08.11.2019 Views

RCIA - ED. 92 - MARÇO 2013

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Texto:<br />

Samuel Brasil Bueno<br />

Paulo Máscia, sempre de bem com<br />

a vida e com a natureza<br />

funciona a Manipuladora da Kibelanche.<br />

Paulo Mascia permaneceu naquela<br />

empresa por vários anos, saindo para<br />

montar o famoso “Café Belas Artes”, na<br />

Rua São Bento (hoje Bradesco). Uma de<br />

suas grandes paixões era colecionar antiguidades<br />

e fazer suas exposições, muito<br />

apreciadas, no próprio Café Belas Artes.<br />

Mesmo com os afazeres diários, nunca<br />

descuidou da arte. Fazia dos domingos o<br />

dia predileto para plantar seu cavalete no<br />

solo de sua terra natal e pintar sua querida<br />

Araraquara, a qual retratou em seus mais<br />

variados ângulos e recantos.<br />

Seu grande sonho era criar a Casa do<br />

Artista em Araraquara. Como a Escola<br />

de Belas Artes havia sido desativada, em<br />

1972, a convite do amigo e também artista,<br />

Francisco Augusto da Silva Lopes (Kiko),<br />

passou a ministrar aulas de cor e pintura<br />

no Casarão da Rua Padre Duarte, esquina<br />

com a Av. Portugal (anexo ao Colégio Progresso).<br />

Os cursos prosperam e em pouco<br />

tempo os dois artistas ministravam aulas<br />

para aproximadamente 200 alunos. Paulo<br />

Mascia planejava convidar professores<br />

da Unesp para Palestras sobre literatura,<br />

fotografia, poesia e outros temas culturais,<br />

visando a criação da tão sonhada Casa do<br />

Artista, o que infelizmente não se tornou<br />

realidade. No entanto, o velho Casarão<br />

da Rua 4 foi restaurado e tombado pelo<br />

CONDEPHAAT, integrando-se ao patrimônio<br />

artístico e arquitetônico do Estado<br />

de São Paulo.<br />

Paulo Mascia é assim definido por seu<br />

amigo e companheiro Kiko: “Essencialmente<br />

impressionista. Totalmente autodidata.<br />

Predisposto por temperamento. Fiel<br />

intérprete do sentir, soube infundir em<br />

suas telas o mesmo processo de criação e<br />

elaboração dos grandes impressionistas.<br />

Sua pintura não negou a ciência, nem a<br />

tradição. Ela germinava com a natureza e<br />

tinha consciência de que era preciso curvar-se<br />

ante essa obra perfeita. Suas telas,<br />

únicas, retrataram cada esquina de Araraquara.<br />

Viu o nascer, o renovar de cada<br />

recanto de sua cidade e o revelou em seus<br />

quadros. Apesar de tudo, ou, talvez, por<br />

tudo isso, Paulo Mascia ocupou um lugar<br />

legitimamente seu no meio artístico e cultural<br />

de nossa cidade”.<br />

Dona Helena, sua esposa, faleceu em<br />

30 de julho de 1988 e Paulo Mascia a 29<br />

de maio de 1991.<br />

Seu nome está na rua através de decreto<br />

do prefeito Waldemar De Santi que denomina<br />

Praça Paulo Mascia, o logradouro<br />

público localizado no Núcleo Habitacional<br />

Yolanda Ópice, ao lado da Av. Oswaldo<br />

Tedesco. E desde 18 de agosto de 1998,<br />

Paulo Mascia também empresta seu nome<br />

para o Espaço Cultural localizado na Praça<br />

Pedro de Toledo, no centro da cidade.<br />

Caricatura<br />

de Paulo<br />

Mascia feita<br />

por Riva<br />

Autullo

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!