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REVISTA SABER madeira

A Revista da Madeira

www.sabermadeira.pt Revista Saber Madeira sabermadeira@yahoo.com 291 911 300


sumario

12

04

Algumas das mais recentes, e

emblemáticas, iniciativas culturais

que têm acontecido na cidade do

Funchal têm o contributo deste artista plástico

que é também professor do ensino superior

no Instituto Superior de Administração e

Línguas da Madeira e curador residente na

Galeria Marca de Água. É de Diogo Goes que

falámos nesta entrevista.

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Natal na Madeira 2019

Natal em Porto Santo 2019

Conversas com a Saber

Francisco Gomes entrevista Rui e

Sandra Carvalho

Decoração

A magia do Natal à volta da mesa

Opinião Hélder Spínola

Ambiente na universidade

Marcas Icónicas

Ferrero Rocher

Opinião Isabel Fagundes

Passagens de solidão

Educação

Inteligência emocional na escola

(Des)Conhecida Arte

Presépios com cápsulas de café

Câmara Municipal do Funchal

Funchal Município Ano 2019

34

26

Viajar com Saber

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43

32

48

Dicas de Moda

50

Dancing Fabric

Luxemburgo

Saúde

Deixar de fumar...

Nutrição

É Natal, é Natal!

Cinema

Last Christmas

Tecnologia

Logitech MX Master...

Makeover

Vestidos Ano Novo e Casamento

Motores

Grande Prémio de Machico Supermoto

Fashion Advisor

Moda casual 2019/2020

Agenda Cultural da Madeira

Dezembro

Social

À mesa com... Fernando Olim

Estatuto Editorial

saber DEZEMBRO 2019

3


ENTREVISTA

Diogo Goes

Algumas das mais recentes e emblemáticas iniciativas culturais

que têm acontecido na cidade do Funchal têm o contributo deste

artista plástico que é também professor do ensino superior no

Instituto Superior de Administração e Línguas da Madeira e curador

residente na Galeria Marca de Água. Diogo Goes nasceu no Funchal

há 30 anos. Licenciou-se em Artes Plásticas - Pintura, na Faculdade

de Belas Artes da Universidade do Porto, tendo prosseguido

formação nas áreas da Pedagogia e da Gestão Cultural. A estreia na

Fundação Serralves, as bienais em Salvador da Bahia, São Paulo e

Milão, ou em Gaia e Cerveira, e mais recentemente em “Ilhéstico”

no Funchal, são momentos que encontram espaço no caminho que

este artista plástico tem vindo a percorrer. É com prazer que lemos

esta entrevista à qual Diogo Goes, gentilmente, nos respondeu por

escrito.

Dulcina Branco

gentilmente cedidas pelo entrevistado.

Quem é o Diogo Goes?

- Essa é uma pergunta difícil de responder.

Porque, perguntar quem é que eu sou não é

exactamente o mesmo que responder: quando

nasci, onde vivo ou o que faço... Talvez fosse

mais adequado perguntar àqueles que verdadeiramente

me conhecem o que dizem de

mim... Sobre quem eu sou. Sou muito mais do

que aquilo que sinto e daquilo que faço. Costumo

dizer que, tenho a honra de ter nascido

na mesma ilha de Lourdes Castro, de Herberto

Hélder e Tolentino de Mendonça. Licenciei-

-me em Artes Plásticas - Pintura, na Faculdade

de Belas Artes da Universidade do Porto e

prossegui formação nas áreas da pedagogia

e da gestão cultural. Sou excêntrico e irreverente,

ou pelo menos é o que dizem. Sou um

homem de mil ofícios. Não gosto da expressão

artista, prefiro a palavra autor, que significa:

aquele que acrescenta. Além de autor de

alguma coisa, tento sê-lo, sou professor, curador,

e diretor de eventos no ramo empresarial

e associativo. As únicas certezas que tenho

na vida são as pessoas que amo, elas sabem

quem são. E, talvez o mais precioso que tenho

4 saber DEZEMBRO 2019


é a minha consciência.

O que é que o levou a ir pela área artística,

pela Pintura mais concretamente?

- Não acredito que haja conhecimento inato

e muito menos inspiração, nem divina nem

“Kantiana”. A feliz influência da minha mãe

(arquitecta) e a motivação para o desenho

desde muito cedo, em criança, acho que fizeram

com que desde cedo soubesse o que

queria, ou pelo menos o que não queria. Sempre

gostei de desenhar. De início a arquitetura

de algum modo me seduzia na medida em

que cumpria uma função social: dar a possibilidade

dos outros habitarem o espaço criado

pelos arquitetos, e desse modo também intervir

esteticamente no território. Mas, de alguma

forma, encontrei maior liberdade, plasticamente

falando, nas artes plásticas - área em

que prossegui a minha formação. Através da

pintura, também posso exercer uma função

social: aliar o compromisso estético ao dever

de denúncia, concebendo a arte como consciência

da civilização. Porque nela está toda

a utopia.

Como é que define o seu trabalho artístico,

A feliz influência da

minha mãe (arquitecta)

e a motivação para o

desenho desde muito

cedo, em criança, acho

que fizeram com que,

desde cedo, soubesse o

que queria

o seu traço artístico?

- A arte contemporânea é profundamente

auto-referencial à própria história da arte.

Daí que, não tenha a pretensão de “fazer algo

novo” ou “inovador”, se tanto tento que a originalidade

se traduza na capacidade de acrescentar

algo meu, ao já criado anteriormente.

Assim toda a arte depois de Marcel Duchamp,

não só é auto-referencial, como identitária,

interdisciplinar e “intermedial”. Cada vez mais,

a arte assume como estratégia de auto-legitimação

a negação da sua própria condição,

assim o meu trabalho além uma dimensão

crítica e de intervenção, possibilita esse exercício

de continua desconstrução das várias

concepções de arte, se é que elas de facto

existem. Por isso, não sei se tenho um traço

artístico que me defina. Tenho alguns temas

e interesses, como o confronto da expressão

figurativa com a abstração expressiva, a

negação da arte e “morte da pintura”, a alegoria

do jumento e a iconografia cristã. Mas

de algum modo possa dizer-me influenciado

pela arte primitivista, pelos neo-expressionismos,

como também pela “Arte povera”,

“Art brut” e pelo Neo-dadaísmo, dos “Nouveaux

Réalistes”.

O que é que o inspira?

- Não acredito em inspiração, como disse. Se

tanto, como católico, essa inspiração teria ser

a de Deus, que me deu este fado que é também

um fardo. Acredito sim, em muito trabalho

persistente, o que me pode levar a apurar

uma maior aprendizagem e a uma aproximação

ao derradeiro, a uma beleza que

saber DEZEMBRO 2019

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ENTREVISTA

não a estética, mas um exercício de bondade

para com o outro, o espectador que frui o

que realizo.

Que momentos destaca no seu percurso

artístico?

- Talvez os mais significantes foram a estreia

na Fundação Serralves, as minhas participações

internacionais nas bienais em Salvador

da Bahia, São Paulo e Milão, ou em Gaia

e Cerveira. E mais recentemente em “Ilhéstico”,

que foi como que um voltar à ilha. Tenho

tido a sorte - ter sorte dá muito trabalho - de

aprender com grandes mestres, alguns deles

já falecidos, outros foram meus professores

e comissários de exposições. Com eles, tenho

desenvolvido uma genuína amizade, que é

também uma forma de aprendizagem e de

lembrar continuamente que não devo entronizar

os sucessos do passado mas continuar

a trabalhar para o futuro.

Podemos vê-lo com o objeto-instalação

de grandes dimensões “Goes Circus / Ceci

n’est pas peinture”, projeto este que integra

outro importante projeto artístico realizado

na cidade do Funchal, o “Ilhéstico” -

o primeiro roteiro de arte contemporânea

na cidade do Funchal. Fale-nos disto.

- Sobre o “Goes Circus” é uma provocação

antes de mais ao espectador, como também

às instituições que acolhem o projeto. Ao usar

Costumo dizer que,

tenho a honra de ter

nascido na mesma

ilha de Lourdes

Castro, de Herberto

Hélder e de Tolentino

de Mendonça

como título a expressão Magritiana “Ceci n’est

pas...” quero dizer que o exposto - uma instalação

de conjunto de caixas de madeira com

arquivos, envolvidas em embalagens de cartão

dos correios - se trata de pintura, ou tudo

aquilo que dela decorre. Os objetos não sendo

“pintura-pintura” são “da pintura”. Teorias

da arte e manias de artista... A instalação iniciada

na cidade do Porto em 2012, teve itinerância

por cidades como Salvador da Bahia e

São Paulo, Coimbra, Braga, Viana do Castelo,

Vila Verde, tendo sido apresentado várias

vezes no Funchal. No contexto de “Ilhéstico”,

o primeiro roteiro de arte contemporânea na

6 saber DEZEMBRO 2019


cidade do Funchal, com o comissariado de

Miguel von Hafe Pérez e que assinala o 30º

Aniversário da Porta 33, o “Goes Circus” intervencionado

como um muro que obstrui um

arco ou impossibilita a passagem por um pórtico

da Reitoria da Universidade da Madeira,

antigo Colégio dos Jesuítas, pretende realizar

uma metáfora das portas celestes como

se tratassem de encerramento das portas da

contemporaneidade. Outra obra no contexto

do “Ilhéstico” é um objeto-pintura de pequeno

formato, uma impressão e gravação de

um registo de correios sobre uma pedra mármore

branca e que integra a exposição coletiva

patente na Porta 33. No essencial, “Ilhéstico”

propõe-se “realizar pela primeira vez

uma exposição que se desenvolve a partir de

um mapeamento da mais jovem criatividade

madeirense” sendo que a premissa fundamental

deste projeto assenta na possibilidade

de articular as propostas de intervenção

artística com o território da cidade do Funchal,

possibilitando ao visitante como aos artistas

a descoberta de locais e percursos, estabelecendo

relações com os referentes históricos

e sociais, num processo de “integração crítica

do espaço com as obras de arte” - pode-se ler

na informação de divulgação da exposição.

Outra das suas colaborações recentes foi

ainda no projeto das guitarras pintadas.

Em que consistiu a sua intervenção?

- Foi um projeto com a curadoria de Raquel

Lombardi no qual vários artistas foram convidados

a intervir sobre o suporte de guitarras.

O meu trabalho consistiu num conjunto

de figuras pintadas quer ilustram o universo

do fado e da poesia, interpretando obras dos

pintores José Malhoa e Júlio Pomar, e dos poetas

Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa.

O principal objetivo a realização deste projeto

passa pela realização de um ciclo de exposições

itinerantes, percorrendo vários países

e assim promover o trabalho de artistas plásticos

madeirenses no estrangeiro.

Em paralelo com a pintura, também dá

aulas. Gosta de ensinar?

- Sim, naturalmente amo aquilo que faço.

Ter a oportunidade de ensinar é uma grande

dádiva e extremamente gratificante, porque

mais do que poder partilhar conhecimento

com os outros é acima de tudo, e em simultâneo,

um exercício de aprendizagem mútua.

Acredito que a melhor forma de Educar é

Amar o outro. E ao demonstrar esse Amor,

por aquilo que faço, em cada gesto, consigo

de algum modo motivar aqueles que me

escutam. Numa aula, recebo muito mais do

que aquilo que dou, e por isso agradeço.

Não sei se tenho um

traço artístico que me

defina. Tenho alguns

temas e interesses,

como o confronto da

expressão figurativa

com a abstração

expressiva, a negação

da arte

Como é que faz quando tem uma exposição

para mostrar e aulas para dar?

- Talvez o exercício de uma prática artística

também seja um ato de partilha com um

mundo, ou um exercício crítico da sociedade

em que vivemos... Confesso que, apesar das

inúmeras exposições em que participo todos

os anos e da velocidade com que trabalho, falta-me

cada vez mais tempo para pintar tanto

como queria. Mas, com método, empenho e

motivação, dou prossecução à jorna da pintura.

Acredito que, é importante enquanto professor,

expôr, e ao fazê-lo exponho-me, para

que os meus alunos possam ao descobrir o

meu trabalho, me possam descobrir como

pessoa. É importante que ao longo do percurso

profissional, estejamos continuamente

a dar provas que servem acima de tudo, para

auto-questionar o que fazemos.

A entrarmos no novo ano, quais são os

seus desejos para o futuro?

- Talvez seja “clichê” ou pretencioso ousar

responder que gostaria de mudar o mundo,

ou pelo menos ser capaz de fazer a diferença.

Se o meu trabalho quotidiano possibilitar

que, através da arte, consiga sensibilizar

as pessoas que passam pela minha vida para

a defesa das causas sociais da humanidade,

viverei mais feliz. Tento todos os dias transmitir

a mensagem que acredito - com mais

acesso à Cultura e mais Educação - teremos

menos ódio, mais tolerância e mais amor pelo

outro. Não sei qual o caminho, porque este

faz-se caminhando... E persistem neste mundo

os caminhos muito tortuosos. Lembro-me

a este propósito de José Régio: “Não sei por

onde vou, Não sei para onde vou, Sei que não

vou por aí!. s

saber DEZEMBRO 2019

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MADEIRA

“Natal Madeirense” 2019

É

com o tema “Natal Madeirense” que está na rua mais um programa

de Festas de Natal e de Fim de Ano na Madeira. O programa arrancou

no dia 8 de dezembro com a inauguração das iluminações

decorativas no Funchal e decorre até ao dia 6 de janeiro de 2020 –

Dia de Reis. Esta época natalícia tem mais de um milhão de lâmpadas distribuídas

pela cidade do Funchal. As comemorações visam homenagear

os 600 Anos do descobrimento das ilhas da Madeira e de Porto Santo,

pelo que, há todo um extenso programa de iniciativas culturais, religiosas,

etnográficas e artísticas a acontecerem. Destaque para os incontornáveis

“Mercadinho de Natal” e “Natal na Praça” que têm a assinatura da designer/produtora

de eventos Isabel Borges. Estes projetos de embelezamento

das placas centrais da Avenida Arriaga e do Mercado dos Lavradores

baseiam-se no conceito de “ Mães Natal “, “uma aposta de personalização

do acolhimento e de promoção da oferta que o mesmo disponibiliza quer

ao nível comercial, quer de informação e divulgação”, conta Isabel Borges,

que teve duas semanas para se dedicar, com a sua equipa, à produção

desta que é já a 16.ª edição do evento. “Um grande obrigada à Secretaria

Regional Turismo e Cultura pelo convite – Departamento de Animação, à

Câmara Municipal do Funchal (responsável pela Divisão dos Mercados da

autarquia, Arq. Carla Freitas,) pelo convite para fazer o projecto ‘Natal na

Praça’ pelo quarto ano consecutivo. Este é o resultado do trabalho de equipa,

de profissionais e de amigos que me acompanham há anos e que não

me deixam falhar, como a Grazi Martins, a Mafalda Cova, a costureira do

grupo D. Aida Freitas, a Manica Soluções digitais, a Madeira Polivalente, a

Atlantipetalas, a Robbialac (sponsor do projecto), o excelente Ricardo Meira

(Fotógrafo do projeto) e à sua família por acreditarem que o resultado final

é sempre muito melhor que o projecto inicial”, conclui Isabel Borges. s

Dulcina Branco

Ricardo Meira.

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saber DEZEMBRO SETEMBRO 2019

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MADEIRA

Natal 2019 em Porto Santo

Ali ao lado, o Município de Porto Santo, presidido por

Idalino Vasconcelos, “veste-se” de cor e luz nesta época

natalícia com a aposta na cultura e nos produtos locais

como forma de dinamizar o comércio local. A iluminação

e decoração natalícias no centro da Vila Baleira foram inauguradas

no dia 7 de dezembro, abrindo o programa de festividades

que acontece até ao dia 6 de janeiro de 2020. Manifestações culturais

e etnográficas concentram-se principalmente no centro da

cidade de Porto Santo, a exemplo dos autos de Natal que acontecem

no Largo do Pelourinho - onde se encontra o presépio tradicional,

interpretados por alunos de estabelecimentos de ensino

do concelho, passando pela iluminação decorativa e terminando

no espetáculo de fogo de artifício de fim de ano que rebenta no

céu noturno de Porto Santo. Fábio Brito oferece-nos um pouco da

magia que assiste a ilha dourada por esta altura do Natal nas imagens

da sua autoria que complementam este artigo. s

Dulcina Branco

gentilmente cedidas por Fábio Brito.

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saber DEZEMBRO SETEMBRO 2019

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CONVERSAS COM A SABER

12 saber AGOSTO DEZEMBRO 2019

2019


Rui e Sandra Carvalho

Os amores verdadeiros nem sempre seguem

um caminho certo. Muitas vezes, antes de se

encontrarem, esses amores deparam-se com

encruzilhadas, tendo de tudo suportar e vencer até

que consigam preencher de flores os caminhos mais

tenebrosos. E, no final, o destino ao qual chegam,

faz com que tudo tenha valido a pena. De certa

forma, é assim parte da história do Rui e da Sandra

Carvalho, um casal de sorriso fácil e sincero, que

encontrou, um no outro, um amor construído de

compreensão, respeito e muita cumplicidade. Com

uma vida recheada de experiências, partilhas e uma

visão muito própria da sociedade, encaram o futuro

com a confiança de quem sabe onde vai e com a

certeza de que, de mãos dadas, saberão sempre

chegar longe.

Francisco Gomes.

gentilmente cedidas pelos entrevistados.

AgradecimentoS: Restaurante do Forte, A Tulipa e Micas Hair Style.

FG: Como é que vocês se conheceram?

SC: Conhecemo-nos no estádio de futebol, quando estávamos a assistir

a um jogo do Nacional na Liga Europa. Recordo que ele estava na

zona dos convidados, a tirar uma cerveja, mas aquilo não estava a funcionar

para ele… Eu ajudei-o e falámos um pouco, mas as situações

não evoluíram muito, até porque o Rui era casado na altura.

RC: A nossa relação não foi algo forçado, nem procurado, mas algo

que se desenrolou naturalmente. Quando nos conhecemos, eu era

casado, mas, no espaço de pouco tempo, os nossos caminhos cruzaram-se

várias vezes. Lembro-me que nos cruzámos no Fórum Madeira,

quando ela passou pelo estabelecimento que eu tinha na altura, e,

mais tarde, na Expo Madeira. Eventualmente, voltamos a nos cruzar,

mas, desta feita, em Lisboa, mas já não estava casado. A partir daí, a

nossa relação passou a desenvolver-se mais e noutros termos, pois

tínhamos maior disponibilidade um para o outro e para pensar num

futuro em conjunto.

FG: Foi fácil apaixonares-te pela Sandra?

RC: Sinceramente, foi. Houve uma ligação natural quando nos conhecemos,

houve uma química entre nós e, se calhar por causa disso,

hoje somos casados. Já estamos juntos há alguns anos, e, hoje, temos

um filho com dois anos.

FG: E como foi integrar a Sandra nessa vida que é tão especial como

é a vida das pessoas ligadas ao mundo do circo e dos espetáculos?

RC: Quando começamos a nossa relação, a Sandra tinha o trabalho

dela e a minha vida não me permitia estar sempre no mesmo sítio.

A juntar a isto, tinha acabado de gerir o meu divórcio, o que, naturalmente,

provocou uma mudança radical na minha vida. Por isso, tivemos

que enfrentar, juntos, várias situações que eram preciso gerir

para conseguirmos aquilo que queríamos, que era estarmos juntos.

As minhas origens estão ligadas ao circo. Por exemplo, os meus pais

e os meus avós sempre foram do circo. Eu, quando decidi ir para o

continente, liguei-me ao negócio dos parques de diversões de circo.

Antes disso, tornei-me proprietário de uma clínica dentária em Odivelas,

que era da minha mãe, que acabaria por trespassar para uma

cadeia de clínicas. Na altura, mantinha algum contacto com a Sandra,

mas não vivíamos juntos. Mas, certo dia, cruzámo-nos quase acidentalmente

no Centro Comercial Colombo, trocámos contactos e continuámos

a falar. Eu tinha que regressar à Madeira, por motivos profissionais,

nomeadamente o Parque de Diversões que estava a gerir

na Praia Formosa, mas convidei-a a vir cá e passámos esses dias juntos.

Dois dias antes dela ter de ir embora decidimos que passaríamos

a morar juntos e assim foi. Aliás, recordo que começámos a morara

juntos no dia 25 de Janeiro de 2013.

SC: O que nós passámos para ficar juntos foi muito intenso. A história

de amor que tínhamos era muito forte e correu tudo muito bem,

pelo que dái resultou o nosso filho e tudo o que temos vindo a construir

em conjunto.

RC: Na altura, eu não me via naquele sistema de casa/trabalho, trabalho/casa.

Pelo contrário, queria que a minha vida fosse algo mais

e algo de diferente, pelo que passei a dedicar-me mais ao circo. Na

altura, fazia a Europa em temporadas com o circo e com o parque de

diversões. Expliquei esta minha vida à Sandra, mas ela adaptou-se

bem, até porque gosta de viajar e gosta de viajar de carro. Ela percebeu,

desde logo, que a vida do circo e dos espetáculos não é turismo,

saber DEZEMBRO 2019

13


CONVERSAS COM A SABER

mas trabalho, e adaptou-se muito bem.

SC: Fui muito bem recebida por toda a família do Rui e por toda a gente

do circo.

RC: Passados três anos, cheios de trabalho e de algumas viagens, ela

disse-me que tínhamos de arranjar maneira de ficar por Portugal...

SC: Ia ter o Diego...

RC: A partir daí, ficou mais complicado viajar, pelo que optámos mesmo

por fazer o parque de diversões na Madeira. Ao longo do ano,

estou noutros parques de diversões, com diversos tipos de negócios,

em colaboração com diversas entidades, como autarquias. Mas, na

Madeira, estamos em casa e gostamos muito de cá estar.

FG: O que mais te atrai e te repudia nesta vida dos parques de diversões

e dos circos?

SC: A sociedade em geral faz uma ideia errada das pessoas associadas

profissionalmente ao circo. Referem-se aos mesmos como se fossem

pessoas sem valores, mas não é assim! São essoas com muito valores

e com princípios de vida, mas que, por não terem um horário das

9h00 às 19h00, viajam mais, trabalham mais e fazem grandes sacrifícios

para ganhar uma vida com dignidade. Aliás, sinto que as pessoas

do circo são uma família, vivem como uma família e cuidam umas das

outras como uma família, pois importam-se verdadeiramente com o

bem-estar daqueles que lhes estão próximo.

RC: Sim, vivemos como uma família. Um circo desloca-se por diferentes

cidades e países, por isso não temos um paradeiro fixo, enquanto

circo, ainda que todos nós tenhamos uma casa e um lar fixo. Além

disso, há sempre muito trabalho e a exigência é grande. Mas, dito

isto, todos partilhamos princípios e valores, alguns dos quais nos são

dados pela Escola da Vida, os quais nos dão uma perspectiva diferente,

porventura mais rica.

FG: O circo é cultura?

RC: O circo não é cultura em Portugal e Portugal não trata o circo

como cultura. Aliás, em Portugal, e ao contrário do que acontece em

tantos outros países, o circo é colocado de lado, e, se calhar, estamos

agora a pagar a fatura disso, que é uma fatura alta, pois há muitos circos

que estão a desaparecer. Há aqueles que lutam por se manter e

por manter a arte, mas não está a ser fácil.

FG: Está mais difícil cativar as pessoas para o circo e sensibilizá-las

para a riqueza cultural e artística do circo?

RC: Tudo torna-se mais difícil quando, ao longo dos anos, certas pessoas

têm feito de tudo para criar uma imagem negativa do circo, especialmente

em torno da questão dos animais, o que faz com que muitas

pessoas perdessem o interesse no circo. Hoje em dia, muitas pessoas,

quando pensam no circo, pensam em maus tratos animais, o

que não corresponde à verdade, e o próprio circo mudou, está diferente

e perdeu a mística que existia quando tínhamos os artistas de

quatro patas. Sinto que, se houvesse respeito pelo circo da parte das

entidades competentes e se houvesse um apoio mais sincero no sentido

de criar melhores condições de trabalho, as coisas seriam diferentes

e melhores. Por exemplo, quando uma autarquia decide coloca

rum circo numa zona onde ninguém vai, não há interesse nem respeito

pelo circo. O Funchal, pelo contrário, acreditou no circo, acreditou

no parque de diversões e disponibilizou uma localização fantástica,

que faz com que as pessoas adiram ao circo e beneficiem de um

trabalho de qualidade. É pena que este exemplo não seja seguido

por outras autarquias do país. Nos últimos anos, houve quem criasse

um problema na cabeça das pessoas e lhe dissesse que os culpados

eram os trabalhadores do circo muitos deles continuaram a trabalhar

dentro das suas capacidades, pois foi o que fizeram toda a vida e

querem manter viva esta arte. Mas, a verdade é que o circo em Portugal

está descredibilizado, muito porque não recebe os apoios que

14 saber DEZEMBRO 2019


PUB

deveria receber, especialmente em termos de condições de trabalho.

FG: Alguma vez deste contigo a pensar nas dificuldades de criar

uma família ligada ao meio itinerante que é o circo e o mundo dos

espetáculos? Alguma vez sentiste que esta vida, de facto, não é

para todos?

SC: As pessoas, por vezes, pensam que a vida ligada aos espet´culos

e ao circo é uma vida de imensos sacrifícios, quando, na realidade,

não é bem assim. As horas, certamente, são diferentes, pois não é um

horário de trabalho convencional, mas a verdade é que, tudo o resto,

é muito normal, isto é, temos uma vida normal, uma família para cuidar

e uma casa para manter e gerir. WWQuando me juntei ao Rui, não

fazia ideia do que era a vida ligada ao circo. Eu própria não sabia se

iria viver, ou não, com uma ligação ao circo. Mas, recordo que, quando

tivemos que viver numa caravana, fomos buscá-la à Bélgica. Eu é

que a escolhi, que a mobilei e ficou maravilhosa. Esse ‘mito’ de ficar a

dormir em contentores, de não ter condições para viver… não é verdade

e não é assim. Temos as nossas caravanas, que são do melhor

que há, melhores, até, do que alguns apartamentos, pois temos todos

os confortos para realizar as nossas viagens e as nossas vidas, quando

assim é necessário.

FG: Uma pessoa que não vos conheça, que imagem tem de vocês?

RC: Depende do tipo de pessoa com quem tu falas... Ao certo, ao

certo, a primeira abordagem que há quando nos conhecem é como

vivem e o que são as gentes do circo. A curiosidade de saber como é

a nossa vida, quem é ao certo e como é. Depois, quando falam connosco,

é a curiosidade de nos conhecer e de que tipo de pessoas vão

encontrar. As pessoas não têm ideia de como somos ao certo. Há

sempre aquela curiosidade...

SC: As pessoas muitas vezes querem saber da vida do circo… Mas eu

não vivo no circo, nem sou do circo. Sou promotora de espetáculos e

ajudo o meu marido no seu trabalho, que está relacionado com o circo

e com o parque de diversões, e que vem à Madeira uma vez por

ano. De resto, tenho a minha casa, onde vivo com a minha família, e

a caravana,, que é onde vivemos, ocasionalmente, quando assim tem

de ser por causa dos espetáculos. Por isso, e nossa vida é uma vida

muito normal e uma vida em família.

FG: Como é a vida do Rui e da Sandra fora deste contexto do mundo

dos espetáculos e da promoção?

SC: É muito normal! Gostamos muito de ficar em casa… Temos um

terreno enorme, com cerca de vinte e cinco mil metros quadrados, e

passámos o dia a arranjar coisas lá em casa, com o filho à solta. Ele

adora estar na rua a brincar. Eu tenho o vício das arrumações e passo

o dia a arrumar.

RC: E eu desarrumo (risos)... Também encontramo-nos muitas vezes

com a família do circo, que é muito grande, e apoiamo-nos muito uns

aos outros. Quando não estamos nalguma festa ou evento para o qual

somos convidados, estamos em casa ou saímos até Espanha, França.,,

e vamos visitar a família e os nossos amigos.

FG: Há planos para aumentar a família?

RC: (risos) Já disse à Sandra que gostava de ter outro filho. Temos o

Diego, que está com dois anos, a Sara, que entrou este ano na universidade,

e o Duarte, que está com dezasseis anos. Eu gostava de

ter outro filho, até porque acho que a família deve ser numerosa.

Eu tenho três irmãos do primeiro casamento do meu pai e mais um

irmão do segundo casamento do meu pai e é bom. É preciso continuar

o trabalho que nós, pais, fazemos, e, então, um filho é pouco,

pois está mais desamparado.

FG: Quais são as melhores qualidades da Sandra?

RC: Ela às vezes pergunta-me isso e eu não lhe respondo... Fica chateada

porque eu não lhe respondo, mas a ti, Francisco, vou respon-

PUB

saber DEZEMBRO 2019

15


CONVERSAS COM A SABER

der. A Sandra é muito humana, no sentido de ser atenciosa e carinhosa.

Além disso, é uma mãe muito atenta e preocupada com o filho,

é muito interessada pelas coisas, incluindo o meu mundo profissional,

digamos assim... O facto de se interessar e de querer conhecer

sem querer criticar também despertou a minha atenção quanto a ela.

Não tivemos uma história de conto de fadas, mas é uma história que

é nossa, é real e é baseada no respeito entre nós. Os altos e os baixos

que nós passámos levaram-nos a ficar sempre juntos. Passámos

muitas dificuldades, mesmo... Mas nunca deixámos transparecer

essas dificuldades e a Sandra soube estar e aparecer no momento

certo, soube esperar pelo momento certo. Na verdade, foi isto: A sua

capacidade de perceber o que estava a acontecer e de saber estar no

momento certo e na altura certa. Foi este conjunto de coisas que me

fez querer estar com ela.

FG: Como é o Rui enquanto pai?

SC: É um pai babado, dedicado, presente, amigo… Primeiro pai, depois

amigo, pois quando tem que chamar a atenção, fá-lo. É brincalhão,

amado pelos três filhos e eles querem estar sempre com o pai. É muito

carinhoso e brincalhão com os filhos. Os filhos adoram-no. Adora

brincar com os filhos e eles querem brincar com ele. O Diego, que é o

mais pequenino, adora ser mordiscado pelo pai. Como pai, tem tudo

o que é de bom. E é um pai muito amado pelos três filhos.

FG: Como é que gostavas que fossem os teus filhos, ao nível das

suas personalidades?

RC: Genuínos e que seguissem os princípios que lhes vou transmitindo.

Gostava que eles fizessem as coisas com honestidade. Vivemos

numa sociedade egoísta, mas eu gostava que os meus filhos fossem

sinceros e honestos naquilo que fazem. Não é o dinheiro, mas são os

princípios e os valores que lhes transmitimos que são o mais importante

que lhes podemos dar. Não quero que sejam médicos ou advogados

só porque sim. A minha filha entrou este ano na universidade

para seguir Artes na Universidade de Lisboa, neste caso Dança Contemporânea,

que é o que ela gosta, mas não sei se é isso que ela vai

seguir no futuro. Procuro acompanhá-la no caminho certo, estando

presente. Eu, muito novo, tomei as minhas decisões, tomei o rumo da

minha vida e eu acredito que, estando presente, como a minha mãe

fez comigo, é importante.

FG: Fora do mundo dos espetáculos, onde é que te sentes mais realizado

e feliz?

RC: Como pai e junto dos meus filhos. Tenho três filhos e acredita que,

não vivendo com os dois mais velhos, que vivem na Madeira, tento

estar sempre com eles. Venho à Madeira para estar com eles sempre

que posso, pois gosto de estar presente na vida deles, mas não o

faço como uma obrigação, mas como um dever de um pai. A minha

filha tem 18 anos e, neste momento, está em Lisboa. É a minha princesa,

a minha menina, e, no dia-a-dia, estou sempre preocupado com

ela, nem que seja quando ela me liga a perguntar se pode ir com os

colegas ao Vasco da Gama. Também vou busca-la quando sai com os

colegas ao fim de semana… E é isso. O que me faz mais feliz é estar

com eles e ser pai.

FG: Qual é que achas que é a referência mais importante da tua vida?

SC: É o meu filho, sem dúvida, e, como mãe, gostaria de estar por cá

por muitos anos para acompanhar o meu filho.

FG: Como é que os teus filhos te vão recordar?

RC: Não sei como me vão recordar, mas penso que como um pai presente

e amigo. Eles sabem disso… O que tenho de lhes dizer, digo.

Sou um pai que sabe ouvir, mas também sei dizer ‘não’ e ‘sim’. Um

bom pai não é aquele que diz sempre ‘sim’, e eu, sem querer, já disse

muitas vezes ‘não’.

Muitas vezes, comento com a Sara e com o Duarte esse facto de dizer

as coisas de forma sincera e que é assim que deve ser. Os meus filhos

têm a total liberdade para falar comigo sobre o que quiserem, porque

sabem que eu vou responder e sei se está bem ou se está mal, e

sei dizer ‘sim’ e dizer ‘não’. Acho que é por aí que eles me vão recordar.

Há maneiras diferentes de levar as coisas… A minha pode não

ser a mais correta, mas é aquela em que sempre acreditei. A família

tem que ser unida, e, para ser unida, não tens que dizer ‘sim’ a tudo,

mas ser correto e verdadeiro. Gostaria que eles levassem este princípio

com eles, que acreditem naquilo que querem e que mantenham

as ideias deles como objetivos concretos.

FG: O que é que tu gostavas de dizer ao Rui?

SC: Digo-lhe todos os dias… Aliás, dizemo-lo todos os dias um ao

outro: Amo-te. Com ele, sinto-me a mulher mais feliz do Mundo.

Temos altos e baixos, mas fazemos o bem em prol de nós e dos nossos

filhos. Ele faz mais pelo meu bem do que pelo bem dele próprio.

Ele tem muitos objetivos e eu vou atrás dos objetivos dele. Sigo sempre

aquilo que ele pretende fazer, e, normalmente, ele está correto.

Foi o pai que eu escolhi para o meu filho e ele é o homem da minha

vida e o único amor da minha vida.

FG: A Sandra é a tua melhor amiga?

RC: Ela é a minha cúmplice em tudo o que faço, e, nesse sentido, é

claro que ela é minha amiga, parceira e companheira de vida. Ela é a

mulher da minha vida e a pessoa a quem falo de coisas que não falo

a mais ninguém. s

16 saber DEZEMBRO 2019


DECORAÇÃO

A magia do Natal à volta da mesa

Chegou oficialmente aquela que é a época mais mágica do ano: o

Natal. A La Redoute Interieurs e a AM.PM apresentam uma seleção

de produtos verdadeiramente apaixonantes e que transmitem

todo o encanto da época natalícia. Escolha as cores da sua

mesa de Natal e comece pela toalha de mesa. Estampadas ou lisas, as

toalhas douradas, prateadas e brancas estão em voga este ano. O serviço

de loiça é também muito especial na consoada. Escolha um dos serviços

clássicos, elegantes e com pormenores em dourado que fazem toda

a diferença numa noite especial. Complete a sua decoração com jarras

decorativas e, já que o dourado é a cor rei neste Natal, opte também por

um serviço de talheres nestes tons e desfrute de momentos de partilha

em família. s

Tânia Tadeu (taniatadeu@taylor365.pt), Dora Sousa (dorasousa@redoute.pt)

saber DEZEMBRO 2019

17


OPINIÃO

Hélder Spínola

Biólogo/Professor Universitário

Ambiente na

Universidade

No passado ano letivo, a

Universidade da Madeira

implementou, com sucesso,

no seu Campus e junto da sua

Comunidade Académica, o

programa Eco-Escolas, tendolhe

sido atribuído o galardão

Bandeira Verde pela Associação

Bandeira Azul da Europa.

No passado ano letivo, a Universidade

da Madeira implementou,

com sucesso, no seu Campus e

junto da sua Comunidade Académica,

o programa Eco-Escolas, tendo-lhe sido

atribuído o galardão Bandeira Verde pela

ABAE-Associação Bandeira Azul da Europa.

A inscrição neste programa foi importante

para dar consistência ao esforço que vinha

sendo feito para melhorar o desempenho

ambiental no Campus Universitário, nomeadamente

no seguimento da implementação

do Projeto Reciclar Mais, vencedor da Região

Autónoma da Madeira no desafio Novo Verde

Packaging Universities Award. No conjunto

das boas práticas ambientais implementadas

ao longo dos últimos anos, com particular

relevância para as mais recentes, que

resultaram do projeto Reciclar Mais, do programa

Eco-Escolas e da extraordinária cooperação

com a Associação Académica da

Madeira, destacam-se as seguintes: -Colocação

de pequenos ecopontos (papelão, embalão,

vidrão e indiferenciado), com informação

e sinalética detalhada, nos corredores

que dão acesso às salas de aula, em espaços

exteriores, no bar e na cantina. Foram ainda

instalados cinzeiros de parede em todas

as entradas, e em outros espaços habitualmente

frequentados por fumadores, e vão

ser disponibilizados sacos de pano para promover

a separação de resíduos nos gabinetes;

-Disponibilidade de pontos de recolha

seletiva para resíduos menos comuns como:

roupa, calçado e brinquedos; óleos alimentares

usados; resíduos de equipamentos elétricos

e eletrónicos; pilhas e baterias; cartuchos

de toner e tinteiros. -Desmaterialização

da circulação de informação disponibilizada

aos alunos no âmbito das Unidades Curriculares,

associada a um sistema de impressão

self-service, em papel reciclado, com contabilização

dos consumos em papel/árvores

e emissões de CO2, assim como de um programa

(You Print, We Plant) de voluntariado

para a reflorestação como compensação

pelas emissões e consumos de papel; -Instalação

de compostores e vermicompostores

para a reciclagem dos resíduos orgânicos

produzidos no bar e na cantina; -Implementação

de bancos de folhas de rascunho junto

às impressoras para promover a reutilização

de papel; -Adoção de papel reciclado para as

toalhitas de papel e campanha de promoção

do seu uso racional. Em breve serão disponibilizados

lenços de pano reutilizáveis e secadores

elétricos de mãos nas casas de banho,

para reduzir o uso de toalhitas de papel;

-Substituição dos copos e colheres de plástico

descartáveis nas máquinas de café por,

respetivamente, de papel e madeira, e disponibilização

de copos de vidro/cerâmica reutilizáveis

para uso nas máquinas de café (com

redução do preço em 5 cêntimos); -Instalação

de uma fonte de água fresca e filtrada, ligada

à rede, para enchimento de garrafas. Em

breve serão distribuídas garrafas reutilizáveis;

-Desenvolvimento de campanha para a

promoção do uso da luz natural nas salas de

aulas; -Desenvolvimento de campanha para

o uso das escadas em detrimento do elevador;

-Redução da iluminação nos corredores,

aproveitando a luz natural e adequando a iluminação

às necessidades; -Implementação

de sistema de fecho automático nas torneiras

das casas de banho e redução da pressão,

para diminuir os consumos; -Disponibilização

de informação no hall de entrada do Campus

Universitário para promover e facilitar o uso

do transporte público, com ecrã a disponibilizar

informação em tempo real sobre a passagem

dos autocarros e serviço de carregamento

de bilhetes no Students’ Help Desk da

Associação Académica; -Criação de jardim

indígena no Campus Universitário. s

18 saber DEZEMBRO 2019


Ferrero Rocher

MARCAS ICÓNICAS

A

Ferrero converteu-se numa marca ícone

mundial, fazendo parte da tradição

de milhões de consumidores graças aos

seus bombons de chocolate e avelã que,

por esta altura do Natal, são muito comercializados.

Os bombons ferrero rocher são produzidos

pela Ferrero desde 1942, empresa de origem italiana

especializada em guloseimas e chocolates

na cidade de Alba, pelo confeiteiro Pietro Ferrero.

Quatro anos após os bombons, em 1946 surge a

outra marca ícone da empresa: o creme Nutella,

cuja criação se deve a Filipa Ambrósio. O creme

de avelãs e cacau foi um grande sucesso de vendas,

tendo aberto caminho para outros produtos

de sucesso, como o Kinder Chocolate, o Raffaelo

e o Mon Chérie. A Ferrero é atualmente uma das

maiores indústrias alimentícias internacionais,

empregando mais de 20 mil pessoas nas suas 22

fábricas em diversos países do Mundo. Em 2002, a

Ferrero movimentou cerca de 4 bilhões de euros.

Incontornável na história da marca é o anuncio

publicitário dos bombons Ferrero Rocher. Este

que é um dos anúncios que mais marca a época

natalícia, entra na casa dos portugueses há 22

anos. O reclame foi gravado em 1995 e regressa

sempre por esta altura do Natal. O motorista

Ambrósio – interpretado pelo ator inglês Paul

Williamnson, e a ‘senhora vestida de amarelo’ – a

atriz Lee Beverly Skelton, uma ex-modelo norte-

-americana, tornaram-se bastante conhecidas do

público e na atualidade, o anúncio volta a encantar

novas gerações que se habituam a ver neste um

ícone da época natalícia. s

Dulcina Branco

Ferrero Rocher Portugal e Wikipédia.

saber DEZEMBRO OUTUBRO 2019

19


OPINIÃO

Isabel Fagundes

Exerce funções numa escola do Funchal

Passagens

de solidão

Eu não sabia que aquele homem,

órfão de amor e mendigo

de afetos, já há muito que

caminhava só, num mundo onde

os homens de pensamentos

deslembrados e focados no

seu umbigo, jamais lhe haviam

perguntado: “Precisa de ajuda?”.

Algures no tempo deparei-me com

um velho pescador que retornava

do mar com o seu pequeno barco,

de cores desbotadas e madeira

envelhecida pelo tempo e pelas tempestades.

Era um homem de feições rudes e corpo

franzino que, a muito custo, puxava as cordas

ásperas que iam prender o barco à terra. Eu

estava sentada nos calhaus, tão perto que

podia ver dor nos seus olhos e tristeza traçada

no seu rosto. Aproximei-me e perguntei:

- Precisa de ajuda?. O homem, com um

esgar de surpresa, olhou-me com uma indizível

serenidade e respondeu: - Não menina!.

E continuou a puxar o barco, como se sempre

tivesse estado só naquele seu mundo de dor

e de mar. Eu não sabia que aquele homem,

órfão de amor e mendigo de afetos, já há

muito que caminhava só, num mundo onde

os homens de pensamentos deslembrados

e focados no seu umbigo, jamais lhe haviam

perguntado: “Precisa de ajuda?”. Por isso

aprendeu a fazer tudo sozinho, sem que lhe

fossem oferecidos gestos, nem palavras, nem

sorrisos que lhe fizessem atenuar o vazio que

era a sua vida. Não sabia, que aquele homem

de feições rudes e rosto marcado pela tristeza,

havia perdido tudo, quando o seu filho

foi engolido pelo mar e a sua mulher, surpreendida

por uma doença fulminante, havia

perdido a vida em pouco tempo. Também

não sabia que, depois de se perder tudo, o

que nos resta é andar para a frente em passo

lento, ladeados de esperança e de alguma

fé que nos possa fazer mover. E aquele

homem, todos os dias, quer na bonança ou

em temporal, arremetia-se ao mar, na esperança

de um qualquer acontecimento que o

guiasse a um novo rumo. Era quase Natal.

Quase época do aconchego nos corações

no seio das famílias, e tempo de confortar

as almas em abraços. Mas o homem de feições

rudes e corpo franzino já não se aquecia

no calor dos braços de alguém. Porque a

vida lhe havia roubado o seu bem mais precioso,

a família. Então, abracemos a nossa

família em amplexos imensos e sentimentos

verdadeiros, e amemos um por um enquanto

podemos estar juntos. Ofereçamos o tanto

de nós para o todo daqueles que amamos.

Valorizemos as pessoas que estão para nós

porque amanhã já não estaremos e eles também

não estarão. Façamos da família a maior

prenda que nos é oferecida todos os dias da

nossa vida. s

20 saber DEZEMBRO 2019


EDUCAÇÃO

Raquel Lombardi

docente e Coordenadora Erasmus+

O poder da

inteligência

emocional

na escola

INTERNET

As emoções são muito mais antigas do

que o intelecto. Nossos ancestrais pré-

-históricos usavam a suas emoções: o

medo para sobreviver; a alegria para

criar laços afetivos, o amor para procriar; a raiva

para defender seus territórios. As nossas emoções

são importantes para a nossa sobrevivência,

pois servem de alerta e de orientação quando as

nossas necessidades humanas não são encontradas,

por exemplo, quando nos sentimos sós sentimos

necessidade em encontrar outras pessoas.

São uma fonte valiosa de informação, pois ajudam-nos

a tomar decisões (quando as conexões

emocionais de uma pessoa estão danificadas no

cérebro, ela não pode tomar nem mesmo as decisões

simples porque não sentirá nada sobre suas

escolhas); ajudam-nos também a comunicar com

os outros, são a maior fonte potencial de união

entre os seres humanos. E numa organização

tal como é a escola, onde as relações humanas

estão em ênfase, não podemos de maneira alguma

descurar a importância da inteligência emocional.

Goleman, refere que a inteligência emocional

surge como a capacidade de reconhecer

os nossos sentimentos e os dos outros, de nos

motivarmos e de gerirmos bem as emoções em

nós e nas nossas relações. A inteligência emocional

é entendida como a melhor maneira de usar

a nossa perceção e sensibilidade para identificar

os sentimentos que estão por trás da comunicação

interpessoal e, resistir à tentação de reagir

de maneira impulsiva e impensada, sendo recetivos,

autênticos e sinceros. Valorizar as emoções

como base das relações sociais é fundamental

nas organizações escolares, pois estas são compostas

por pessoas , regidas não só pela racionalidade

mas também pelas emoções. Atualmente,

as regras do trabalho encontram-se em mutação,

e a escola tem um papel fundamental na formação

emocional e integral dos seus alunos. Independentemente

da área que estivermos a trabalhar,

hoje sabe-se que não basta as habilitações

académicas (apesar de serem importantes) para

atingir os objetivos. É necessário um conjunto de

competências centradas nas qualidades pessoais

como a empatia, a adaptabilidade, poder de iniciativa,

argumentação e persuasão. É indiscutível

que a escola não se restringe somente à sala de

aula, nem somente às aprendizagens curriculares,

mas sim no facultar ao aluno um conjunto de

experiências extracurriculares, que o estimulem

à pesquisa, criatividade e ao autoconhecimento.

Os laços afetivos e valorização das emoções

são uma prioridade e a união entre comunidade

educativa, famílias e meio envolvente, formam

sinergias pedagógicas geradoras de aprendizagens

significativas. Neste contexto, olhar a escola

como organização inclusiva/emocionalnão se

trata apenas de uma visão integrada e contínua

da abordagem educativa. Trata-se de contribuir

decisivamente para um processo de avaliação

de apoio à aprendizagem (que considera aspetos

académicos, comportamentais, sociais, emocionais

e ambientais do aluno), uma vez que desse

processo resulta toda uma sequência e dinâmica

da intervenção. Nesta visão holística, a escola

toma uma posição mais humanista e emocional,

não só para os alunos, mas também para a toda

a comunidade educativa. s

saber DEZEMBRO 2019

21


[DES]CONHECIDA ARTE

Sónia Quintal

Artesã

Facebook Sacos de Café By Sónia Quintal Reciclagem

Coffee Bags

Presépios de cápsulas de café

Reciclar é, cada vez mais, a

tendência global para preservar

as condições de vida no planeta

e há quem a siga à risca, como

Sónia Quintal que há dez anos a

esta parte, se dedica a criar peças

com base em materiais naturais

e reciclados. Neste caso, incluemse

os presépios de cápsulas

de café que vende nas feiras

de artesanato que decorrem

no Funchal a madeirenses e

aos turistas que nos visitam.

Disponibiliza-os também na

sua página nas redes sociais,

expandindo assim pelo mundo

belos objetos artísticos “made

in Madeira” que celebram a

natureza e apelam à preservação

da mesma.

Dulcina Branco

gentilmente enviadas pela entrevistada.

22 saber DEZEMBRO 2019


Quem é a Sónia Quintal e como é que surgiu

esta ideia de criar peças com cápsulas de

café, nomeadamente presépios?

- Sou natural da Camacha, do sítio do Rochão

de Cima. Estudei até ao nono ano de escolaridade

na mesma freguesia. Depois, veio o primeiro

trabalho na altura com 16 anos num restaurante.

Trabalhei depois numa agência de viagens,

como estafeta, até o final de 2013. A partir

daí, dediquei-me ao artesanato como atividade

principal. Depois da empresa onde trabalhava

atravessar dificuldades e o meu posto de trabalho

ter sido extinto, fui para o desemprego.

Mas como já participava na feira de artesanto

no Funchal, assim continuei, criando as minhas

peças com base nos sacos de papel e, neste

caso, nas cápsulas de café (presépios).

O que tem de mais desafiante esta arte?

- O mais desafiante no meu trabalho é criar as

minhas peças e ver a reação dos clientes. Trata-

-se de, peças imaginadas e executadas por mim

e sendo apreciadas por quem compra, é muito

gratificante. Em dez anos desta atividade, as

minhas peças estão um pouco por todo o mundo

porque tenho clientes do estrangeiro.

Como é que acontece o seu processo criativo?

- Os presépios todos são feitos com as cápsulas

de café. Para recriar a Sagrada Família e as

bases dos mesmos são também reciclados com

diversos materiais, tais como: latas de conserva,

rolhas de garrafas de vinho, conchas, pedras,

calhaus, cabaças, troncos de cortiça, galhos e

sementes secos que recolho na natureza. O

tempo de execução de cada presépio é de meia

hora, tendo os materiais previamente preparados

e envernizados para a montagem.

A importância de reciclar afigura-se como

uma mensagem a reter quando observamos

os seus trabalhos...

- Sim. Sempre optei pela reciclagem para os

meus trabalhos. Tenho muitas ideias para reciclar

recorrendo a diversos materiais. Tenho

muito orgulho das montanhas de lixo que já

consegui reciclar sozinha com o meu trabalho.

Sei que muitos dos que passam e vêm o meu

trabalho (residentes e turistas) apreciam-no e

provavelmente vão reciclar também. Isto é muito

importante e gratificante para mim. Como

costumo dizer aos clientes: eu faço a minha parte

e temos todos de fazer um pouco pela reciclagem

numa sociedade onde tanto lixo se produz.

É esta a minha mensagem.

Onde é que podemos ver as suas peças?

- Vendo os meus produtos nas feiras de artesanato

no Funchal às quintas-feiras no Jardim

Almirante Reis, às sextas-feiras no Jardim Municipal,

aos sábados ou no Jardim Municipal ou no

Jardim Almirante Reis. s

saber DEZEMBRO 2019 23


PUBLIREPORTAGEM

Departamento de Comunicação e Imagem da Câmara Municipal do Funchal.

Funchal é o Município do Ano 2019

O

Funchal foi o grande vencedor deste

ano, a nível nacional, do Prémio

Município do Ano, atribuído pela Universidade

do Minho, através da plataforma

UM-Cidades. O Presidente da Câmara

Municipal, Miguel Silva Gouveia, recebeu o

prémio na gala que decorreu em Arouca, no

distrito de Aveiro, e enalteceu que “a distinção

ao projeto Funchal, Destino Acessível, é mais

um grande reconhecimento de um conjunto

de políticas públicas inclusivas, que ao longo

dos últimos anos visaram fazer do Funchal

uma cidade verdadeiramente para todos. A

aposta firme na mitigação e eliminação de barreiras

físicas e culturais e o uso assertivo das

novas tecnologias têm resultado na crescente

melhoria das condições para os que nos visitam

e para os que cá habitam, e esta é uma das

linhas estratégicas que vamos aprofundar nos

próximos anos.”. O prémio tem como objetivo

o reconhecimento e a distinção de boas práticas

em projetos implementados pelos municípios

com impactos assinaláveis nas cidades e

no território, na economia e na sociedade, que

promovam o crescimento, a inclusão e a sustentabilidade.

O Funchal foi distinguido, igualmente,

como o Município do Ano nas Regiões

Autónomas, o que aconteceu pela terceira vez,

tendo sido o único Município finalista da Madeira,

num total de 39 nomeados em todo o país.

O Funchal tem vindo, de resto, a acumular

diversas distinções nacionais e internacionais

recentes. Em 2017, o Município recebeu uma

menção honrosa da Comissão Europeia, no

âmbito do prémio “Cidade Acessível”, e no passado

Verão, a plataforma Interreg Europe, da

Comissão Europeia, também distinguiu medidas

do Município como boas práticas europeias

de mobilidade, recomendando-as às restantes

cidades europeias. Igualmente este ano, os Prémios

Acesso Cultura premiaram as intervenções

de inclusão que tiveram lugar nos museus

municipais. Miguel Silva Gouveia sublinha que

“o Município do Funchal tem consolidada, neste

momento, a sua posição a nível nacional

como uma das 7 melhores cidades do país

para visitar, viver e fazer negócios, segundo a

Bloom Consulting, fruto da visão e dos objetivos

que temos vindo a definir, devendo aqui

destacar a Estratégia Municipal para o Turismo,

que assenta num turismo de experiências, em

ambiente sustentável e diferenciado, do qual

fazem parte valores como os da igualdade,

acessibilidade e inclusão. É assim que o Funchal

pretende ser percebido e ganhar competitividade

num mercado global e altamente competitivo.”.

Entre as medidas implementadas nos

24 saber DEZEMBRO 2019


últimos anos, e que valeram mais este grande

reconhecimento nacional, destacam-se, desde

logo no campo da Mobilidade, o aumento do

número de lugares de estacionamento para

cidadãos portadores de deficiência e a retirada

generalizada de motociclos dos passeios,

facilitando a mobilidade para os peões. Recentemente

distinguidas pelas instituições europeias,

sobressaem também as passadeiras

sensorizadas na Estrada Monumental e na Avenida

do Infante, bem como o encerramento da

Rua Dr. Fernão Ornelas, da Avenida Zarco Sul e

da Rua do Favila ao trânsito automóvel, alavancando

a circulação pedonal, não esquecendo a

criação de corredores ‘’Kiss & Ride’’ em diversas

escolas do Funchal. No campo desportivo,

o Município adaptou o ginásio de São Martinho

à prática de Boccia, ao passo que, nos complexos

balneares, a somar à plataforma elevatória

na Ponta Gorda e às cadeiras e canadianas

anfíbias disponíveis no Lido e na Praia Formosa,

foi inaugurado, no último Verão, um novo

elevador de acesso à Barreirinha. Finalmente,

no campo da Cultura, o Funchal foi distinguido

pela aquisição de trepadores para subir

ao palco e ao Salão Nobre do Teatro Municipal

Baltazar Dias, e pela definição de lugares para

cadeiras de rodas e de espaços para invisuais,

entre outras. O Museu de História de Natural

do Funchal está igualmente a passar, neste

momento, por obras profundas ao fim de mais

de 50 anos, que vão melhorar a sua acessibilidade

geral, ao passo que, no Museu A Cidade

do Açúcar e no Museu Henrique e Francisco

Franco foram, por sua vez, instalados sistemas

de áudio e videoguias, já distinguidos a nível

nacional. Nestes dois museus, é igualmente

disponibilizada informação em braille, e ainda,

experiências tácteis, permitindo o seu manuseamento

por parte de invisuais. s

PUB

saber DEZEMBRO 2019

25


viajar coM saber

ANTÓNIO CRUZ

AUTOR E VIAJANTE › antonio.cruz@abreu.pt

Luxemburgo

1] País arrumado, organizado, em que o caos é palavra raramente ouvida,

o Luxemburgo prima por ser um exemplo de civismo, respeito para com

o próximo – ainda que os luxemburgueses nativos sejam mais antipáticos

que simpáticos – higiene e cuidados extremos em manter a disciplina e uma

linha de educação que deveria ser extensível a muitos países.

Ainda que com uma amiga a viver há mais de 20

anos no Luxemburgo, e com uma série de repetidos

convites para ir visitá-la a alojar-me em sua casa, a

viagem ia sendo sucessivamente adiada. Até que um

fim-de-semana prolongado de Junho possibilitoume

finalmente a oportunidade de aceitar o convite,

assentar arraiais em sua casa e partir à descoberta

daquele que é considerado o país jardim da Europa.

António cruz › António Cruz escreve de acordo com a antiga ortografia.

1]

26 saber DEZEMBRO 2019


2]

3]

2] O Grund é um dos bairros mais badalados da cidade, aquele

por onde a noite, com os seus bares e restaurantes, se estica

pelas horas adentro, fazendo convergir a malta jovem na

demanda de alguma libertação e excessos controlados. É uma

zona que mistura gerações arquitectónicas e reúne consensos

quanto à beleza do seu conjunto.

3] Há quem a considere “a mais bela varanda do mundo”. Sendo ou não sendo,

a verdade é que deste ponto intermédio (em altitude) da cidade, conseguem-se

algumas das mais belas fotos da capital luxemburguesa. Um bálsamo para a vista

e um reconforto para a alma.

4]

5] A ponte Adolphe liga as duas margens da cidade. Inconfundível

pela sua estrutura em pedra em arco duplo, foi construída entre

1900 e 1903 e com o tempo transformou-se no símbolo nacional,

ainda que não oficial, da independência do país.

4] Existem lugares nas cidades do mundo que são referência por algum motivo,

sendo que muitas vezes o referido motivo passa pela boca. E porque não

pelos olhos?

É o caso da Chocolate House, uma morada que cheira bem e sabe ainda

melhor, pois é com o chocolate, e por causa dele, que aqui vêm milhares de

pessoas de todo o mundo. A gula não é um pecado! É apenas uma característica

assumidamente humana. E incontornável.

6] E porque todas as cidades guardam, mais ou menos recatadamente,

alguns segredos, e porque a mentalidade machista luxemburguesa se mantém

viva e necessitada de excitações, essa velha instituição universal que dá

pelo nome de cabaret continua viva e com sorrisos de futuro em alguns pontos

da cidade.

5]

7] Cidade esta que comporta alguns símbolos, estes mais sérios e supostamente

invioláveis na sua postura de exemplos e consensos europeus,

como é o caso da Cidade Judiciária, um complexo de palácios que reúne

vários tribunais e que se rege pela já referida organização arquitectónica,

social e de bom gosto no que ao sentido estético respeita.

7]

6]

saber DEZEMBRO 2019

27


SAÚDE

Paulo

Vitória

Paulo Vitória

Psicólogo e Professor no Departamento

de Ciências Médicas da Universidade

da Beira Interior.

Deixar de fumar, a melhor das resoluções

de ano novo

Considerando todas as decisões que

dependem apenas da pessoa, que

estão na mão de cada um, deixar

de fumar é a melhor! É aquela que

terá mais impacto positivo para o próprio,

para os familiares e amigos e para a sociedade.

Mais de 70% dos portugueses que

fumam quer deixar de fumar. Muitos não

avançam porque estão prisioneiros num conflito

interno. Querem deixar de fumar, mas

pensam que não vão conseguir. Vamos voltar

a este conflito no fim deste artigo. E porque

querem tantos fumadores deixar de fumar?

Muitos procuram evitar os riscos para a saúde

de fumar. Mas a principal fonte de motivação

para a maioria são as vantagens imediatas

de não fumar: Mais bem-estar, mais confiança

em si próprio(a), mais facilidade em

respirar e em fazer exercício físico, mais tempo

e mais dinheiro disponível e mais liberdade

para os usar. Também conta para muitos

fumadores ser um bom exemplo para

os outros, em especial para os filhos. Mais

recentemente, com a importância que têm

ganho as preocupações ambientais, muitos

fumadores pensam em deixar de fumar para

preservar o ambiente da poluição causada

pelo fumo do cigarro. Melhorar a aparência

e atrasar os efeitos da idade são benefícios

também muito valorizados. O ano novo é o

momento do ano mais escolhido para parar

de fumar. Ano novo, vida nova! E como podemos

aumentar as possibilidades de alcançar

este desejado objetivo? A investigação

sobre os fatores que se associam ao sucesso

das tentativas para deixar de fumar desta-

Foto blog.nutritienda.com

ca o apoio como o mais importante. O apoio

dos familiares e amigos, o apoio de outros

fumadores que também querem deixar de

fumar, o apoio médico e o apoio de métodos

comprovadamente eficazes – por exemplo,

os medicamentos indicados para deixar de

fumar. Parar de fumar não é o mesmo que

deixar de fumar. Parar de fumar no dia 31

de dezembro será o primeiro passo de uma

caminhada com vários desafios e obstáculos

cuja meta é deixar de fumar. Pode demorar

algum tempo a chegar à meta. Alguns dizem

que essa caminhada não é fácil. Será melhor

olhar para essa caminhada com outra perspetiva.

Deixar de fumar é uma aventura com

várias descobertas sobre a vida e sobre nós

próprios. Quem avançar para essa aventura

com coragem e determinação acabará

por se divertir e chegar à meta com facilidade.

Vamos então voltar ao conflito paralisante

entre querer deixar de fumar e a falta da

confiança necessária para tentar. Fazer uma

tentativa pode ser o primeiro passo no sentido

de deixar de fumar ou pode ser o passo

que nos faz cair na armadilha da dependência.

Uma tentativa falhada pode resultar em

culpa e desânimo ou pode ser mais um passo

rumo ao sucesso. Ir por um ou por outro

destes caminhos depende primeiro de cada

um que tem a coragem de dar este passo.

Quem sentir que não está a seguir pelo caminho

que quer, deve considerar a possibilidade

de pedir ajuda a um profissional de saúde

formado em cessação tabágica. Existe atualmente

uma rede de consultas que abrange

todo o país. Se quiser saber onde pode

encontrar uma consulta para si, ligue para

a linha do Serviço Nacional de Saúde (SNS

24: 808 242424). O ano novo está a chegar –

aproveite para deixar de fumar! s

28 saber DEZEMBRO 2019


NUTRIÇÃO

Alison Karina

de Jesus

Alison Karina de Jesus

Nutricionista (2874N)

facebook.com/nutricionalmentebem

instagram.com/nutricionalmentebem

info@nutricionalmentebem.com

https://nutricionalmentebem.com/

INTERNET

É natal, é natal!

Um dos alimentos a destacar em

dezembro é a grandiosa família dos

frutos gordos: amêndoa, avelã e as

nozes. Estes frutos são uma excelente

fonte de ómega 3. Se não gosta do cheiro

e muito menos do sabor do peixe, que é uma

das principais fontes de ómega 3, pode sempre

optar por ingerir os frutos gordos ou então as

famosas sementes de abóbora que são também

uma fonte interessante de ómega 3, importante

para a saúde cardiovascular, mental e não só. O

bacalhau é um dos grandes anfitriões, mas há

alguns cuidados que devemos considerar: Não

adicionar sal na sua confeção e demolhá-lo adequadamente.

Para isso devemos coloca-lo num

recipiente com água fria com a pele virada para

cima e totalmente coberto pela água e reservar

de preferência no frigorífico, para manter a água

bem fria durante 24 ou 36 horas, de acordo com

a grossura das postas. É importante ir renovando

a água até 3 vezes por dia. Outras dicas que

podemos aplicar é começar as refeições com

uma sopa de hortícolas Ao invés de usar a batata

podemos utilizar leguminosas como feijão,

a ervilha ou grão. Este tipo de sopa promove a

saciedade por um período mais longo de tempo,

hidrata, é fonte de vitaminas, fibra, minerais

e antioxidantes, fornecendo poucas calorias

comparativamente a outras entradas da época.

Aproveite ainda para aliar a tradição à alimentação

saudável e faça questão de consumir as típicas

couves, grelos ou cenouras cozidas como

acompanhamento, bem como o pão, de maneira

a que se tenha menos apetite para as tentações

menos saudáveis. Quanto à confeção dos

alimentos, evite fritar e opte pelos estufados,

cozidos ou grelhados. Para temperos, privilegie

as ervas aromáticas, bem como o vinagre, o alho

e a cebola. Não esqueça o azeite, mas não abuse,

pois uma colher de sopa de azeite equivalem a

63 quilocalorias! Já na confeção das sobremesas,

podemos substituir as frituras pelo uso do forno

para fazer as rabanadas, por exemplo. Para

os bolos e sobremesas doces, podemos usar as

versões magras dos lacticínios, reduzir a quantidade

de açúcar das receitas e usar a canela para

dar a sensação de sabor doce. Já na hora do ataque,

comece pela fruta, a qual é rica em minerais,

fibra e água e só depois parta para o resto

das sobremesas. Caso não seja fã de fruta, outra

opção poderá ser consumir frutos oleaginosos

assim como figos, passas e alperces secos em

alternativa às bolachas, bolos e aperitivos doces.

Para beber, tente deixar os sumos e refrigerantes

de lado. Estes apenas são ricos em açúcar.

Opte antes por água simples ou por águas aromatizadas.

No que toca ao vinho, escolha antes

o tinto, o qual é rico em polifenóis pelo que poderá

ser mais benéfico. Lembre-se que muitas das

calorias a mais provêm do consumo de álcool e

refrigerantes. É importante realçar que ao beber

vinho, estamos também a “beber calorias”, daí a

necessidade de ingeri-lo com moderação, principalmente

quando há excesso de peso. Não se

esqueça da atividade física. Aproveite esta altura

do ano para praticar junto das pessoas que

mais adora. s

saber DEZEMBRO 2019

29


CINEMA

Título original

Last Christmas

Realizador

Paul Feig

Elenco

Madison Ingoldsby, Emma Thompson,

Boris Isakovic, Emilia Clark, Michelle Yeoh

Género

Comédia Dramática

País

GB/EUA

Ano

2019

Duração

102 minutos

Classificação

M/12

Last Christmas

Depois de sobreviver a um grave

problema de saúde, Kate perdeu

a alegria que tanto a caracterizava.

Hoje, a sua vida resume-se a

uma série de más decisões, entre elas um

emprego como elfo numa loja de Natal aberta

todo o ano, algo que a faz sentir cada vez

mais inútil e desmoralizada. Um dia conhece

Tom, um homem atencioso que, ao contrário

dela, consegue encontrar beleza em tudo

o que o rodeia. Com tempo e muita paciência,

ele vai fazer ressurgir a Kate de outrora,

alegre, doce e sempre disponível para ajudar

quem precisa. Uma comédia romântica

realizada por Paul Feig (“A Melhor Despedida

de Solteira”, “Armadas e Perigosas”, “Um

Pequeno Favor”), com argumento de Bryony

Kimmings e Emma Thompson. O título do filme,

assim como o argumento, inspira-se na

famosa música com o mesmo nome criada

há 35 anos pelos Wham!, o dueto britânico

formado por George Michael (1963-2016) e

Andrew Ridgeley (n. 1963). s

Dulcina Branco

cinecartaz.publico.pt/filme

30 saber DEZEMBRO 2019


TECNOLOGIA

Análise Logitech MX Master 3:

Review de um rato excelente

Os ratos não são todos iguais e cada

modelo pode diferir entre si como

dia e noite, seja a atrasar ou a melhorar

bastante as suas tarefas ao computador,

é uma questão de analisar o que o mercado

tem para oferecer e como podem os melhores

ratos beneficiá-lo. Os ratos geralmente têm

uma reputação bastante abafada, mas, ironicamente,

alguns dos seus utilizadores mais exigentes

precisam que as coisas funcionem o melhor

possível, e aplicam essa filosofia em todos os

aspectos da vida. É para quem a Logitech está

direccionada com o rato MX Master 3 que foi

concebido com ênfase no conforto e na personalização

para atrair programadores de software,

designers e outros “criativos”. Mas pode servir

igualmente para gaming, tornando as suas sessões

de jogo em sessões mais rápidas e produtivas.

O MX Master 3, em particular, eleva a fasquia,

transformando um dispositivo de entrada

simples numa ferramenta multifuncional que

pode aumentar drasticamente a produtividade.

Se usa o computador para trabalhar, está com

sorte, pois com este rato irá facilitar-lhe muito a

vida, de tão rápido e eficaz que tudo se torna. O

rato segue dicas de design do MX Master 2s, mas

não se engane - sob o capot, esse rato é muito

diferente. Vamos começar com a roda de rodagem

redesenhada. A roda de aço emprega o que

a Logitech chama de rodagem eletromagnética

MagSpeed. Em termos leigos, isso significa que

pode alternar da rolagem medida a linha para

a visualização em páginas apenas girando com

mais força, com uma rodagem contínua se assim

o pretender. ideal para Excel, por ex. Um toque

na roda pode percorrer 1.000 linhas num segundo,

diz a Logitech, que deve colocar um sorriso

no rosto dos codificadores e de quem já trabalhou

com uma volumosa quantidade de dados.

Em termos de software, a Logitech Options oferece

um amplo controlo sobre os mapeamentos de

botões do MX Master 3 e outras funções. Se costuma

usar vários computadores ao mesmo tempo,

pode usar o MX Master 3 para controlá-los

simultaneamente usando o Logitech Flow. Todos

os computadores precisam de estar na mesma

rede com o software Logitech Options instalado

em cada um e o Flow activado nela. Feito isso,

pode usar o rato nos computadores simplesmente

arrastando o cursor para fora da borda de um

ecrã para o outro. Melhor ainda, pode transferir

imagens, texto e até pastas inteiras entre computadores,

copiando e colando-os usando este

método Flow. Até funciona em sistemas operativos;

use-o regularmente para transferir arquivos

entre um MacBook Air e um laptop Acer, por

exemplo. Incrível! O MX Master 3 oferece ainda

muitos recursos poderosos e torna-o num pacote

que parece natural e confortável, não importa

o que esteja a fazer. Existem ratos mais personalizáveis,

muitos deles feitos para jogos, mas

o MX Master 3 oferece o que precisa para percorrer

a maior parte do dia a dia - processamento

de texto, leitura de documentos - tão rápido

que os olhos mal conseguem acompanhar, bem

como se precisar também é muito funcional para

o gaming. Além de ser necessário para activar o

Logitech Flow, o software Logitech Options des-

bloqueia diversas opções personalizadas para o

MX Master 3. Qualquer um dos botões do rato

pode ser remapeado para outras tarefas e funções

apenas seleccionando-os numa imagem

gráfica e escolhendo numa lista de opções. O

software também oferece um controlo considerável

sobre a funcionalidade de ponteiro e rolagem.

Pode usar essas opções em conjunto para

criar atalhos personalizados para apps específicas.

Como melhorar algo que já faz exatamente o

que quer? Foi a pensar nisto que os MX se tornaram

no que são actualmente. Como tudo na vida,

há sempre espaço para melhoria. Os ratos MX

Master da Logitech há muito que são os favoritos

dos caçadores de produtividade que desejam ler,

processar e produzir o máximo possível e o mais

rápido possível. Isso pode parecer banal para a

maioria das pessoas hoje em dia, mas nem todos

compram um rato para as questões básicas. Há

quem precise realmente que os ratos funcionem

com ainda mais rapidez e precisão por questões

profissionais. Pode considerar que 109€ por este

rato é muito... Por um rato. Mas, não dúvide, se é

um profissional, este preço a pagar irá compensar

muito. Só mesmo utilizando-o e percebendo

o que ele pode fazer por nós na nossa produtividade

é que irá perceber que vale cada cêntimo

pago. O novo Logitech MX Master 3 está à venda

em Portugal por 109€ no site da Logitech ou nas

lojas de retalho e podemos garantir: se é profissional,

vale cada cêntimo. s

Bruno Peralta, COO

Tech News site www.maistecnologia.com

saber DEZEMBRO 2019

31


DICAS DE MODA

Lúcia Sousa

Fashion Designer Estilista › 914110291

www.luciasousa.com

Facebook › LUCIA SOUSA-Fashion Designer estilista

Dancing Fabric

Nesta edição, apresento uma

sugestão para fim de ano. Trata-

-se de, um vestido longo em tecido

chiffon leve, fluído, esvoaçante,

que acompanha os movimentos do corpo,

transmitindo uma imagem romântica. O

vestido comprido de corte ao viés necessita

de vários metros de tecido para resultar neste

efeito de ondas na bainha. Na parte superior

foi escolhida uma renda em cinza que

contrasta com o azul do vestido, com o pormenor

de transparência e um só ombro. Um

vestido confortável e jovem como nos apresenta

a bela Mariana. Boas Festas!. s

D.R. (direitos reservados).

Agradecimento › Mariana Abreu.

32 saber DEZEMBRO 2019


saber DEZEMBRO 2019

33


MAKEOVER

Mary Correia de Carfora

Maquilhadora Profissional › Facebook Carfora Mary Makeup

Vestidos para

Ano Novo

e Casamentos

Nas tendências Colecções Noiva 2020,

predominam as transparências em tons

nude, adornados com renda e muito

brilho. Apresentamos um vestido linha

A em tule fluído, todo bordado com pérolas e cristais,

mangas e corte redondo nas costas... Um vestido

muito romântico e glamorouso. Para a noiva

moderna e sensual, apresentamos um vestido linha

A de corte em V profundo, adornado de cristais e

com sobreposição de rendas. Outra das opções é o

vestido mullet, caracterizado pelo seu comprimento

desigual e assimétrico, em renda, corpo transparente

e cheio de rendas sobrepostas em relevo... Para

aquela noiva jovem e divertida! Como propostas de

vestidos de gala, seleccionamos um vestido vermelho

muito feminino e sensual, de renda Chantily com

cristais, costas nuas e com fio espartilho... Outro vestido

com volume em Mikado com Glitter, com transparências

laterais, decotes profundos e uma abertura

acentudada na perna. Vestidos para deslumbrar!

Nesta sessão fotográfica, tivemos também os originais

arranjos florais da Tulipa Madeira que remetem

para a elegância e criatividade destes dias especiais.

A finalizar, o ambiente magnífico e requintado com

assinatura regional: o Savoy Palace, a opção ideal

para o destaque de todos os detalhes que quisemos

transmitir. A todos, o nosso muito obrigado!.

Boas Festas. s

Modelo, Makeup e Cabelos › Mary de Carfora.

André Gonçalves.

34 saber DEZEMBRO 2019


Agradecimentos:

Vestidos Nupcias by Michelle Noivas, André Gonçalves fotografia

@chaoticminddidntwakeup Hotel Savoy Palace - Savoy Signature.

saber DEZEMBRO 2019

35


MOTORES

Supermoto com Super Campeões

Nélio Olim

Milton Nóbrega

O

Grande Prémio de Machico ditou

o encerramento do Campeonato

da Madeira de Supermoto 2019,

uma competição onde, com os

títulos todos por definir, os pilotos deram

em pista o seu melhor para tentar conquistar

o mais alto lugar do pódio final e consequentemente

o apetecido título de Campeão

Regional. Refira-se que o Campeonato

de 2019 percorreu circuitos em Porto Moniz,

Faial, Funchal e Machico, sendo de destacar

o muito público que acompanha esta

modalidade e que imprime uma importante

componente humana e um colorido diferente

às provas como facilmente se comprovou

em todas as provas disputadas. No caso

particular desta final, as disputas principais

foram entre Dinarte Nóbrega e Ruben Quaresma,

que teoricamente qualquer um dos

pilotos poderia ser campeão na última prova,

recaindo contudo a vantagem em Dinarte

Nóbrega que estava 10 pontos à frente na

classificação geral no momento. Também

nos Rookies, tudo em aberto entre Bernardo

Lourenço e Celso Figueira, tendo Bernardo

Lourenço brilhado um pouco mais na prova,

chegando a liderar a corrida na segunda

manga, após sucessivas quedas dos candidatos

ao titulo de Campeão Regional. Com

o nervosismo à flor da pele, e após mangas

de qualificação com tempos muito próximos,

com vantagem de centésimos de segundo

para Dinarte Nóbrega, as corridas oficiais

decorrem no meio de muito nervosismo.

Com Dinarte Nóbrega a fazer uma falsa partida

na primeira manga, a corrida foi interrompida

(procedimento idêntico ao adotado

na falsa partida do Faial de outro piloto)

e dada nova partida que decorreu dentro

da normalidade com vitória de Ruben Quaresma.

Novamente com tudo em aberto, a

segunda manga era a corrida de todas as

decisões. Com Dinarte Nóbrega a arrancar

à frente, este piloto acabou por ser derrubado

por um toque do seu adversário, que

sofre uma queda na volta seguinte, danificando

o acelerador da sua moto, o que o

leva a abandonar a corrida. Bernardo Lourenço

aproveita o infortúnio dos adversários

e lidera durante algumas voltas a corrida,

com Daniel Rodrigues no seu encalço.

36 saber DEZEMBRO 2019


Dinarte Nóbrega começa então uma corrida

de trás para a frente e volta após volta vai

conquistando posições, terminando a manga

em primeiro lugar e conquistando assim

o título de Campeão Regional de Supermoto

2019. Bernardo Lourenço foi segundo classificado

na corrida, conquistando assim o

título de Campeão Regional de Supermoto

– Rookies 2019 e o quarto lugar no campeonato

regional. Daniel Rodrigues é terceiro

na prova e sobe assim também ao terceiro

lugar do campeonato regional. Celso Figueira,

Ruben Quaresma, Vitor Freitas e Tiago Silva

encerram assim a classificação desta prova.

Em termos de campeonato, Ruben Quaresma

termina a época de 2019 como vice-

-campeão regional. s

saber DEZEMBRO 2019

37


FASHION ADVISOR

JORGE LUZ

www.facebook.com/jorgeluz83/

Moda casual 2019/2020

As malhas estão aí em força, para

os dias mais frios. Apresento-vos

malhas fabulosas com aplicações

únicas e diferentes de forma a

que se destaque pela diferença, de forma original

e expressiva. Sejam as camisolas ou até

mesmo os casacos, as malhas vêm com aplicações

de pérolas, lantejoulas e fitas. Assim,

ao vestir de forma casual, pode muito bem

estar com um outfit fashion e não descontraído

demais. Os vestidos - longos ou curtos,

e os estampados são predominantes.

As estampas florais, grandes ou semi grandes,

usam-se com as estampas geométricas.

Detalhes nas mangas a boca de sino ou

oversize. Os maxi dress são novamente inspirados

pelo estilo predominante no momento:

o boho chic que nas últimas estações tem

encantado todas as senhoras pelo seu estilo

casual chique. Tudo isto conjugado com

acessórios ou o calçado, pode tornar uma só

peça para diversas ocasiões. Haja imaginação!.

Obrigado por tudo!. s

Jorge Luz Pedro Ferraz

› modelos › Alzira Ribeiro, e Vera Freitas.

38 saber DEZEMBRO 2019


saber DEZEMBRO 2019

39


AGENDA CULTURAL

dança / Música

dance / Music

7ª TEMPORada dO cicLO dE

cOncERTOs “Música nas caPELas”

7 th seasOn OF cOnceRt cYcLe “Music in the chaPeLs”

dias 1, 14 E 28 dEZEMBRO / 18 JanEiRO | 20h30

DECEMBER 1, 14 & 28 / JANUARY 18 | 8:30 P.M.

CAPELA DE SÃO SEBASTIÃO - PONTA DO SOL

Entrada livre | Free entry

1 dEZEMBRO

guaLBERTO & VíTOR anJO

Gualberto Anjo após várias formações de música

ligeira inicia-se no jazz, com o grupo “Oficina” e

é através desta formação que o filho, Vitor Anjo,

é influenciado e cria interesse por este género

musical. Mais tarde, o jovem ingressa no curso de

jazz do Conservatório Escola das Artes da Madeira,

seguindo depois para Lisboa para a Escola JBJazz.

Este duo nasce do mútuo interesse de pai e filho

pelo Cancioneiro Americano e pela bossa nova.

Gualberto Anjo – saxofone tenor.

Vítor Anjo – guitarra.

DECEMBER 1

guaLBeRtO & VÍtOR anJO

Gualberto Anjo, after being a part of several light music

groups, initiated in jazz with the group “Oficina”. It

was through this group that his son, Vitor Anjo was

influenced and created interest in this musical genre.

Later, the young manentered the jazz course at the

Conservatório Escola das Artes in the region, then

headedto Lisbon to the JBJazz school. This duo is born

from father and sons’mutual interest for American

repertoire and bossa nova.

Musicians:

Gualberto Anjo – tenor saxophone

Vítor Anjo – guitar

14 dEZEMBRO

MiguEL PiREs

No ano em que celebra 23 anos de carreira

profissional, Miguel Pires aceita o desafio do

“Música nas Capelas” e apresenta-se a solo, a tocar

piano e a cantar algumas das canções de que mais

gosta. Trata-se de um repertório intimista, com

grandes temas que falam de paz, de amor e de

coisas boas. Aqui e ali, aparecem também algumas

canções de natal.

Miguel Pires – voz e piano.

DECEMBER 14

MigueL PiRes

In the year he celebrates 23 years of his professional

career, Miguel Pires accepts the challenge of the playing

in the Chapels and performs solo on the piano while

singing some of his favorite songs. It is an intimate

repertoire, with great themes that talk about peace, love

and good things. Here and there, there are also some

Christmas songs.

Miguel Pires – voice and piano.

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REVISTA SABER madeira

A REVISTA DA MADEIRA

42 saber JANEIro 2019

www.sabermadeira.pt Revista Saber Madeira

sabermadeira@yahoo.com 291 911 300


SUGESTÕES DA

AGENDA CULTURAL

DA MADEIRA

28 dEZEMBRO

“caLEidOscóPiO”

Caleidoscópio é o encontro de duas gerações de

músicos com um mútuo interesse pelo jazz e pelo

funk. Inspirados por músicos como Roy Hargrove,

Herbie Hancock e John Scofield, esta música

consiste em criar uma diversidade de melodias

assentes numa secção rítmica cheia de groove e

balanço.

Simão Duarte – saxofone tenor.

Paulo Barros – trompete.

Vítor Anjo – guitarra.

João Sousa – baixo.

Francisco Coelho – bateria.

18 JanEiRO

“iLEVadOs da BREca”

Os iLevados da Breca nasceram em 2018 e

caracterizam-se pelo espírito bem-disposto, pela

paixão pela música, pela vontade de convívio e

pela junção de nove personalidades diferentes e

“levadas da breca”.

Apresentam-se em palco com um género musical

híbrido composto por peças originais

e por arranjos de peças de diversas épocas e estilos.

Ana Gouveia – bandolim

Bernardo Leal – baixo

Filipa Carvalho - percussão

Luís Cabral – viola

Ricardo Mota - gaita-de-foles e bandola

Sara Faria - flautas de bisel

Sofia Correia – acordeão

Susana Brito – voz

Teresa Leão – violino

3

DECEMBER 28

“caLeidOscÓPiO”

“Caleidoscópio” is the meeting of two generations

of musicians with a mutual interest in jazz and funk.

Inspired by musicians such as Roy Hargrove, Herbie

Hancock and John Scofield, this music is about creating

a diversity of colors and melodies based on a rhythmic

section full of groove and balance.

Musicians:

Simão Duarte – tenor saxophone

Paulo Barros – trumpet

Vítor Anjo – guitar

João Sousa – bass

Francisco Coelho – drums

JANUARY 18

“iLeVadOs da BReca”

“ILevados da Breca” were born in 2018. They are

characterized by their good spirit, passion for music, a

desire for conviviality and the joining of nine different

playful personalities. They perform on stage with a

hybrid musical genre composed of original pieces and

arrangements of pieces from different eras and styles.

Musicians:

Ana Gouveia – mandolin

Bernardo Leal – bass

Filipa Carvalho – percussion

Luís Cabral – guitar

Ricardo Mota – bagpipe e mandola

Sara Faria – recorders

SofiaCorreia – accordion

Susana Brito – voice

Teresa Leão – violin

sEgunda 2 dEZEMBRO | 21h00

PAVILHÃO C.D.R. DOS PRAzERES

cOncERTO dE naTaL

ORquEsTRa cLássica da MadEiRa

gRuPO VOcaL ninfas dO aTLânTicO

Maestro convidado: Francisco Loreto

Solista: Sofia Escobar

MONDAY, DECEMBER 2 | 9:00 P.M.

PAVILIOn C.D.R. DOS PRAzeReS

chRistMas cOnceRt

MadeiRa cLassicaL ORchestRa

NiNfas do atlâNtico VOcaL gROuP

Guest Conductor: Francisco Loreto

Soloist: Sofia escobar

quaRTa 11 dEZEMBRO | 21h30

HOTEL BELMOND REID´S PALACE

quinTETO dE sOPROs “aTLânTida”

Música de Câmara

Programa:

W. A. Mozart [1756-1791]. ar. R. Maros. Divertimento

K.V.270

Jaques Ibert [1890-1962] . Trois Pièces Breves

Malcolm Arnold [1921-2006] . Three Shanties for

Wind Quintet

Paul Hindemith [1895-1963] . Kleine Kammermusik

für fünf Bläser [opus 24 nr. 2]

WEDNESDAY, DECEMBER 11 | 9:30 P.M.

BeLMOnD ReID´S PALACe HOTeL

Wind Quintet “atLântida”

Chamber music

Program:

W. A. Mozart [1756-1791]. air. R. Maros. K.V.270 Fun

Jaques Ibert [1890-1962]. Trois Pièces Brief

Malcolm Arnold [1921-2006]. Three Shanties for Wind

Quintet

Paul Hindemith [1895-1963]. Kleine Kammermusik für

fünf Bläser [opus 24 nr. 2]

assOciaçÃO nOTas E sinfOnias

aTLânTicas / ORquEsTRa cLássica

da MadEiRa

atLantic nOtes and sYMPhOnies

assOciatiOn / cLassic ORchestRa OF

MadeiRa PResents:

dEZEMBRO | dEcEMBER 2, 11, 14, 21 & 31

JanEiRO | JanuaRy 1, 8, 11, 18, 22 & 25

sáBadO 14 dEZEMBRO | 18h00

CENTRO DE CONGRESSOS DA MADEIRA [SALA AzuL]

ORquEsTRa dE cORdas EnsEMBLE XXi

Programa:

Wolfgang Amadeus Mozart [1756-1791] .

Divertimento, K137

António Pereira da Costa [1697-1770] . Concerto

Grosso Nº2

António Pereira da Costa [1697-1770] . Concerto

Grosso Nº6

Edvard Grieg [1843-1907] . Holberg Suite, Op. 40

SATURDAY, DECEMBER 14 | 6:00 P.M.

MADeIRA COnGReSS CenTRe [BLue ROOM]

enseMBLe stRing ORchestRa XXi

Program:

Wolfgang Amadeus Mozart [1756-1791]. Fun, K137

Antonio Pereira da Costa [1697-1770]. Grosso Concert

nº2

Antonio Pereira da Costa [1697-1770]. Grosso Concert

nº6

edvard Grieg [1843-1907]. Holberg Suite, Op. 40

sáBadO 21 dEZEMBRO | 18h00

AuDITóRIO DO CENTRO DE CONGRESSOS DA MADEIRA

ORquEsTRa cLássica da MadEiRa

cOncERTO fanTasia dE naTaL . diáRiO

dE nOTícias

SATURDAY, DECEMBER 21 | 6:00 P.M.

MADeIRA COnGReSS CenTRe AuDITORIuM

MadeiRa cLassicaL ORchestRa

chRistMas FantasY cOnceRt. diário de

Notícias

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saber Setembro 2019

43


AGENDA CULTURAL

TERça 31 dEZEMBRO | 18h00

Sé DO FuNCHAL

ORquEsTRa cLássica da MadEiRa

cORO dE câMaRa da MadEiRa .

MaEsTRina ZéLia gOMEs

Maestro convidado: Francisco Loreto

Programa:

Joseph Haydn [1732-1809] . Nelson Mass Nº11 em

Ré menor [Hob. XXII/11] [1798]

Pedro Macedo Camacho [1732-1809] . Te Deum

[Primeira audição absoluta]

quaRTa 1 JanEiRO | 18h00

LOCAL A ANuNCIAR

ORquEsTRa cLássica da MadEiRa

cOncERTO dE anO nOVO

Maestro convidado: Francisco Loreto

Programa:

Franz von Suppé [1819-1895] – Leichte Kavallerie

Ouvertüre [1866]

Johann Strauss [1804-1849] - Kaiser Walzer, Op.

437 [1889]

Johann Strauss II [1825 – 1899] - Stürmisch in lieb

und tanz, Polka schnell op. 393

Hervé-Godfrey/Augusto Migueis . Quadrilla

Chilpéric [1873]

A. Serrão . L´Enfer, galope

Johann Strauss II [1825 – 1899] . Eine Nacht in

Venedig Ouvertüre [1883]

Johann Strauss II [1825 – 1899] . Im Krapfenwald’l

op. 336 [1869]

Johann Strauss [1804-1849] . Freikugeln Polka schnell

op. 326 [1868]

César Nascimento [orq. Francisco Loreto] . Polca

«um passeio a Cascais» [1912]

Tradicional [orq. Francisco Loreto] . Amazing Grace

Otto Nicolai [1810-1849] . Die lustigen Weiber von

Windsor Ouvertüre [1849]

WEDNESDAY, JANUARY 1 | 6:00 P.M.

PLACe TO ADVeRTISe

MadeiRa cLassicaL ORchestRa

neW YeaR’s cOnceRt

Guest Conductor: Francisco Loreto

Program:

Franz von Suppe [1819-1895] - Leichte Kavallerie

Ouvertüre [1866]

Johann Strauss [1804-1849] - Kaiser Walzer, Op. 437 [1889]

Johann Strauss II [1825 - 1899] - Stürmisch in Lieb und

Tanz, Polka schnell op. 393

Hervé-Godfrey / Augusto Migueis. Chilperic Square [1873]

A. Sawmill. L´enfer Gallop

Johann Strauss II [1825 - 1899]. eine nacht in Venedig

Ouvertüre [1883]

Johann Strauss II [1825 - 1899]. Im Krapfenwald’l op. 336 [1869]

Johann Strauss [1804-1849]. Freikugeln Polka schnell op.

326 [1868]

Caesar Birth [orq. Francisco Loreto]. Polka «A Stroll to

Cascais» [1912]

Traditional Francisco Loreto]. Amazing grace

Otto nicolai [1810-1849]. Die lustigen Weiber von

Windsor Ouvertüre [1849]

TUESDAY, DECEMBER 31 | 6:00 P.M.

FunCHAL CATHeDRAL

MadeiRa cLassicaL ORchestRa

MadeiRa chaMBeR chOiR . cOnductOR

ZéLia gOMes

Guest Conductor: Francisco Loreto

Program:

Joseph Haydn [1732-1809]. nelson Mass nº11 in D minor

[Hob. XXII / 11] [1798]

Pedro Macedo Camacho [1732-1809]. Te Deum [Absolute

First Hearing]

quaRTa 8 JanEiRO | 21h00

LOCAL A ANuNCIAR

ORquEsTRa dE cORdas MadEiRa

caMERaTa

Programa:

A. Pereira da Costa . Concerto Grosso Nº5 [1697

- 1770]

J. Pachelbel [1653 – 1706] . Cânone

J. S. Bach [1685 – 1750] . Ária da Suite em Ré

G. F Haendel/Aslamasian, S. [1685 – 1759] .

Passacaglia

A. Corelli [1653 – 1713] . Concerto Grosso Op.6 Nr.8

A. Vivaldi [1678 – 1741] . Concerto Alla Rustica em

Sol maior RV.151

WEDNESDAY, JANUARY 8 | 9:00 P.M.

PLACe TO ADVeRTISe

MadeiRa caMeRata stRing ORchestRa

Program:

A. Pereira da Costa. Grosso Concert nº5 [1697 - 1770]

J. Pachelbel [1653 - 1706]. Canon

J. S. Bach [1685 - 1750]. Suite aria in D

G. F Haendel / Aslamasian, S. [1685 - 1759]. Passacaglia

A. Corelli [1653 - 1713]. Thick Concert Op.6 nr.8

A. Vivaldi [1678 - 1741]. Alla Rustica Concert in Greater

Sun RV.151

sáBadO 11 JanEiRO | 18h00

LOCAL A ANuNCIAR

Música de Câmara

quinTETO dE sOPROs “sOLisTas OcM”

Programa:

Joseph Haydn [1732-1809] . Divertimento, Hob.II-46

Malcolm Arnold [1921-2006] . Three Shanties for

Wind Quintet, Op.4

György Ligeti [1923-2006] . Six Bagatelles for

Woodwind Quintet

Astor Piazzolla [1921 - 1992] Arr. Jeff Scott .

Libertango

SATURDAY, JANUARY 11 | 6:00 P.M.

PLACe TO ADVeRTISe

Chamber music

Wind Quintet “sOLOists OcM”

Program:

Joseph Haydn [1732-1809]. Fun, Hob.II-46

Malcolm Arnold [1921-2006]. Three Shanties for Wind

Quintet, Op.4

György Ligeti [1923-2006]. Six Bagatelles for Woodwind

Quintet

Astor Piazzolla [1921 - 1992] Arr. Jeff Scott. Libertango

sáBadO 18 JanEiRO | 18h00

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA MADEIRA

ORquEsTRa cLássica da MadEiRa

Maestro convidado: Pedro Neves

Solista: Janete Santos . Professora do Conservatório

de Música da Metropolitana e na Academia

Nacional Superior de Orquestra

Programa:

Gustav Mahler [1860-1911] . Adagietto [1903]

Anne Victorino d´Almeida [n.1978] . Concerto para

Flauta e Orquestra de Cordas [Primeira audição

absoluta]

L. van Beethoven [1770-1827] . Sinfonia nº7 op.92

[1811]

SATURDAY, JANUARY 18 | 6:00 P.M.

MADeIRA LeGISLATIVe ASSeMBLy

MadeiRa cLassicaL ORchestRa

Guest Conductor: Pedro neves

Soloist: Janete Santos. Professor at the Metropolitan

Conservatory of Music and the national Superior

Academy of Orchestra

Program:

Gustav Mahler [1860-1911]. Adagietto [1903]

Anne Victorino d’Almeida [n.1978]. Flute and String

Orchestra Concert [First ever audition]

L. van Beethoven [1770-1827]. Symphony no. 7 op.92

[1811]

quaRTa 22 JanEiRO | 21h30

HOTEL BELMOND REID’S PALACE

MadBRass5

Música de Câmara

Programa:

T. Susato [1510-1570] . Danças Renascentistas

Traditional . Come Landlord Fill the Flowing Bowl

Michael Kamen [1948-2003] . Brass Quintet

American Images . R. Rooble [*1943]

Scott Joplin [1867-1917] . Ragtime Dance

WEDNESDAY, JANUARY 22 | 9:30 P.M.

BeLMOnD ReID’S PALACe HOTeL

MadBRass5

Chamber music

Program:

T. Susato [1510-1570]. Renaissance Dances

Traditional Come Landlord Fill the Flowing Bowl

Michael Kamen [1948-2003]. Brass quintet

American Images. R. Rooble [* 1943]

Scott Joplin [1867-1917]. Ragtime Dance

sáBadO 25 JanEiRO | 18h00

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA MADEIRA

ORquEsTRa dE cORdas EnsEMBLE XXi

Programa:

Béla Bartók [ 1881-1945] . Rumanian Folk Dances

Gustavus Theodore von Holst [1874-1934] . Saint

Paul’s Suite [1912]

Joly Braga Santos . “ Nocturno” op. 12 - 1947

Benjamin Britten [1913-1976] . Simple Symphony

[1934]

SATURDAY, JANUARY 25 | 6:00 P.M.

MADeIRA LeGISLATIVe ASSeMBLy

enseMBLe stRing ORchestRa XXi

Program:

Béla Bartók [1881-1945]. Rumanian Folk Dances

Gustavus Theodore von Holst [1874-1934]. Saint Paul’s

Suite [1912]

Joly Braga Santos. “night” op. 12 - 1947

Benjamin Britten [1913-1976]. Simple Symphony [1934]

5

6

44 saber JANEIro 2019

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LUGARES DE CÁ

SOCIAL

Sons da Adega

no Instituto do Vinho

› Solenidade do Cristo Rei e peregrinação no Garajau

› Jantar de Natal da Animad

› Encontro Internacional de Coros Madeira 2019

saber DEZEMBRO 2019

43


social

Sons da Adega

O Instituto do Vinho, Bordado e Artesanato da Madeira foi palco

do evento musical “Sons da Adega” que teve a abrir o agrupamento

‘Consort Bisel’ do Conservatório - Escola Profissional das Artes

da Madeira. Composto por 17 alunos, com idades compreendidas

entre os 11 e os 40 anos, este agrupamento resultou da fusão do

Ensemble de Flautas de Bisel do Conservatório (formado por alunos

do ensino especializado de música) e o Consort Bisel da antiga

DSEAM. Teve direcção artística das professoras Sara Faria e Lénia

Correia, esta última nos acompanhamentos ao piano. O Sons da

Adega teve ainda desgustação de vinhos. s

DB

D.R.

44 saber DEZEMBRO 2019


Solenidade do Cristo Rei

– Peregrinação e Missa

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A solenidade do Cristo Rei compreendeu a eucaristia

na igreja do Caniço e a peregrinação ao monumento

do Cristo Rei que fica no Garajau. Nesta

peregrinação, participaram várias Conferências

de São Vicente de Paulo da Madeira e Porto Santo,

a qual foi organizada pelo Presidente Diamantino

Santos. O bispo do Funchal, D. Nuno Brás presidiu

às cerimónias com as colaborações do Cónego

Rui Pontes (Pároco da Igreja do Caniço), o Padre

Gil dos Vicentinos, o Padre Óscar e Padre Carlos.

A estátua do Cristo Rei do Garajau é evocativa do

Sagrado Coração de Jesus. O monumento foi mandado

construir pelo Conselheiro Aires de Ornelas e

pela sua esposa Maria de Ornelas para pagamento

de uma promessa. A estátua, de 14 metros de altura,

foi executada pelo escultor francês Georges Serraz

e inaugurada no dia 30 de Outubro de 1927. Foi

construída muito antes dos principais monumentos

existentes evocativos do Cristo Rei, a exemplos

do Cristo Redentor do Corcovado no Rio de Janeiro,

na Bolívia, na Polónia e em Portugal, em Almada. s

AM

gentilmente cedidas por Ana Maria Andrade.

saber DEZEMBRO 2019

45


social

Jantar de Natal Animad

A associação Animad reuniu os seus associados no jantar de Natal o

qual decorreu no Restaurante Quinta Estação. Boa mesa, amizade e o

sorteio das prendas que empresas regionais ofereceram à associação

madeirense, marcaram este convívio. A Animad é presidida por Natália

Vieira e tem como causa o bem estar animal na Região Autónoma

da Madeira. s

DB

Filipe Frango.

46 saber DEZEMBRO 2019


Encontro Internacional

de Coros – Madeira 2019

O salão de Congressos do Casino da Madeira recebeu

o Encontro Internacional de Coros – Madeira 2019, promovido

pelo Coro de Câmara da Madeira. Para além

do grupo organizador, no palco do evento atuaram

o Grupo Coral do Arco da Calheta e o grupo continental

Associação Orfeão Dr. João Antunes, de Condeixa-

-a-Nova; do Reino Unido veio o agrupamento “Voice of

the People”. As entradas para este espectáculo foram

gratuitas e condicionadas à lotação da sala mas a que

assistiram muitas pessoas. Segundo a organização,

este evento “pretende tornar-se um marco regular no

panorama cultural da Região, mostrando a actividade

musical coral que se desenvolve e produz na Madeira

em conjugação com produções idênticas nacionais

e internacionais. Simultaneamente, há um intenso

esforço de divulgação turística da ilha, com programas

sociais variados e apelativos que pretendem despertar

nos visitantes a vontade de regressar e conhecer mais.

Os apoios logísticos proporcionados por várias entidades,

públicas e privadas, são fundamentais e imprescindíveis

para o sucesso desta organização”. s

DB

gentilmente cedidas por Coro de Câmara da Madeira

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FUNCHAL

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NOVEMBRO’19

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JANEIRO’20

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no Funchal

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21H30

Sáb., Dom. e Feriados

15H00

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saber DEZEMBRO 2019

47


À MESA COM...

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FERNANDO OLIM

Estamos mais uma vez a celebrar a época natalícia. A mesa de natal é um elemento

incontornável desta época de festas das famílias e amigos. Faça da sua mesa

um local especial para reunir aqueles que lhe são mais especiais e celebre a Vida

e a Amizade. Boas Festas! Feliz Natal!. s

Fernando Olim

48 saber DEZEMBRO 2019


entrada

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Poderá diversificar estes bolinhos com mistura de

carne ou de legumes, fritos em azeite. Complemente

com um molho de mostarda, de tomate ou de frutos

vermelhos.

prato

principal

Tornedor Madeira

Medalhão de ‘filet mignont’ alto grelhado com molho

Madeira. Adicione frutos vermelhos, polpa de romã e

batatas assadas.

sobremesa

Trança de Queijos

Efeito decorativo baseado no queijo fresco da Santo

Queijo ao qual poderá adicionar tomate caramelizado

e decorado a gosto, nomeadamente com raminho de

salsa.

saber NOVEMBRO 2019

49


ESTATUTO EDITORIAL

A Revista Saber Madeira é uma revista mensal de

informação geral que dá, através do texto e da

imagem, uma ampla cobertura dos mais importantes

e significativos acontecimentos regionais,

em todos os domínios de interesse, não esquecendo

temáticas que, embora saindo do âmbito

regional, sejam de interesse geral, nomeadamente

para os conterrâneos espalhados pelo mundo.

É um projeto jornalístico e dirige-se essencialmente

aos quadros médios e de topo, gestores, empresários,

professores, estudantes, técnicos superiores,

profissionais liberais, comerciantes, industriais,

recursos humanos e marketing.

Identifica-se com os valores da autonomia, da

democracia pluralista e solidária, defendendo

o pluralismo de opinião, sem prejuízo de poder

assumir as suas próprias posições.

Estatuto Editorial

Mais do que a mera descrição dos factos, tenta

descortinar as razões por detrás dos acontecimentos,

antecipando tendências, oportunidades

informativas.

Pauta-se pelo princípio de que os factos e as opiniões

devem ser claramente separadas: os primeiros

são intocáveis e as segundas são livres.

Como iniciativa privada, tem como objetivo o

lucro, pois só assim assegura a sua independência

editorial e económico-financeira face aos grupos

de pressão.

Através dos seus acionistas, direção, jornalistas e

fotógrafos, rege-se, no exercício da sua atividade,

pelo cumprimento rigoroso das normas éticas e

deontológicas do jornalismo.

A Revista Saber Madeira respeita os princípios

deontológicos da imprensa e a ética profissional,

de modo a não poder prosseguir apenas fins

comerciais, nem abusar da boa fé dos leitores,

encobrindo ou deturpando a informação.

E-mail:

www.sabermadeira.pt

Facebook: Revista Saber Madeira

sabermadeira@yahoo.com

Telf. 291 911 300

Propriedade:

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Matriculado na Conservatória Registo

Comercial de Lisboa

Sede: Parque Empresarial Zona Oeste - PEZO,

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Sócio gerente com mais de 5% do capital:

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Sede do Editor

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Parque Empresarial Zona Oeste - PEZO,

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Director

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Redação

Dulcina Branco Miguens

Secretária de Redação

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Colunistas

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Secretariado, Publicidade,

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Registado no Instituto da Comunicação

Social com o nº 120732

Membro da Associação da Imprensa

Não Diária - Sócio P-881

Foto Capa

Ricardo Meira

Tiragem

7.000 exemplares

[Escrita de acordo com

Novo Acordo Ortográfico]

50 saber DEZEMBRO 2019



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