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Como lidar com as tensões relacionais decorrentes da RECLUSÃO SOCIAL

Por: Carlos Aldan de Araujo – CEO – Grupo Kronberg

O enclausuramento exacerba

nossa reatividade resultante da

ansiedade e insegurança reinantes

e expõe problemas relacionais

que normalmente ficam abafados

pelo excesso de trabalho da

maioria dos executivos.

Coronavírus primeiro e invista

tempo e recurso após a crise para

reparar as relações.

Contato - aldan@grupokr

Após algumas consultas que

recebi de clientes, queria falar

sobre como a reclusão social

modifica a dinâmica da família e

que inevitáveis tensões aparecerão.

Como lidar com elas?

Nesta manhã, em uma sessão por

Whereby com um querido e importante

CEO,ele comentou que

sua filha o emocionou dizendo:

“Mamãe, que bom que o Papai

está passando mais tempo com a

gente!”. Outro cliente: “Estou me

sentindo um invasor na minha

própria casa! Tive que me apoderar

de uma área importante na

casa para fazer lá meu HQ.”.

Uma outra cliente está desesperada

com seu filho adolescente

que não quer obedecer a regra

de isolamento social. Muitos se

sentem desconfortáveis passando

tanto tempo em casa, liderando

à distância, e alguns reclamam

que a intensidade da convivência

vem trazendo tensões relacionais

no matrimônio: “Minha mulher

reclamou que eu falo muito alto

com meus colegas da empresa”.

“Você fica cutucando a orelha enquanto

fala!”. Não é surpresa que

a China não está conseguindo

processar o número de divórcios!

Não é o momento para evitar

conflito saudável, é importante

verbalizar suas preocupações

relacionadas a comportamentos

que podem prejudicar a saúde da

família.

Mas deixem de lado as idiossincrasias,

as críticas banais. Aliás,

optem sempre pela reclamação e

não pela crítica.

É meio contraintuitivo porque

usamos a expressão “crítica construtiva”.

Mas, a crítica geralmente

atinge o caráter de seu interlocutor

e utilizamos a segunda pessoa

do singular: “Você nunca faz nada

certo.” “Você nunca dá prioridade

para sua família e agora fica aqui

enchendo a paciência!”. Note que

o uso da segunda pessoa do singular

“você” é pouco emocionalmente

inteligente porque só ativa

a reatividade de seu interlocutor.

Este assumirá a defensiva, e responderá

com uma agressão. Daí

as tensões escalam.

Opte pela reclamação utilizando

a primeira pessoa do singular.

Exemplo: “Fico muito desconfortável

e preocupado quando você

insiste em sair com seus amigos,

sabendo que seus avós têm mais

de 80 anos!”

Caso as tensões tragam à tona

problemas relacionais mais sérios

na família, concentre-se em

como melhor resolver a crise do

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