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ITInsight_24

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FACE 2 FACE

José Dionísio, Co-CEO da Primavera, explica o caminho que a empresa tem vindo a fazer

ao longo dos anos, desde a transição do DOS para o Windows, até à transição atual dos

produtos on-premises para os produtos cloud.

Quando a Primavera nasceu, foi com uma perspetiva de crescimento?

Sim. Começámos vindo de um outro player. Eu e o Jorge Baptista

quando começámos já tínhamos sete anos de experiência. Éramos uma

startup, mas não à saída da universidade. Acho que aquilo que aconselharia

a alguém que quer empreender, na medida dos possíveis, é que

primeiro vá ganhar uma experiência profissional numa empresa com

alguma dimensão. E depois decidir se quer empreender dentro [da empresa],

ou se quer empreender por conta própria. Porque também é

muito interessante, e pode ser estimulante, empreender dentro de uma

boa organização.

O país precisa muito de empreendedores. Se eu quiser trabalhar a escala,

o país precisa de empreendedores para as nossas empresas. Se hoje tenho

330 ou 340 pessoas e quero ter amanhã 500, preciso de empreendedores.

Nesse sentido, sim, quando nascemos foi para ser logo, pelo menos, da

dimensão daquela empresa de onde tínhamos vindo. Saímos e sabíamos

o que era uma dimensão de empresa na altura. Não quisemos ser uma

empresa internacional e pagámos por isso de alguma maneira, não formatámos

tudo isso em função de uma dimensão internacional porque

em 1993 não era tema; o mercado interno, por si só, chegava. Mas

quisemos ser uma empresa nacional. Construímos uma software house

nacional porque a nossa escola tinha sido essa.

Nasceram com o mindset de produto?

Exatamente. Um executável para todos. Por isso a Primavera não tem

dois executáveis, tem um. O que implica tecnologia para adaptar o produto

às necessidades dos clientes, e não fazer vários executáveis e gerir

vários executáveis.

Sabíamos o que era software… quando estávamos os dois dentro de

uma salinha e ainda mal vendíamos, apareciam-nos pessoas à porta a

quererem comprar computadores, na altura em que se ganhava, para aí,

200 contos, mil euros, na altura, num computador. E podíamos mandar

vir um computador e fazer-lhe a venda, mas mandávamos ir à porta ao

lado porque sabíamos aquilo que tínhamos. Não podíamos desfocar

daquele que era o nosso objetivo, que era fazer software de gestão para

o Windows e para as empresas.

Começámos por onde o Windows andava, nos profissionais liberais;

fez-se ali um bestseller sem sabermos. Vendeu cem mil euros, 20 mil

contos na altura. Tenho a primeira fatura no meu gabinete e, por isso,

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