RCIA - ED. 99 - OUTUBRO 2013

RECONSTRUÇÃO
A PRÓXIMA ESTAÇÃO DO TREM
É imprescindível que se dê um
basta na destruição da saga
histórica de tantos josés e
marias que por sonho
arrastaram seus pés na ferrovia
afora por quase nada. A
insensibilidade, hoje, em nome
de um progresso absurdo, não
quer deixar marcas do que o
homem fez por fazer, quase só.
Via de regra, a política aliada ao
capital tem esse hábito.
Em Araraquara: saberemos e iremos
aprender com a civilização, a modernidade
empresarial e comercial, a preservar parte da
história social e econômica dos ferroviários
e das ferrovias que cortaram os sertões... os
Sertões de Ara Co ara... em nome do desenvolvimento
ou do “progresso social” feito
enquanto alavanca dos “capitais cafeeiros”
para o processo de industrialização do interior
do estado de São Paulo entre as décadas
de 1910, 20 e 30... seguintes no “século” do
automóvel e de outras formas do transporte
de carga e mercadorias.
A Estação de Tutóia ainda representa o
futuro... o futuro da preservação da nossa
história... onde a cidade de Araraquara é um
dos “pólos” do desenvolvimento.
“Tudo que é sólido desmancha no ar”...
des... manchar... des-montar... re-formar.. refazer...
re-memorar... re-construir... palavras
que dependem dos governantes e da ação da
sociedade civil, principalmente de empresários
e comerciantes.
Tampellini e Pedrinho
Renzi: para eles a luta
deve ser de todos nós
A Justiça Federal determinou ao DNIT,
que é o Departamento Nacional de
Infraestrutura e Transportes, um
levantamento aprofundado do valor
histórico da antiga Estação de Tutóia
e prédios adjacentes. Liminar obtida
a pedido de Tampellini impede que
a demolição da vila prossiga.
Vamos preservar a nossa memória, imaginando
que seja ela o signo da modernidade!
Por favor, meu chefe, a próxima parada?
Estação de Tutóia... Logo ali...!
Texto:
José Pedro Renzi
Colaborou:
Professor Rogério Belmiro
Tampellini
Fontes: Álbum de Araraquara,
1915. ed. fac-símile Jornal
O Imparcial / 1983
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