RCIA - ED. 92 - MARÇO 2013
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Texto:<br />
Samuel Brasil Bueno<br />
Paulo Máscia, sempre de bem com<br />
a vida e com a natureza<br />
funciona a Manipuladora da Kibelanche.<br />
Paulo Mascia permaneceu naquela<br />
empresa por vários anos, saindo para<br />
montar o famoso “Café Belas Artes”, na<br />
Rua São Bento (hoje Bradesco). Uma de<br />
suas grandes paixões era colecionar antiguidades<br />
e fazer suas exposições, muito<br />
apreciadas, no próprio Café Belas Artes.<br />
Mesmo com os afazeres diários, nunca<br />
descuidou da arte. Fazia dos domingos o<br />
dia predileto para plantar seu cavalete no<br />
solo de sua terra natal e pintar sua querida<br />
Araraquara, a qual retratou em seus mais<br />
variados ângulos e recantos.<br />
Seu grande sonho era criar a Casa do<br />
Artista em Araraquara. Como a Escola<br />
de Belas Artes havia sido desativada, em<br />
1972, a convite do amigo e também artista,<br />
Francisco Augusto da Silva Lopes (Kiko),<br />
passou a ministrar aulas de cor e pintura<br />
no Casarão da Rua Padre Duarte, esquina<br />
com a Av. Portugal (anexo ao Colégio Progresso).<br />
Os cursos prosperam e em pouco<br />
tempo os dois artistas ministravam aulas<br />
para aproximadamente 200 alunos. Paulo<br />
Mascia planejava convidar professores<br />
da Unesp para Palestras sobre literatura,<br />
fotografia, poesia e outros temas culturais,<br />
visando a criação da tão sonhada Casa do<br />
Artista, o que infelizmente não se tornou<br />
realidade. No entanto, o velho Casarão<br />
da Rua 4 foi restaurado e tombado pelo<br />
CONDEPHAAT, integrando-se ao patrimônio<br />
artístico e arquitetônico do Estado<br />
de São Paulo.<br />
Paulo Mascia é assim definido por seu<br />
amigo e companheiro Kiko: “Essencialmente<br />
impressionista. Totalmente autodidata.<br />
Predisposto por temperamento. Fiel<br />
intérprete do sentir, soube infundir em<br />
suas telas o mesmo processo de criação e<br />
elaboração dos grandes impressionistas.<br />
Sua pintura não negou a ciência, nem a<br />
tradição. Ela germinava com a natureza e<br />
tinha consciência de que era preciso curvar-se<br />
ante essa obra perfeita. Suas telas,<br />
únicas, retrataram cada esquina de Araraquara.<br />
Viu o nascer, o renovar de cada<br />
recanto de sua cidade e o revelou em seus<br />
quadros. Apesar de tudo, ou, talvez, por<br />
tudo isso, Paulo Mascia ocupou um lugar<br />
legitimamente seu no meio artístico e cultural<br />
de nossa cidade”.<br />
Dona Helena, sua esposa, faleceu em<br />
30 de julho de 1988 e Paulo Mascia a 29<br />
de maio de 1991.<br />
Seu nome está na rua através de decreto<br />
do prefeito Waldemar De Santi que denomina<br />
Praça Paulo Mascia, o logradouro<br />
público localizado no Núcleo Habitacional<br />
Yolanda Ópice, ao lado da Av. Oswaldo<br />
Tedesco. E desde 18 de agosto de 1998,<br />
Paulo Mascia também empresta seu nome<br />
para o Espaço Cultural localizado na Praça<br />
Pedro de Toledo, no centro da cidade.<br />
Caricatura<br />
de Paulo<br />
Mascia feita<br />
por Riva<br />
Autullo