RCIA - ED. 99 - OUTUBRO 2013
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DOCUMENTO<br />
PERÍMETRO URBANO DE ARARAQUARA DOBRA DE<br />
TAMANHO E COMPROVA CRESCIMENTO ECONÔMICO<br />
Quem diria, o perímetro urbano de Araraquara está bem maior do que o<br />
esperado. Neste texto especial para a RCI, o jornalista Francisco de Assis<br />
Bergamim mostra tecnicamento como isso tem ocorrido, promovendo uma<br />
comparação com os dados de 1986.<br />
Francisco de Assis Bergamim<br />
O anunciado crescimento que a cidade<br />
de Araraquara vive nos últimos anos, tem<br />
um paralelo que deixa clara a transformação<br />
que a cidade experimenta. No mês de março<br />
de 2010, foi aprovado um novo contorno do<br />
Perímetro Urbano da cidade. Desde a atualização<br />
anterior, ocorrida em 1986, até esta<br />
última revisão, ocorrida em 2010, o perímetro<br />
mais que dobrou de tamanho, para uma<br />
população que não aumentou exatamente<br />
na mesma proporção. A matéria na época<br />
gerou especulação, surgindo comentários de<br />
que existia uma facilitação a interesses de<br />
loteadores e imobiliárias.<br />
O perímetro urbano de um município<br />
é a medida básica dos limites territoriais<br />
que permitem à administração municipal,<br />
identificar os recursos e valores naturais e<br />
ainda estabelecer as condições de utilização<br />
que garantam a ocupação correta do solo.<br />
A definição do Perímetro Urbano controla<br />
também a qualificação do solo urbano e especifica<br />
quais locais podem ser urbanizados<br />
e edificados, e onde é preciso ter estrutura<br />
ecológica necessária ao equilíbrio do sistema<br />
urbano.<br />
Todos os municípios brasileiros têm leis<br />
que definem os limites de seus perímetros<br />
urbanos. Mas, com o crescimento das cidades<br />
é preciso rever e redefinir periodicamente<br />
o perímetro urbano da cidade. Isso<br />
aconteceu em Araraquara nos anos de 1978,<br />
1986 e mais recentemente, em 2010, apenas<br />
para se ater a tempos mais recentes. E<br />
bastou a aprovação de 2010 para que uma<br />
série de especulações surgissem em torno<br />
do assunto.<br />
Favorecimento à especulação imobiliária<br />
era a mais recorrente. O que se ouvia na cidade<br />
é que estavam criadas condições para o<br />
aparecimento de loteamentos em pontos mais<br />
afastados da infraestrutura urbana atual. Isso<br />
ocorreu no final dos anos de 1970, quando o<br />
bairro Jardim Roberto Selmi Dei foi criado há<br />
quase três quilômetros do que seria a última<br />
casa da cidade, fazendo valorizar todo o trecho<br />
de terra anterior ao loteamento.<br />
Outro fator, também de grande relevância,<br />
é a sobrecarga que os novos loteamentos<br />
distantes impõem à Prefeitura. O erário acaba<br />
sendo prejudicado com o pesado ônus de<br />
levar até aos moradores da nova região, os<br />
serviços públicos que garantam um mínimo<br />
de dignidade aos cidadãos.<br />
Córregos e Rios da cidade<br />
Limite do Perímetro<br />
Urbano previsto no Plano<br />
Diretor de 2005<br />
Atual Perímetro Urbano<br />
com limites mais fáceis<br />
de serem visualizados<br />
- 20 -<br />
Mas isto não passou de uma cultura enraizada<br />
no cotidiano da população, porque<br />
há quase três décadas só é possível implantar<br />
um novo empreendimento urbano na cidade<br />
a não mais do que 500 metros da última<br />
estrutura urbana existente.<br />
Outra especulação referia-se ao Imposto<br />
Predial e Territorial Urbano - IPTU. Especulava-se<br />
que dobraria a arrecadação desse tributo.<br />
Também não foi verdade já que desde