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No Brasil, na década de 80, segundo o Instituto Brasileiro de Administração
Municipal (IBAM, 2001), foram implementados diversos programas por organismos
internacionais, Organizações Não-Governamentais (ONGs), que atuavam em
projetos de geração de trabalho e renda nas cidades e fundos rotativos para
agricultores familiares no meio rural (PARENTE, 2005). A relação entre a fonte de
recursos e essas instituições no Brasil é esquematizada na FIG.1 a seguir:
Fundo Rotativo com
doações /
empréstimos de
órgãos multilaterais
Figura 1 - Relação entre a fonte de recursos e as instituições de microcrédito no Brasil, década de 80.
Fonte: IBAM (2001)
Segundo Parente (2005), uma das ineficiências apresentadas por esses
mecanismos foi em relação ao raio de atuação junto aos empréstimos dos
microempreendimentos, pois as ONGs tinham um objetivo geral de desenvolvimento
regional, mas não focado no crédito (IBAM, 2001) e a cultura assistencialista ainda
era predominante na gestão.
ONG´s de
Desenvolvimento
A estratégia de expansão da fronteira financeira apresentado por Nitsch e Santos
(2001) somente poderia ser alcançada se as IMFs possuírem identidade, tecnologia
creditícia e recursos humanos compatíveis com seu público-alvo. Segundo os
mesmos autores, diante das diversas dificuldades jurídicas, econômicas e políticas
dessa estratégia, um número considerado de ONGs operadoras do microcrédito
restringem a sua atuação à administração de fundos rotativos, servindo a uma
clientela limitada com maior ou menor eficiência.
Microempreendimentos,
cooperativas, negócios
familiares, auto-emprego
Na década de 90, surgiram os projetos de microcrédito denominados como Bancos
do Povo, criados em parcerias com governos municipais e estaduais. Com o intuito
de alinhar políticas de trabalho e geração de renda, as prefeituras criaram seus
próprios programas de microcrédito locais. Segundo Parente (2005), nos processos
de concessão de crédito desses programas, prevaleceram as relações
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