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DIRHOTEL - edição 34

A Revista dos Directores de Hotéis de Portugal

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editorial | DIRHOTEL | 3

A urgência de um

Turismo verde

Manuel Ai Quintas

Director da Revista

nunca foi tão

premente a

necessidade e o

dever de cada um,

na sua atividade

turística, contribuir

para um turismo verde,

reduzindo ao inevitável

o consumo de

recursos e o impacto

da sua atividade na

natureza

São, felizmente, crescentes os sinais

de preocupação com o dever

de sustentabilidade do nosso

planeta por parte de áreas alargadas

da população do globo,

sendo de destacar o papel que

os jovens vêm chamando a si

para proteger a Terra das enormes

pressões ambientais.

Os jovens parecem mostrar assim

que não confiam nos mais velhos

para cumprir o dever que assiste

a estes de contrariar as mudanças

climáticas em curso e assegurar

uma boa qualidade de vida

das atuais e sobretudo das futuras

gerações. Por outro lado, não

pode deixar de reconhecer-se a

mútua dependência de turismo

e ambiente e quanto a atividade

turística é consumidora, ou «predadora»,

de recursos naturais

e matérias- primas, produz e dá lugar à

produção de abundantes resíduos sólidos,

consome elevadas quantidades de energia

e de água e liberta emissões poluentes,

causando graves danos ao ambiente.

É por isso que nunca foi tão premente a

necessidade e o dever de cada um, na

sua atividade turística, contribuir para um

turismo verde, reduzindo ao inevitável o

consumo de recursos e o impacto da sua

atividade na natureza. A este respeito,

terá de relevar-se o dever das empresas

hoteleiras de adotarem políticas sustentáveis

e práticas de grande eficiência, reduzindo

ao mínimo o consumo de recursos,

protegendo o ar e os solos e minimizando

os resíduos. Ora, infelizmente, são ainda

uma minoria os empreendimentos hoteleiros

que assumem a sua quota-parte

no esforço geral de preservação da natureza,

através da prática corrente de produtos

e serviços amigos do ambiente. As

questões relativas ao ambiente são, nesses

casos, tratadas de forma inteiramente

ocasional, sem obedecer a um plano e por

um número restrito de pessoas, em vez

de participada por todos os trabalhadores,

no âmbito da sua ação específica. Ao

contrário, as empresas hoteleiras deverão

assumir uma política ambiental formal,

que estabeleça as condições em que deverão

realizar-se as tarefas da operação

de forma ambientalmente responsável,

sem prejuízo – antes pelo contrário – de

uma exploração eficaz e rentável. Por outras

palavras, as empresas hoteleiras deverão

afirmar publicamente o seu compromisso

com o desenvolvimento de um

turismo sustentável, que o mesmo é dizer

com a preservação dos recursos naturais

e a defesa da nossa Terra. Os hoteleiros

que se limitem a boas práticas ambientais

esporádicas, sem um programa ambiental

e um plano de ação na sua operação diária,

não cumprem o seu dever ético, moral

e social no esforço comum a que todos

estamos obrigados. Não cumprem sequer

a responsabilidade ambiental que é sua e

a que não podem fugir. n

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