29.03.2020 Views

ITInsight_24

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

COVERAGE | BUILDING THE FUTURE

mento, que a IA vai criar mais empregos que

substitui, ou que simplesmente nos vai tornar

mais eficientes.

Para Vasco Pedro, a inteligência artificial vai

mais além – vai tornar o trabalho mais humano.

NARROW AI E HUMAN AUGMENTATION

Quando falamos em IA, o que a maioria das

pessoas pensa é uma réplica da mente humana,

que ainda é tecnologicamente impossível.

Aquilo a que nos referimos atualmente

como IA é a denominada como “Narrow AI”,

a aplicação de técnicas de machine learning

a problemas e tarefas altamente específicos.

Através da deteção de padrões em grandes volumes

de dados, a Narrow AI permite associar

resultados a um grande número de variáveis

com relações extremamente complexas entre

si. Isto significa que, para alcançar um nível

de exatidão aceitável, qualquer aplicação de

inteligência artificial tem de ser restrita a uma

única tarefa.

“É por isto que estamos a ver impacto em

áreas altamente específicas, como atendimento

ao cliente e reconhecimento de imagens”, explica

Vasco Pedro.

Adicionalmente, acrescenta, nenhum sistema

de IA verdadeiramente eficaz é autossuficiente.

“A IA é muito boa a aprender rapidamente

como realizar tarefas numa área muito específica,

mas requer enormes quantidades de dados

para treinar”, refere o CEO. “É por isso que os

casos em que a inteligência artificial funciona

realmente bem são aqueles em que existe uma

interação entre o machine learning e o chamado

“human in the loop” (...), em que há um humano

envolvido, ou a gerir um processo com

a assistência da IA, ou a monitorizar e gerar

dados para treinar a aplicação”.

E aqui, finalmente, entra o conceito de human

augmentation. A grande maioria das aplicações

de inteligência artificial no presente e no

futuro próximo consistem na automação de

tarefas repetitivas que constituem parte do trabalho

das pessoas, não a sua totalidade.

“As coisas aborrecidas e repetitivas que fazemos

hoje em dia vão ser automatizadas, e isto

vai libertar as pessoas para serem mais criati-

- Vasco Pedro, CEO e fundador da Unbabel -

vas e para terem mais tempo para investir em

atividades humanas,” explica Vasco Pedro.

Interações sociais complexas, criatividade,

subjetividade, interpretação de nuances – tudo

isto se mantém no domínio exclusivamente

humano e é indispensável para grande parte

das funções que as pessoas representam nas

empresas.

Um exemplo já utilizado – e que continuará

a crescer nos próximos anos – é o apoio ao

cliente. A fase de triagem é totalmente automatizada

através de sistemas hierárquicos, o

que poupa nos recursos humanos, mas gera

ITInsight 22

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!