Revistademaioejunho2020
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Como lidar com as tensões relacionais decorrentes da RECLUSÃO SOCIAL
Por: Carlos Aldan de Araujo – CEO – Grupo Kronberg
O enclausuramento exacerba
nossa reatividade resultante da
ansiedade e insegurança reinantes
e expõe problemas relacionais
que normalmente ficam abafados
pelo excesso de trabalho da
maioria dos executivos.
Coronavírus primeiro e invista
tempo e recurso após a crise para
reparar as relações.
Contato - aldan@grupokr
Após algumas consultas que
recebi de clientes, queria falar
sobre como a reclusão social
modifica a dinâmica da família e
que inevitáveis tensões aparecerão.
Como lidar com elas?
Nesta manhã, em uma sessão por
Whereby com um querido e importante
CEO,ele comentou que
sua filha o emocionou dizendo:
“Mamãe, que bom que o Papai
está passando mais tempo com a
gente!”. Outro cliente: “Estou me
sentindo um invasor na minha
própria casa! Tive que me apoderar
de uma área importante na
casa para fazer lá meu HQ.”.
Uma outra cliente está desesperada
com seu filho adolescente
que não quer obedecer a regra
de isolamento social. Muitos se
sentem desconfortáveis passando
tanto tempo em casa, liderando
à distância, e alguns reclamam
que a intensidade da convivência
vem trazendo tensões relacionais
no matrimônio: “Minha mulher
reclamou que eu falo muito alto
com meus colegas da empresa”.
“Você fica cutucando a orelha enquanto
fala!”. Não é surpresa que
a China não está conseguindo
processar o número de divórcios!
Não é o momento para evitar
conflito saudável, é importante
verbalizar suas preocupações
relacionadas a comportamentos
que podem prejudicar a saúde da
família.
Mas deixem de lado as idiossincrasias,
as críticas banais. Aliás,
optem sempre pela reclamação e
não pela crítica.
É meio contraintuitivo porque
usamos a expressão “crítica construtiva”.
Mas, a crítica geralmente
atinge o caráter de seu interlocutor
e utilizamos a segunda pessoa
do singular: “Você nunca faz nada
certo.” “Você nunca dá prioridade
para sua família e agora fica aqui
enchendo a paciência!”. Note que
o uso da segunda pessoa do singular
“você” é pouco emocionalmente
inteligente porque só ativa
a reatividade de seu interlocutor.
Este assumirá a defensiva, e responderá
com uma agressão. Daí
as tensões escalam.
Opte pela reclamação utilizando
a primeira pessoa do singular.
Exemplo: “Fico muito desconfortável
e preocupado quando você
insiste em sair com seus amigos,
sabendo que seus avós têm mais
de 80 anos!”
Caso as tensões tragam à tona
problemas relacionais mais sérios
na família, concentre-se em
como melhor resolver a crise do
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