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Jornal Cocamar Novembro 2019

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CAFÉ<br />

Florada foi boa, mas clima<br />

pode comprometer produção<br />

A falta de chuva e altas temperaturas podem levar a queda de flores e<br />

chumbinhos, além de dificultar controles fitossanitários e adubações<br />

Devido ao estresse<br />

provocado pela estiagem,<br />

as floradas dos<br />

cafezais foram bastante<br />

intensas em toda a região<br />

cafeeira do Paraná. A<br />

preocupação agora é que a<br />

chuva se normalize para que o<br />

cafezal segure as cargas e<br />

possam ser feitos os controles<br />

fitossanitários e o manejo nutricional<br />

necessários ao bom<br />

desenvolvimento vegetativo<br />

das plantas.<br />

CARLÓPOLIS - Em Carlópolis,<br />

principal região produtora de<br />

café do Paraná com 6 mil hectares,<br />

responsável por 15% da<br />

produção paranaense, ocorreram<br />

duas floradas bastante<br />

intensas no início de setembro<br />

e de outubro. “Como o cafezal<br />

carregou muito, as próximas<br />

floradas, se ocorrerem, devem<br />

ser pequenas”, afirma o gerente<br />

da unidade, Antonio Aparecido<br />

de Lima. Ele diz que as<br />

lavouras tem sentido muito<br />

com a falta de chuva.<br />

APUCARANA - Na região de<br />

Apucarana, outra importante<br />

região produtora de café com<br />

1.700 hectares, a situação é<br />

bastante parecida. Já ocorreram<br />

três floradas (final de setembro,<br />

início e final de outubro)<br />

e as três foram bastante<br />

intensas, mas enquanto<br />

nas duas primeiras, por enquanto,<br />

as plantas têm segurado<br />

a carga, no caso da terceira<br />

o abortamento de flores<br />

tem sido grande.<br />

As chuvas ocorridas foram insuficientes<br />

para repor o déficit<br />

hídrico e as altas temperaturas<br />

têm feito os cafezais abortarem<br />

as flores. Também, a<br />

recuperação da parte vegetativa<br />

da planta tem sido muito<br />

lenta, com ramos pouco desenvolvidos<br />

e poucas folhas.<br />

Mas, de acordo com a avaliação<br />

técnica, não é possível<br />

ainda se ter um parâmetro<br />

para estimar a safra 2020. As<br />

chuvas insuficientes e localizadas<br />

têm dificultado também<br />

a adubação dos cafezais e o<br />

controle fitossanitário, o que<br />

prejudica o bom desenvolvimento<br />

da lavoura. Com o atraso<br />

das aplicações de inseticidas,<br />

começam a aparecer<br />

focos de bicho mineiro.<br />

ALTÔNIA - Com duas floradas<br />

intensas, no final de setembro<br />

e de outubro, os cafezais<br />

da região de Altônia, Iporã e<br />

São Jorge do Patrocínio, cerca<br />

de 700 hectares de café,<br />

também vem sentido com as<br />

estiagens, segundo Cleverson<br />

Roder, técnico agrícola<br />

especialista em café que<br />

atende a região.<br />

Roder ressalta que as lavouras<br />

que mais sofreram com o clima<br />

adverso foram as que os produtores<br />

não seguem as recomendações<br />

técnicas da equipe da<br />

<strong>Cocamar</strong>. “Nestas áreas, houve<br />

uma ataque severo de bicho<br />

mineiro e as plantas estressadas<br />

têm abortado as flores e<br />

chumbinhos. Apesar de a florada<br />

ter sido grande, boa parte<br />

da carga não deve vingar nestas<br />

áreas. Também houve uma<br />

perda intensa de folhas, o que<br />

preocupa”, avalia. De um modo<br />

geral, entretanto, os cafezais<br />

vem segurando a produção e se<br />

as chuvas retornarem ao normal,<br />

a região pode ter uma boa<br />

safra.<br />

J o rn al d e S er vi ço Co c am ar | 1 9

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