<br />
requisito linguístico apenas o domínio<br />
de inglês.<br />
Berlim, capital da Alemanha, e<br />
Dubai, nos Emirados Árabes, são<br />
exemplos de cidades com grande<br />
demanda de profissionais internacionais<br />
e que usualmente adotam<br />
o inglês como idioma oficial<br />
nas empresas.<br />
O governo alemão até criou o<br />
portal multilíngue Make it in<br />
Germany para informar sobre<br />
quem está apto ou não a mudar<br />
de país e como iniciar uma carreira<br />
internacional dos sonhos no<br />
país.<br />
Ainda assim, qualificação não é<br />
um problema para os brasileiros.<br />
O grande obstáculo é o domínio<br />
em um segundo idioma. Em<br />
um país no qual apenas 5% têm<br />
algum conhecimento em língua<br />
inglesa, segundo o British Council<br />
(Consulado Britânico), dominar<br />
um idioma estrangeiro é uma<br />
vantagem poderosa no mercado<br />
de trabalho nacional e a catapulta<br />
que lança o profissional para o<br />
mesmo nível daqueles de países<br />
de primeiro mundo.<br />
“Isso porque a fluência está diretamente<br />
ligada à percepção<br />
de profissionalismo e expertise<br />
– mesmo que isso não condiga<br />
com a realidade”, comenta Vitor<br />
Shereiber, poliglota brasileiro e<br />
linguista do aplicativo de idiomas<br />
Babbel, em Berlim, na Alemanha.<br />
“Atualmente, falar vários idiomas<br />
praticamente determina o futuro<br />
profissional.<br />
O inglês é mandatório para trabalhar<br />
em qualquer empresa internacional<br />
porque permite a<br />
comunicação com profissionais<br />
de qualquer lugar do mundo.<br />
Aprender outras línguas, como<br />
o português, no meu caso, permite<br />
quebrar barreiras culturais,<br />
expandindo, também, horizontes<br />
pessoais”, explica Daniel Voss, sócio<br />
fundador da Estudante Herói,<br />
startup brasileira que imprime<br />
material acadêmico gratuitamente<br />
para universitários e possibilita<br />
a comunicação entre empresas e<br />
o público jovem. Daniel é alemão,<br />
mas reside no Brasil.<br />
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