RCIA - ED. 92 - MARÇO 2013

sped fiscal
ALERTA PARA
AS EMPRESAS
Geraldo Luis Tampellini,
do SINCOAR, diz que as
empresas terão que usar a
partir de agosto, o Sped na
folha de pagamento.
As empresas devem ficar atentas a
nova modalidade do Sistema Público
de Escrituração Digital (Sped). A partir
do segundo semestre deste ano, haverá
o agrupamento da folha de pagamento
com as obrigações trabalhistas. Geraldo
Tampellini, presidente do SINCOAR
- Sindicato dos Contabilistas de Araraquara
e Região, alerta que o ideal é
pesquisar e se preparar o quanto antes, já
que são exigidas alterações de softwares
e de demais procedimentos internos.
“Conhecer as mudanças evita o pagamento
das multas por conta de inadequações,
que podem custar em torno de R$
5 mil”, comenta Tampellini.
A Escrituração Fiscal da Folha de
Pagamento e das Obrigações Previdenciárias,
Trabalhistas e Fiscais (EFD-
Social) irá funcionar de modo a agrupar
uma série de informações com o intuito
de manter o controle dos vínculos empregatícios.
Os novos processos deverão começar
nas grandes empresas, no entanto, a ideia
é que o mesmo padrão seja instituído a
longo prazo nas demais, como forma de
unificar as exigências.
COMO FUNCIONA
Farão parte do EFD-Social os eventos
trabalhistas - que são informações
da relação jurídica entre empregado e
empregador, folha de pagamento, ações
judiciais trabalhistas, retenções de contribuição
previdenciária e algumas contribuições
previdenciárias substituídas
- a exemplo das cooperativas de trabalho
e espetáculos desportivos.
“Como benefício, a empresa vai poder
concentrar informações em um só local
e isso pode ajudar nos fins gerenciais
Geraldo Luis Tampellini, presidente do
SINCOAR em nossa cidade
se ela souber usar“, destaca o presidente
do SINCOAR.
Segundo ele, haverá possibilidade de
ter um controle mais aprofundado, diverso
e rápido. Desse modo, há a tendência
da redução das obrigações acessórias.
DIFICULDADES
Tampellini argumenta que, com base
nos módulos anteriores, foi possível perceber
a dificuldade das empresas em se
adequar às mudanças. O sistema, ressalta,
já tem possibilitado maior controle
das operações, redução de sonegação,
fraudes e caixa dois. “Acredito que o
sistema é uma forma interessante de ter
as empresas melhor organizadas, mesmo
como ele tem sido implementado com
relação à velocidade. De forma geral,
depois de implantado e melhor adaptado,
as informações que ele gerar serão
benéficas”, diz.
Para ele, as empresas são avisadas
com antecedência, mas às vezes o prazo
não é suficiente. Dizer para uma empresa
pequena que em seis meses ela tem
que se adaptar com um novo software e
contratar pessoal especializado, é complicado“.
Como as alterações são bastante
complexas, a dica dos especialistas é o
envolvimento com as mudanças e investimento
em tecnologia. Findadas as
adaptações, eles projetam maior organização
e agilidade.
A EFD-Social atenderá as necessidades
da Receita Federal, do Ministério
do Trabalho e Emprego, do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS), da Caixa
Econômica Federal, do Conselho Curador
do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS) e da Justiça do Trabalho.