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RCIA - ED. 99 - OUTUBRO 2013

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ECONOMIA<br />

Shopping Center, novo agente<br />

de Transformação Cultural<br />

Começo esse artigo com uma afirmação<br />

que talvez não faça muito sentido na<br />

primeira leitura: Shopping Center é um<br />

agente de transformação cultural. Ora, o<br />

que você acha dessa afirmação? À primeira<br />

vista, realmente não faz muito sentido.<br />

Como associar os rotulados “Templos de<br />

Consumo” ao contexto cultural?<br />

Dessa maneira eu começo a justificar<br />

essa afirmação definindo o que é consumo,<br />

e para isso me reporto ao trabalho dos<br />

célebres Livia Barbosa e Colin Campbell,<br />

que publicaram o livro “Cultura, consumo<br />

e identidade”, pela Editora FGV-Rio de<br />

Janeiro em 2006, ao afirmarem que: “Do<br />

ponto de vista empírico, toda e qualquer<br />

sociedade faz uso do universo material<br />

à sua volta para se reproduzir<br />

física e socialmente. Os mesmos<br />

objetos, bens e serviços<br />

que matam nossa fome, nos<br />

abrigam do tempo, saciam<br />

nossa sede, entre outras “necessidades”<br />

físicas e biológicas,<br />

são consumidos no sentido de<br />

“esgotamento”, e utilizados<br />

também para mediar nossas relações<br />

sociais, nos conferir status,<br />

“construir” identidades, e<br />

estabelecer fronteiras entre grupos<br />

e pessoas. Para além desses<br />

aspectos, esses mesmos bens e serviços<br />

que utilizamos para nos reproduzir física e<br />

socialmente, nos auxiliam na “descoberta”<br />

ou na “constituição” de nossa subjetividade<br />

e identidade”. Enfim, esse é o enfoque<br />

que buscarei abordar nesse artigo. E volto<br />

a afirmar que Shopping Center é um agente<br />

de transformação cultural.<br />

Em um shopping, no contexto social, temos<br />

a oportunidade de desenvolver, numa<br />

velocidade razoável, a implantação de<br />

inovações que resultem numa melhor atmosfera<br />

de convívio, ancorados pelo bem<br />

estar em um espaço democrático, seguro<br />

e amplo, que através de sua ambientação<br />

é capaz de nos fazer “esquecer da vida”<br />

enquanto compramos. Nele são estabelecidos<br />

ensaios e experimentações que nos<br />

permitem desde personalizar um atendimento<br />

a oferecer serviços e comodidades<br />

capazes de fidelizar um cliente.<br />

Há alguns anos atrás, ocorreu um fato<br />

inusitado no dia da inauguração de um<br />

Shopping Center implantado por mim no<br />

interior do Estado do Pará. Na oportunidade,<br />

uma família de moradores de um<br />

pequeno sítio fez uma visita ao empreendimento,<br />

e ao adentrarem pela portaria<br />

principal, retiraram os sapatos para não sujar<br />

o piso do Shopping recém inaugurado.<br />

Esse fato demonstra como um empreendimento<br />

pode se tornar um veículo do novo.<br />

Através de um shopping é possível estabelecer<br />

novos paradigmas de convívio social,<br />

de segurança, de comportamento e de integração<br />

com a sociedade local.<br />

É possível conhecer novidade,<br />

conectar-se com o mundo e com<br />

as tendências da moda universal,<br />

socializar-se nos cafés e “lounges”,<br />

colocando em dia os assuntos<br />

que antes eram discutidos<br />

nos bancos das praças e nas esquinas.<br />

O shopping se apresenta<br />

como um espaço capaz de criar<br />

uma consciência ética e responsável,<br />

fazendo valer a lei do estacionamento<br />

para deficientes e<br />

idosos – um exercício do conceito<br />

de cidadania na sua plenitude.<br />

Pode parecer, talvez, presunçoso de minha<br />

parte estabelecer a conexão de um<br />

Shopping Center como um veículo sóciocultural,<br />

contudo não podemos esquecer<br />

que nos grandes centros a população está<br />

cada vez mais inclinada em formar núcleos<br />

de convívios sociais cada vez mais<br />

seletos e seguros, como é o caso dos condomínios<br />

“all inclusive”, porém, no entanto,<br />

o Shopping Center se torna uma excelente<br />

oportunidade para essa sociedade<br />

que busca conforto, qualidade, eficiência e<br />

comodidade. É muito bom ter tudo em um<br />

só lugar.<br />

Telmo Mendes, formado em Administração<br />

de Empresas e Superintendente do<br />

Shopping Jaraguá Araraquara.<br />

JORNADA<br />

PROPAGANDA<br />

E MARKETING<br />

Curso de Propaganda e<br />

Marketing da Unip em nossa<br />

cidade realiza sua 13ª<br />

Jornada no período de 21 a<br />

25 de outubro com sessenta<br />

empresas envolvidas.<br />

O evento, segundo o coordenador do<br />

Curso de Propaganda e Marketing, Carlos<br />

Aiello, apresenta ampla programação<br />

com palestras, workshop, exposições,<br />

mostra de curta metragem e cases das<br />

agências de Araraquara e Região, além<br />

da Feira de Negócios com exposição de<br />

produtos e serviços dos patrocinadores<br />

em parceria com o Sebrae.<br />

A Jornada movimenta diversos setores<br />

com estrutura montada no pátio da<br />

universidade tendo estandes para mais<br />

de 25 expositores de diversos segmentos.<br />

A promoção oferece, em parceria com o<br />

Sebrae, a palestra orientativa aos participantes<br />

intitulada “Como participar de<br />

Feiras e Exposições”. Ocorrem as apresentações<br />

simultâneas do Show de Talentos<br />

e o Concurso Garoto / Garota Unip. O<br />

Show de Talentos, tem duas categorias:<br />

Música e Dança. Já para o Concurso Garoto<br />

e Garota, os universitários disputam<br />

a classificação para o Concurso Oficial<br />

do Miss Araraquara.<br />

Outro destaque da programação é o<br />

Festival PIRA NOS 30”, em sua 5ª edição,<br />

com produções audiovisuais dos<br />

próprios alunos do curso, cujo tema para<br />

este ano é Sustentabilidade. O evento<br />

encerra com uma grande festa na sextafeira<br />

do dia 25/10.<br />

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