RCIA - ED. 92 - MARÇO 2013
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sinal dos tempos<br />
DAS ANTIGAS LIÇÕES DO PASSADO POUCA<br />
COISA OU QUASE NADA SE APROVEITOU<br />
Se o projeto original fosse<br />
seguido, a Via Expressa<br />
teria 50m de largura e não<br />
24m; o canal dos córregos<br />
apresentaria de 15 a 20m<br />
de largura, não apenas 10m.<br />
As pistas seriam de 10m para<br />
passagem de quatro veículos<br />
em cada uma delas.<br />
No projeto da Via Expressa, em 1935,<br />
o prefeito Heitor de Souza Pinheiro, chegou<br />
a sugerir para investidores da época a<br />
construção de hotéis e prédios municipais,<br />
sempre com a frente voltada para os córregos.<br />
O Mercado Municipal surgiu em<br />
1958, com mais de 5.000 m²; alguns hotéis<br />
foram construídos, mas com a frente para a<br />
Rua Antônio Prado. Apenas o Hotel London<br />
seguiu as recomendações nos anos 80.<br />
Pinheiro, sem imaginar que a Ferroviária<br />
surgiria 15 anos depois (1950) falou<br />
da construção de um parque de esportes<br />
de alguns alqueires, com um estádio,<br />
à margem do Ribeirão do Ouro. Indicou<br />
até mesmo o local, que seria uma área de<br />
nível mais baixo e onde, ficaria por menor<br />
preço a água de sub-rocha para as piscinas.<br />
“Piscina com água escassa é foco perigoso<br />
de contaminação de moléstias: o menor<br />
descuido no clorar as águas de recirculação<br />
provoca graves consequências. Nesse<br />
ponto Araraquara é feliz, pois tem abundante<br />
lençol dágua puríssima a 70 ou 90<br />
metros de profundidade. O Dr. Plínio de<br />
Lima, geólogo competente quando consultado<br />
aconselhou perfuração de poços artesianos<br />
em Araraquara e Rincão”, destacou.<br />
Algumas medidas preliminares para<br />
organização e execução do projeto foram<br />
apontadas; uma delas, a promulgação da<br />
lei vedando qualquer construção nova em<br />
uma distância de 25 metros de cada lado do<br />
Córrego da Servidão e Ribeirão do Ouro,<br />
entre as oficinas da E. F. A. e as proximidades<br />
do campo de aviação Bartholomeu<br />
de Gusmão. Se isso tivesse ocorrido a partir<br />
do início da canalização por Benedito<br />
de Oliveira, a Via Expressa poderia ser<br />
o que Pinheiro sugeriu: a avenida abrangeria<br />
uma faixa larga de 45 a 50 metros;<br />
destinando-se 15 a 20 metros para o canal<br />
e taludes, e 15 metros para cada uma<br />
das duas ruas marginais. As pistas teriam<br />
9,50 m na parte carroçável capaz de comportar,<br />
com folga, 4 filas de automóveis.<br />
O comprimento seria de alguns quilometros,<br />
do Campo de Aviação Bartholomeu<br />
de Gusmão à estrada velha de Américo<br />
Brasiliense nas proximidades das oficinas<br />
da Estrada de Ferro Araraquara.<br />
Para isso seria feito um acordo com<br />
a E. F. A. para compra dos seus terrenos<br />
compreendidos nessa faixa. Além disso,<br />
seria promulgada lei criando taxa de melhoria<br />
para os proprietários beneficiados<br />
com a isenção ou redução aos que cedessem<br />
os terrenos indispensáveis.<br />
Clodoaldo Medina observa a canalização<br />
do córrego, a céu aberto, com 550m de<br />
comprimento, 8,4m de largura e 2,80m<br />
de altura, tendo uma ponte para sistema<br />
viário com 13m de vão livre<br />
PROBLEMAS NA FEIJÓ<br />
Consta na década de 80 por causa das<br />
chuvas e a forte pressão, a tubulação no<br />
cruzamento da Avenida Feijó com a Via<br />
Expressa não suportou: afundou, e uma<br />
ponte que tinha sido feita acabou sendo<br />
substituída por um atêrro e concretagem.<br />
Na época foi o primeiro alerta sobre os<br />
riscos de uma canalização mal feita e<br />
que poderia se estender até o Terminal<br />
Rodoviário.<br />
Walter Rozatto, secretário de Obras,<br />
disse que uma varredura subterrânea feita<br />
ao longo da canalização da atual canalização,<br />
constatou infiltrações e erosões<br />
que comprometem a estrutura da Via Expressa.<br />
Pior ainda no trecho do Terminal<br />
de Integração onde os riscos de infiltração<br />
e sobre-carga são ainda maiores.